Cegueira noturna

As condições hereditárias que causam cegueira noturna afetam as estruturas da retina ou da coroide, e são denominadas distrofias retinianas ou coroidais. Retinite pigmentosa e cegueira noturna congênita estacionária são as mais comuns. Não existe nenhum tratamento definitivo para a maioria dos casos de cegueira noturna genética, mas estimular os pacientes a tomarem suplementos de vitamina A (retinol) pode retardar a evolução da doença.[33]Berson EL, Rosner B, Sandberg MA, et al. Vitamin A supplementation for retinitis pigmentosa. Arch Ophthalmol. 1993 Nov;111(11):1456-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8240091?tool=bestpractice.com [34]Massof RW, Fishman GA. How strong is the evidence that nutritional supplements slow the progression of retinitis pigmentosa? Arch Ophthalmol. 2010 Apr;128(4):493-5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20385948?tool=bestpractice.com ​​ Embora uma revisão Cochrane tenha relatado que a vitamina A (retinol) não oferece benefícios claros aos pacientes com retinite pigmentosa, o tratamento não causou danos.[35]Schwartz SG, Wang X, Chavis P, et al. Vitamin A and fish oils for preventing the progression of retinitis pigmentosa. Cochrane Database Syst Rev. 2020 Jun 18;6(6):CD008428. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7388842 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32573764?tool=bestpractice.com ​ Esteja ciente do potencial para teratogenicidade com a suplementação de vitamina A (retinol) em gestantes com reposição de vitaminas.[32]Bastos Maia S, Rolland Souza AS, Costa Caminha MF, et al. Vitamin A and pregnancy: a narrative review. Nutrients. 2019 Mar 22;11(3):681. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6470929 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30909386?tool=bestpractice.com

A cegueira noturna adquirida decorre principalmente da deficiência de vitamina A (retinol), que geralmente ocorre devido a uma doença sistêmica subjacente. Se uma deficiência é encontrada, uma dieta saudável que inclua alimentos ricos em vitamina A (retinol) (por exemplo, fígado, cenoura, leite e gema de ovo) ou suplementação oral com vitamina A (retinol) pode ser recomendada.

Em diversos países, a deficiência de vitamina A (retinol) é incomum. É importante descartar as condições que constituem diagnósticos diferenciais que podem causar visão turva agravada por níveis baixos de luz em vez de cegueira noturna verdadeira (por exemplo, catarata, miopia, glaucoma).

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Medicamentos que afetam o metabolismo da vitamina A (retinol), particularmente os derivados do ácido retinoico, podem causar cegueira noturna.[13]Law WC, Rando RR. The molecular basis of retinoic acid induced night blindness. Biochem Biophys Res Commun. 1989 Jun 15;161(2):825-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2660792?tool=bestpractice.com Há evidências que sugerem que a suplementação com vitamina A (retinol) pode reverter a cegueira noturna em pacientes tratados com derivados do ácido retinoico.[36]Welsh BM, Smith AL, Elder JE, et al. Night blindness precipated by isotretinoin in the setting of hypovitaminosis A. Australas J Dermatol. 1999 Nov;40(4):208-10. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10570558?tool=bestpractice.com ​ Embora a deficiência de vitamina A (retinol) seja extremamente rara em países de alta renda (por exemplo, o Reino Unido), é uma questão grave de saúde pública em muitas regiões de baixa renda (por exemplo, África, Sudeste Asiático), onde afeta particularmente crianças pequenas e gestantes.[17]UK Government Office for Health Improvement and Disparities. Vitamin A: migrant health guide. Advice and guidance on the health needs of migrant patients for healthcare practitioners. May 2021 [internet publication]. https://www.gov.uk/guidance/vitamin-a-deficiency-migrant-health-guide ​ Esteja ciente do potencial para teratogenicidade com a suplementação de vitamina A (retinol) em gestantes com reposição de vitaminas.[32]Bastos Maia S, Rolland Souza AS, Costa Caminha MF, et al. Vitamin A and pregnancy: a narrative review. Nutrients. 2019 Mar 22;11(3):681. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6470929 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30909386?tool=bestpractice.com