Epidemiologia

A MG é uma doença incomum. A incidência foi relatada entre 3 e 28 casos por milhão por ano, com uma estimativa de 10 a 20 casos por milhão por ano nos EUA.[1][30][31] A prevalência mundial foi estimada em 12.4 pessoas por 100,000 habitantes (um total de cerca de 700,000 casos).[1][31][32]

Um estudo de coorte realizado na Noruega revelou uma taxa de incidência anual de 8.8 a 16 por milhão, e prevalência de 131 a 145 por milhão.[33] Dados epidemiológicos do norte de Portugal sugerem uma taxa de incidência de MG de 6.3 por milhão, por ano, e uma prevalência pontual de 111.7 por milhão.[34] As maiores taxas de prevalência foram encontradas em homens (288.1 por milhão em homens com idade >65 anos).[34] Na Coreia do Sul, taxas de incidência e prevalência de 0.55 por 100,000 pessoas-anos e 12.99 por 100,000 pessoas, respectivamente, foram relatadas em 2014.[35]

A prevalência da MG está aparentemente aumentando, particularmente em países desenvolvidos. Isso pode decorrer, em parte, do envelhecimento da população, da maior longevidade dos pacientes com MG e da disponibilidade de ferramentas diagnósticas mais precisas. Em Ontário, no Canadá, a taxa de prevalência padronizada por idade e sexo aumentou de 16.3 por 100,000 em 1996 para 26.3 por 100,000 em 2013, mas as taxas de incidência permaneceram estáveis nesse mesmo período.[36]

A MG, segundo relatos, ocorre em todos os grupos étnicos; diferenças relativas na prevalência da doença ainda estão por ser determinadas. Um estudo de MG ocular revelou que pacientes não brancos tendiam a se apresentar em uma idade mais jovem.[37] A MG se manifesta desde a primeira infância até a idade avançada; afeta mais mulheres do que homens.[31] A incidência é significativamente maior em mulheres negras, particularmente nos EUA. As mulheres geralmente apresentam menos de 40 anos de idade, enquanto os homens geralmente desenvolvem sintomas mais tarde, com idade mediana de início na sétima década.[36][37] A MG caracterizada por anticorpos direcionados contra a tirosina quinase músculo específica (MuSK) afeta predominantemente mulheres (de 80% a 90% dos pacientes).

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