Abordagem

O objetivo do tratamento é realinhar os ritmos circadianos do corpo com o novo fuso horário. A tentativa de reajustar o ritmo circadiano pode ser feita usando luz natural.[6] A luz artificial e a melatonina são tratamentos adicionais possíveis para os pacientes que apresentam sintomas moderados a graves, independentemente da direção da viagem.​[2][5][6]​​​[7]​​

Modificação de horários e de exposição à luz

As pessoas com permanência curta no novo fuso horário (2 dias ou menos) devem ser encorajadas a manterem seus horários no novo fuso horário da maneira mais parecida possível com seus horários no local de residência para evitar sintomas de efeito rebote no retorno.[5][8]​​ As pessoas que permanecem por maior tempo no novo fuso horário (>3 dias) devem ser encorajadas a adotarem medidas para arrastar seu ritmo circadiano para o novo fuso horário o mais rapidamente possível. Por alguns dias antes do início da viagem, elas devem tentar reajustar os horários das refeições e de sono-vigília da forma mais similar possível ao novo fuso horário.[5]

Pacientes que viajam em sentido leste precisam adiantar as fases. Para isso, devem evitar a exposição à luz durante a noite e devem expor-se à luz de manhã cedo antes da viagem.[6] O uso de óculos de sol à noite deve ser aconselhado.[2]​ Os pacientes que viajam em sentido oeste precisam atrasar as fases. Para isso, convém expor-se à luz ao fim do dia e evitar a exposição à luz de manhã cedo. O uso de óculos de sol pela manhã deve ser aconselhado.

A luz artificial é indicada como possível tratamento adicional para pacientes que apresentam sintomas moderados a graves, independentemente da direção da viagem.[5]​ Essa sugestão está em conformidade com um estudo no qual participantes permaneceram 3 horas expostos à luz intensa (3000 lux) proveniente de dispositivos presos à cabeça.[9]

Melatonina

A melatonina exógena pode ser usada para reorientar o ritmo circadiano.[6][8][10][11]​​​​ Doses repetidas de melatonina no fim do dia revelaram ajudar na readaptação ao sono noturno após um jet lag simulado, até mesmo na presença de tratamento conflitante de exposição à luz intensa; a melatonina melhorou o sono, o humor e a memória.[5][11][12][13][14][15][16]​​

Sedativos/hipnóticos

Hipnóticos em curto prazo podem ser tentados para a insônia associada ao jet lag.​[8][11][17]​​​ O agente hipnótico zolpidem, administrado por 3 noites consecutivas, começando pela primeira noite de sono no novo destino, demonstrou melhorar o sono em alguns viajantes.[11][18]​ Benzodiazepínicos de curta duração também podem ser usados; entretanto, seu uso com bebidas alcoólicas pode causar amnésia durante o voo. Um estudo mostrou melhor qualidade do sono após viagem em sentido leste com o uso do temazepam.[19] Há risco de insônia de rebote após a descontinuação dos sedativos/hipnóticos.

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