Epidemiologia

Há uma falta de dados confiáveis sobre incidência e prevalência de sepse. Isso se deve à ausência de uma definição consistente para sepse e às diferenças na prática de codificação entre profissionais e organizações.[4][5]

Em 2017/2018, ocorreram 186,000 internações hospitalares no Reino Unido para pessoas com diagnóstico primário de sepse.[6]

A sepse está presente em muitas hospitalizações que culminam em morte. Em 2015, 23,135 pessoas morreram de sepse no Reino Unido, em que a sepse foi uma das causas subjacentes ou que contribuíram para a morte. NHS England: Sepsis Opens in new window A verdadeira contribuição da sepse para essas mortes é desconhecida. Acredita-se que a maioria das causas subjacentes de morte em pessoas com sepse esteja relacionada a comorbidades crônicas graves e fragilidade.[5][7][8]

A maioria dos estudos epidemiológicos revela que a sepse é mais comum em homens que em mulheres. Pessoas com mais de 65 anos são particularmente suscetíveis, tendo um estudo constatado que quase dois terços das pessoas com sepse se encontram nessa faixa etária.[9]

Fatores de risco

Associado a aumento do risco de sepse (risco relativo 7.0, IC de 95% 5.6 a 8.7).[36]

O risco de sepse é particularmente alto em pessoas >75 anos de idade ou que estão frágeis.[3]

Associado a um aumento do risco de sepse.

O imunocomprometimento pode surgir por conta de tratamento (por exemplo, quimioterapia, corticosteroides ou outros imunossupressores), doença subjacente (por exemplo, diabetes, célula falciforme) ou cirurgia (por exemplo, esplenectomia).[3][37]​ Suspeite de sepse neutropênica em pacientes que adoeceram e (a) estão recebendo ou receberam tratamento oncológico sistêmico nos últimos 30 dias ou (b) estão recebendo ou receberam tratamento imunossupressor por motivos não relacionados ao câncer.[3]

O risco de sepse é alto em pessoas com acessos venosos ou cateteres.[3]

O risco de sepse é alto em pessoas submetidas a cirurgia ou outros procedimentos invasivos nas últimas 6 semanas.[3]

O risco de sepse é particularmente alto após cirurgia esofágica, pancreática ou gástrica eletiva.[38]

Associado a aumento do risco de sepse (risco relativo 208.7, IC de 95% 142.9 a 296.3).[36]

A diminuição da resistência a infecções, complicações do diabetes e aumento das complicações cirúrgicas desempenham um papel (risco relativo 5.9, IC de 95% 4.4 a 7.8).[36]

O risco de sepse é alto em pessoas que fazem uso indevido de substâncias por via intravenosa.[3]

Associado a aumento do risco de sepse (risco relativo 5.6, IC de 95% 3.8 a 8.0).[36]

A gravidez ou gravidez recente é um fator de risco para o desenvolvimento de sepse.[3] No Reino Unido, relatou-se uma incidência estimada de sepse na gravidez de 47 casos por 100,000 gestações ao ano, ao passo que a incidência anual estimada entre pessoas com idade entre 18 e 19 na população geral é de cerca de 29.6 casos por 100,000.[9][39]

O risco de sepse entre mulheres pode ser maior se elas apresentarem imunidade comprometida, diabetes gestacional, diabetes (ou outra comorbidade clínica), se precisaram passar por procedimentos invasivos durante a gravidez (por exemplo, parto cesáreo, parto com fórceps, remoção de produtos de concepção retidos), tiveram ruptura prolongada das membranas durante a gravidez, se têm ou tiveram contato próximo com pessoas com infecção por estreptococos do grupo A (por exemplo, escarlatina) ou se tiverem sangramento vaginal contínuo ou um corrimento vaginal anormal com odor.[3]

O risco de sepse é alto em pessoas com algum prejuízo à integridade cutânea (por exemplo, cortes, queimaduras, vesículas ou infecção cutânea).[3]

Pode predispor ao aumento da exposição a infecções e patógenos resistentes a medicamentos (risco relativo 2.4, IC de 95% 1.2 a 5.6).[36]

Fracamente associado à sepse (risco relativo 3.8, IC de 95% 2.6 a 5.4).[36]

Pode apresentar maior risco (razão de chances 1.28, IC de 95% 1.24 a 1.32).[40]

Pode apresentar aumento do risco (razão de chances 1.90, IC de 95% 1.80 a 2.00).[40]

Infecções sazonais (por exemplo, infecções respiratórias no inverno) estão fracamente associadas à sepse.

A sepse tem probabilidade 1.4 vez maior de ocorrer no inverno que no outono.[16]

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