História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

lesão recente por esmagamento

História de trauma com deformidade e inchaço dos membros.

Pulsos periféricos diminuídos se comparados aos do membro oposto.

Tempo de enchimento capilar prolongado e coloração distal precária.

imobilização prolongada

Isso é mais provável em casos de abuso de álcool ou drogas, pois os pacientes podem permanecer deitados imóveis em uma mesma posição por um período significativo.

presença de outros fatores de risco

Os principais fatores de risco incluem trauma, álcool, cocaína, anfetamina, fenciclidina, narcóticos, diuréticos, estatinas, toxicidade por salicilatos, toxinas, envenenamento, doenças inflamatórias, hipóxia muscular e doenças hereditárias.

dor ou fraqueza muscular

Pode ocorrer após um trauma evidente ou exercícios intensos recentes, mas pode também ocorrer de forma insidiosa. Os grupos musculares comumente envolvidos são os membros e a coluna lombar.[2]

Outros fatores diagnósticos

Incomuns

mal-estar generalizado

Sensação de dor generalizada, letargia e indisposição.

urina escura

Urina escura e vermelha causada por mioglobina urinária. Outras causas de urina vermelha incluem ingestão de beterraba, amoras e ruibarbo e uso de medicamentos como senna, doxorrubicina e fenotiazinas.[30]

inchaço muscular

Inchaço muscular pode estar presente em uma área de lesão ou em um cenário de uso excessivo do músculo.

sensibilidade dolorosa nos músculos

Sensibilidade generalizada nos músculos pode ser eliciada.

pulsos periféricos reduzidos

Comparado ao do membro oposto.

tempo de enchimento capilar prolongado

Comparado ao do membro oposto.

Fatores de risco

Fortes

trauma

Lesões traumáticas são uma causa comum de rabdomiólise; um estudo mostrou algum grau de evidência bioquímica de rabdomiólise (creatina quinase [CK] anormal) em 85% dos pacientes gravemente feridos internados em uma unidade de terapia intensiva de trauma.[2][4] Pacientes traumatizados com lesões vasculares ou isquemia muscular com reperfusão subsequente apresentam maior risco de rabdomiólise.[2]

Queimaduras e choques elétricos podem causar lesão muscular extensa.

Estados por esforço excessivo podem ser considerados trauma muscular. A rabdomiólise foi documentada em atletas malcondicionados e recrutas militares. O diagnóstico de rabdomiólise por esforço é feito quando há sintomas musculares graves (dor, rigidez e/ou fraqueza) e evidência laboratorial de lise muscular (nível de CK >5 vezes o limite superior do normal ou >1000 UI/L) no cenário do exercício recente.[19][20]

bebidas alcoólicas

O abuso de etanol é o fator etiológico mais comum no desenvolvimento de rabdomiólise.[1][3][5]

Acredita-se que seja diretamente tóxico para as membranas dos miócitos, iniba a captação do cálcio nas células e prejudique a sódio-potássio adenosina trifosfatase.

Além disso, delirium tremens concomitante, convulsões por abstinência, imobilização prolongada e compressão dos membros, depleção de volume e anormalidades eletrolíticas são problemas clínicos relacionados ao alcoolismo que podem causar rabdomiólise.

cocaína

Pode causar estado hiperdinâmico muscular.

anfetamina

Pode causar estado hiperdinâmico muscular.

fenciclidina

Pode causar estado hiperdinâmico muscular.

narcóticos

Podem causar hipoperfusão tecidual e prolongada imobilização e compressão dos membros.

diuréticos

Podem causar uma depleção de potássio grave o suficiente para resultar em rabdomiólise.

estatinas

Tem um efeito indesejado significativo de rabdomiólise.[8][9] As estatinas atualmente licenciadas em todo o mundo incluem, mas não estão limitadas a, rosuvastatina, atorvastatina, sinvastatina, pravastatina, fluvastatina e lovastatina. O mecanismo não está claramente definido. As estatinas e outros medicamentos (por exemplo, daptomicina) podem ter um efeito sinérgico na degradação muscular.[16]

toxicidade do salicilato

A toxicidade do salicilato desagrega a fosforilação oxidativa, que inibe a formação de adenosina trifosfato.

toxinas

Como cianeto, mercúrio, cobre, monóxido de carbono e tolueno.

envenenamento

Como picada de cobra, centopeia ou abelha.

distúrbios inflamatórios

Dermatomiosite e polimiosite são doenças inflamatórias que resultam em rabdomiólise crônica quase universal, mas complicações são raras.[21]

hipóxia muscular

Qualquer afecção que interrompa o fluxo sanguíneo para o tecido pode resultar em lesão celular dos músculos. Pode ocorrer lesão isquêmica por meio de oclusão vascular ou imobilização e compressão prolongadas dos membros. Pacientes com trombose ou êmbolos arteriais, vasculites, como doença falciforme, pacientes geriátricos incapazes de deambular ou outros pacientes debilitados podem apresentar evidências de mionecrose.

distúrbios genéticos

Rabdomiólise hereditária raramente ocorre como um defeito genético do metabolismo de carboidratos e lipídeos.[1][5][22] Os 2 mais comuns são deficiência de carnitina-palmitoil transferase e deficiência de miofosforilase (síndrome de McArdle).

Há suspeita do diagnóstico em pacientes com história familiar positiva e episódios recorrentes de rabdomiólise induzida por exercício.

Fracos

distúrbios metabólicos

Distúrbios metabólicos e endocrinopatias podem ocasionar hipocalemia ou hipofosfatemia.[1][5]

Níveis adequados de potássio são necessários para aumentar o fluxo sanguíneo para os músculos anaeróbios e ajudar na síntese e no armazenamento do glicogênio como fonte de energia muscular; níveis deficitários podem causar mal-estar, fraqueza generalizada e mialgias.

O fosfato é o ânion intracelular predominante e é um precursor necessário para a formação da adenosina trifosfato.

Qualquer distúrbio que cause a depleção desses íons pode resultar em rabdomiólise. Exemplos incluem hipernatremia, estado hiperosmolar, mixedema, tempestade tireoidiana, cetoacidose diabética, feocromocitoma, anorexia nervosa, hiperalimentação e outros estados de desnutrição.

infecção

Etiologias infecciosas ocorrem tanto por invasão direta do miócito como por produção de toxina.

Gripe (influenza) A e B são as causas virais mais comuns, mas o vírus da imunodeficiência humana (HIV) e o vírus Coxsackie também foram incluídos.

Infecções bacterianas com Legionella, Francisella tularensis, Streptococcus pneumoniae, Salmonella e Staphylococcus aureus foram documentadas como causadoras em ordem decrescente.[5][23]

aumento da temperatura corporal

Distúrbios do estado da temperatura corporal podem resultar em lesão muscular por atividade muscular excessiva, bem como por imobilização. Esses incluem insolação, hipertermia, síndrome neuroléptica maligna e hipertermia maligna.[1][24]

antipsicóticos

O uso de antipsicóticos é um fator de risco para rabdomiólise. Isto foi relatado tanto na presença quanto na ausência de síndrome neuroléptica maligna.[13][14]

O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal