Etiologia
A etiologia da tendinopatia não está clara.[7][8][9] Embora se acredite que diversos fatores estejam envolvidos, como idade, genética, peso corporal, metabolismo desregulado, indivíduos propensos a estados pró-inflamatórios e fraqueza muscular, a carga mecânica repetitiva nos tendões é considerada o principal fator de risco no desenvolvimento da tendinopatia.[16][17][18]
Tendões têm diversas funções incluindo transmissão da força mecânica, estabilização das articulações e absorção de impacto para limitar os danos aos músculos. Os tendões são compostos de colágenos, proteoglicanos, glicoproteínas, água e células. Eles são capazes de alterar sua estrutura e composição em resposta às cargas mecânicas. Embora uma carga mecânica adequada nos tendões seja benéfica, o uso excessivo (carga mecânica repetitiva e crônica nos tendões) pode resultar em alterações patológicas.[4][16][19]
Fisiopatologia
A patogênese da tendinopatia é tema ainda em discussão. O uso mecânico excessivo provavelmente resulta em degeneração do tendão e causa alterações no fenótipo da célula e neovascularização. As alterações no fenótipo da célula são caracterizadas por um número elevado de células redondas que produzem mais colágeno do tipo III que colágeno do tipo I. O colágeno do tipo III é mais fino e menos capaz de formar pacotes que o colágeno do tipo I. Há também um aumento nos proteoglicanos maiores, como o agrecan.
Essa combinação causa a ruptura da estrutura do tendão e uma redução na capacidade do tendão de absorver cargas mecânicas. A neovascularização representa um processo de recuperação dos tendões lesionados. No entanto, vasos e nervos neoformados podem ser uma fonte de dor relacionada à tendinopatia.[20][21][22] A perda de integridade da matriz, a ruptura no tendão e a neovascularização respaldam a hipótese de que a tendinopatia seja um processo de recuperação malsucedido resultando em um tendão dolorido, vascularizado e biomecanicamente inferior.[5] Certos pacientes com metabolismo desregulado ou propensos a estados pró-inflamatórios, como aqueles com diabetes do tipo 2, podem estar sujeitos a uma recuperação cada vez mais deficiente do tensão e taxas mais altas de tendinopatia.[18]
Em resumo, a degeneração no tendão é caracterizada pela fragmentação do colágeno, perda de orientação do colágeno, alterações na composição biomecânica, níveis elevados de proteoglicanos e atividade reduzida das enzimas.
Classificação
Ombro
Tendinopatia do manguito rotador
Cotovelo
Epicondilite lateral
Epicondilite medial
Joelho
Tendinopatia patelar:
Estágio 1: dor após atividade
Estágio 2: dor ao início da atividade que desaparece após o aquecimento
Estágio 3: dor constante durante a atividade
Estágio 4: ruptura do tendão.
Tendinopatia do quadríceps
Tornozelo
Tendinopatia de Aquiles
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