Caso clínico
Caso clínico #1
Uma mulher de 27 anos de idade (gestações 2, paridades 2) vai a uma consulta com o clínico geral com queixa principal de dor pélvica. A dor começou há cerca de 3 semanas e caracteriza-se como uma dor persistente com preenchimento semelhante a uma pressão na pelve direita. A dor é exacerbada por determinados movimentos e pela relação sexual. Ela não observou alterações na intensidade nem nas características da sua última menstruação, ocorrida 2 semanas antes. As suas histórias médica e ginecológica pregressas não têm nada digno de nota. As cirurgias prévias incluem um parto cesáreo e uma apendicectomia. A análise dos sintomas revela algum aumento na frequência urinária, mas nenhum outro sintoma importante, menstrual, hematológico, gastrointestinal ou geniturinário. O exame físico revela uma mulher bem nutrida, sem sofrimento agudo, que demonstra leve sensibilidade à palpação profunda do quadrante inferior direito do abdome. No exame pélvico, a palpação do anexo direito provoca sensibilidade moderada.
Caso clínico #2
Uma mulher obesa, menopausada, de 58 anos de idade (gestações 4, paridades 3) se apresenta à sua consulta ginecológica anual sem queixa inicial. Durante a anamnese, ela nega sangramento pós-menopausa, mas confirma um aumento da distensão abdominal e rápida saciedade. Ao longo do último ano, ela sentiu dor pélvica e lombalgia, apenas levemente incômodas de início, mas que pioraram. A sua história familiar é digna de nota, pois a irmã teve câncer de mama e a mãe teve um câncer feminino desconhecido. O exame abdominal não é diagnóstico por causa de sua compleição física e o exame pélvico é limitado. Há uma preocupação com uma vaga sensação de preenchimento, que foi avaliada em um exame retovaginal.
Outras apresentações
Existe uma miríade de apresentações de cistos ovarianos, desde a infância até as últimas décadas de vida. As mulheres adolescentes podem apresentar queixas inespecíficas como irregularidades menstruais, distensão abdominal ou inchaço abdominal. Exames de imagem subsequentes dessas mulheres podem revelar a presença de cisto ovariano sólido ou complexo, que representa uma neoplasia ovariana de célula germinativa. O valor laboratorial de gonadotrofina coriônica humana subunidade beta (beta-hCG) sérica ou em um teste de gravidez pode estar elevado devido à produção hormonal desses tumores. As pacientes que apresentam dor abdominal e vômitos de início agudo com instabilidade hemodinâmica podem representar uma coorte de pacientes com ruptura de cisto ovariano ou que sofreram torção. As gestantes muitas vezes exibem altura do fundo uterino aumentada ou distensão abdominal que impedem o diagnóstico de um cisto ovariano antes da confirmação ultrassonográfica.
O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal