Monitoramento
Pacientes com febre Q aguda que não têm fatores de risco de infecção focalizada persistente devem ser sorologicamente monitorados em 3 e 6 meses. O monitoramento clínico e sorológico deverá ser interrompido aos 6 meses, caso não haja sinal clínico de infecção focalizada persistente e se a imunoglobulina G (IgG) da fase 1 for <1:800.
As recomendações para o monitoramento de pacientes que recebem tratamento para infecção por C burnetii são as seguintes:
Infecção aguda:
Recomenda-se realizar uma ecocardiografia transtorácica na linha basal para avaliar a presença de vegetações ou cardiopatia valvar.
As sorologias devem ser repetidas em 3 e 6 meses.
No caso de as sorologias de IgG de fase 1 persistirem ≥1:800 e/ou com sinais de evolução clínica desfavorável, deverá ser realizada uma PET/TC junto com um teste sérico de reação em cadeia da polimerase.[2]
Infecções focalizadas persistentes:
As sorologias e o monitoramento dos níveis medicamentosos (ou seja, mantendo os níveis de doxiciclina em 5-10 mg/L, e a hidroxicloroquina em 0.8 a 1.2 mg/L) deverão ser executados todos os meses junto com o acompanhamento clínico, enquanto o paciente estiver recebendo terapêutica antimicrobiana e nos primeiros 6 meses após a descontinuação do antibiótico, depois a cada 6 meses por 5 anos. Na verdade, recidivas foram relatadas até 5 anos após o tratamento de endocardite por febre Q.[87][106]
A cura é considerada em um paciente com bom desfecho clínico, um tratamento completo de 18 a 24 meses (nas infecções cardiovasculares por C burnetii) e um bom desfecho sorológico (ou seja, diminuição de duas vezes no título de diluição da IgG de fase 1 e ausência de IgM de fase 2 em 1 ano).[87] A IgG de fase 1 ≤1:800 não é mais usada como critério de cura.[87]
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