História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

presença de fatores de risco

Os principais fatores de risco são idade entre quinta e sexta décadas, sexo feminino, história de afecções atuais concomitantes com patologia semelhante (tendinopatia estenosante ou neuropatia), comprometimento da mão dominante, diabetes insulinodependente, gestação e lactação.[2][3][6][7][9][12][18][21][23][40][41]

localização sobre e ao redor de uma bainha retinacular

Quando os sinais e sintomas de dor não estão diretamente localizados sobre uma bainha retinacular, isso deve direcionar a atenção para diagnósticos alternativos.[1][2]

dor aumentada com movimento

A dor pode estar presente sem o movimento, mas deve aumentar com o movimento ativo e passivo. O movimento é frequentemente restrito por causa da dor e/ou bloqueio.[1][2]

resposta à injeção de anestésico

Injeção de anestésico adequadamente localizada combinada com corticosteroide deve melhorar os sintomas drasticamente. Do contrário, outros diagnósticos devem ser considerados, incluindo outra tendinopatia estenosante na área (De Quervain versus síndrome de intersecção/tenossinovite do flexor radial do carpo/polegar em gatilho/artrite basilar do polegar; tenossinovite do extensor ulnar do carpo versus complexo da fibrocartilagem triangular).[1][2]

sensação de estalido doloroso com a flexão e extensão do dedo (dedo em gatilho)

O dedo em gatilho se apresenta com encarceramento ou estalido doloroso do tendão flexor, que ocorre quando o paciente flexiona e estende o dedo. O dedo pode estar bloqueado em flexão. A manipulação passiva em extensão pode liberar o bloqueio. Uma negligência prolongada pode resultar em contratura em flexão do dedo na articulação interfalângica proximal.[3][6][7][8][10][11][12]

nódulo palpável no nível da cabeça do metacarpo (dedo em gatilho)

Um nódulo ou massa sensível pode ser palpável no nível da cabeça do metacarpo na palma.[3][6][7][8][10][11][12]

dor, sensibilidade à palpação e edema localizados no lado radial do punho (doença de De Quervain)

A doença de De Quervain apresenta-se com dor, sensibilidade à palpação e edema localizados no lado radial do punho 1 a 2 cm proximais ao estiloide radial. É agravada pelo movimento do polegar. A dor é exacerbada pelo desvio ulnar do punho quando se aperta o polegar na palma da mão (teste de Finkelstein).[2][5][9][14][17][22]

dor e edema proximais à articulação do punho (síndrome de intersecção)

A síndrome de intersecção apresenta-se como dor e edema 4 cm proximais à articulação do punho. Em casos graves, vermelhidão e crepitação palpável (que às vezes pode ser audível) são observados no exame. A dor é gravemente aumentada pela extensão do punho contra resistência.[34]

dor, edema e sensibilidade à palpação no tubérculo de Lister (tenossinovite do extensor longo do polegar)

Características presentes do encarceramento do extensor longo do polegar. O movimento da articulação interfalangiana do polegar causa dor no tubérculo de Lister.[27][28]

dor no lado ulnar do punho (tenossinovite do extensor ulnar do carpo)

A dor no lado ulnar do punho, aumentada com todos os movimentos do punho, é sugestiva de tenossinovite do extensor ulnar do carpo. A dor com o desvio ulnar/extensão contra resistência é sugestiva.[42][43]

dor na prega palmar do punho sobre o tubérculo escafoide e ao longo do comprimento do tendão (tenossinovite do flexor radial do carpo)

Sugestiva de tenossinovite do flexor radial do carpo. Dor aumentada com flexão do punho contra resistência e desvio radial é patognomônica. Edema localizado e um cisto ganglionar podem estar presentes.[29]

Outros fatores diagnósticos

comuns

duração dos sintomas por semanas ou meses

Os sintomas se desenvolvem durante semanas ou meses. A apresentação aguda deve direcionar a atenção para outros possíveis diagnósticos.[1][2]

Fatores de risco

Fortes

idade entre 50 e 60 anos

Possível relação com alterações degenerativas.[2][10][11]​​[12][13]

sexo feminino

As tendinopatias estenosantes são muito mais comuns em mulheres que em homens.[3][5][6][7]​​[15][18]

história das atuais afecções concomitantes com patologia semelhante (tendinopatia estenosante ou neuropatia)

A mesma fisiopatologia básica pode apresentar-se ao mesmo tempo ou em momentos diferentes, ou em locais diferentes, com tendinopatia estenosante ou neuropatia.[2][7][9]​​[12][21][22]

comprometimento da mão dominante

Possível relação com alterações degenerativas.[2][3][7]​​[16]

Diabetes mellitus insulinodependente

Por razões que não são totalmente compreendidas, o risco de dedos em gatilho pode ser até 5 vezes maior nas pessoas com diabetes mellitus insulinodependente do que na população em geral.[23][24]

gestação e lactação

Fator de risco para a síndrome de De Quervain. Considerada relacionada às trocas de líquidos e ao aumento da demanda com os cuidados com o neonato.[14]

Fracos

trauma ou doença articular degenerativa

Especialmente na tenossinovite do extensor longo do polegar (relacionada ao traumatismo contuso ou à fratura do rádio distal não deslocada) e na tendovaginite do flexor radial do carpo (relacionada à artrite basilar do polegar).[25][26][27][28][29]

hiperlipidemia

Um grande estudo de base populacional identificou a hiperlipidemia como um potencial fator de risco para o dedo em gatilho.[30]

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