Complicações

Complicação
Período de ocorrência
Probabilidade
longo prazo
baixa

Formada quando o abscesso diverticular se rompe dentro de órgãos adjacentes, como a bexiga urinária nos homens, e a vagina, nas mulheres.[100]

As fístulas colovesicais geralmente apresentam pneumatúria, fecalúria e infecções do trato urinário recorrentes.[101]

Passagem de fezes ou gases pela vagina é diagnóstica de fístula colovaginal.

Fístulas menos comuns incluem coloentéricas, colouterinas e colouretrais.

As modalidades diagnósticas incluem cistoscopia, cistografia, estudos com azul de metileno e radiografias por contraste.

O reparo cirúrgico é o tratamento de primeira escolha.[100][101]

Se houver perfuração, antibióticos devem ser usados para evitar a peritonite generalizada e a septicemia.

longo prazo
baixa

Embora não haja uma associação causal estabelecida entre diverticulose e neoplasia colorretal, há um risco maior de neoplasia maligna do cólon, particularmente na diverticulose complicada.[103][104]

É recomendável ter um alto índice de suspeita e um limiar baixo no rastreamento com colonoscopia para uma detecção precoce e um possível tratamento curativo da neoplasia colorretal nesses pacientes.[64][103][104]

Câncer colorretal

variável
Médias

A maioria dos abscessos pericólicos pequenos responde ao repouso intestinal e aos antibióticos de amplo espectro. A drenagem percutânea dos abscessos guiada por tomografia computadorizada (TC) pode acelerar a cura e eliminar a necessidade de cirurgia.[7]

A cirurgia é necessária quando o tratamento clínico e a drenagem percutânea não resultarem em melhora clínica. A cirurgia também pode ser considerada em caso de abscessos multiloculados ou inacessíveis. Um abscesso em um local remoto do abdome ainda pode ser uma complicação da diverticulite, mesmo na ausência de sintomas significativos na região inferior esquerda do abdome.

Laparoscopia diagnóstica/laparotomia exploratória devem ser consideradas precocemente caso o diagnóstico primário não esteja claro.

variável
Médias

Geralmente, a microperfuração é autolimitada e o tratamento conservador, que inclui antibióticos, fluidoterapia intravenosa e repouso intestinal, resulta em cura completa. No entanto, a perfuração com ar livre é uma emergência cirúrgica que, se não for tratada, poderá resultar em peritonite generalizada associada a alta morbidade e mortalidade. Em pacientes com perfuração diverticular com peritonite generalizada, deve-se considerar lavagem laparoscópica ou colectomia.[1] Os riscos e benefícios de cada procedimento devem ser discutidos com o paciente.[1]

variável
Médias

A inflamação e a fibrose podem resultar em estenoses que, por sua vez, podem causar obstrução parcial ou completa. A obstrução intestinal também pode ser resultado de pressão de alças intestinais inflamadas ou de pequena(s) alça(s) intestinal(ais) emaranhada(s) no processo inflamatório. Também se pode observar íleo paralítico e pseudo-obstrução.

Em caso de estenose, ela deve ser diferenciada de uma neoplasia obstrutiva; neste cenário, será exigida uma biópsia colonoscópica.

A dilatação com balão e a colocação de uma endoprótese podem ser consideradas para o tratamento.[102] A insuficiência de dilatação ou a impossibilidade de descartar a malignidade exigem ressecção cirúrgica.

Repouso intestinal, sucção nasogástrica e antibióticos intravenosos podem resolver a obstrução parcial. É necessário realizar radiografias seriadas abdominais simples para avaliar a progressão da obstrução e reconhecer sinais precoces de isquemia intestinal. Se o quadro clínico não evoluir com o manejo conservador ou se houver isquemia intestinal evidente, é indicada intervenção cirúrgica.

A pseudo-obstrução deve ser manejada de forma conservadora, corrigindo-se as causas predisponentes, como sepse e/ou distúrbios eletrolíticos, com a administração de fluidoterapia intravenosa, e sucção nasogástrica.

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