Prognóstico
Taquicardia ventricular idiopática
A taquicardia ventricular (TV) idiopática geralmente apresenta um prognóstico favorável. Na maioria dos pacientes, a TV idiopática não é uma doença progressiva. Os sintomas mais comuns associados à TV idiopática são palpitações e pré-síncope; a síncope verdadeira é incomum (10% a 20%). Pacientes que apresentam TV idiopática aparente originada no ventrículo direito devem passar por uma avaliação cuidadosa quanto à cardiomiopatia arritmogênica do ventrículo direito oculta, já que complexos ventriculares prematuros e TV são manifestações precoces frequentes desse distúrbio. Complexos ventriculares prematuros idiopáticos frequentes ou incessantes, ou TV não sustentada têm sido associados à cardiomiopatia reversível induzida por taquicardia que regride após terapia com medicamentos ou ablação por cateter.[58]
TV não idiopática
Ao contrário da TV idiopática, os pacientes que desenvolvem TV sustentada no contexto de uma disfunção sistólica do ventrículo esquerdo geralmente têm ritmos reentrantes ao redor de cicatrizes miocárdicas. Esses circuitos reentrantes podem degenerar para fibrilação ventricular e estão associados a uma alta taxa de mortalidade. A implantação de um cardioversor-desfibrilador implantável (CDI) proporciona um monitoramento contínuo do ritmo cardíaco e a capacidade de interromper a TV através de estimulação em um ritmo mais acelerado e/ou de desfibrilação. Em função do início imprevisível e rápido da TV sustentada, e suas consequências graves se não for tratada, a terapia profilática com CDI tornou-se o tratamento mais importante para reduzir a mortalidade entre pacientes de alto risco.[7]
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