Algoritmo de tratamento

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

AGUDA

íleo paralítico pós-operatório

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jejum e hidratação intravenosa

Todos os pacientes com íleo paralítico devem permanecer em jejum e requerem hidratação intravenosa.

A escolha inicial da solução intravenosa dependerá do estado de hidratação inicial do paciente e da presença de comorbidades.

Um paciente significativamente hipovolêmico pode se beneficiar de uma dose em bolus de vários litros de soro fisiológico.

Após essa hidratação inicial, a solução intravenosa de manutenção deverá ser fisiológica e fornecer alguma quantidade de glicose.

Essa taxa deve ser adaptada ao débito urinário e à hemodinâmica do paciente.

Durante esse período, os eletrólitos devem ser monitorados e repostos, se necessário.

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redução da analgesia por opioides ± substituição com analgesia não opioide

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Foi mostrado que os analgésicos opioides retardam a motilidade intestinal.[3]

Foi mostrado que a diminuição do uso de analgésicos opioides administrados sistemicamente ajuda a prevenir o surgimento de íleo paralítico pós-operatório.[28] A analgesia por opioides controlada pelo paciente reduz a quantidade total de opioide administrado em comparação com a administração de analgésicos de forma intermitente durante o dia por um enfermeiro.[33]

Entre os adjuvantes úteis para o controle da dor, incluem-se os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), como o cetorolaco, e outros analgésicos não opioides, como o paracetamol.[38][39][40][41][42][84][85]

A administração de um anestésico local por via epidural constitui outra alternativa à analgesia por opioides.[3][34][35][36][37][53]

Para obter mais informações sobre medidas perioperatórias para prevenir o íleo paralítico pós-operatório, consulte Prevenção.

Opções primárias

paracetamol: <51 kg de peso corporal: 15 mg/kg por via intravenosa a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 60 mg/kg/dia; ≥51 kg de peso corporal: 1000 mg por via intravenosa a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 4000 mg/dia (3000 mg/dia se houver fatores de risco para hepatotoxicidade)

ou

cetorolaco: adultos <65 anos de idade e/ou ≥50 kg: 30 mg por via intramuscular/intravenosa a cada 6 horas quando necessário, máximo de 120 mg/dia; adultos ≥65 anos de idade e/ou <50 kg: 15 mg por via intramuscular/intravenosa a cada 6 horas quando necessário, máximo de 60 mg/dia

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descompressão nasogástrica

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

A sonda nasogástrica deve ser colocada de forma que a sua extremidade fique no estômago, fixada e conectada à sucção.

Deve-se medir o débito gástrico, e o volume perdido deve ser reposto com solução salina fisiológica intravenosa.

A decisão de remover a sonda nasogástrica é baseada no débito medido ao longo do tempo e na resolução clinica do íleo paralítico. O paciente é avaliado quanto a ausência de cólicas e a distensão abdominal, diminuição do débito através da sonda nasogástrica e eliminação de fezes e flatos com o objetivo de se remover a sonda nasogástrica. Pode ser necessário reinserir a sonda nasogástrica, caso o paciente apresente novamente evidências de íleo paralítico continuado, com distensão abdominal e vômitos.

No entanto, estudos recentes mostraram que a descompressão nasogástrica rotineira é desnecessária e pode ser prejudicial. Portanto, o uso rotineiro deixou de ser recomendado, e a descompressão nasogástrica é reservada para uso seletivo.[86]

Frequentemente é realizada descompressão orogástrica no período intraoperatório, mas a sonda é removida ao se concluir a cirurgia.[28]

causa não cirúrgica

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jejum e hidratação intravenosa

Todos os pacientes com íleo paralítico devem permanecer em jejum e requerem hidratação intravenosa.

A escolha inicial da solução intravenosa dependerá do estado de hidratação inicial do paciente e da presença de comorbidades.

Um paciente significativamente hipovolêmico pode se beneficiar de uma dose em bolus de vários litros de soro fisiológico.

Após essa hidratação inicial, a solução intravenosa de manutenção deverá ser fisiológica e fornecer alguma quantidade de glicose.

Os fluidos devem ser inicialmente administrados a uma taxa de manutenção que depende do peso corporal. Essa taxa deve ser adaptada ao débito urinário e à hemodinâmica do paciente.

Em pacientes que recebem tratamento farmacológico que pode exacerbar o íleo paralítico (por exemplo, opiáceos, anticolinérgicos), a descontinuação ou a redução desses medicamentos ajuda a remitir o íleo paralítico.

Anormalidades eletrolíticas (hipocalemia, hipocloremia, alcalose e hipermagnesemia) podem ser uma consequência do íleo paralítico ou um fator de exacerbação. Durante esse período, os eletrólitos devem ser monitorados e repostos, se necessário.

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tratamento das afecções subjacentes

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

As afecções subjacentes, como sepse, infecções intra-abdominais ou outras doenças sistêmicas, devem ser tratadas.

As doenças sistêmicas associadas à hipomotilidade intestinal incluem diabetes mellitus, doença de Chagas, esclerodermia e doenças neurológicas.

O uso crônico de opioides contribui para o íleo paralítico, mas a interrupção ou redução do uso desses medicamentos deve ser manejada com cuidado nesses pacientes devido ao risco de sintomas de abstinência.[88][89]

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descompressão nasogástrica

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

A sonda nasogástrica deve ser colocada de forma que a sua extremidade fique no estômago e permaneça fixada e conectada à sucção.

Deve-se medir o débito gástrico, e o volume perdido deve ser reposto com solução salina fisiológica intravenosa.

A decisão de remover a sonda nasogástrica é baseada no débito medido ao longo do tempo e na resolução clinica do íleo paralítico. O paciente é avaliado quanto a ausência de cólicas e a distensão abdominal, diminuição do débito através da sonda nasogástrica e eliminação de fezes e flatos com o objetivo de se remover a sonda nasogástrica. Pode ser necessário reinserir a sonda nasogástrica, caso o paciente apresente novamente evidências de íleo paralítico continuado, com distensão abdominal e vômitos.

No entanto, estudos recentes mostraram que a descompressão nasogástrica rotineira é desnecessária e pode ser prejudicial. Portanto, o uso rotineiro deixou de ser recomendado, e a descompressão nasogástrica é reservada para uso seletivo.[86]

CONTÍNUA

íleo paralítico que dure mais de 3 dias ou que prolongue a recuperação pós-operatória

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nutrição parenteral

Esses pacientes podem ficar em jejum por várias semanas.

A nutrição parenteral é recomendada para pacientes que não fazem ingestão oral por mais de 7 dias.[3][78] No entanto, a nutrição parenteral é benéfica em pacientes que permaneçam em repouso intestinal durante mais de 14 dias ou que apresentem desnutrição subjacente.[87] Deve-se verificar os eletrólitos diariamente para se identificar eventuais anormalidades eletrolíticas associadas a alimentação intravenosa pós-operatória e ao estado de jejum.

Os benefícios de se iniciar a nutrição parenteral antes de transcorridos 7 dias são menores que os riscos associados à nutrição parenteral e ao acesso venoso central.

Na maioria dos pacientes, o estado de "inanição" pós-operatório não está associado a um aumento da morbidade ou da mortalidade.

A inserção de uma linha venosa central está associada a um risco elevado de lesão iatrogênica nos vasos próximos, pneumotórax, trombose venosa profunda (TVP) e bacteremia associada a linha central.[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Tomografia computadorizada (TC) mostrando estômago significativamente dilatadoDo acervo pessoal da Dra. Paula I. Denoya [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@18d94c32[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Sonda nasogástricaDo acervo pessoal da Dra. Paula I. Denoya [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@50302d66

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