Epidemiologia

A SAM é uma complicação grave associada ao líquido amniótico tinto de mecônio (LATM).

O LATM é observado em 7% a 22% dos partos a termo, com taxas mais altas (22% a 44%) nos partos pós-termo (>42 semanas). [3] É incomum (<5%) em partos com <34 semanas de gestação, provavelmente por peristaltismo intestinal imaturo.[1] Etnia negra ou sul-asiática, parto pélvico vaginal e aumento da idade gestacional aumentam o risco de LATM.[4]

O LATM é classificado como mecônio espesso ou fino de acordo com a consistência. Cerca de 1% dos bebês nascem com mecônio fino e 7% nascem com mecônio espesso.[5]

Entre 2% e 9% dos bebês nascidos com LATM desenvolvem SAM.[6]

A incidência de SAM com sintomas foi de 2.49 casos por 1000 nascimentos nos EUA, em 2012.[7] Além disso, 1.15 por 1000 neonatos tiveram SAM sem sintomas. Os neonatos negros apresentaram uma probabilidade 1.54 vez maior de ter SAM com sintomas em comparação com neonatos brancos.[7] Estudos populacionais realizados nos EUA, Austrália e França mostram que a frequência de SAM e LATM tem diminuído de forma contínua ao longo das últimas décadas.[8][9][10][11]

O diagnóstico da SAM aumenta com a idade gestacional, de 1.3% em 38 semanas para 4.8% em 42 semanas.[12]

Mais de 81% dos lactentes com SAM recebem alta hospitalar, 9% são transferidos para níveis mais altos de unidade intensiva neonatal, 5.5% são transferidos para outro serviço médico dentro do mesmo hospital, 1.2% morre e 1.4% é tratado ou transferido para receber oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO).[9] A sobrevivência de bebês com SAM submetidos a ECMO tem sido de 94%.[13]

Uma metanálise mostrou que a indução do trabalho de parto para gestações a termo ou pós-termo resulta em menos casos de SAM e reduz a mortalidade perinatal em comparação com a conduta expectante.[14][15] [ Cochrane Clinical Answers logo ]

A incidência e a mortalidade por LATM e SAM são bem mais altas em países em desenvolvimento.[16][17]

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