O tratamento da síndrome das pernas inquietas (SPI) primária tende a ser sintomático. O tratamento da causa subjacente na SPI secundária pode potencialmente curar a SPI.
A gravidade dos sintomas pode ser classificada usando escalas de gravidade, mas a decisão sobre o tratamento também depende do impacto dos sintomas no sono e na qualidade de vida do paciente.
Considerações gerais em todos os pacientes
Avalie o estado de ferro e considere a reposição adequada de ferro conforme necessário.[23]Silber MH, Buchfuhrer MJ, Earley CJ, et al. The management of restless legs syndrome: an updated algorithm. Mayo Clin Proc. 2021 Jul;96(7):1921-37.
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Há evidências substanciais de que os pacientes com SPI têm estoques de ferro abaixo do normal em algumas regiões do cérebro e que o tratamento com ferro pode ser benéfico, mesmo na ausência de anemia ou de deficiência de ferro sistêmica. O estado do ferro deve ser avaliado em todos os pacientes.
Uma avaliação completa do ferro deve incluir ferro sérico, ferritina, capacidade total de ligação do ferro e porcentagem de saturação de transferrina (TSAT), e deve ser medida no início da manhã após um jejum noturno.
Se a ferritina sérica estiver ≤169 picomoles/L (≤75 nanogramas/mL) e a TSAT for <45%, trate com reposição oral de ferro e vitamina C (para aumentar a absorção). A ferritina sérica pode estar falsamente elevada na presença de inflamação, daí a justificativa para incluir a TSAT na decisão de tratamento.
Nenhum tratamento com ferro deve ser usado se a TSAT estiver >45% para minimizar o risco de sobrecarga periférica de ferro.
A ferritina deve ser verificada novamente após 3-4 meses e, a seguir, a cada 3-6 meses até que a ferritina sérica esteja >225 picomoles/L (>100 nanogramas/mL). Se não houver uma causa para deficiência de ferro continuada, o tratamento poderá ser interrompido. Ele deve ser reiniciado se a SPI se agravar, a menos que a ferritina sérica esteja ≥674 picomoles/L (≥300 nanogramas/mL) (o limite superior seguro geralmente aceito).
Considere ferro intravenoso se estiver presente uma SPI persistente crônica moderada a grave ou refratária grave e a ferritina estiver <225 picomoles/L (<100 nanogramas/mL) e a TSAT <45% e qualquer um dos seguintes estiver presente:
Falha no tratamento com ferro oral: intolerância ou falta de eficácia apesar de uma tentativa de 3 meses
Uma condição que bloqueie a absorção do ferro oral ou torne a resposta improvável (por exemplo, cirurgia bariátrica, síndrome de má absorção, doença inflamatória intestinal ou sangramento uterino intenso)
Contraindicação a ferro oral
Necessidade clínica de uma resposta mais rápida do que com ferro oral.
Se houver uma resposta adequada ao ferro intravenoso, mas os sintomas ocorrerem novamente, infusões repetidas podem ser administradas a intervalos de 12 semanas, desde que a ferritina sérica esteja <674 picomoles/L (<300 nanogramas/mL) e a TSAT esteja <45%.
Considere e trate quaisquer distúrbios do sono coexistentes.
Pergunte sobre sintomas de apneia obstrutiva do sono e providencie exames para isso, se indicados. Em alguns casos, o tratamento da apneia do sono pode resultar em melhora dos sintomas de SPI. Verifique e maneje outras causas de insônia, como depressão, ansiedade ou ingestão excessiva de cafeína ou bebidas alcoólicas.[23]Silber MH, Buchfuhrer MJ, Earley CJ, et al. The management of restless legs syndrome: an updated algorithm. Mayo Clin Proc. 2021 Jul;96(7):1921-37.
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Verifique se há medicamentos que possam causar ou exacerbar a SPI e descontinue-os, se possível.
Considere se antidepressivos, neurolépticos, agentes bloqueadores da dopamina, como a metoclopramida, ou anti-histamínicos sedativos podem estar contribuindo para os sintomas e descontinue-os, se possível, sem causar prejuízos ao paciente.[23]Silber MH, Buchfuhrer MJ, Earley CJ, et al. The management of restless legs syndrome: an updated algorithm. Mayo Clin Proc. 2021 Jul;96(7):1921-37.
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Aconselhe os pacientes a implementarem modificações no estilo de vida.
Opções de estilo de vida ou de atividade estão disponíveis, incluindo massagens, exercícios, alongamentos e banhos quentes antes de deitar, embora faltem evidências de alta qualidade para apoiar a eficácia destes.[34]Harrison EG, Keating JL, Morgan PE. Non-pharmacological interventions for restless legs syndrome: a systematic review of randomised controlled trials. Disabil Rehabil. 2019 Aug;41(17):2006-14.
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As diretrizes recomendam atividades de alerta mental, como videogames ou palavras cruzadas, para reduzir os sintomas nos momentos de tédio, bem como uma tentativa com abstinência de cafeína e bebidas alcoólicas.[23]Silber MH, Buchfuhrer MJ, Earley CJ, et al. The management of restless legs syndrome: an updated algorithm. Mayo Clin Proc. 2021 Jul;96(7):1921-37.
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SPI intermitente
A SPI intermitente é definida como sintomas de pernas inquietas que são problemáticos o suficiente para exigir tratamento, mas ocorrem em média menos de duas vezes por semana.
Se os sintomas não forem frequentes o suficiente ou significativamente problemáticos o suficiente para justificar o tratamento farmacológico, as opções de estilo de vida ou atividade, conforme detalhado acima, devem ser tentadas inicialmente.
Se for necessário tratamento farmacológico, a carbidopa/levodopa pode ser usada sob demanda para a SPI que ocorre intermitentemente à noite, na hora de deitar ou ao se despertar durante a noite, ou para a SPI associada a atividades específicas, como avião ou longa viagens de carro ou idas a teatros. Uma formulação de liberação prolongada pode ser usada antes de dormir para a SPI que acorda o paciente durante a noite.[23]Silber MH, Buchfuhrer MJ, Earley CJ, et al. The management of restless legs syndrome: an updated algorithm. Mayo Clin Proc. 2021 Jul;96(7):1921-37.
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Os problemas com o tratamento com carbidopa/levodopa incluem o aumento (agravamento dos sintomas induzido pelo medicamento) e o efeito rebote (sintomas que ocorrem no final da noite ou no início da manhã após o efeito do medicamento). Como resultado, ele deve ser prescrito apenas para uso intermitente.[23]Silber MH, Buchfuhrer MJ, Earley CJ, et al. The management of restless legs syndrome: an updated algorithm. Mayo Clin Proc. 2021 Jul;96(7):1921-37.
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Um opioide ou agonista de receptores benzodiazepínicos (incluindo os benzodiazepínicos) de baixa potência também pode ser considerado para uso intermitente antes de dormir.[23]Silber MH, Buchfuhrer MJ, Earley CJ, et al. The management of restless legs syndrome: an updated algorithm. Mayo Clin Proc. 2021 Jul;96(7):1921-37.
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[35]Aurora RN, Kristo DA, Bista SR, et al. The treatment of restless legs syndrome and periodic limb movement disorder in adults - an update for 2012: practice parameters with an evidence-based systematic review and meta-analyses: an American Academy of Sleep Medicine Clinical Practice Guideline. Sleep. 2012 Aug 1;35(8):1039-62.
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A carbidopa/levodopa deve ser interrompida antes de se iniciar a nova medicação. A prescrição deve ser baseada na experiência clínica, e deve-se ter cautela devido ao potencial para abuso, dependência e eventos adversos.[36]de Oliveira CO, Carvalho LB, Carlos K, et al. Opioids for restless legs syndrome. Cochrane Database Syst Rev. 2016 Jun 29;(6):CD006941.
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[
]
What are the benefits and harms of opioids in people with restless legs syndrome?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.1422/fullMostre-me a resposta Os efeitos adversos dos opioides incluem a constipação e a náusea. O tramadol raramente pode causar convulsões e é o único medicamento não dopaminérgico ocasionalmente associado ao desenvolvimento de potencialização.[23]Silber MH, Buchfuhrer MJ, Earley CJ, et al. The management of restless legs syndrome: an updated algorithm. Mayo Clin Proc. 2021 Jul;96(7):1921-37.
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Os benzodiazepínicos e os agonistas dos receptores de benzodiazepínicos são especialmente úteis nos pacientes que têm outra causa de má qualidade do sono além da SPI, como ansiedade. Os agentes de ação curta, como o zolpidem ou o zaleplon, podem ser úteis para a insônia inicial causada por SPI, enquanto os agentes de ação intermediária, como o temazepam, podem ser úteis para a SPI que desperta o paciente no final da noite. Os efeitos adversos incluem risco de quedas, distúrbios cognitivos, sonambulismo e transtornos alimentares durante o sono. Doses mais baixas devem ser usadas em mulheres e pacientes idosos. Não há estudos controlados adequados de benzodiazepínicos na SPI e acredita-se que os medicamentos atuem tratando a insônia ou ansiedade associadas, em vez dos sintomas sensoriais ou motores do distúrbio.[23]Silber MH, Buchfuhrer MJ, Earley CJ, et al. The management of restless legs syndrome: an updated algorithm. Mayo Clin Proc. 2021 Jul;96(7):1921-37.
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SPI persistente crônica
Definida como sintomas de pernas inquietas que são frequentes e problemáticos o suficiente para exigir tratamento diário, geralmente ocorrendo em média pelo menos duas vezes por semana e resultando em sofrimento moderado ou grave.[23]Silber MH, Buchfuhrer MJ, Earley CJ, et al. The management of restless legs syndrome: an updated algorithm. Mayo Clin Proc. 2021 Jul;96(7):1921-37.
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As opções não farmacológicas devem ser instituídas (como para sintomas intermitentes) e os estoques de ferro avaliados (e suplementados, se apropriado) em todos os pacientes.[2]Winkelman JW, Armstrong MJ, Allen RP, et al. Practice guideline summary: treatment of restless legs syndrome in adults - report of the Guideline Development, Dissemination, and Implementation Subcommittee of the American Academy of Neurology. Neurology. 2016 Dec 13;87(24):2585-93.
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Os gabapentinoides (por exemplo, pregabalina, gabapentina) são a opção farmacológica de primeira linha. Eles podem fornecer benefício terapêutico extra nos pacientes com insônia, ansiedade ou dor crônica comórbidas. O tratamento deve começar com uma dose baixa e ser ajustado a cada poucos dias de acordo com a resposta.[23]Silber MH, Buchfuhrer MJ, Earley CJ, et al. The management of restless legs syndrome: an updated algorithm. Mayo Clin Proc. 2021 Jul;96(7):1921-37.
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Mostrou-se que a gabapentina enacarbil, que é um pró-fármaco da gabapentina que tem propriedades de liberação prolongada, melhora os sintomas da SPI quando comparada ao placebo.[2]Winkelman JW, Armstrong MJ, Allen RP, et al. Practice guideline summary: treatment of restless legs syndrome in adults - report of the Guideline Development, Dissemination, and Implementation Subcommittee of the American Academy of Neurology. Neurology. 2016 Dec 13;87(24):2585-93.
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Ela está aprovada pela Food and Drug Administration (FDA) dos EUA para o tratamento da SPI primária. A maioria das pessoas não vai precisar, mas ela pode ser uma boa opção para a SPI não tratada que estiver presente durante grande parte do dia e da noite.[23]Silber MH, Buchfuhrer MJ, Earley CJ, et al. The management of restless legs syndrome: an updated algorithm. Mayo Clin Proc. 2021 Jul;96(7):1921-37.
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Os efeitos adversos dos gabapentinoides incluem torpor diurno, tontura, instabilidade, distúrbios cognitivos, edema, ganho de peso, depressão, aumento do potencial para abuso nos pacientes com história de uso indevido de substâncias e depressão respiratória ocasional em pacientes com doença pulmonar subjacente.[23]Silber MH, Buchfuhrer MJ, Earley CJ, et al. The management of restless legs syndrome: an updated algorithm. Mayo Clin Proc. 2021 Jul;96(7):1921-37.
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Se os gabapentinoides forem contraindicados ou não tolerados, um agonista da dopamina (por exemplo, pramipexol, ropinirol, rotigotina) pode ser usado como uma alternativa razoável.[23]Silber MH, Buchfuhrer MJ, Earley CJ, et al. The management of restless legs syndrome: an updated algorithm. Mayo Clin Proc. 2021 Jul;96(7):1921-37.
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Eles demonstraram melhorar a qualidade de vida e reduzir os sintomas em pacientes com SPI.[43]Talati R, Phung OJ, Mather J, et al. Effect of non-ergot dopamine agonists on health-related quality of life of patients with restless legs syndrome. Ann Pharmacother. 2009 May;43(5):813-21.
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Os agonistas da dopamina eram usados como tratamento de primeira linha para a SPI anteriormente, mas a alta incidência de aumento dos sintomas (sugerida por um agravamento da SPI acompanhada pela necessidade de se aumentar a dose do agonista da dopamina) e o risco de desenvolvimento de transtornos do controle de impulsos levaram a uma mudança em direção aos gabapentinoides serem a primeira linha.[23]Silber MH, Buchfuhrer MJ, Earley CJ, et al. The management of restless legs syndrome: an updated algorithm. Mayo Clin Proc. 2021 Jul;96(7):1921-37.
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Se medicamentos dopaminérgicos forem escolhidos como tratamento inicial, a dose diária deve ser a menor possível e não exceder a recomendada para SPI.[26]Garcia-Borreguero D, Silber MH, Winkelman JW, et al. Guidelines for the first-line treatment of restless legs syndrome/Willis-Ekbom disease, prevention and treatment of dopaminergic augmentation: a combined task force of the IRLSSG, EURLSSG, and the RLS-foundation. Sleep Med. 2016 May;21:1-11.
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O aumento dos sintomas é mais provável com o pramipexol e o ropinirol, ocorrendo em 40% a 70% dos pacientes durante um período de 10 anos. Ele é menos provável com o adesivo transdérmico de rotigotina; 36% dos pacientes desenvolverão aumento após 5 anos de uso.[23]Silber MH, Buchfuhrer MJ, Earley CJ, et al. The management of restless legs syndrome: an updated algorithm. Mayo Clin Proc. 2021 Jul;96(7):1921-37.
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Se ocorrer aumento, o agonista da dopamina pode ser continuado dividindo-se ou adiantando-se a dose, ou aumentando-se a dose se houver sintomas noturnos irruptivos, com monitoramento rigoroso para se detectar um aumento progressivo. De forma alternativa, o paciente pode ser alternado para um adesivo transdérmico de gabapentinoide ou rotigotina.
Um opioide pode ser usado nos casos mais graves de aumento.[23]Silber MH, Buchfuhrer MJ, Earley CJ, et al. The management of restless legs syndrome: an updated algorithm. Mayo Clin Proc. 2021 Jul;96(7):1921-37.
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SPI refratária
A SPI é considerada refratária ou sem resposta clínica à monoterapia com doses toleráveis de gabapentina ou dopamina devido à eficácia reduzida, agravamento ou efeitos adversos.[23]Silber MH, Buchfuhrer MJ, Earley CJ, et al. The management of restless legs syndrome: an updated algorithm. Mayo Clin Proc. 2021 Jul;96(7):1921-37.
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Deve ser considerado o encaminhamento a um especialista em SPI, se disponível, .
O status do ferro deve ser verificado novamente e a reposição de ferro iniciada se os estoques estiverem baixos. O ferro intravenoso pode ser considerado se a ferritina sérica estiver <225 picomoles/L (<100 nanogramas/mL) e os sintomas permanecerem graves após uma tentativa com ferro oral, ou se o paciente for intolerante ou incapaz de absorver ferro oral, ou uma resposta mais rápida for necessária devido à gravidade dos sintomas.[23]Silber MH, Buchfuhrer MJ, Earley CJ, et al. The management of restless legs syndrome: an updated algorithm. Mayo Clin Proc. 2021 Jul;96(7):1921-37.
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Outros fatores de exacerbação devem ser rastreados, incluindo medicamentos que puderem agravar os sintomas, mudanças no estilo de vida, como comportamento mais sedentário ou trabalho em turnos noturnos, e outras causas de perturbação do sono, como apneia do sono.[23]Silber MH, Buchfuhrer MJ, Earley CJ, et al. The management of restless legs syndrome: an updated algorithm. Mayo Clin Proc. 2021 Jul;96(7):1921-37.
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A terapia combinada com medicamentos de diferentes classes pode ser considerada; um segundo agente é adicionado enquanto se tenta reduzir a dose do medicamento inicial. Os segundos agentes podem incluir:[23]Silber MH, Buchfuhrer MJ, Earley CJ, et al. The management of restless legs syndrome: an updated algorithm. Mayo Clin Proc. 2021 Jul;96(7):1921-37.
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Um agonista da dopamina para os pacientes tratados com um gabapentinoide
Um gabapentinoide para os pacientes tratados com um agonista da dopamina
Um benzodiazepínico (particularmente se a insônia for um sintoma predominante)
Um opioide de baixa ou de alta potência.
A monoterapia com opioides em baixa dose também pode ser considerada em pacientes devidamente rastreados. Os opioides são muito efetivos no tratamento da SPI grave e refratária, melhorando o sono e a qualidade de vida e reduzindo o cansaço diurno. Quando adequadamente usados, a necessidade de se aumentar a dose é incomum, e o uso indevido é pouco frequente naqueles sem histórico de transtorno por uso indevido de substâncias. É importante triar os pacientes perguntando sobre os fatores de risco para abuso de opioides, incluindo histórias pessoal e familiar de abuso de substâncias, e um contrato sobre opioides deve ser assinado pelo paciente e pelo médico.[23]Silber MH, Buchfuhrer MJ, Earley CJ, et al. The management of restless legs syndrome: an updated algorithm. Mayo Clin Proc. 2021 Jul;96(7):1921-37.
https://www.mayoclinicproceedings.org/article/S0025-6196(20)31489-0/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34218864?tool=bestpractice.com
Os efeitos adversos dos opioides incluem náuseas, constipação, retenção urinária, coceira, torpor diurno, disfunção cognitiva, quedas, baixa testosterona, insuficiência adrenal secundária e apneia central do sono. Portanto, é necessário um monitoramento rigoroso; no entanto, esses medicamentos geralmente são bem tolerados às doses baixas recomendadas. Preparações de ação prolongada ou de liberação prolongada são recomendadas, pois a maioria dos pacientes que mudam para opioides terá sintomas aumentados presentes por >12 horas por dia.[23]Silber MH, Buchfuhrer MJ, Earley CJ, et al. The management of restless legs syndrome: an updated algorithm. Mayo Clin Proc. 2021 Jul;96(7):1921-37.
https://www.mayoclinicproceedings.org/article/S0025-6196(20)31489-0/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34218864?tool=bestpractice.com
Populações especiais
Gestação e lactação
A maioria dos pacientes pode ser tratada com modificações no estilo de vida e correção dos estoques de ferro, se necessária.[23]Silber MH, Buchfuhrer MJ, Earley CJ, et al. The management of restless legs syndrome: an updated algorithm. Mayo Clin Proc. 2021 Jul;96(7):1921-37.
https://www.mayoclinicproceedings.org/article/S0025-6196(20)31489-0/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34218864?tool=bestpractice.com
[46]Picchietti DL, Hensley JG, Bainbridge JL, et al. Consensus clinical practice guidelines for the diagnosis and treatment of restless legs syndrome/Willis-Ekbom disease during pregnancy and lactation. Sleep Med Rev. 2015 Aug;22:64-77.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25553600?tool=bestpractice.com
[47]Garbazza C, Manconi M. Management strategies for restless legs syndrome/Willis-Ekbom disease during pregnancy. Sleep Med Clin. 2018 Sep;13(3):335-48.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30098751?tool=bestpractice.com
A vitamina C pode aumentar a absorção de ferro oral. No entanto, há debate sobre a segurança do uso da vitamina C durante a gravidez e, portanto, ela deve ser evitada.[46]Picchietti DL, Hensley JG, Bainbridge JL, et al. Consensus clinical practice guidelines for the diagnosis and treatment of restless legs syndrome/Willis-Ekbom disease during pregnancy and lactation. Sleep Med Rev. 2015 Aug;22:64-77.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25553600?tool=bestpractice.com
Os tratamentos não farmacológicos incluem exercícios de intensidade moderada, ioga, massagens, dispositivos de compressão pneumática, tratamento da apneia obstrutiva do sono e evitação dos fatores agravantes.[46]Picchietti DL, Hensley JG, Bainbridge JL, et al. Consensus clinical practice guidelines for the diagnosis and treatment of restless legs syndrome/Willis-Ekbom disease during pregnancy and lactation. Sleep Med Rev. 2015 Aug;22:64-77.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25553600?tool=bestpractice.com
[47]Garbazza C, Manconi M. Management strategies for restless legs syndrome/Willis-Ekbom disease during pregnancy. Sleep Med Clin. 2018 Sep;13(3):335-48.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30098751?tool=bestpractice.com
Os medicamentos devem ser reservados para a SPI grave e devem ser evitados no primeiro trimestre, se possível. A menor dose efetiva deve ser usada pelo menor tempo possível (e de forma intermitente, em vez de contínua, se possível). A relação risco-benefício dos medicamentos na gravidez deve ser cuidadosamente discutida com cada paciente, e a necessidade de medicação contínua reavaliada periodicamente, particularmente depois que os estoques de ferro estiverem completos e no momento do parto.[23]Silber MH, Buchfuhrer MJ, Earley CJ, et al. The management of restless legs syndrome: an updated algorithm. Mayo Clin Proc. 2021 Jul;96(7):1921-37.
https://www.mayoclinicproceedings.org/article/S0025-6196(20)31489-0/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34218864?tool=bestpractice.com
O clonazepam em baixa dose (um benzodiazepínico) pode ser considerado no segundo e no terceiro trimestres. O uso concomitante com anti-histamínicos e anticonvulsivantes deve ser evitado. A carbidopa/levodopa é outra opção.[23]Silber MH, Buchfuhrer MJ, Earley CJ, et al. The management of restless legs syndrome: an updated algorithm. Mayo Clin Proc. 2021 Jul;96(7):1921-37.
https://www.mayoclinicproceedings.org/article/S0025-6196(20)31489-0/fulltext
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[46]Picchietti DL, Hensley JG, Bainbridge JL, et al. Consensus clinical practice guidelines for the diagnosis and treatment of restless legs syndrome/Willis-Ekbom disease during pregnancy and lactation. Sleep Med Rev. 2015 Aug;22:64-77.
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[47]Garbazza C, Manconi M. Management strategies for restless legs syndrome/Willis-Ekbom disease during pregnancy. Sleep Med Clin. 2018 Sep;13(3):335-48.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30098751?tool=bestpractice.com
O inibidor de dopa-descarboxilase alternativo à carbidopa benserazida não deve ser usado devido aos riscos de malformações congênitas.[23]Silber MH, Buchfuhrer MJ, Earley CJ, et al. The management of restless legs syndrome: an updated algorithm. Mayo Clin Proc. 2021 Jul;96(7):1921-37.
https://www.mayoclinicproceedings.org/article/S0025-6196(20)31489-0/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34218864?tool=bestpractice.com
A oxicodona em baixa dose antes de dormir pode ser considerada para sintomas refratários graves no segundo e terceiro trimestres, mas o neonato precisaria ser monitorado quanto a sintomas de abstinência de opioides.[23]Silber MH, Buchfuhrer MJ, Earley CJ, et al. The management of restless legs syndrome: an updated algorithm. Mayo Clin Proc. 2021 Jul;96(7):1921-37.
https://www.mayoclinicproceedings.org/article/S0025-6196(20)31489-0/fulltext
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[46]Picchietti DL, Hensley JG, Bainbridge JL, et al. Consensus clinical practice guidelines for the diagnosis and treatment of restless legs syndrome/Willis-Ekbom disease during pregnancy and lactation. Sleep Med Rev. 2015 Aug;22:64-77.
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[47]Garbazza C, Manconi M. Management strategies for restless legs syndrome/Willis-Ekbom disease during pregnancy. Sleep Med Clin. 2018 Sep;13(3):335-48.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30098751?tool=bestpractice.com
Em pessoas que estiverem amamentando, o clonazepam e gabapentina em baixas doses são opções possíveis. O tramadol em baixa dose pode ser considerado para sintomas graves refratários.[23]Silber MH, Buchfuhrer MJ, Earley CJ, et al. The management of restless legs syndrome: an updated algorithm. Mayo Clin Proc. 2021 Jul;96(7):1921-37.
https://www.mayoclinicproceedings.org/article/S0025-6196(20)31489-0/fulltext
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[46]Picchietti DL, Hensley JG, Bainbridge JL, et al. Consensus clinical practice guidelines for the diagnosis and treatment of restless legs syndrome/Willis-Ekbom disease during pregnancy and lactation. Sleep Med Rev. 2015 Aug;22:64-77.
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[47]Garbazza C, Manconi M. Management strategies for restless legs syndrome/Willis-Ekbom disease during pregnancy. Sleep Med Clin. 2018 Sep;13(3):335-48.
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O levodopa/carbidopa e agonistas da dopamina devem ser evitados durante a lactação, pois a dopamina inibe a produção de prolactina.[23]Silber MH, Buchfuhrer MJ, Earley CJ, et al. The management of restless legs syndrome: an updated algorithm. Mayo Clin Proc. 2021 Jul;96(7):1921-37.
https://www.mayoclinicproceedings.org/article/S0025-6196(20)31489-0/fulltext
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[46]Picchietti DL, Hensley JG, Bainbridge JL, et al. Consensus clinical practice guidelines for the diagnosis and treatment of restless legs syndrome/Willis-Ekbom disease during pregnancy and lactation. Sleep Med Rev. 2015 Aug;22:64-77.
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[47]Garbazza C, Manconi M. Management strategies for restless legs syndrome/Willis-Ekbom disease during pregnancy. Sleep Med Clin. 2018 Sep;13(3):335-48.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30098751?tool=bestpractice.com
Doença renal crônica
O manejo é semelhante ao de pacientes com função renal normal. Um único estudo controlado sugeriu que a suplementação de vitaminas C e E pode ser benéfica em pacientes com uremia.[48]Sagheb MM, Dormanesh B, Fallahzadeh MK, et al. Efficacy of vitamins C, E, and their combination for treatment of restless legs syndrome in hemodialysis patients: a randomized, double-blind, placebo-controlled trial. Sleep Med. 2012 May;13(5):542-5.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22317944?tool=bestpractice.com
O estado do ferro deve ser verificado e tratado com ferro intravenoso ou eritropoetina, se indicado. As doses dos medicamentos podem precisar ser ajustadas, pois os gabapentinoides e a maioria dos agonistas da dopamina são excretados pelos rins. A rotigotina transdérmica é uma exceção, pois ela sofre metabolismo hepático. A SPI geralmente melhora ou se resolve após o transplante renal.[23]Silber MH, Buchfuhrer MJ, Earley CJ, et al. The management of restless legs syndrome: an updated algorithm. Mayo Clin Proc. 2021 Jul;96(7):1921-37.
https://www.mayoclinicproceedings.org/article/S0025-6196(20)31489-0/fulltext
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