Prevenção secundária

O aspecto mais importante da prevenção é a educação do paciente. Realizar uma dieta hipogordurosa equilibrada, manter o controle adequado de triacilglicerídeo e reduzir a ingestão de bebidas alcoólicas, preferivelmente para zero, podem ajudar a reduzir a incidência de pancreatite aguda recorrente. Os dados agora destacam uma correlação substancial entre o tabagismo e as pancreatites agudas recorrentes. Portanto, os pacientes devem ser fortemente incentivados a manterem abstinência completa do uso do tabaco.

Efetivamente, abordar a litíase biliar por qualquer meio disponível (como colecistectomia, colangiopancreatografia retrógrada endoscópica [CPRE], ácido ursodesoxicólico) pode reduzir o risco de obstrução ductal e, assim, o risco de pancreatite. Em pacientes com hipertrigliceridemia, o uso de estatinas foi associado a um risco reduzido do desenvolvimento de pancreatite.[180] Outros fatores de risco podem ser controlados por meio da educação do paciente e do ajuste na dose de medicamentos.[181][182]

O uso de um agente anti-inflamatório não esteroidal peri-CPRE, como a indometacina retal, foi estabelecido como um padrão de tratamento na redução do risco de pancreatite aguda grave pós-CPRE.[31][32][33][34] O uso criterioso de stents do ducto pancreático em pacientes selecionados é eficaz na redução da pancreatite grave após a CPRE.[18][31]

O uso do fio-guia do ducto pancreático, entretanto, parece aumentar o risco de pancreatite pós-CPRE em comparação com outras técnicas endoscópicas.[183] [ Cochrane Clinical Answers logo ]

Também há evidências que mostram que a hidratação intravenosa com 1 a 3 litros de lactato de Ringer (solução de Hartmann) antes, durante ou após o procedimento pode levar a uma diminuição significativa na incidência de pancreatite pós-CPRE.[35][36][184]

Aqueles com pancreatite crônica idiopática, pancreatite aguda recorrente ou uma história familiar de pancreatite devem ser considerados para o teste genético, especialmente no contexto do câncer de pâncreas. Em geral, a avaliação genética de pacientes com um único episódio de pancreatite aguda é inadequada e oferece poucos benefícios práticos aos médicos que lidam com a doença. Todos os pacientes com história familiar forte de doença do pâncreas devem ser avaliados em um centro de excelência em relação a potenciais traços genéticos.

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