Novos tratamentos

Toxina botulínica

A toxina botulínica inibe a liberação do neurotransmissor não colinérgico dos terminais do nervo sensorial (além de seus efeitos no bloqueio da exocitose de acetilcolina). A toxina botulínica prolongou a duração da analgesia em pacientes com síndrome da dor regional complexa (CRPS) quando usada em conjunto com o bloqueio do simpático.[98][99]​​

Antagonistas do receptor N-metil-D-aspartato (NMDA) orais

Antagonistas do NMDA orais foram estudados para dor neuropática, mas não para a CRPS, e muitos agentes farmacológicos com propriedades antagonista de NMDA (por exemplo, dextrometorfano, memantina, amantadina) têm afinidade significativamente menor para o receptor NMDA que a cetamina, com significância clínica não clara.[100] São necessários estudos adicionais.

Varredores de radicais livres

Supondo que a inflamação tem um papel no desenvolvimento da CRPS e está associada à produção de radicais livres de oxigênio, os varredores de radicais livres (50% de dimetilsulfóxido e N-acetilcisteína) foram testados com relativo sucesso.​[101][102]​​​​​

Estimulação do córtex motor

A estimulação cortical direta (invasiva) pode ser mais eficaz que a estimulação magnética transcraniana (não invasiva) em pacientes com dor neuropática.[103][104][105]​​​ No entanto, essas terapias não foram adequadamente testadas em pacientes com CRPS.

Agentes imunomoduladores

A inflamação pode ter um papel na fisiopatologia da CRPS. Os agentes imunomoduladores que reduzem a inflamação, como antagonistas do fator de necrose tumoral alfa, talidomida e imunoglobulinas podem, portanto, ter um papel no tratamento da CRPS.[106] No entanto, um grande ensaio clínico randomizado e controlado constatou que o tratamento com imunoglobulina intravenosa (IGIV) em baixas doses por 6 semanas não foi efetivo para aliviar a dor em pacientes com CRPS moderada a grave com duração de 1 a 5 anos.[107] Há algumas evidências anedóticas em relação à eficácia da IGIV em doses altas na CRPS, mas isso ainda não foi testado em ensaios clínicos.[51]​​​

Naltrexona

A naltrexona é um antagonista opioide com potenciais propriedades imunomoduladoras, e recebeu estatuto de medicamento órfão pela FDA para o tratamento da CRPS. Sintomas proeminentes de CRPS (espasmos distônicos e distonia fixa) foram relatados como em remissão nos pacientes após doses baixas de naltrexona.[108] Um ensaio clínico randomizado e controlado está em andamento.[51][109]

Ziconotida

A administração intratecal de ziconotida, um novo analgésico não opioide derivado da toxina de espécies de caracol, foi associada a melhoras na dor, edema, anormalidades cutâneas e/ou morbidade, e à redução na ingestão de opioides, em pacientes com CRPS em que os tratamentos convencionais e intervencionistas proporcionaram alívio inadequado da dor.[110][111]​​[112]

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