Considerações de urgência

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Anafilaxia

A anafilaxia pode ser reconhecida por um início súbito e evolução rápida dos sintomas: problemas com risco à vida nas vias aéreas e/ou respiração e/ou circulação com ou sem alterações na pele e/ou mucosa após exposição ao fator desencadeante (alérgeno).[14][15][42]

Adrenalina intramuscular (epinefrina) deve ser administrada imediatamente aos pacientes com sintomas de anafilaxia após ingestões acidentais de alimentos alérgicos.[15][43]​​[44]​​​​ A protelação na administração de adrenalina está associada a desfechos fatais. Urticária generalizada, angioedema e rinite sem problemas com risco à vida nas vias aéreas, respiração ou circulação não atendem aos critérios para anafilaxia; entretanto, se houver dúvidas, administre adrenalina intramuscular e procure ajuda especializada.[15]

Deve-se dar atenção adicional a medidas de suporte básico de vida, conforme indicado, incluindo suporte a vias aéreas, respiração e circulação do paciente. Diretrizes de anafilaxia devem ser consultadas para detalhes sobre o manejo do quadro subsequente e agudo.[15][43][44][45][46][47]​​​​​​​​

Autoinjetores de adrenalina estão disponíveis caso ocorra anafilaxia fora de um cenário médico. Aqueles com alto risco para anafilaxia e seus cuidadores devem ser aconselhados sobre o porte e o uso de autoinjetores de adrenalina, bem como sobre o reconhecimento e a prevenção de exposições.[47]​ A American Academy of Allergy, Asthma & Immunology recomenda que mais de um autoinjetor seja prescrito se os pacientes já tiverem precisado de múltiplas doses de adrenalina para tratar uma reação anafilática e/ou tiverem uma história de reações bifásicas.[47]​ As crianças devem receber um plano de emergência personalizado por escrito.[46][48][49] American Academy of Pediatrics: allergy and anaphylaxis emergency plan Opens in new window​​​

A protelação na administração de adrenalina está associada a reações bifásicas, nas quais os pacientes desenvolvem recorrência dos sintomas algum tempo após a remissão inicial.[50]​ Os fatores de risco adicionais para anafilaxia bifásica incluem anafilaxia grave e/ou a necessidade de >1 dose de adrenalina, pressão de pulso ampla, fator desencadeante da anafilaxia desconhecido, sinais e sintomas cutâneos e medicamento desencadeante nas crianças.[43][47]​ Os adultos e jovens a partir de 16 anos de idade que tiverem recebido tratamento de emergência para uma suspeita de anafilaxia devem ser observados por 6 a 12 horas a partir do início dos sintomas, a depender de sua resposta ao tratamento de emergência.​[45] Caso os sintomas tenham sido controlados de imediato e com facilidade, um período de observação mais curto pode ser considerado, desde que sejam fornecidos os cuidados pós-reação adequados antes da alta.[45]

Existe um aumento do risco de anafilaxia fatal decorrente de alergia alimentar em pessoas com asma, em pacientes alérgicos a amendoins ou castanhas e em adolescentes.[51][52] Em adolescentes, acredita-se que isso seja decorrente, em parte, dos comportamentos de risco como ingestão intencional dos alimentos a que são alérgicos e/ou de não carregar os autoinjetores de adrenalina injetável.

Enterocolite induzida por proteína alimentar

É comum que, 2 horas após a ingestão de leite ou soja, os bebês que sofrem de enterocolite induzida por proteína alimentar apresentem vômitos profusos, diarreia, irritabilidade e letargia que podem progredir para desidratação e choque.[16][29] Esses bebês podem precisar de rápida reidratação intravenosa para tratar as perdas volumosas de fluidos do trato gastrointestinal.

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