Complicações

Complicação
Período de ocorrência
Probabilidade
curto prazo
baixa

Geralmente acontece no início da evolução da doença e é decorrente de dano progressivo crônico do fígado.

O transplante de fígado pode ser o único procedimento curativo.[125]

curto prazo
baixa

Geralmente acontece no início da evolução da doença e é decorrente de dano progressivo crônico do fígado.

O transplante de fígado pode ser o único procedimento curativo.[125]

longo prazo
baixa

Ocorre em 3% a 16% dos pacientes por causa das lesões ósseas do mastoide.[126]

A perda auditiva é frequentemente condutiva, mas danos da orelha interna podem causar perda auditiva neurossensorial.[49]

Avaliação da perda auditiva

longo prazo
baixa

Podem ocorrer em pacientes com comprometimento da pele. Raramente evolui para xantogranuloma juvenil.

longo prazo
baixa

Tumores sólidos, como neuroblastoma e retinoblastoma, leucemia mielogênica aguda e leucemia linfoide aguda, têm sido relatados durante ou após o tratamento.[127]

Linfomas de Hodgkin e não Hodgkin são mais frequentemente relatados entre adultos, com apenas alguns casos relatados em crianças.[128]

longo prazo
baixa

Pode ocorrer até 20 anos após o diagnóstico, a partir de insuficiência de órgãos-alvo ou de complicações induzidas pelo tratamento, como neoplasias secundárias.

variável
Médias

Ocorre em 7% a 20% dos pacientes.[27] Pode preceder ou manifestar-se após o diagnóstico. Os sintomas de polidipsia e poliúria devem ser investigados, mesmo que ocorram muitos anos após o diagnóstico de HCL.[2]

Os fatores de risco incluem a presença de doença multissistêmica e o comprometimento de ossos craniofaciais, especialmente a órbita e a base do crânio.[27] A quimioterapia intensiva administrada no início do diagnóstico pode reduzir o risco de evolução para esse quadro clínico.

Há relatos de casos de uso do agente quimioterápico cladribina para reverter a condição, mas geralmente é considerada irreversível.[120]

variável
Médias

Os pacientes apresentam aumento do risco de deficiência de hormônio do crescimento (10% dos pacientes), puberdade tardia e pan-hipopituitarismo.[2] A medição do peso e da altura e a avaliação do estágio puberal de Tanner são recomendadas a cada 6 a 12 meses até que a criança termine de crescer.[2] A reposição de hormônio do crescimento é indicada para deficiência de hormônio do crescimento.[121]

variável
Médias

Ocorre por causa de uma combinação de fatores, incluindo deficiência de hormônio do crescimento, comprometimento ósseo, corticoterapia crônica e os efeitos da própria doença crônica, tudo isso resultando em uma altura final comprometida.[121][122] O tratamento depende da etiologia.

variável
Médias

Ocorrem em 42% dos sobreviventes em longo prazo.[44] Podem ser decorrentes da própria doença (comprometimento ósseo) ou do tratamento.

Cessação do crescimento, fraturas patológicas e escoliose têm sido relatadas. Manifestações menos comuns incluem proptose residual, perda de dentes e crescimento assimétrico da mandíbula.[44]

variável
Médias

Ocorre em pacientes com comprometimento pulmonar, predominantemente em adolescentes e adultos, em especial fumantes.[23] Há uma associação conhecida entre comprometimento pulmonar e câncer de pulmão em pacientes que fumam.[123]

O abandono do hábito de fumar pode parar a evolução da doença.[115]

variável
baixa

Ocorre em até 4% dos pacientes e traz potencial risco de vida.[3][36]

Manifesta-se como sintomas cerebelares, convulsões, deficits neurológicos focais, comprometimento cognitivo ou alterações no comportamento. Pode ocorrer vários anos após o diagnóstico ou, menos frequentemente, na apresentação inicial. O comprometimento cognitivo foi relatado em até 40% dos sobreviventes em longo prazo da doença multissistêmica.[124]

Os fatores de risco incluem a presença de diabetes insípido ou lesões ósseas de risco para o SNC (ou seja, lesões da órbita, do mastoide ou do osso temporal).[3][36]

Todos os pacientes devem realizar uma ressonância nuclear magnética (RNM) cranioencefálica anualmente após o fim do tratamento para detectar degeneração radiográfica do SNC precocemente.

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