A ressecção cirúrgica do câncer colorretal localizado é a base do tratamento curativo. A cirurgia deve ser evitada quando se considera que os riscos superam os benefícios potenciais: por exemplo, quando o paciente não está apto para cirurgias de grande porte devido a comorbidades subjacentes ou quando a ressecção de doença avançada (estádio 4) pode não alterar a sobrevida ou a qualidade de vida. Além da ressecção paliativa (por exemplo, em caso de obstrução), o objetivo da cirurgia é curativo com base nas margens de ressecção não afetadas, tanto macroscopicamente quanto histologicamente.
As evidências sugerem que os desfechos são melhores em unidades cirúrgicas que realizam altos volumes de cirurgia de câncer colorretal.[190]van Gijn W, Gooiker GA, Wouters MW, et al. Volume and outcome in colorectal cancer surgery. Eur J Surg Oncol. 2010;36(suppl 1):S55-S63.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20615649?tool=bestpractice.com
Antes da cirurgia, os pacientes que podem precisar de um estoma devem ser examinados por um enfermeiro especializado em estoma para garantir a marcação apropriada do estoma, o tempo adequado para a adaptação do dispositivo e a educação do paciente sobre os cuidados com o estoma. A pré-reabilitação multimodal pode melhorar a capacidade funcional e a recuperação pós-operatória, e pode reduzir complicações pós-operatórias graves; são necessários estudos adicionais.[191]Molenaar CJ, van Rooijen SJ, Fokkenrood HJ, et al. Prehabilitation versus no prehabilitation to improve functional capacity, reduce postoperative complications and improve quality of life in colorectal cancer surgery. Cochrane Database Syst Rev. 2022 May 19;5(5):CD013259.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD013259.pub2/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35588252?tool=bestpractice.com
[192]Molenaar CJL, Minnella EM, Coca-Martinez M, et al. Effect of multimodal prehabilitation on reducing postoperative complications and enhancing functional capacity following colorectal cancer surgery: the PREHAB randomized clinical trial. JAMA Surg. 2023 Jun 1;158(6):572-81.
https://jamanetwork.com/journals/jamasurgery/fullarticle/2803109
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36988937?tool=bestpractice.com
Princípios da cirurgia
Técnicas cirúrgicas minimamente invasivas, inclusive técnicas laparoscópicas ou robóticas, são cada vez mais usadas para câncer de cólon. Na maioria das circunstâncias, é preferível à cirurgia por via aberta, dada a experiência adequada.[115]Vogel JD, Felder SI, Bhama AR, et al. The American Society of Colon and Rectal Surgeons clinical practice guidelines for the management of colon cancer. Dis Colon Rectum. 2022 Feb 1;65(2):148-77.
https://journals.lww.com/dcrjournal/Fulltext/2022/02000/The_American_Society_of_Colon_and_Rectal_Surgeons.7.aspx
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34775402?tool=bestpractice.com
Os benefícios da ressecção realizada por um cirurgião treinado usando técnicas cirúrgicas minimamente invasivas incluem dor pós-operatória reduzida, menor tempo de internação, perfil inflamatório superior e período de recuperação mais curto, em comparação com a cirurgia por via aberta.[193]Cheng H, Zhou M, Yang L, et al. The impact of laparoscopic, open, extended right, and left colectomy on clinical outcomes of splenic flexure colon cancer: a meta-analysis. Medicine (Baltimore). 2023 May 12;102(19):e33742.
https://journals.lww.com/md-journal/fulltext/2023/05120/the_impact_of_laparoscopic,_open,_extended_right,.14.aspx
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37171307?tool=bestpractice.com
[194]Kampman SL, Smalbroek BP, Dijksman LM, et al. Postoperative inflammatory response in colorectal cancer surgery: a meta-analysis. Int J Colorectal Dis. 2023 Sep 19;38(1):233.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37725227?tool=bestpractice.com
O tempo para a recorrência do tumor, a qualidade de vida em longo prazo e a sobrevida são similares em ambas as técnicas cirúrgicas, laparoscópica e aberta.[195]Nelson H, Sargent DJ, Wieand HS, et al; Clinical Outcomes of Surgical Therapy Study Group. A comparison of laparoscopically assisted and open colectomy for colon cancer. N Engl J Med. 2004 May 13;350(20):2050-9.
https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa032651
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15141043?tool=bestpractice.com
[196]Buunen M, Veldkamp R, Hop WC, et al; Colon Cancer Laparoscopic or Open Resection Study Group. Survival after laparoscopic surgery versus open surgery for colon cancer: long-term outcome of a randomised clinical trial. Lancet Oncol. 2009 Jan;10(1):44-52.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19071061?tool=bestpractice.com
[197]Green BL, Marshall HC, Collinson F, et al. Long-term follow-up of the Medical Research Council CLASICC trial of conventional versus laparoscopically assisted resection in colorectal cancer. Br J Surg. 2013 Jan;100(1):75-82.
https://bjssjournals.onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/bjs.8945
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23132548?tool=bestpractice.com
[198]Kennedy RH, Francis EA, Wharton R, et al. Multicenter randomized controlled trial of conventional versus laparoscopic surgery for colorectal cancer within an enhanced recovery programme: EnROL. J Clin Oncol. 2014 Jun 10;32(17):1804-11.
https://ascopubs.org/doi/full/10.1200/jco.2013.54.3694
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24799480?tool=bestpractice.com
[199]Cui M, Liu S. Meta-analysis of the effect of laparoscopic surgery and open surgery on long-term quality of life in patients with colorectal cancer. Medicine (Baltimore). 2023 Sep 8;102(36):e34922.
https://journals.lww.com/md-journal/fulltext/2023/09080/meta_analysis_of_the_effect_of_laparoscopic.13.aspx
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37682135?tool=bestpractice.com
Manejo do câncer retal
O tratamento cirúrgico do câncer retal (classificado como qualquer câncer cuja margem distal é vista a 15 cm ou menos da margem anal usando um sigmoidoscópio rígido) difere do câncer de cólon em sua maior complexidade técnica.[200]Lai JH, Law WL. Laparoscopic surgery for colorectal cancer. Br Med Bull. 2012 Oct 19;104:61-89.
https://academic.oup.com/bmb/article/104/1/61/326891
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23086860?tool=bestpractice.com
A cirurgia do câncer retal varia de acordo com o estádio e a localização do câncer. A excisão total do mesorreto é o procedimento cirúrgico de padrão internacional para o câncer retal.[128]Glynne-Jones L, Wyrwicz E, Tiret G, et al. Rectal cancer: ESMO clinical practice guidelines for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2017;28(suppl 4):iv22-iv40.
http://www.esmo.org/Guidelines/Gastrointestinal-Cancers/Rectal-Cancer
As técnicas cirúrgicas minimamente invasivas usadas para ressecção retal têm as mesmas vantagens daquelas usadas para ressecção do cólon e estão associadas a desfechos oncológicos semelhantes em comparação à cirurgia retal por via aberta.[201]Anderson C, Uman G, Pigazzi A. Oncologic outcomes of laparoscopic surgery for rectal cancer: a systematic review and meta-analysis of the literature. Eur J Surg Oncol. 2008 Oct;34(10):1135-42.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18191529?tool=bestpractice.com
[202]Ng SS, Lee JF, Yiu RY, et al. Long-term oncologic outcomes of laparoscopic versus open surgery for rectal cancer: a pooled analysis of 3 randomized controlled trials. Ann Surg. 2014 Jan;259(1):139-47.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23598381?tool=bestpractice.com
[203]Vennix S, Pelzers L, Bouvy N, et al. Laparoscopic versus open total mesorectal excision for rectal cancer. Cochrane Database Syst Rev. 2014 Apr 15;(4):CD005200.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD005200.pub3/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24737031?tool=bestpractice.com
[204]Bonjer HJ, Deijen CL, Abis GA, et al; COLOR II Study Group. A randomized trial of laparoscopic versus open surgery for rectal cancer. N Engl J Med. 2015 Apr 2;372(14):1324-32.
https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa1414882
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25830422?tool=bestpractice.com
[205]Jeong SY, Park JW, Nam BH, et al. Open versus laparoscopic surgery for mid-rectal or low-rectal cancer after neoadjuvant chemoradiotherapy (COREAN trial): survival outcomes of an open-label, non-inferiority, randomised controlled trial. Lancet Oncol. 2014 Jun;15(7):767-74.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24837215?tool=bestpractice.com
No entanto, um estudo de não inferioridade constatou que a ressecção laparoscópica pode não ser apropriada no câncer retal em estádios 2 e 3.[206]Fleshman J, Branda M, Sargent DJ, et al. Effect of laparoscopic-assisted resection vs. open resection of stage II or III rectal cancer on pathologic outcomes: the ACOSOG Z6051 randomized clinical trial. JAMA. 2015 Oct 6;314(13):1346-55.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26441179?tool=bestpractice.com
Revisões sistemáticas, que incluíram estudos randomizados e observacionais, sugerem que a cirurgia assistida por robô para câncer retal resulta em desfechos oncológicos semelhantes aos da cirurgia laparoscópica.[207]Prete FP, Pezzolla A, Prete F, et al. Robotic versus laparoscopic minimally invasive surgery for rectal cancer: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. Ann Surg. 2018 Jun;267(6):1034-46.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28984644?tool=bestpractice.com
[208]Holmer C, Kreis ME. Systematic review of robotic low anterior resection for rectal cancer. Surg Endosc. 2017 Dec 7;32(2):569-81.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29218670?tool=bestpractice.com
[209]Lee SH, Kim DH, Lim SW. Robotic versus laparoscopic intersphincteric resection for low rectal cancer: a systematic review and meta-analysis. Int J Colorectal Dis. 2018 Sep 5;33(12):1741-53.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30187156?tool=bestpractice.com
[210]Martins RS, Fatimi AS, Mahmud O, et al. Multidimensional quality of life after robotic versus laparoscopic surgery for rectal cancer: a systematic review and meta-analysis. World J Surg. 2023 May;47(5):1310-9.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36788148?tool=bestpractice.com
Uma metanálise em rede observou melhora na distância da margem de ressecção distal e redução do tempo de internação hospitalar com excisão mesorretal total assistida por robô.[211]Seow W, Dudi-Venkata NN, Bedrikovetski S, et al. Outcomes of open vs laparoscopic vs robotic vs transanal total mesorectal excision (TME) for rectal cancer: a network meta-analysis. Tech Coloproctol. 2023 May;27(5):345-60.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36508067?tool=bestpractice.com
Outra metanálise relatou melhor preservação das funções urinária e sexual com a cirurgia assistida por robô, em comparação com a cirurgia laparoscópica.[212]Li X, Liu ZH, Wang N, et al. Robotic versus laparoscopic total mesorectal excision for rectal cancer: a meta-analysis of long-term survival and urogenital functional outcomes. Minerva Gastroenterol (Torino). 2023 Sep;69(3):403-11.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33860661?tool=bestpractice.com
Evidências de um ensaio clínico randomizado e controlado (ECRC) revelaram que a cirurgia laparoscópica assistida por robô não reduziu significativamente o risco de conversão para laparotomia aberta em comparação com a cirurgia laparoscópica convencional.[213]Jayne D, Pigazzi A, Marshall H, et al. Effect of robotic-assisted vs conventional laparoscopic surgery on risk of conversion to open laparotomy among patients undergoing resection for rectal cancer: the ROLARR randomized clinical trial. JAMA. 2017 Oct 24;318(16):1569-80.
https://www.doi.org/10.1001/jama.2017.7219
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29067426?tool=bestpractice.com
Cirurgia "fast-track"
A cirurgia “fast-track” combina uma variedade de técnicas (por exemplo, anestesia peridural ou regional, técnicas minimamente invasivas, controle ideal da dor e reabilitação pós-operatória agressiva) para reduzir o tempo necessário para a recuperação completa. Foi demonstrado que a cirurgia “fast-track”, incorporando os princípios do programa Enhanced Recovery After Surgery (ERAS), reduz as complicações gerais e o tempo de permanência após a cirurgia colorretal.[214]Spanjersberg WR, Reurings J, Keus F, et al. Fast track surgery versus conventional recovery strategies for colorectal surgery. Cochrane Database Syst Rev. 2011 Feb 16;(2):CD007635.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD007635.pub2/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21328298?tool=bestpractice.com
[215]van der Pas MH, Haglind E, Cuesta MA, et al. Laparoscopic versus open surgery for rectal cancer (COLOR II): short-term outcomes of a randomised, phase 3 trial. Lancet Oncol. 2013 Mar;14(3):210-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23395398?tool=bestpractice.com
[216]Li N, Liu Y, Chen H, et al. Efficacy and safety of enhanced recovery after surgery pathway in minimally invasive colorectal cancer surgery: a systemic review and meta-analysis. J Laparoendosc Adv Surg Tech A. 2023 Feb;33(2):177-87.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36074099?tool=bestpractice.com
[
]
What are the effects of Enhanced Recovery after Surgery (ERAS) compared with conventional recovery strategies in people undergoing colorectal surgery?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.545/fullMostre-me a resposta
Câncer retal em estádio 1 (T1 e T2)
A excisão local do câncer retal pode ser apropriada em cânceres de baixo risco que atendam aos seguintes critérios.[129]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: rectal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
<3 cm de diâmetro
Até 8 cm da borda anal
Envolve <30% da circunferência do intestino
Móvel, não fixo
Margem livre (>3 mm)
Histologia moderada ou bem diferenciada, sem características adversas de brotamento tumoral ou invasão linfovascular
Nenhuma evidência de linfadenopatia no exame de imagem pré-tratamento
Localizado (T1, N0, M0)
A excisão de espessura total é viável.
Contraindicações padrões de uma excisão local incluem:[129]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: rectal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
Ressecção transanal do tumor (RTAT), microcirurgia endoscópica transanal (MET) ou cirurgia minimamente invasiva transanal (TAMIS) são algumas das técnicas de excisão local que podem ser usadas para a excisão de cânceres iniciais no reto.
Uma revisão sistemática constatou que a MET pode estar associada a um menor tempo de operação e a um risco reduzido de complicações pós-operatórias em comparação com a ressecção radical do câncer retal inicial, mas a sobrevida global e os desfechos oncológicos não diferiram.[217]Sajid MS, Farag S, Leung P, et al. Systematic review and meta-analysis of published trials comparing the effectiveness of transanal endoscopic microsurgery and radical resection in the management of early rectal cancer. Colorectal Dis. 2014 Jan;16(1):2-14.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24330432?tool=bestpractice.com
Em uma metanálise, a MET esteve associada a menos complicações do que a cirurgia padrão em pacientes com câncer retal T1 e T2, mas com maior recorrência local e global; nenhuma técnica demonstrou uma vantagem na sobrevida.[218]Sgourakis G, Lanitis S, Gockel I, et al. Transanal endoscopic microsurgery for T1 and T2 rectal cancers: a meta-analysis and meta-regression analysis of outcomes. Am Surg. 2011 Jun;77(6):761-72.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21679648?tool=bestpractice.com
Uma revisão sistemática subsequente de estudos principalmente retrospectivos revelou que a MET é oncologicamente superior à excisão transanal.[219]Clancy C, Burke JP, Albert MR, et al. Transanal endoscopic microsurgery versus standard transanal excision for the removal of rectal neoplasms: a systematic review and meta-analysis. Dis Colon Rectum. 2015 Feb;58(2):254-61.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25585086?tool=bestpractice.com
A dissecção endoscópica de submucosa (DES) é uma técnica minimamente invasiva preservadora de órgão que pode oferecer uma ressecção curativa para câncer retal inicial ao remover a lesão completa, e pode fazer o estadiamento preciso da doença.[129]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: rectal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
As diretrizes da National Comprehensive Cancer Network recomendam que os pacientes com câncer retal sem metástases distais (T1, N0) que não são candidatos à cirurgia podem ser submetidos à DES, enquanto aqueles que são candidatos à cirurgia podem ser submetidos à DES ou excisão local.[129]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: rectal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
No entanto, na prática, como a DES pode não estar prontamente disponível, não é o tratamento de primeira linha preferível para pacientes candidatos à cirurgia.
Estudos retrospectivos encontraram recorrência local, taxa de ressecção R0 e eventos adversos similares com DES e MET/TAMIS.[220]Kim M, Bareket R, Eleftheriadis NP, et al. Endoscopic submucosal dissection (ESD) offers a safer and more cost-effective alternative to transanal endoscopic microsurgery (TEM): an international collaborative study. J Clin Gastroenterol. 2023 May-Jun 01;57(5):486-9.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35470283?tool=bestpractice.com
[221]Kiriyama S, Saito Y, Matsuda T, et al. Comparing endoscopic submucosal dissection with transanal resection for non-invasive rectal tumor: a retrospective study. J Gastroenterol Hepatol. 2011 Jun;26(6):1028-33.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21299616?tool=bestpractice.com
[222]Park SU, Min YW, Shin JU, et al. Endoscopic submucosal dissection or transanal endoscopic microsurgery for nonpolypoid rectal high grade dysplasia and submucosa-invading rectal cancer. Endoscopy. 2012 Nov;44(11):1031-6.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23012217?tool=bestpractice.com
A preferência do paciente e a experiência do profissional em DES devem ser consideradas ao selecionar a técnica adequada.[129]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: rectal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
Pode ser necessária cirurgia definitiva ou radioterapia após a ressecção local se as margens de ressecção forem positivas, se a patologia revelar estádio pT2 ou se o tumor for de grau pT1, mas com características histológicas desfavoráveis. O padrão de cuidados nessas situações, com melhores desfechos oncológicos, continua sendo a cirurgia definitiva (ressecção abdominoperineal ou anterior baixa).[129]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: rectal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
Os tumores T1 sem indicação para ressecção local e os tumores T2 no terço superior do reto são tratados com ressecção anterior, preservação do esfíncter e anastomose colorretal.[129]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: rectal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
Para tumores não passíveis de excisão local que estão no terço médio e inferior do reto, a excisão é obtida por ressecção anterior baixa (RAB) e anastomose coloanal.[129]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: rectal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
Uma bolsa colônica, anastomose colorretal lateral ou coloplastia pode melhorar a função em alguns casos. Essa anastomose tão baixa geralmente é desfuncionalizada com uma ileostomia temporária. O desvio da ileostomia deve ser considerado para pacientes com anastomose retal baixa que receberam radiação neoadjuvante e apresentam aumento do risco de extravasamento anastomótico.[223]Bax TW, McNevin MS. The value of diverting loop ileostomy on the high-risk colon and rectal anastomosis. Am J Surg. 2007 May;193(5):585-7; discussion 587-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17434360?tool=bestpractice.com
[224]Hanna MH, Vinci A, Pigazzi A. Diverting ileostomy in colorectal surgery: when is it necessary? Langenbecks Arch Surg. 2015 Feb;400(2):145-52.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25633276?tool=bestpractice.com
A ressecção abdominoperineal (RAP) será necessária se o tumor invadir o assoalho pélvico, o complexo do esfíncter ou o canal anal. A RAP envolve a colostomia permanente.[129]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: rectal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
Para pacientes com câncer em estádio inicial (cT1-2N0) que requerem RAP devido à localização do tumor, a quimiorradiação neoadjuvante pode ser recomendada após discussão multidisciplinar para aumentar a chance de preservação do esfíncter.[225]Lynn PB, Renfro LA, Carrero XW, et al. Anorectal function and quality of life in patients with early stage rectal cancer treated with chemoradiation and local excision. Dis Colon Rectum. 2017 May;60(5):459-68.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28383445?tool=bestpractice.com
Câncer retal em estádio 2-3
Em muitos centros, o tratamento de pacientes com câncer retal em estádio clínico 2 e 3 consiste em radioterapia pré-operatória com quimiorradioterapia à base de fluoropirimidina, seguida por uma ressecção anterior baixa (RAB) com preservação de esfíncter ou RAP, dependendo da localização do tumor em relação aos esfíncteres anais.[129]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: rectal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
O tratamento neoadjuvante nos EUA inclui radioterapia de longa duração administrada ao longo de 5 semanas com quimioterapia concomitante à base de fluoropirimidina. A radiação pré-operatória de curta duração é uma alternativa aceita, usada em pacientes selecionados com doença T3.[226]Rödel C, Liersch T, Becker H, et al; German Rectal Cancer Study Group. Preoperative chemoradiotherapy and postoperative chemotherapy with fluorouracil and oxaliplatin versus fluorouracil alone in locally advanced rectal cancer: initial results of the German CAO/ARO/AIO-04 randomised phase 3 trial. Lancet Oncol. 2012 Jul;13(7):679-87.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22627104?tool=bestpractice.com
A radiação pré-operatória melhora a função pós-operatória do paciente, bem como a tolerância ao tratamento, e é o padrão de tratamento para os cânceres retais em estádio clínico 2 e 3 nos EUA.[129]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: rectal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
Para pacientes com câncer localmente avançado, a quimiorradiação neoadjuvante de longo prazo é preferível à radioterapia de curto prazo.[154]Scott AJ, Kennedy EB, Berlin J, et al. Management of locally advanced rectal cancer: ASCO guideline. J Clin Oncol. 2024 Oct;42(28):3355-75.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.24.01160
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/39116386?tool=bestpractice.com
A adição da quimioterapia com fluoropirimidina no esquema pré-operatório reduz a recorrência local, mas não melhora a sobrevida, e tem um efeito negativo nas dimensões da qualidade de vida.[227]Sauer R, Liersch T, Merkel S, et al. Preoperative versus postoperative chemoradiotherapy for locally advanced rectal cancer: results of the German CAO/ARO/AIO-94 randomized phase III trial after a median follow-up of 11 years. J Clin Oncol. 2012 Jun 1;30(16):1926-33.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22529255?tool=bestpractice.com
[228]Fiorica F, Cartei F, Licata A, et al. Can chemotherapy concomitantly delivered with radiotherapy improve survival of patients with resectable rectal cancer? A meta-analysis of literature data. Cancer Treat Rev. 2010 Nov;36(7):539-49.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20334979?tool=bestpractice.com
[229]Tiv M, Puyraveau M, Mineur L, et al. Long-term quality of life in patients with rectal cancer treated with preoperative (chemo)-radiotherapy within a randomized trial. Cancer Radiother. 2010 Oct;14(6-7):530-4.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20797891?tool=bestpractice.com
A quimioterapia neoadjuvante com FOLFIRINOX (fluoruracila/ácido folínico com oxaliplatina e irinotecano) e quimiorradioterapia pré-operatória melhorou significativamente a sobrevida livre de doença, em comparação com o padrão de cuidados (por exemplo, quimiorradioterapia seguida de excisão mesorretal total e quimioterapia adjuvante) em pacientes com adenocarcinoma retal comprovado por biópsia em estádio cT3 ou cT4 M0 (sobrevida livre de doença em 3 anos de 76% vs. 69%, respectivamente).[230]Conroy T, Bosset JF, Etienne PL, et al. Neoadjuvant chemotherapy with FOLFIRINOX and preoperative chemoradiotherapy for patients with locally advanced rectal cancer (UNICANCER-PRODIGE 23): a multicentre, randomised, open-label, phase 3 trial. Lancet Oncol. 2021 May;22(5):702-15.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33862000?tool=bestpractice.com
Atualmente, a adição de oxaliplatina aos esquemas de quimiorradioterapia neoadjuvante não é recomendada.[129]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: rectal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
Radiação neoadjuvante de ciclo curto
Em muitos países fora dos EUA, a radiação neoadjuvante de ciclo curto tornou-se o padrão de tratamento para cânceres retais em estádio clínico 2 e 3. A taxa de resposta patológica completa é menor após a radiação de ciclo curto, potencialmente devido a um período mais longo de tempo entre a radiação e a cirurgia. Estudos mais antigos sugerem que os desfechos de longo prazo parecem ser similares aos da radiação pré-operatória de longo prazo.[231]van Gijn W, Marijnen CA, Nagtegaal ID, et al; Dutch Colorectal Cancer Group. Preoperative radiotherapy combined with total mesorectal excision for resectable rectal cancer: 12-year follow-up of the multicentre, randomised controlled TME trial. Lancet Oncol. 2011 Jun;12(6):575-82.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21596621?tool=bestpractice.com
[232]Pettersson D, Cedermark B, Holm T, et al. Interim analysis of the Stockholm III trial of preoperative radiotherapy regimens for rectal cancer. Br J Surg. 2010 Apr;97(4):580-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20155787?tool=bestpractice.com
[233]Ngan SY, Burmeister B, Fisher RJ, et al. Randomized trial of short-course radiotherapy versus long-course chemoradiation comparing rates of local recurrence in patients with T3 rectal cancer: Trans-Tasman Radiation Oncology Group trial 01.04. J Clin Oncol. 2012 Nov 1;30(31):3827-33.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23008301?tool=bestpractice.com
[234]Bujko K, Nowacki MP, Nasierowska-Guttmejer A, et al. Sphincter preservation following preoperative radiotherapy for rectal cancer: report of a randomised trial comparing short-term radiotherapy vs. conventionally fractionated radiochemotherapy. Radiother Oncol. 2004 Jul;72(1):15-24.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15236870?tool=bestpractice.com
Resultados mais recentes do ensaio clínico RAPIDO indicam taxas mais altas de recorrência local com radiação de curto prazo.[235]Bahadoer RR, Dijkstra EA, van Etten B, et al. Short-course radiotherapy followed by chemotherapy before total mesorectal excision (TME) versus preoperative chemoradiotherapy, TME, and optional adjuvant chemotherapy in locally advanced rectal cancer (RAPIDO): a randomised, open-label, phase 3 trial. Lancet Oncol. 2021 Jan;22(1):29-42.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33301740?tool=bestpractice.com
[236]Dijkstra EA, Nilsson PJ, Hospers GAP, et al. Locoregional failure during and after short-course radiotherapy followed by chemotherapy and surgery compared with long-course chemoradiotherapy and surgery: a 5-Year follow-up of the RAPIDO trial. Ann Surg. 2023 Oct 1;278(4):e766-72.
https://journals.lww.com/annalsofsurgery/fulltext/2023/10000/locoregional_failure_during_and_after_short_course.35.aspx
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36661037?tool=bestpractice.com
Investigações adicionais sobre o cronograma ideal de radioterapia estão em andamento, com o ensaio clínico randomizado de fase 3 ACO/ARO/AIO-18.1 do German Rectal Cancer Study Group comparando dois esquemas diferentes de terapia neoadjuvante total, com o grupo de controle recebendo radioterapia de curto prazo seguida por quimioterapia de consolidação e cirurgia ou vigilância ativa, e o grupo investigacional recebendo quimioterapia de longo prazo, seguida pela terapia sistêmica de consolidação e cirurgia ou vigilância ativa.[237]ClinicalTrials.gov. Short RT versus RCT,followed by chemo.and organ preservation for interm and high-risk rectal cancer patients. ClinicalTrials.gov Identifier: NCT04246684. Sep 2019 [internet publication].
https://clinicaltrials.gov/study/NCT04246684
A radiação pré-operatória de ciclo curto é normalmente usada para lesões menores e não volumosas, com falta de extensão ou invasão na fáscia própria do mesorreto. As principais vantagens dessa estratégia são que a ileostomia pode ser potencialmente evitada, os tempos de tratamento são significativamente reduzidos e as toxicidades da radiação são reduzidas.
Quando o tratamento de radiação pré-operatório de curta duração é usado, é recomendado realizar a cirurgia <3 dias após a conclusão do tratamento de radiação, ou protelar a cirurgia de 4 a 8 semanas para os pacientes que sentem se beneficiar com a redução do estadiamento.[238]van den Broek CB, Vermeer TA, Bastiaannet E, et al. Impact of the interval between short-course radiotherapy and surgery on outcomes of rectal cancer patients. Eur J Cancer. 2013 Oct;49(15):3131-9.
https://www.doi.org/10.1016/j.ejca.2013.05.025
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23800669?tool=bestpractice.com
[239]Erlandsson J, Holm T, Pettersson D, et al. Optimal fractionation of preoperative radiotherapy and timing to surgery for rectal cancer (Stockholm III): a multicentre, randomised, non-blinded, phase 3, non-inferiority trial. Lancet Oncol. 2017 Mar;18(3):336-46.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28190762?tool=bestpractice.com
Volumes e técnicas de radiação
Para pacientes com lesões localmente avançadas (T3-4 e/ou envolvimento de linfonodos), os volumes de tratamento devem incluir todo o reto, mesorreto, linfonodos pré-sacrais, linfonodos obturadores e linfonodos ilíacos internos. Em pacientes com invasão das estruturas anteriores, como próstata/vesículas seminais, bexiga, colo uterino ou vagina, a inclusão de linfonodos ilíacos externos deve ser considerada. Para câncer com envolvimento do canal anal, a inclusão de linfonodos ilíacos externos e inguinais pode ser considerada, embora os dados nesse cenário sejam limitados.[240]Wo JY, Ashman JB, Bhadkamkar NA, et al. Radiation therapy for rectal cancer: an ASTRO clinical practice guideline focused update. Pract Radiat Oncol. 25 Nov 2024 [Epub ahead of print].
https://www.practicalradonc.org/article/S1879-8500(24)00304-7/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/39603501?tool=bestpractice.com
Técnicas de radioterapia de intensidade modulada e terapia de arco modulado volumétrico foram associadas a menor toxicidade, em comparação com técnicas conformacionais em 3D em alguns estudos, mas podem estar sujeitas a uma variação maior devido a mudanças na configuração diária e, portanto, devem ser usadas em conjunto com orientação por imagem diária.[240]Wo JY, Ashman JB, Bhadkamkar NA, et al. Radiation therapy for rectal cancer: an ASTRO clinical practice guideline focused update. Pract Radiat Oncol. 25 Nov 2024 [Epub ahead of print].
https://www.practicalradonc.org/article/S1879-8500(24)00304-7/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/39603501?tool=bestpractice.com
A seleção da posição ideal de tratamento do paciente depende de vários fatores. Uma posição pronada com o paciente de barriga para baixo pode deslocar o intestino delgado para fora do campo, reduzindo a dose geral ao intestino. A posição supina é mais adequada para pacientes com colostomia, ou quando os linfonodos inguinais são incluídos nos volumes de tratamento.[240]Wo JY, Ashman JB, Bhadkamkar NA, et al. Radiation therapy for rectal cancer: an ASTRO clinical practice guideline focused update. Pract Radiat Oncol. 25 Nov 2024 [Epub ahead of print].
https://www.practicalradonc.org/article/S1879-8500(24)00304-7/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/39603501?tool=bestpractice.com
Seleção de pacientes
Em alguns centros, o tratamento neoadjuvante pré-operatório é oferecido seletivamente, dependendo do nível do tumor e da distância para ressecção. O critério para a seleção apropriada é fornecido nas diretrizes clínicas do National Institute for Health and Care Excellence sobre câncer colorretal.[91]National Institute for Health and Care Excellence. Colorectal cancer. Dec 2021 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng151
Terapia adjuvante pós-operatória
Quando a radioterapia ou quimiorradioterapia é administrada, o benefício da quimioterapia adicional adjuvante pós-operatória com fluoropirimidina não é confirmado e é um assunto para debate.[241]Bujko K, Glynne-Jones R, Bujko M. Does adjuvant fluoropyrimidine-based chemotherapy provide a benefit for patients with resected rectal cancer who have already received neoadjuvant radiochemotherapy? A systematic review of randomised trials. Ann Oncol. 2010 Sep;21(9):1743-50.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(19)40068-9/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20231300?tool=bestpractice.com
[242]Bosset JF, Calais G, Mineur L, et al; EORTC Radiation Oncology Group. Fluorouracil-based adjuvant chemotherapy after preoperative chemoradiotherapy in rectal cancer: long-term results of the EORTC 22921 randomised study. Lancet Oncol. 2014 Feb;15(2):184-90.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24440473?tool=bestpractice.com
[243]Cancer Care Ontario. Preoperative or postoperative therapy for the management of patients with stage II or III rectal cancer. Mar 2019 [internet publication].
https://www.cancercareontario.ca/en/guidelines-advice/types-of-cancer/31891
[
]
Is there randomized controlled trial evidence to support the use of postoperative adjuvant chemotherapy in people with rectal cancer operated for cure?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.552/fullMostre-me a resposta As diretrizes de prática podem ser variáveis. No entanto, para T3/T4 inicialmente encontrada ou doença positiva de nódulo, até 6 meses de quimioterapia à base de fluoropirimidina deve ser considerado, independente dos achados patológicos na ressecção.[129]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: rectal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
Os resultados em longo prazo de um ECRC indicam que o adjuvante FOLFOX (fluoruracila e ácido folínico associado a oxaliplatina) melhora a sobrevida livre de doença em 6 anos, em comparação com a fluoruracila com ácido folínico, em pacientes com câncer retal com doença em estádio 2 e 3 após quimiorradioterapia pré-operatória.[244]Hong YS, Kim SY, Lee JS, et al. Oxaliplatin-based adjuvant chemotherapy for rectal cancer after preoperative chemoradiotherapy (ADORE): long-term results of a randomized controlled trial. J Clin Oncol. 2019 Nov 20;37(33):3111-23.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.19.00016?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200pubmed
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31593484?tool=bestpractice.com
O estudo sugere que o FOLFOX adjuvante pode ser considerado com base no estádio patológico pós-operatório naqueles que receberam quimiorradiação pré-operatória e excisão mesorretal.[244]Hong YS, Kim SY, Lee JS, et al. Oxaliplatin-based adjuvant chemotherapy for rectal cancer after preoperative chemoradiotherapy (ADORE): long-term results of a randomized controlled trial. J Clin Oncol. 2019 Nov 20;37(33):3111-23.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.19.00016?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200pubmed
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31593484?tool=bestpractice.com
Quando a radioterapia pré-operatória ou a quimiorradioterapia não é administrada, o tratamento adjuvante pode ser iniciado no período pós-operatório, caso sejam encontradas características histopatológicas adversas, e o mais cedo possível em pacientes que necessitaram de ressecção abdominoperineal.[243]Cancer Care Ontario. Preoperative or postoperative therapy for the management of patients with stage II or III rectal cancer. Mar 2019 [internet publication].
https://www.cancercareontario.ca/en/guidelines-advice/types-of-cancer/31891
[245]Kim TW, Lee JH, Lee JH, et al. Randomized trial of postoperative adjuvant therapy in stage II and III rectal cancer to define the optimal sequence of chemotherapy and radiotherapy: 10-year follow-up. Int J Radiat Oncol Biol Phys. 2011 Nov 15;81(4):1025-31.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20932669?tool=bestpractice.com
A radioterapia pós-operatória como uma única modalidade é obsoleta.
Terapia neoadjuvante total (TNT)
A TNT é a estratégia de tratamento preferida para pacientes com câncer retal localmente avançado.[129]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: rectal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
[246]Zhang X, Ma S, Guo Y, et al. Total neoadjuvant therapy versus standard therapy in locally advanced rectal cancer: a systematic review and meta-analysis of 15 trials. PLoS One. 2022;17(11):e0276599.
https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0276599
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36331947?tool=bestpractice.com
Os pacientes com câncer retal baixo e/ou pacientes com alto risco de metástases locais e/ou à distância podem se beneficiar dessa terapia.[154]Scott AJ, Kennedy EB, Berlin J, et al. Management of locally advanced rectal cancer: ASCO guideline. J Clin Oncol. 2024 Oct;42(28):3355-75.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.24.01160
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/39116386?tool=bestpractice.com
Esses pacientes receberão quimioterapia multiagente e terapia de quimiorradioterapia antes da cirurgia. O momento recomendado para a quimioterapia é após a quimiorradiação.[154]Scott AJ, Kennedy EB, Berlin J, et al. Management of locally advanced rectal cancer: ASCO guideline. J Clin Oncol. 2024 Oct;42(28):3355-75.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.24.01160
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/39116386?tool=bestpractice.com
A TNT melhora a administração da terapia planejada, aumenta a diminuição do estádio, estabelece o tratamento de micrometástases mais cedo, requer reversão temporária da ileostomia, atinge taxas de resposta completa mais altas (incluindo patológica e clínica sustentada) e pode evitar a necessidade de cirurgia por completo.[129]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: rectal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
O acompanhamento de longo prazo é necessário para determinar se os achados se traduzem em melhora na sobrevida. A TNT pode facilitar estratégias de tratamento não cirúrgico para preservação de órgãos.[247]Cercek A, Roxburgh CSD, Strombom P, et al. Adoption of total neoadjuvant therapy for locally advanced rectal cancer. JAMA Oncol. 2018 Jun 14;4(6):e180071.
https://www.doi.org/10.1001/jamaoncol.2018.0071
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29566109?tool=bestpractice.com
Câncer retal de estádio 4 com metástases ressecáveis
Aproximadamente 15% a 25% dos pacientes com câncer colorretal apresentam metástases sincrônicas no fígado, no pulmão e no peritônio.[248]de Mestier L, Manceau G, Neuzillet C, et al. Primary tumor resection in colorectal cancer with unresectable synchronous metastases: a review. World J Gastrointest Oncol. 2014 Jun 15;6(6):156-69.
https://www.wjgnet.com/1948-5204/full/v6/i6/156.htm
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24936226?tool=bestpractice.com
A ressecção das metástases pulmonares ou hepáticas com margens livres de tumor altera o prognóstico. As taxas de sobrevida de cinco anos após a ressecção de metástases de câncer colorretal são de aproximadamente 30% a 40%, se comparadas à sobrevida de 0% em pacientes que não se submetem à cirurgia.[249]Choti MA, Sitzmann JV, Tiburi MF, et al. Trends in long term survival following liver resection for hepatic colorectal metastases. Ann Surg. 2002 Jun;235(6):759-66.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1422504
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12035031?tool=bestpractice.com
[250]Cummings LC, Payes JD, Cooper GS. Survival after hepatic resection in metastatic colorectal cancer: a population-based study. Cancer. 2007 Feb 15;109(4):718-26.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/cncr.22448
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17238180?tool=bestpractice.com
[251]Cao G, Cheng D, Ye L, et al. Surgical resection of pulmonary metastases from colorectal cancer: 11 years of experiences. PLoS One. 2017 Apr 10;12(4):e0175284.
https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0175284
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28394911?tool=bestpractice.com
Ressecção de metástases hepáticas
Os critérios para determinar a possibilidade de ressecção estão evoluindo e não se restringem somente ao número, ao tamanho, às margens de ressecção e à localização das lesões hepáticas, porém tem maior probabilidade de refletir a probabilidade de se alcançar ressecção microscópica completa (R0) com preservação de, no mínimo, 30% da função hepática, mantendo a vascularidade e a drenagem biliar adequadas.
As metástases hepáticas potencialmente ressecáveis podem ser gerenciadas por:[129]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: rectal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
[139]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: colon cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
[252]Groot Koerkamp B, Sadot E, Kemeny NE, et al. Perioperative hepatic arterial infusion pump chemotherapy is associated with longer survival after resection of colorectal liver metastases: a propensity score analysis. J Clin Oncol. 2017 Jun 10;35(17):1938-44.
https://www.doi.org/10.1200/JCO.2016.71.8346
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28426374?tool=bestpractice.com
[253]Pozzo C, Basso M, Cassano A, et al. Neoadjuvant treatment of unresectable liver disease with irinotecan and 5-fluorouracil plus folinic acid in colorectal cancer patients. Ann Oncol. 2004 Jun;15(6):933-9.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(19)61839-9/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15151951?tool=bestpractice.com
Ressecção estagiada ou sincrônica de metástases hepáticas e tumor primário com quimioterapia pós-operatória, com ou sem radioterapia pélvica (dependendo do estadiamento T e N do tumor): pode ser mais apropriado em um paciente com doença metastática claramente ressecável
Quimioterapia pré-operatória isolada ou quimiorradioterapia seguida por ressecção estagiada ou sincrônica de metástases hepáticas e tumor retal com tratamento adjuvante pós-operatório, dependendo do estadiamento T e N do tumor retal: considerado em pacientes com doença limítrofe ou inicialmente irressecável
Quimioterapia com bomba de infusão arterial hepática (IAH) perioperatória com quimioterapia sistêmica perioperatória: dados retrospectivos sugerem que IAH está associada com melhora da sobrevida global após ressecção de metástases hepáticas colorretais.
A ressecção das metástases hepáticas não deve ser realizada na presença de doença irressecável em locais extra-hepáticos.
Uma revisão sistemática e uma metanálise encontraram desfechos oncológicos similares entre a cirurgia minimamente invasiva e as técnicas abertas; no entanto, a hepatectomia minimamente invasiva apresentou período de internação mais curto, menos sangramento e taxas menores de complicações, tanto para ressecção por etapas como para simultânea.[254]Ozair A, Collings A, Adams AM, et al. Minimally invasive versus open hepatectomy for the resection of colorectal liver metastases: a systematic review and meta-analysis. Surg Endosc. 2022 Nov;36(11):7915-37.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36138246?tool=bestpractice.com
[255]Vreeland TJ, Collings AT, Ozair A, et al. SAGES/AHPBA guidelines for the use of minimally invasive surgery for the surgical treatment of colorectal liver metastases (CRLM). Surg Endosc. 2023 Apr;37(4):2508-16.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36810687?tool=bestpractice.com
Para pacientes com doença hepática ou pulmonar oligometastática que não desejam cirurgia, a ablação térmica guiada por imagem ou a radioterapia estereotáxica corpórea (SBRT) podem ser usadas no lugar da cirurgia.[129]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: rectal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
[139]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: colon cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
[256]Petrelli F, Comito T, Barni S, et al. Stereotactic body radiotherapy for colorectal cancer liver metastases: A systematic review. Radiother Oncol. 2018 Dec;129(3):427-34.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29997034?tool=bestpractice.com
Estudos compararam a ablação por micro-ondas laparoscópica com a ablação por micro-ondas percutânea e a ablação por micro-ondas com a ablação por radiofrequência em pacientes com carcinoma hepatocelular e metástases hepáticas colorretais com lesões <5 cm.[257]Abdalla M, Collings AT, Dirks R, et al. Surgical approach to microwave and radiofrequency liver ablation for hepatocellular carcinoma and colorectal liver metastases less than 5 cm: a systematic review and meta-analysis. Surg Endosc. 2023 May;37(5):3340-53.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36542137?tool=bestpractice.com
[258]Ceppa EP, Collings AT, Abdalla M, et al. SAGES/AHPBA guidelines for the use of microwave and radiofrequency liver ablation for the surgical treatment of hepatocellular carcinoma or colorectal liver metastases less than 5 cm. Surg Endosc. 2023 Dec;37(12):8991-9000.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37957297?tool=bestpractice.com
Apesar das evidências limitadas, foram relatados perfis similares de segurança e viabilidade para ablação por micro-ondas e ablação por radiofrequência, e as duas técnicas podem ser consideradas em pacientes adequadamente selecionados.[258]Ceppa EP, Collings AT, Abdalla M, et al. SAGES/AHPBA guidelines for the use of microwave and radiofrequency liver ablation for the surgical treatment of hepatocellular carcinoma or colorectal liver metastases less than 5 cm. Surg Endosc. 2023 Dec;37(12):8991-9000.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37957297?tool=bestpractice.com
Além disso, foram observados desfechos similares com a ablação por micro-ondas laparoscópica e percutânea. Enquanto a ablação por micro-ondas laparoscópica teve melhor controle local, a ablação por micro-ondas percutânea teve taxas de complicação mais baixas.[257]Abdalla M, Collings AT, Dirks R, et al. Surgical approach to microwave and radiofrequency liver ablation for hepatocellular carcinoma and colorectal liver metastases less than 5 cm: a systematic review and meta-analysis. Surg Endosc. 2023 May;37(5):3340-53.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36542137?tool=bestpractice.com
[258]Ceppa EP, Collings AT, Abdalla M, et al. SAGES/AHPBA guidelines for the use of microwave and radiofrequency liver ablation for the surgical treatment of hepatocellular carcinoma or colorectal liver metastases less than 5 cm. Surg Endosc. 2023 Dec;37(12):8991-9000.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37957297?tool=bestpractice.com
As duas abordagens podem ser usadas, dependendo de fatores específicos de cada paciente.[258]Ceppa EP, Collings AT, Abdalla M, et al. SAGES/AHPBA guidelines for the use of microwave and radiofrequency liver ablation for the surgical treatment of hepatocellular carcinoma or colorectal liver metastases less than 5 cm. Surg Endosc. 2023 Dec;37(12):8991-9000.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37957297?tool=bestpractice.com
Manejo de metástases peritoneais
A cirurgia citorredutora com quimioterapia intraperitoneal hipertérmica (HIPEC) pode melhorar os desfechos de sobrevida em pacientes com câncer colorretal com metástases peritoneais.[259]Hall B, Padussis J, Foster JM. Cytoreduction and hyperthermic intraperitoneal chemotherapy in the management of colorectal peritoneal metastasis. Surg Clin North Am. 2017 Jun;97(3):671-82.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28501254?tool=bestpractice.com
[260]Baratti D, Kusamura S, Pietrantonio F, et al. Progress in treatments for colorectal cancer peritoneal metastases during the years 2010-2015. A systematic review. Crit Rev Oncol Hematol. 2016 Jan 22;100:209-22.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26867984?tool=bestpractice.com
A técnica de HIPEC é restrita a centros oncológicos especializados; faltam dados de ensaios clínicos randomizados e controlados.
Identificação de pacientes com câncer retal com prognóstico desfavorável
A razão neutrófilos/linfócitos pré-operatória elevada tem sido associada a um prognóstico mais desfavorável em pacientes com câncer colorretal localizado ou metastático ao fígado. É, portanto, um biomarcador útil para identificar pacientes que se beneficiariam de terapias adjuvantes.[261]Haram A, Boland MR, Kelly ME, et al. The prognostic value of neutrophil-to-lymphocyte ratio in colorectal cancer: a systematic review. J Surg Oncol. 2017 Jan 20;115(4):470-9.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28105646?tool=bestpractice.com
[262]Min GT, Wang YH, Yao N, et al. The prognostic role of pretreatment platelet-to-lymphocyte ratio as predictors in patients with colorectal cancer: a meta-analysis. Biomark Med. 2016 Dec 5;11(1):87-97.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27917650?tool=bestpractice.com
[263]Tan D, Fu Y, Su Q, et al. Prognostic role of platelet-lymphocyte ratio in colorectal cancer: a systematic review and meta-analysis. Medicine (Baltimore). 2016 Jun;95(24):e3837.
https://journals.lww.com/md-journal/fulltext/2016/06140/Prognostic_role_of_platelet_lymphocyte_ratio_in.20.aspx
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27310960?tool=bestpractice.com
[264]Tsai PL, Su WJ, Leung WH, et al. Neutrophil-lymphocyte ratio and CEA level as prognostic and predictive factors in colorectal cancer: a systematic review and meta-analysis. J Cancer Res Ther. 2016 Apr-Jun;12(2):582-9.
http://www.cancerjournal.net/article.asp?issn=0973-1482;year=2016;volume=12;issue=2;spage=582;epage=589;aulast=Tsai
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27461614?tool=bestpractice.com
[265]Colloca G, Venturino A, Guarneri D. Neutrophil-to-lymphocyte ratio predicts survival of patients with rectal cancer receiving neo-adjuvant chemoradiation followed by radical resection: a meta-analysis. Expert Rev Anticancer Ther. 2023 Apr;23(4):421-429.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36970998?tool=bestpractice.com
[266]Portale G, Bartolotta P, Azzolina D, et al. Prognostic role of platelet-to-lymphocyte ratio, neutrophil-to-lymphocyte, and lymphocyte-to-monocyte ratio in operated rectal cancer patients: systematic review and meta-analysis. Langenbecks Arch Surg. 2023 Feb 13;408(1):85.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36781510?tool=bestpractice.com
[267]Lin N, Li J, Yao X, et al. Prognostic value of neutrophil-to-lymphocyte ratio in colorectal cancer liver metastasis: a meta-analysis of results from multivariate analysis. Int J Surg. 2022 Nov;107:106959.
https://journals.lww.com/international-journal-of-surgery/fulltext/2022/11000/prognostic_value_of_neutrophil_to_lymphocyte_ratio.7.aspx
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36265780?tool=bestpractice.com
Revisões sistemáticas relataram que a mutação em BRAF está associada à redução da sobrevida livre de doença e sobrevida global em pacientes com câncer colorretal em estádio 2/3 que recebem quimioterapia adjuvante após ressecção curativa e em pacientes com câncer colorretal com metástases hepáticas.[268]Zhu L, Dong C, Cao Y, et al. Prognostic role of BRAF mutation in stage II/III colorectal cancer receiving curative resection and adjuvant chemotherapy: a meta-analysis based on randomized clinical trials. PLoS One. 2016 May 3;11(5):e0154795.
https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0154795
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27138801?tool=bestpractice.com
[269]Pikoulis E, Margonis GA, Andreatos N, et al. Prognostic role of BRAF mutations in colorectal cancer liver metastases. Anticancer Res. 2016 Sep;36(9):4805-11.
http://ar.iiarjournals.org/content/36/9/4805.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27630332?tool=bestpractice.com
Os tumores com mutação KRAS e BRAF foram associados a menor sobrevida livre de progressão e sobrevida global em comparação com tumores sem mutação.[270]Li ZN, Zhao L, Yu LF, et al. BRAF and KRAS mutations in metastatic colorectal cancer: future perspectives for personalized therapy. Gastroenterol Rep (Oxf). 2020 Jun;8(3):192-205.
https://www.doi.org/10.1093/gastro/goaa022
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32665851?tool=bestpractice.com
Tratamento neoadjuvante
A quimioterapia ou a imunoterapia neoadjuvantes devem ser oferecidas a pacientes com metástases ressecáveis síncronas somente hepáticas e/ou pulmonares. Os esquemas de quimioterapia de escolha são FOLFOX ou capecitabina e oxaliplatina (CapeOX). Outros esquemas incluem fluoruracila associada a ácido folínico ou capecitabina. A imunoterapia, incluindo pembrolizumabe, nivolumabe, nivolumabe e ipilimumabe, ou dostarlimabe é preferível para pacientes com cânceres com reparo de erro de pareamento defeituoso (dMMR) ou instabilidade de microssatélite alta (IMS-A). A quimioterapia ou a imunoterapia podem ser seguidas por radioterapia.[129]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: rectal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
A radioterapia ou a quimiorradiação podem ser consideradas para pacientes com envolvimento tumoral da margem de ressecção.[129]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: rectal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
Câncer retal em estádio 4: controle de sintomas
Tratamentos adicionais direcionados ao tumor primário podem ser necessários para controlar os sintomas. Esses tratamentos incluem a colocação de stent endoscópico para a obstrução por tumor, radioterapia, recanalização a laser ou colostomia com bypass.
Câncer de cólon em estádio 1-3
Em pacientes sem metástases, o tratamento primário é a colectomia com remoção em bloco dos linfonodos regionais.[115]Vogel JD, Felder SI, Bhama AR, et al. The American Society of Colon and Rectal Surgeons clinical practice guidelines for the management of colon cancer. Dis Colon Rectum. 2022 Feb 1;65(2):148-77.
https://journals.lww.com/dcrjournal/Fulltext/2022/02000/The_American_Society_of_Colon_and_Rectal_Surgeons.7.aspx
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34775402?tool=bestpractice.com
[271]Costas-Chavarri A, Nandakumar G, Temin S, et al. Treatment of patients with early-stage colorectal cancer: ASCO resource-stratified guideline. J Glob Oncol. 2019 Feb;5:1-19.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6426503
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30802158?tool=bestpractice.com
A extensão da colectomia depende da ressecção da parte do cólon e da arcada arterial que contém os linfonodos regionais. A ressecção e o exame físico de, no mínimo, 12 linfonodos são necessários para possibilitar o estadiamento preciso.[272]Maak M, Simon I, Nitsche U, et al. Independent validation of a prognostic genomic signature (ColoPrint) for patients with stage II colon cancer. Ann Surg. 2013 Jun;257(6):1053-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23295318?tool=bestpractice.com
[273]Venook AP, Niedzwiecki D, Lopatin M, et al. Biologic determinants of tumor recurrence in stage II colon cancer: validation study of the 12-gene recurrence score in cancer and leukemia group B (CALGB) 9581. J Clin Oncol. 2013 May 10;31(14):1775-81.
https://ascopubs.org/doi/full/10.1200/JCO.2012.45.1096
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23530100?tool=bestpractice.com
Estruturas envolvidas contiguamente também devem ser removidas; as aderências não devem ser separadas porque podem conter células malignas.[115]Vogel JD, Felder SI, Bhama AR, et al. The American Society of Colon and Rectal Surgeons clinical practice guidelines for the management of colon cancer. Dis Colon Rectum. 2022 Feb 1;65(2):148-77.
https://journals.lww.com/dcrjournal/Fulltext/2022/02000/The_American_Society_of_Colon_and_Rectal_Surgeons.7.aspx
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34775402?tool=bestpractice.com
Uma abordagem cirúrgica minimamente invasiva, usando técnicas cirúrgicas laparoscópicas ou assistidas por robô, é preferencial para colectomia eletiva quando houver experiência disponível.[115]Vogel JD, Felder SI, Bhama AR, et al. The American Society of Colon and Rectal Surgeons clinical practice guidelines for the management of colon cancer. Dis Colon Rectum. 2022 Feb 1;65(2):148-77.
https://journals.lww.com/dcrjournal/Fulltext/2022/02000/The_American_Society_of_Colon_and_Rectal_Surgeons.7.aspx
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34775402?tool=bestpractice.com
Uma revisão sistemática sugere que a hemicolectomia direita assistida por robô para câncer de cólon direito resulta em desfechos oncológicos de longo prazo similares ao da hemicolectomia direita laparoscópica.[274]Kim HS, Noh GT, Chung SS, et al. Long-term oncological outcomes of robotic versus laparoscopic approaches for right colon cancer: a systematic review and meta-analysis. Tech Coloproctol. 2023 Dec;27(12):1183-9.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37783821?tool=bestpractice.com
Uma obstrução por câncer pode ser tratada por ressecção com derivação temporária ou, raramente, em circunstâncias bem específicas, com inserção de endoprótese endoscópica provisória seguida de ressecção.
Os pacientes com doença em estádio 3 devem se submeter à quimioterapia adjuvante.[139]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: colon cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
[275]Meyers BM, Cosby R, Quereshy F, et al. Adjuvant systemic chemotherapy for stages II and III colon cancer after complete resection: a clinical practice guideline. Curr Oncol. 2016 Dec 21;23(6):418-24.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5176375
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28050138?tool=bestpractice.com
[276]Lieu C, Kennedy EB, Bergsland E, et al. Duration of oxaliplatin-containing adjuvant therapy for stage III colon cancer: ASCO clinical practice guideline. J Clin Oncol. 2019 Jun 1;37(16):1436-47.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.19.00281
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30986117?tool=bestpractice.com
[277]Kim ST, Kim SY, Lee J, et al. Oxaliplatin (3 months v 6 months) with 6 months of fluoropyrimidine as adjuvant therapy in patients with stage II/III colon cancer: KCSG CO09-07. J Clin Oncol. 2022 Nov 20;40(33):3868-77.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.21.02962
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35772045?tool=bestpractice.com
O papel da quimioterapia adjuvante em pacientes com doença em estádio 2 não está claro.[275]Meyers BM, Cosby R, Quereshy F, et al. Adjuvant systemic chemotherapy for stages II and III colon cancer after complete resection: a clinical practice guideline. Curr Oncol. 2016 Dec 21;23(6):418-24.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5176375
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28050138?tool=bestpractice.com
As análises de subgrupos sugerem que os pacientes com doença em estádio 2 de alto risco se beneficiam da terapia adjuvante, embora em menor grau do que os pacientes com doença em estádio 3.[278]André T, Boni C, Navarro M, et al. Improved overall survival with oxaliplatin, fluorouracil, and leucovorin as adjuvant treatment in stage II or III colon cancer in the MOSAIC trial. J Clin Oncol. 2009 Jul 1;27(19):3109-16.
https://ascopubs.org/doi/full/10.1200/JCO.2008.20.6771
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19451431?tool=bestpractice.com
A National Comprehensive Cancer Network (NCCN) e a American Society for Clinical Oncology (ASCO) recomendam que a quimioterapia adjuvante seja oferecida para:[139]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: colon cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
[279]Baxter NN, Kennedy EB, Bergsland E, et al. Adjuvant therapy for stage II colon cancer: ASCO guideline update. J Clin Oncol. 2022 Mar 10;40(8):892-910.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.21.02538
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34936379?tool=bestpractice.com
Pacientes com câncer de cólon em estágio 2B (tumor penetrando no peritônio visceral) ou câncer de cólon em estádio 2C (tumor invadindo órgãos adjacentes)
Pacientes com câncer de cólon de alto risco em estádio 2A, que inclui cânceres (exclusivos de IMS-A [altos níveis de instabilidade de microssatélite]) de pacientes com amostras inadequadas de linfonodos (<12 linfonodos), histologia pouco diferenciada/indiferenciada, invasão linfática/vascular, obstrução intestinal , invasão perineural, perfuração localizada, ≥10 brotamentos tumorais ou margens próximas, indeterminadas ou positivas.
A quimioterapia adjuvante não deve ser oferecida rotineiramente a pessoas com câncer de cólon em estádio 2A sem características de alto risco.
A adição de oxaliplatina à quimioterapia adjuvante (fluoruracila e ácido folínico) melhora a sobrevida global em 10 anos entre os pacientes submetidos à ressecção com intenção curativa para câncer de cólon em estádio 2 ou 3.[280]André T, de Gramont A, Vernerey D, et al. Adjuvant fluorouracil, leucovorin, and oxaliplatin in stage II to III colon cancer: updated 10-year survival and outcomes according to BRAF mutation and mismatch repair status of the MOSAIC study. J Clin Oncol. 2015 Dec 10;33(35):4176-87.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26527776?tool=bestpractice.com
Recomenda-se FOLFOX como terapia adjuvante em pacientes com câncer de cólon de alto risco em estádio 2 ou 3 não metastático removido.[139]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: colon cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
No entanto, uma análise combinada não relatou benefício de sobrevida global da oxaliplatina adjuvante em pacientes com câncer de cólon em estágio 2 de alto risco, o que sugere que a oxaliplatina não deve ser considerada padrão de cuidados nesse grupo de pacientes.[281]Chibaudel B, Raeisi M, Cohen R, et al. Assessment of the addition of oxaliplatin to fluoropyrimidine-based adjuvant chemotherapy in patients with high-risk stage II colon cancer: an ACCENT pooled analysis. J Clin Oncol. 2024 Dec 10;42(35):4187-95.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/39231393?tool=bestpractice.com
O FOLFOX não foi comparado diretamente com o CapeOX, mas os dados de uma coorte retrospectiva de pacientes com câncer de cólon em estádio 3 tratados consecutivamente sugerem que a sobrevida global não difere de acordo com o esquema.[282]Loree JM, Sha A, Soleimani M, et al. Survival impact of CAPOX versus FOLFOX in the adjuvant treatment of stage III colon cancer. Clin Colorectal Cancer. 2018 Feb 7;17(2):156-63.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29486916?tool=bestpractice.com
Há controvérsia sobre se pacientes >70 anos com doença em estádio 2 beneficiam da adição de oxaliplatina à quimioterapia.[283]Tournigand C, André T, Bonnetain F, et al. Adjuvant therapy with fluorouracil and oxaliplatin in stage II and elderly patients (between ages 70 and 75 years) with colon cancer: subgroup analyses of the Multicenter International Study of Oxaliplatin, Fluorouracil, and Leucovorin in the Adjuvant Treatment of Colon Cancer trial. J Clin Oncol. 2012 Sep 20;30(27):3353-60.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22915656?tool=bestpractice.com
Os pacientes com cânceres de cólon em estádio 2 que demonstram IMS alta ou dMMR têm um prognóstico favorável em geral e podem ter sobrevida global adversa se tratados com quimioterapia adjuvante.[284]Sargent DJ, Marsoni S, Monges G, et al. Defective mismatch repair as a predictive marker for lack of efficacy of fluorouracil-based adjuvant therapy in colon cancer. J Clin Oncol. 2010 Jul 10;28(20):3219-26.
https://ascopubs.org/doi/full/10.1200/jco.2009.27.1825
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20498393?tool=bestpractice.com
Se os pacientes com câncer com IMS alta ou dMMR e características de alto risco prosseguirem com quimioterapia adjuvante após a tomada de decisão compartilhada, esquemas contendo oxaliplatina são recomendados.[279]Baxter NN, Kennedy EB, Bergsland E, et al. Adjuvant therapy for stage II colon cancer: ASCO guideline update. J Clin Oncol. 2022 Mar 10;40(8):892-910.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.21.02538
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34936379?tool=bestpractice.com
Quando a terapia adjuvante é administrada, ela deve ser iniciada em até 8 semanas após a cirurgia.[285]Des Guetz G, Nicolas P, Perret GY, et al. Does delaying adjuvant chemotherapy after curative surgery for colorectal cancer impair survival? A meta-analysis. Eur J Cancer. 2010 Apr;46(6):1049-55.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20138505?tool=bestpractice.com
Uma metanálise mostrou que um atraso de 4 semanas para iniciar a quimioterapia adjuvante está associado a uma diminuição significativa na sobrevida livre da doença e na sobrevida global.[286]Biagi JJ, Raphael MJ, Mackillop WJ, et al. Association between time to initiation of adjuvant chemotherapy and survival in colorectal cancer. JAMA. 2011 Jun 8;305(22):2335-42.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21642686?tool=bestpractice.com
A NCCN e a ASCO recomendam que a quimioterapia adjuvante seja oferecida a:[139]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: colon cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
[276]Lieu C, Kennedy EB, Bergsland E, et al. Duration of oxaliplatin-containing adjuvant therapy for stage III colon cancer: ASCO clinical practice guideline. J Clin Oncol. 2019 Jun 1;37(16):1436-47.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.19.00281
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30986117?tool=bestpractice.com
[279]Baxter NN, Kennedy EB, Bergsland E, et al. Adjuvant therapy for stage II colon cancer: ASCO guideline update. J Clin Oncol. 2022 Mar 10;40(8):892-910.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.21.02538
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34936379?tool=bestpractice.com
Pacientes com câncer de cólon em estádio 3 com alto risco de recorrência (T4 e/ou N2) por um período de 6 meses se estiver usando FOLFOX, ou 3-6 meses se estiver usando CapeOX
Pacientes com câncer de cólon em estádio 3 e baixo risco de recorrência (T1, T2 ou T3 e N1); 6 meses de quimioterapia adjuvante ou uma duração mais curta de 3 meses podem ser oferecidos com base em uma redução potencial nos eventos adversos e nenhuma diferença significativa na sobrevida livre de doença com o esquema de 3 meses
Pacientes com câncer de cólon em estádio 2A, estádio 2B ou estádio 2C de alto risco por 3-6 meses, após uma discussão individualizada dos potenciais benefícios e danos do tratamento e sua duração.
Não há papel aparente para a terapia subsequente na ausência de recorrência da doença.
A quimioterapia adjuvante não é recomendada para pacientes com câncer de cólon em estádio 1.[139]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: colon cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
Identificação de pacientes com câncer de cólon com prognóstico desfavorável
Revisões sistemáticas relataram que a mutação em BRAF está associada à redução da sobrevida livre de doença e sobrevida global em pacientes com câncer colorretal em estádio 2/3 que recebem quimioterapia adjuvante após ressecção curativa e em pacientes com câncer colorretal com metástases hepáticas.[268]Zhu L, Dong C, Cao Y, et al. Prognostic role of BRAF mutation in stage II/III colorectal cancer receiving curative resection and adjuvant chemotherapy: a meta-analysis based on randomized clinical trials. PLoS One. 2016 May 3;11(5):e0154795.
https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0154795
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27138801?tool=bestpractice.com
[269]Pikoulis E, Margonis GA, Andreatos N, et al. Prognostic role of BRAF mutations in colorectal cancer liver metastases. Anticancer Res. 2016 Sep;36(9):4805-11.
http://ar.iiarjournals.org/content/36/9/4805.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27630332?tool=bestpractice.com
[287]Pikouli A, Papaconstantinou D, Wang J, et al. Reevaluating the prognostic role of BRAF mutation in colorectal cancer liver metastases. Am J Surg. 2022 May;223(5):879-83.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34544580?tool=bestpractice.com
Os tumores com mutação KRAS e BRAF foram associados a menor sobrevida livre de progressão e sobrevida global em comparação com tumores sem mutação.[270]Li ZN, Zhao L, Yu LF, et al. BRAF and KRAS mutations in metastatic colorectal cancer: future perspectives for personalized therapy. Gastroenterol Rep (Oxf). 2020 Jun;8(3):192-205.
https://www.doi.org/10.1093/gastro/goaa022
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32665851?tool=bestpractice.com
O perfil molecular para identificar pacientes com câncer colorretal em estádio 2 com alto risco de recorrência está começando a ser adotado na prática clínica.[288]Lopez NE, Weiss AC, Robles J, et al. A systematic review of clinically available gene expression profiling assays for stage II colorectal cancer: initial steps toward genetic staging. Am J Surg. 2016 Aug 1;212(4):700-14.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27637150?tool=bestpractice.com
Um ensaio clínico randomizado e controlado demonstrou que a quimioterapia neoadjuvante é promissora em câncer de cólon localmente avançado operável. O ensaio clínico concluiu que a quimioterapia pré-operatória de oxaliplatina associada a fluoropirimidina por 6 semanas levou à redução acentuada do estadiamento histopatológico, menos ressecções incompletas e melhor controle da doença em 2 anos em pacientes com câncer de cólon operável.[289]Morton D, Seymour M, Magill L, et al. Preoperative chemotherapy for operable colon cancer: mature results of an international randomized controlled trial. J Clin Oncol. 2023 Mar 10;41(8):1541-52.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC10022855
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36657089?tool=bestpractice.com
Câncer de cólon de estádio 4 com metástases ressecáveis
O manejo de pacientes com metástases ressecáveis segue princípios similares em pacientes com câncer retal e metástases ressecáveis, tanto no cronograma da cirurgia em relação à quimioterapia quanto nos esquemas de quimioterapia ideais.
As diretrizes recomendam diversas terapias de primeira linha possíveis para pacientes com câncer de cólon em estádio 4 com metástases ressecáveis:[139]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: colon cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
Ressecção após quimioterapia pré-operatória com adição de fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) ou receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR), se necessário
Ressecção após imunoterapia pré-operatória com pembrolizumabe, nivolumabe, nivolumabe e ipilimumabe ou dostarlimabe (somente para pacientes com dMMR/IMS-A ou mutação POLE/POLD)
Ressecção seguida de quimioterapia pós-operatória em combinação com VEGF ou EGFR.
Câncer colorretal metastático irressecável (estádio 4) ou clinicamente inoperável
O tratamento faz parte de uma abordagem paliativa e não curativa, com objetivos de prolongar a sobrevida global e manter a qualidade de vida.
A terapia sistêmica é a base do tratamento, mas a terapia direcionada ao fígado, como ablação por micro-ondas, infusão da artéria hepática, quimioembolização transarterial ou radioembolização, pode ser utilizada.[290]Clark ME, Smith RR. Liver-directed therapies in metastatic colorectal cancer. J Gastrointest Oncol. 2014 Oct;5(5):374-87.
http://jgo.amegroups.com/article/view/3073/3545
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25276410?tool=bestpractice.com
[291]De Groote K, Prenen H. Intrahepatic therapy for liver-dominant metastatic colorectal cancer. World J Gastrointest Oncol. 2015 Sep 15;7(9):148-52.
https://www.wjgnet.com/1948-5204/full/v7/i9/148.htm
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26380058?tool=bestpractice.com
[292]Jones C, Badger SA, Ellis G. The role of microwave ablation in the management of hepatic colorectal metastases. Surgeon. 2011 Feb;9(1):33-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21195329?tool=bestpractice.com
As estimativas de sobrevida em pacientes com doença disseminada que recebem os melhores cuidados de suporte são de aproximadamente 6 meses. O uso de fluoruracila/ácido folínico pode aumentar a sobrevida em cerca de 10 a 12 meses; fluoruracila/ácido folínico associado a oxaliplatina e irinotecano associado a fluoruracila/ácido folínico podem aumentar a sobrevida em 20 a 21 meses.[293]Fuchs CS, Marshall J, Barrueco J. Randomized, controlled trial of irinotecan plus infusional, bolus, or oral fluoropyrimidines in first-line treatment of metastatic colorectal cancer: updated results from the BICC-C study. J Clin Oncol. 2008 Feb 1;26(4):689-90.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18235136?tool=bestpractice.com
[294]Tournigand C, Cervantes A, Figer A, et al. OPTIMOX1: a randomized study of FOLFOX4 or FOLFOX7 with oxaliplatin in a stop-and-go fashion in advanced colorectal cancer - a GERCOR study. J Clin Oncol. 2006 Jan 20;24(3):394-400.
https://ascopubs.org/doi/full/10.1200/jco.2005.03.0106
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16421419?tool=bestpractice.com
A adição de um agente biológico a essa base prolonga a sobrevida em aproximadamente 27-33 meses.[295]Venook AP, Niedzwiecki D, Lenz HJ, et al. Effect of first-line chemotherapy combined with cetuximab or bevacizumab on overall survival in patients with KRAS wild-type advanced or metastatic colorectal cancer: a randomized clinical trial. JAMA. 2017 Jun 20;317(23):2392-401.
https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/2632502
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28632865?tool=bestpractice.com
Terapia sistêmica
A maioria dos pacientes com câncer colorretal em estádio 4 irressecável receberá um tratamento à base de quimioterapia com dois medicamentos e um inibidor do fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) ou um antagonista do receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR).[296]Chiorean EG, Nandakumar G, Fadelu T, et al. Treatment of patients with late-stage colorectal cancer: ASCO resource-stratified guideline. JCO Glob Oncol. 2020 Mar;6:414-38.
https://www.doi.org/10.1200/JGO.19.00367
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32150483?tool=bestpractice.com
A base da quimioterapia é geralmente fluoruracila/ácido folínico com oxaliplatina (FOLFOX ou FLOX) ou irinotecano (FOLFIRI). A capecitabina pode ser substituída por fluoruracila/ácido folínico com a mesma eficácia de quando usada em combinação com oxaliplatina; a toxicidade impede o uso de capecitabina associada a irinotecano.[293]Fuchs CS, Marshall J, Barrueco J. Randomized, controlled trial of irinotecan plus infusional, bolus, or oral fluoropyrimidines in first-line treatment of metastatic colorectal cancer: updated results from the BICC-C study. J Clin Oncol. 2008 Feb 1;26(4):689-90.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18235136?tool=bestpractice.com
[297]Cassidy J, Clarke S, Díaz-Rubio E, et al. Randomized phase III study of capecitabine plus oxaliplatin compared with fluorouracil/folinic acid plus oxaliplatin as first-line therapy for metastatic colorectal cancer. J Clin Oncol. 2008 Apr 20;26(12):2006-12.
https://ascopubs.org/doi/full/10.1200/jco.2007.14.9898
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18421053?tool=bestpractice.com
[298]Rothenberg ML, Cox JV, Butts C, et al. Capecitabine plus oxaliplatin (XELOX) versus 5-fluorouracil/folinic acid plus oxaliplatin (FOLFOX-4) as second-line therapy in metastatic colorectal cancer: a randomized phase III noninferiority study. Ann Oncol. 2008 Oct;19(10):1720-6.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(19)40186-5/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18550577?tool=bestpractice.com
Na análise combinada, o FOLFOXIRI (fluoruracila/ácido folínico com oxaliplatina e irinotecano) aumentou a sobrevida em 25% em comparação com o FOLFOX ou o FOLFIRI.[299]Marques RP, Duarte GS, Sterrantino C, et al. Triplet (FOLFOXIRI) versus doublet (FOLFOX or FOLFIRI) backbone chemotherapy as first-line treatment of metastatic colorectal cancer: a systematic review and meta-analysis. Crit Rev Oncol Hematol. 2017 Aug 25;118:54-62.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28917269?tool=bestpractice.com
No entanto, o FOLFOXIRI também aumentou a toxicidade em 25%, e seu uso é limitado aos pacientes com boa capacidade funcional.
Inibidores do fator de crescimento endotelial vascular (VEGF)
O bevacizumabe, um inibidor do VEGF-A, melhora a sobrevida livre de progressão e/ou sobrevida global quando combinado com os regimes contendo oxaliplatina e irinotecano como primeira linha e nas linhas subsequentes de terapia, inclusive quando o bevacizumabe é continuado após a progressão em um regime contendo bevacizumabe.[300]Fuchs CS, Marshall J, Mitchell E, et al. Randomized, controlled trial of irinotecan plus infusional, bolus, or oral fluoropyrimidines in first-line treatment of metastatic colorectal cancer: results from the BICC-C Study. J Clin Oncol. 2007 Oct 20;25(30):4779-86.
https://ascopubs.org/doi/full/10.1200/jco.2007.11.3357
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17947725?tool=bestpractice.com
[301]Saltz LB, Clarke S, Díaz-Rubio E, et al. Bevacizumab in combination with oxaliplatin-based chemotherapy as first-line therapy in metastatic colorectal cancer: a randomized phase III study. J Clin Oncol. 2008 Apr 20;26(12):2013-9.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18421054?tool=bestpractice.com
[302]Giantonio BJ, Catalano PJ, Meropol NJ, et al; Eastern Cooperative Oncology Group Study E3200. Bevacizumab in combination with oxaliplatin, fluorouracil, and leucovorin (FOLFOX4) for previously treated metastatic colorectal cancer: results from the Eastern Cooperative Oncology Group Study E3200. J Clin Oncol. 2007 Apr 20;25(12):1539-44.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17442997?tool=bestpractice.com
[303]Bennouna J, Sastre J, Arnold D, et al. Continuation of bevacizumab after first progression in metastatic colorectal cancer (ML18147): a randomised phase 3 trial. Lancet Oncol. 2013 Jan;14(1):29-37.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23168366?tool=bestpractice.com
[304]Botrel TE, Clark LG, Paladini L, et al. Efficacy and safety of bevacizumab plus chemotherapy compared to chemotherapy alone in previously untreated advanced or metastatic colorectal cancer: a systematic review and meta-analysis. BMC Cancer. 2016 Aug 24;16:677.
https://bmccancer.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12885-016-2734-y
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27558497?tool=bestpractice.com
[305]Pei X, Liu Y, Sun L, et al. Outcome of molecular targeted agents plus chemotherapy for second-line therapy of metastatic colorectal cancer: a meta-analysis of randomized trials. Clin Colorectal Cancer. 2016 Mar 31;15(4):e149-56.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27155750?tool=bestpractice.com
[306]Cremolini C, Antoniotti C, Stein A, et al. Individual patient data meta-analysis of FOLFOXIRI plus bevacizumab versus doublets plus bevacizumab as initial therapy of unresectable metastatic colorectal cancer. J Clin Oncol. 2020 Aug 20;JCO2001225.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32816630?tool=bestpractice.com
[307]Tang W, Ren L, Liu T, et al. Bevacizumab plus mFOLFOX6 versus mFOLFOX6 alone as first-line treatment for RAS mutant unresectable colorectal liver-limited metastases: the BECOME randomized controlled trial. J Clin Oncol. 2020 Sep 20;38(27):3175-84.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.20.00174?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200pubmed
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32749938?tool=bestpractice.com
No entanto, o bevacizumabe pode aumentar o risco de sangramento.[129]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: rectal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
[139]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: colon cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
[302]Giantonio BJ, Catalano PJ, Meropol NJ, et al; Eastern Cooperative Oncology Group Study E3200. Bevacizumab in combination with oxaliplatin, fluorouracil, and leucovorin (FOLFOX4) for previously treated metastatic colorectal cancer: results from the Eastern Cooperative Oncology Group Study E3200. J Clin Oncol. 2007 Apr 20;25(12):1539-44.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17442997?tool=bestpractice.com
[304]Botrel TE, Clark LG, Paladini L, et al. Efficacy and safety of bevacizumab plus chemotherapy compared to chemotherapy alone in previously untreated advanced or metastatic colorectal cancer: a systematic review and meta-analysis. BMC Cancer. 2016 Aug 24;16:677.
https://bmccancer.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12885-016-2734-y
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27558497?tool=bestpractice.com
[308]Zhu X, Tian X, Yu C, et al. Increased risk of hemorrhage in metastatic colorectal cancer patients treated with bevacizumab: an updated meta-analysis of 12 randomized controlled trials. Medicine (Baltimore). 2016 Aug;95(34):e4232.
https://journals.lww.com/md-journal/fulltext/2016/08230/Increased_risk_of_hemorrhage_in_metastatic.20.aspx
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27559943?tool=bestpractice.com
Dois outros inibidores do VEGF, aflibercepte e ramucirumabe, estão aprovados para uso em combinação com FOLFIRI após a progressão em um esquema contendo oxaliplatina.[309]Van Cutsem E, Tabernero J, Lakomy R, et al. Addition of aflibercept to fluorouracil, leucovorin, and irinotecan improves survival in a phase III randomized trial in patients with metastatic colorectal cancer previously treated with an oxaliplatin-based regimen. J Clin Oncol. 2012 Oct 1;30(28):3499-506.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22949147?tool=bestpractice.com
[310]Tabernero J, Yoshino T, Cohn AL, et al; RAISE Study Investigators. Ramucirumab versus placebo in combination with second-line FOLFIRI in patients with metastatic colorectal carcinoma that progressed during or after first-line therapy with bevacizumab, oxaliplatin, and a fluoropyrimidine (RAISE): a randomised, double-blind, multicentre, phase 3 study. Lancet Oncol. 2015 May;16(5):499-508.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25877855?tool=bestpractice.com
Antagonistas do receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR)
Na população de pacientes NRAS e KRAS de tipos selvagens com câncer colorretal metastático, o cetuximabe ou o panitumumabe pode ser usado em combinação com esquemas contendo oxaliplatina e irinotecano na primeira linha ou nas linhas subsequentes de terapia e como agentes únicos após progressão em pelo menos uma linha de terapia sistêmica.[311]Chen Q, Cheng M, Wang Z, et al. The efficacy and safety of panitumumab plus irinotecan-based chemotherapy in the treatment of metastatic colorectal cancer: a meta-analysis. Medicine (Baltimore). 2016 Dec;95(50):e5284.
https://journals.lww.com/md-journal/fulltext/2016/12160/The_efficacy_and_safety_of_panitumumab_plus.5.aspx
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27977573?tool=bestpractice.com
[312]Heinemann V, Rivera F, O'Neil BH, et al. A study-level meta-analysis of efficacy data from head-to-head first-line trials of epidermal growth factor receptor inhibitors versus bevacizumab in patients with RAS wild-type metastatic colorectal cancer. Eur J Cancer. 2016 Sep 1;67:11-20.
https://www.ejcancer.com/article/S0959-8049(16)32344-9/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27592068?tool=bestpractice.com
[313]Yang YF, Wang GY, He JL, et al. Overall survival of patients with KRAS wild-type tumor treated with FOLFOX/FORFIRI±cetuximab as the first-line treatment for metastatic colorectal cancer: a meta-analysis. Medicine (Baltimore). 2017 Mar;96(12):e6335.
https://journals.lww.com/md-journal/fulltext/2017/03240/Overall_survival_of_patients_with_KRAS_wild_type.15.aspx
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28328812?tool=bestpractice.com
[314]Wang Y, Li X, Huang T, et al. The efficacy and safety of anti-EGFR target agents in patients with potentially resectable metastatic colorectal cancer: a meta-analysis of randomized controlled trials. World J Surg Oncol. 2023 Oct 26;21(1):340.
https://wjso.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12957-023-03222-3
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37880688?tool=bestpractice.com
[
]
What are the effects of epidermal growth factor receptor inhibitor monoclonal antibodies for people with KRAS exon 2 genotype metastatic colorectal cancer?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.1865/fullMostre-me a resposta[Evidência A]279ddc39-d0a9-4e08-950e-0c7ea61aee5accaAQuais são os efeitos dos antagonistas de anticorpo monoclonal contra o receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR) para pessoas com câncer colorretal metastático com genótipo relacionado ao exon 2 de KRAS? Exceto para pacientes com tumores com mutação KRAS G12C, aqueles com tumores com mutação no exon 2, 3 ou 4 dos genes KRAS ou NRAS não devem ser tratados com cetuximabe ou panitumomabe, de maneira isolada ou combinado com agentes quimioterápicos, pois pode não ser observado nenhum benefício.[129]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: rectal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
[139]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: colon cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
[314]Wang Y, Li X, Huang T, et al. The efficacy and safety of anti-EGFR target agents in patients with potentially resectable metastatic colorectal cancer: a meta-analysis of randomized controlled trials. World J Surg Oncol. 2023 Oct 26;21(1):340.
https://wjso.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12957-023-03222-3
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37880688?tool=bestpractice.com
A diretriz da American Society for Clinical Pathology recomenda o teste para os genes da via de sinalização de EGFR para mutações, uma vez que se comportam como preditores negativos de benefício para terapias anti-EGFR no câncer colorretal.[315]Sepulveda AR, Hamilton SR, Allegra CJ, et al. Molecular biomarkers for the evaluation of colorectal cancer: guideline from the American Society for Clinical Pathology, College of American Pathologists, Association for Molecular Pathology, and American Society of Clinical Oncology. Arch Pathol Lab Med. 2017 Feb 6;141(5):625-57.
https://www.archivesofpathology.org/doi/10.5858/arpa.2016-0554-CP
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28165284?tool=bestpractice.com
[316]Pietrantonio F, Cremolini C, Petrelli F, et al. First-line anti-EGFR monoclonal antibodies in panRAS wild-type metastatic colorectal cancer: a systematic review and meta-analysis. Crit Rev Oncol Hematol. 2015 Jun 5;96(1):156-66.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26088456?tool=bestpractice.com
A adição de panitumomabe à fluoruracila e a terapia de manutenção com ácido folínico melhoraram significativamente a sobrevida livre de progressão, em comparação com fluoruracila e ácido folínico isolado em pacientes com câncer colorretal metastático do tipo selvagem RAS (após a terapia de indução com fluoruracila, ácido folínico e oxaliplatina associada a panitumomabe).[317]Modest DP, Karthaus M, Fruehauf S, et al. Panitumumab plus fluorouracil and folinic acid versus fluorouracil and folinic acid alone as maintenance therapy in RAS wild-type metastatic colorectal cancer: The randomized PANAMA trial (AIO KRK 0212). J Clin Oncol. 2021 Sep 17;JCO2101332.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.21.01332?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200pubmed
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34533973?tool=bestpractice.com
Um ensaio clínico randomizado que comparou a adição de panitumomabe versus bevacizumabe à quimioterapia de primeira linha relatou melhora significativa na sobrevida global em pacientes com tumores do lado esquerdo, e na população em geral com panitumomabe associado a quimioterapia, em comparação com bevacizumabe associado a quimioterapia.[318]Watanabe J, Muro K, Shitara K, et al. Panitumumab vs bevacizumab added to standard first-line chemotherapy and overall survival among patients with RAS wild-type, left-sided metastatic colorectal cancer: a randomized clinical trial. JAMA. 2023 Apr 18;329(15):1271-82.
https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/2803803
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37071094?tool=bestpractice.com
Desfechos e seleção de pacientes
Os pacientes podem ser tratados com um regime contendo oxaliplatina ou irinotecano, com bevacizumabe ou cetuximabe, sem qualquer diferença significativa na sobrevida global ou sobrevida livre de progressão entre os regimes.[295]Venook AP, Niedzwiecki D, Lenz HJ, et al. Effect of first-line chemotherapy combined with cetuximab or bevacizumab on overall survival in patients with KRAS wild-type advanced or metastatic colorectal cancer: a randomized clinical trial. JAMA. 2017 Jun 20;317(23):2392-401.
https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/2632502
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28632865?tool=bestpractice.com
O FOLFOXIRI com bevacizumabe produz uma sobrevida livre de progressão melhorada, mas não a sobrevida global, em comparação com o FOLFIRI e o bevacizumabe em primeira linha.[319]Loupakis F, Cremolini C, Masi G, et al. Initial therapy with FOLFOXIRI and bevacizumab for metastatic colorectal cancer. N Engl J Med. 2014 Oct 23;371(17):1609-18.
https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa1403108
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25337750?tool=bestpractice.com
Entretanto, essa combinação está associada a toxicidade significativa, sendo reservada somente para os pacientes em melhores condições clínicas.[319]Loupakis F, Cremolini C, Masi G, et al. Initial therapy with FOLFOXIRI and bevacizumab for metastatic colorectal cancer. N Engl J Med. 2014 Oct 23;371(17):1609-18.
https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa1403108
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25337750?tool=bestpractice.com
Mais comumente nos EUA, a terapia de primeira linha para pacientes com câncer colorretal metastático consiste em FOLFOX ou CAPEOX com bevacizumabe. A duração da terapia depende da tolerabilidade. As terapias intensivas de primeira linha são frequentemente seguidas por uma terapia de manutenção menos intensiva até que a progressão seja considerada.[139]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: colon cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
A maioria dos estudos, mas não todos, dão suporte ao uso de uma estratégia de manutenção (fluoruracila/ácido folínico ou capecitabina e bevacizumabe) após 6-8 ciclos de terapia de primeira linha com FOLFOX ou CapeOX com bevacizumabe, com uma nova adição de oxaliplatina no tempo de progressão.[320]Hochster HS, Grothey A, Hart L, et al. Improved time to treatment failure with an intermittent oxaliplatin strategy: results of CONcePT. Ann Oncol. 2014 Jun;25(6):1172-8.
https://www.doi.org/10.1093/annonc/mdu107
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24608198?tool=bestpractice.com
[321]Yalcin S, Uslu R, Dane F, et al. Bevacizumab + capecitabine as maintenance therapy after initial bevacizumab + XELOX treatment in previously untreated patients with metastatic colorectal cancer: phase III 'Stop and Go' study results - a Turkish Oncology Group Trial. Oncology. 2013;85(6):328-35.
https://www.karger.com/Article/FullText/355914
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24247559?tool=bestpractice.com
[322]Simkens LH, van Tinteren H, May A, et al. Maintenance treatment with capecitabine and bevacizumab in metastatic colorectal cancer (CAIRO3): a phase 3 randomised controlled trial of the Dutch Colorectal Cancer Group. Lancet. 2015 May 9;385(9980):1843-52.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25862517?tool=bestpractice.com
[323]Aparicio T, Ghiringhelli F, Boige V, et al. Bevacizumab maintenance versus no maintenance during chemotherapy-free intervals in metastatic colorectal cancer: a randomized phase III trial (PRODIGE 9). J Clin Oncol. 2018 Mar 1;36(7):674-81.
https://www.doi.org/10.1200/JCO.2017.75.2931
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29346040?tool=bestpractice.com
[324]Adams RA, Fisher DJ, Graham J, et al. Capecitabine versus active monitoring in stable or responding metastatic colorectal cancer after 16 weeks of first-line therapy: results of the randomized FOCUS4-N trial. J Clin Oncol. 2021 Sep 13;JCO2101436.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.21.01436?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200pubmed
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34516759?tool=bestpractice.com
Metanálises de ECRCs relatam que, em pacientes com câncer colorretal metastático:[325]Ma H, Wu X, Tao M, et al. Efficacy and safety of bevacizumab-based maintenance therapy in metastatic colorectal cancer: a meta-analysis. Medicine (Baltimore). 2019 Dec;98(50):e18227.
https://www.doi.org/10.1097/MD.0000000000018227
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31852082?tool=bestpractice.com
[326]Xu W, Gong Y, Kuang M, et al. Survival benefit and safety of bevacizumab in combination with erlotinib as maintenance therapy in patients with metastatic colorectal cancer: a meta-analysis. Clin Drug Investig. 2017 Feb;37(2):155-65.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27665469?tool=bestpractice.com
A terapia de manutenção à base de bevacizumabe e a quimioterapia contínua são igualmente eficazes, mas a primeira está associada a menos toxicidade
A terapia de manutenção à base de bevacizumabe melhora significativamente a sobrevida livre de progressão em comparação com a observação isolada
A adição de erlotinibe ao bevacizumabe como terapia de manutenção aumenta significativamente a sobrevida global e a sobrevida livre de progressão.
No momento da progressão em um regime contendo oxaliplatina e bevacizumabe, os pacientes com capacidade funcional preservada podem passar para FOLFIRI e bevacizumabe. Alternativamente, o bevacizumabe pode ser substituído pelo aflibercepte ou ramucirumabe ou, se o paciente apresentar KRAS e NRAS do tipo selvagem, pelo cetuximabe ou panitumomabe.[327]Lo Nigro C, Ricci V, Vivenza D, et al. Prognostic and predictive biomarkers in metastatic colorectal cancer anti-EGFR therapy. World J Gastroenterol. 2016 Aug 14;22(30):6944-54.
https://www.wjgnet.com/1007-9327/full/v22/i30/6944.htm
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27570430?tool=bestpractice.com
O regime é continuado até a progressão, com manutenção ou com interrupções do tratamento. Na progressão, o paciente pode ser considerado para uma terapia anti-EGFR, se ainda não tiver recebido, ou agentes como regorafenibe ou trifluridina/tipiracil.
Pacientes que evoluíram em todas as outras linhas de terapia
O regorafenibe é um inibidor oral de multiquinase com propriedades anti-VEGF. Após a progressão em todas as outras linhas de terapia, o regorafenibe como agente único melhora modestamente a sobrevida em comparação com o placebo.[328]Grothey A, Van Cutsem E, Sobrero A, et al; CORRECT Study Group. Regorafenib monotherapy for previously treated metastatic colorectal cancer (CORRECT): an international, multicentre, randomised, placebo-controlled, phase 3 trial. Lancet. 2013 Jan 26;381(9863):303-12.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23177514?tool=bestpractice.com
[329]Mercier J, Voutsadakis IA. A systematic review and meta-analysis of retrospective series of regorafenib for treatment of metastatic colorectal cancer. Anticancer Res. 2017 Nov;37(11):5925-34.
http://ar.iiarjournals.org/content/37/11/5925.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29061771?tool=bestpractice.com
[330]Røed Skårderud M, Polk A, Kjeldgaard Vistisen K, et al. Efficacy and safety of regorafenib in the treatment of metastatic colorectal cancer: a systematic review. Cancer Treat Rev. 2017 Nov 10;62:61-73.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29175677?tool=bestpractice.com
O National Institute for Health and Care Excellence do Reino Unido recomenda regorafenibe para o tratamento de adultos com câncer colorretal metastático que foram tratados previamente com quimioterapia baseada em fluoropirimidina, terapia anti‑VEGF e terapia anti‑EGFR, ou para o tratamento de pacientes para os quais esses tratamentos são inadequados.[331]National Institute for Health and Care Excellence. Regorafenib for previously treated metastatic colorectal cancer. Feb 2023 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ta866
Trifluridina/tipiracila é um medicamento de combinação oral contendo trifluridina, um análogo de ácido nucleico à base de timidina que atua como componente citotóxico do medicamento, e tipiracila, um inibidor da timidina fosforilase que previne a metabolização rápida da trifluridina. Em um estudo de fase 3 randomizado e controlado por placebo, a trifluridina/tipiracila foi associada a uma melhora de 1.6 mês na sobrevida global em pacientes que apresentaram progressão em pelo menos dois esquemas de quimioterapia prévia.[332]Mayer RJ, Van Cutsem E, Falcone A, et al; RECOURSE Study Group. Randomized trial of TAS-102 for refractory metastatic colorectal cancer. N Engl J Med. 2015 May 14;372(20):1909-19.
https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa1414325
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25970050?tool=bestpractice.com
A trifluridina/tipiracila isolada ou combinada com bevacizumabe está aprovada para pacientes com câncer colorretal metastático que receberam fluoropirimidina, oxaliplatina, irinotecano, pelo menos um inibidor do VEGF e um inibidor do EGFR (se for RAS do tipo selvagem).[333]Prager GW, Taieb J, Fakih M, et al. Trifluridine-tipiracil and bevacizumab in refractory metastatic colorectal cancer. N Engl J Med. 2023 May 4;388(18):1657-67.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa2214963
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37133585?tool=bestpractice.com
[334]Voutsadakis IA. A systematic review and meta-analysis of trifluridine/tipiracil plus bevacizumab for the treatment of metastatic colorectal cancer: evidence from real-world series. Curr Oncol. 2023 May 24;30(6):5227-39.
https://www.mdpi.com/1718-7729/30/6/397
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37366880?tool=bestpractice.com
A combinação com bevacizumabe é preferível a trifluridina/tipiracila isolada.[129]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: rectal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
[139]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: colon cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
Fruquintinibe, um inibidor oral potente e altamente seletivo de moléculas pequenas dos receptores de VEGF-1, VEGF-2 e VEGF-3, está aprovado para o tratamento do câncer colorretal metastático previamente tratado, independente do estado do biomarcador.[335]Li J, Qin S, Xu RH, et al. Effect of fruquintinib vs placebo on overall survival in patients with previously treated metastatic colorectal cancer: the FRESCO randomized clinical trial. JAMA. 2018 Jun 26;319(24):2486-96.
https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/2685988
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29946728?tool=bestpractice.com
[336]ClinicalTrials.gov. A study of efficacy and safety of fruquintinib (HMPL-013) in patients with metastatic colorectal cancer (FRESCO-2). Mar 2023 [internet publication].
https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT04322539
[337]Dasari A, Lonardi S, Garcia-Carbonero R, et al. Fruquintinib versus placebo in patients with refractory metastatic colorectal cancer (FRESCO-2): an international, multicentre, randomised, double-blind, phase 3 study. Lancet. 2023 Jul 1;402(10395):41-53.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37331369?tool=bestpractice.com
Fruquintinibe pode ser uma opção para o tratamento do câncer colorretal metastático que evoluiu com todos os outros esquemas disponíveis.[129]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: rectal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
[139]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: colon cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
Pode ser administrado antes ou depois de trifluridina/tipiracila ou regorafenibe; os dados sobre a melhor ordem das terapias são limitados.[129]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: rectal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
[139]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: colon cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
Câncer colorretal com IMS-A ou dMMR irressecável ou metastático
Os inibidores de checkpoint imunológico nivolumabe (com ou sem ipilimumabe), pembrolizumabe ou dostarlimabe podem ser usados para pacientes com câncer colorretal com IMS-A ou dMMR POLE/POLD1 irressecável ou metastático que não foram tratados previamente com um inibidor de checkpoint imunológico.[129]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: rectal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
[139]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: colon cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
O pembrolizumabe é aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) dos EUA e pela European Medicines Agency (EMA) como tratamento de primeira linha para pacientes com câncer colorretal com IMS-A ou dMMR irressecável ou metastático. Em comparação com a quimioterapia, o pembrolizumabe melhora significativamente a sobrevida livre de progressão em pacientes com câncer colorretal com IMS-A-dMMR metastático e leva a melhoras clinicamente significativas na qualidade de vida relacionada à saúde.[338]André T, Shiu KK, Kim TW, et al. Pembrolizumab in microsatellite-instability-high advanced colorectal cancer. N Engl J Med. 2020 Dec 3;383(23):2207-18.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33264544?tool=bestpractice.com
[339]Andre T, Amonkar M, Norquist JM, et al. Health-related quality of life in patients with microsatellite instability-high or mismatch repair deficient metastatic colorectal cancer treated with first-line pembrolizumab versus chemotherapy (KEYNOTE-177): an open-label, randomised, phase 3 trial. Lancet Oncol. 2021 May;22(5):665-77.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33812497?tool=bestpractice.com
[340]Diaz LA Jr, Shiu KK, Kim TW, et al. Pembrolizumab versus chemotherapy for microsatellite instability-high or mismatch repair-deficient metastatic colorectal cancer (KEYNOTE-177): final analysis of a randomised, open-label, phase 3 study. Lancet Oncol. 2022 May;23(5):659-70.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35427471?tool=bestpractice.com
A monoterapia com pembrolizumabe também é aprovada para pacientes com câncer colorretal metastático ou irressecável com IMS alta ou dMMR que receberam terapia combinada anterior à base de fluoropirimidina.[129]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: rectal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
[139]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: colon cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
O National Institute for Health and Care Excellence (NICE) do Reino Unido recomenda a terapia com pembrolizumabe como uma opção para esses pacientes, apenas se o tratamento com nivolumabe associado a ipilimumabe não for viável.[341]National Institute for Health and Care Excellence. Paclitaxel, pegylated liposomal doxorubicin hydrochloride and topotecan for second-line or subsequent treatment of advanced ovarian cancer. May 2005 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ta91
O nivolumabe e o nivolumabe associado a ipilimumabe receberam aprovação acelerada da FDA dos EUA e aprovação da EMA para tratar pacientes com tumores sólidos irressecáveis ou metastáticos que foram identificados como tendo IMS-A ou dMMR.[342]Overman MJ, Lonardi S, Wong KY, et al. Durable clinical benefit with nivolumab plus ipilimumab in DNA mismatch repair-deficient/microsatellite instability-high metastatic colorectal cancer. J Clin Oncol. 2018 Jan 20;36(8):773-9.
https://ascopubs.org/doi/full/10.1200/JCO.2017.76.9901
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29355075?tool=bestpractice.com
Essas terapias podem ser consideradas como tratamento de primeira linha ou como terapia subsequente para câncer colorretal que evoluiu após o tratamento com fluoropirimidina, oxaliplatina e irinotecano.[129]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: rectal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
[139]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: colon cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
Dostarlimabe está aprovado pela FDA para dMMR recorrente ou tumores sólidos avançados que apresentaram evolução durante ou após o tratamento prévio e que não têm opções de tratamento alternativo satisfatórias. Um estudo prospectivo de fase 2 está em andamento, para analisar o efeito de dostarlimabe, um anticorpo monoclonal bloqueador de PD-1, em pacientes com adenocarcinoma retal localmente avançado de estádio 2 ou 3 com reparo de erro de pareamento deficiente (dMMR).[343]ClinicalTrials.gov. Study of induction PD-1 blockade in subjects with locally advanced mismatch repair deficient solid tumors. Oct 2022 [internet publication].
https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT04165772
Foram publicados resultados preliminares depois que 12 pacientes completaram 6 meses de tratamento e foram submetidos a um acompanhamento de, pelo menos, 6 meses. Todos os 12 pacientes apresentaram resposta clínica completa, sem evidências de tumor no exame de imagem (ressonância nuclear magnética e tomografia por emissão de pósitrons com fluordesoxiglucose), visualização endoscópica, exame de toque retal ou biópsia. Nenhum evento adverso de grau 3 ou superior foi relatado durante o período de acompanhamento.[344]Cercek A, Lumish M, Sinopoli J, et al. PD-1 blockade in mismatch repair-deficient, locally advanced rectal cancer. N Engl J Med. 2022 Jun 23;386(25):2363-76.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35660797?tool=bestpractice.com
Isso sugere que o câncer retal localmente avançado com dMMR é altamente sensível ao bloqueio de PD-1 com agente único, mas é necessário um acompanhamento prolongado para avaliar a duração da resposta.
Os efeitos adversos mais comuns de todos os estágios são anemia, fadiga e disfagia. Os efeitos adversos mais comuns de grau 3 ou superior são neutropenia, hipertensão, aumento da lipase e linfopenia.[345]Zhou X, Yao Z, Bai H, et al. Treatment-related adverse events of PD-1 and PD-L1 inhibitor-based combination therapies in clinical trials: a systematic review and meta-analysis. Lancet Oncol. 2021 Sep;22(9):1265-74.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34391508?tool=bestpractice.com
Perfis de toxicidade de terapias de combinação à base de inibidor de PD-1 ou PD-L1 foram publicados.[345]Zhou X, Yao Z, Bai H, et al. Treatment-related adverse events of PD-1 and PD-L1 inhibitor-based combination therapies in clinical trials: a systematic review and meta-analysis. Lancet Oncol. 2021 Sep;22(9):1265-74.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34391508?tool=bestpractice.com
Câncer colorretal com mutação BRAF V600 irressecável ou metastático
O inibidor da BRAF quinase, encorafenibe, em combinação com cetuximabe ou panitumumabe, é recomendado para pacientes com câncer colorretal irressecável ou metastático com mutação BRAF V600E positiva que apresentam progressão da doença apesar do tratamento anterior.[129]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: rectal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
[139]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: colon cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
[346]National Institute for Health and Care Excellence. Encorafenib plus cetuximab for previously treated BRAF V600E mutation-positive metastatic colorectal cancer. Jan 2021 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ta668
A terapia combinada com encorafenibe, cetuximabe e binimetinibe (terapia tripla) aumentou significativamente a sobrevida global em comparação com o controle (cetuximabe associado a escolha dos investigadores de quimioterapia à base de irinotecano) em um estudo aberto de fase 3 de 665 pacientes com câncer colorretal metastático com mutação BRAF V600E com progressão da doença após um ou dois regimes anteriores (sobrevida mediana de 9.0 meses vs. 5.4 meses, respectivamente).[347]Kopetz S, Grothey A, Yaeger R, et al. Encorafenib, binimetinib, and cetuximab in BRAF V600E-mutated colorectal cancer. N Engl J Med. 2019 Oct 24;381(17):1632-43.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1908075?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200pubmed
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31566309?tool=bestpractice.com
Uma análise descritiva não encontrou nenhuma diferença significativa na sobrevida entre a terapia tripla e a terapia dupla que consiste em encorafenibe e cetuximabe (sobrevida estimada em 6 meses de 71% e 65%, respectivamente).[347]Kopetz S, Grothey A, Yaeger R, et al. Encorafenib, binimetinib, and cetuximab in BRAF V600E-mutated colorectal cancer. N Engl J Med. 2019 Oct 24;381(17):1632-43.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1908075?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200pubmed
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31566309?tool=bestpractice.com
A terapia anti-EGFR pode ser considerada em pacientes com mutações BRAF diferentes de V600E.[129]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: rectal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
[139]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: colon cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
Câncer colorretal irressecável ou metastático positivo para fusão do gene NTRK
Os inibidores da quinase do receptor da tropomiosina, larotrectinibe, entrectinibe e repotrectinibe, são aprovados e recomendados para pacientes com câncer colorretal metastático que é positivo para a fusão do gene do receptor tirosina quinase neurotrófico (NTRK) quando não há outras opções de tratamento eficazes.[129]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: rectal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
[139]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: colon cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
Câncer colorretal com mutação KRASG12C irressecável ou metastático
Inibidores de KRAS G12C (por exemplo, sotorasibe, adagrasibe) podem ser considerados com ou sem inibidores de EGFR para tumores com mutação KRAS G12C.[129]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: rectal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
[139]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: colon cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
[348]Yaeger R, Weiss J, Pelster MS, et al. Adagrasib with or without cetuximab in colorectal cancer with mutated KRAS G12C. N Engl J Med. 2023 Jan 5;388(1):44-54.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa2212419
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36546659?tool=bestpractice.com
[349]Kuboki Y, Fakih M, Strickler J, et al. Sotorasib with panitumumab in chemotherapy-refractory KRAS(G12C)-mutated colorectal cancer: a phase 1b trial. Nat Med. 2024 Jan;30(1):265-70.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38177853?tool=bestpractice.com
[350]Fakih MG, Salvatore L, Esaki T, et al. Sotorasib plus panitumumab in refractory colorectal cancer with mutated KRAS G12C. N Engl J Med. 2023 Dec 7;389(23):2125-39.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa2308795
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37870968?tool=bestpractice.com
O tratamento com sotorasibe ou adagrasibe isolado pode ser considerado em pacientes que não toleram inibidores de EGFR devido a sua toxicidade.[129]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: rectal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
[139]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: colon cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
A combinação de adagrasibe associado a cetuximabe recebeu aprovação da FDA para o tratamento de câncer colorretal metastático ou localmente avançado previamente tratado, com mutação KRAS G12C, com base em achados do ensaio clínico KRYSTAL-1.[348]Yaeger R, Weiss J, Pelster MS, et al. Adagrasib with or without cetuximab in colorectal cancer with mutated KRAS G12C. N Engl J Med. 2023 Jan 5;388(1):44-54.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa2212419
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36546659?tool=bestpractice.com
[351]Yaeger R, Uboha NV, Pelster MS, et al. Efficacy and safety of adagrasib plus cetuximab in patients with KRASG12C-mutated metastatic colorectal cancer. Cancer Discov. 2024 Jun 3;14(6):982-93.
https://aacrjournals.org/cancerdiscovery/article/14/6/982/745540/Efficacy-and-Safety-of-Adagrasib-plus-Cetuximab-in
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38587856?tool=bestpractice.com
[352]ClinicalTrials.gov. Phase 1/2 Study of MRTX849 in patients with cancer having a KRAS G12C mutation KRYSTAL-1. ClinicalTrials.gov Identifier: NCT03785249. Sep 2024 [internet publication].
https://clinicaltrials.gov/study/NCT03785249
Câncer colorretal irressecável ou metastático positivo para HER2
A monoterapia com trastuzumabe deruxtecano, ou trastuzumabe combinado com pertuzumabe, lapatinibe ou tucatinibe pode ser usada como opção de tratamento para tumores com amplificação de HER2 que também são RAS e BRAF de tipo selvagem.[129]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: rectal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
[139]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: colon cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
[353]Raghav K, Siena S, Takashima A, et al. Trastuzumab deruxtecan in patients with HER2-positive advanced colorectal cancer (DESTINY-CRC02): primary results from a multicentre, randomised, phase 2 trial. Lancet Oncol. 2024 Sep;25(9):1147-62.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/39116902?tool=bestpractice.com
A combinação de tucatinibe associado a trastuzumabe recebeu aprovação da FDA para o tratamento do câncer colorretal metastático ou irressecável tipo RAS selvagem positivo para HER2 que evoluiu após quimioterapia baseada em fluoropirimidina, oxaliplatina e irinotecano, com base nas respostas recebidas no estudo de fase 2 MOUNTAINEER.[129]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: rectal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
[139]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: colon cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
[354]Strickler JH, Cercek A, Siena S, et al. Tucatinib plus trastuzumab for chemotherapy-refractory, HER2-positive, RAS wild-type unresectable or metastatic colorectal cancer (MOUNTAINEER): a multicentre, open-label, phase 2 study. Lancet Oncol. 2023 May;24(5):496-508.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37142372?tool=bestpractice.com
Câncer colorretal irressecável ou metastático com mutação positiva para fusão gênica de RET
Selpercatinibe, um inibidor da quinase RET ativo no SNC, mostrou ser promissor no ensaio clínico aberto LIBRETTO-001 realizado com pacientes com 18 anos ou mais com câncer com alteração em RET.[355]Subbiah V, Wolf J, Konda B, et al. Tumour-agnostic efficacy and safety of selpercatinib in patients with RET fusion-positive solid tumours other than lung or thyroid tumours (LIBRETTO-001): a phase 1/2, open-label, basket trial. Lancet Oncol. 2022 Oct;23(10):1261-73.
https://www.thelancet.com/journals/lanonc/article/PIIS1470-2045(22)00541-1/abstract
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36108661?tool=bestpractice.com
[356]Drilon A, Subbiah V, Gautschi O, et al. Selpercatinib in patients with RET fusion-positive non-small-cell lung cancer: updated safety and efficacy from the registrational LIBRETTO-001 phase I/II trial. J Clin Oncol. 2023 Jan 10;41(2):385-94.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.22.00393
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36122315?tool=bestpractice.com
Pode ser usado em pacientes com câncer colorretal irressecável ou metastático com mutação positiva para fusão gênica de RET.[129]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: rectal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx
[139]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: colon cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/default.aspx