Complicações

Complicação
Período de ocorrência
Probabilidade
curto prazo
Médias

A hipotensão é o resultado da permeabilidade vascular elevada e, em estágios mais avançados da doença, da desregulação do tônus vascular. A miocardite e a depressão miocárdica podem contribuir para a má perfusão do tecido. A ressuscitação deve seguir os princípios do suporte avançado de vida em adultos e em pediatria, com a avaliação das condições das vias aéreas, da respiração e da circulação, e com o estabelecimento do acesso intravenoso seguro por meio de cateteres intravenosos de grosso calibre para a administração de fluidos e antibióticos.[51][67] Os medicamentos inotrópicos devem ser administrados a pacientes com hipotensão ou má perfusão que não responderem prontamente à ressuscitação fluídica.[67]

A possibilidade de hemorragia adrenal deve ser considerada.

curto prazo
Médias

Reações inflamatórias locais às bactérias, alterações no fluxo sanguíneo cerebral e vasculite causam edema cerebral. A punção lombar é contraindicada em pacientes com suspeita de PIC elevada.

Os pacientes com evidências de PIC elevada devem ser intubados e ventilados para que sejam mantidas a oxigenação e a normocapnia adequadas. Os pacientes devem ser posicionados com a cabeça elevada em um ângulo de 30° e posicionada na linha média, e deve-se reduzir a quantidade de estímulos por meio de sedação e mantendo-se o mínimo de contato.

As convulsões devem ser tratadas ativamente.

Manitol, furosemida, dexametasona e períodos curtos de hiperventilação podem ser indicados para o tratamento agudo da PIC gravemente elevada.

curto prazo
Médias

As convulsões devem ser tratadas ativamente com benzodiazepínicos. Os pacientes com transtornos convulsivos geralmente necessitam de terapia de longo prazo com anticonvulsivantes.

curto prazo
Médias

A coagulação intravascular disseminada (CIVD) é causada por deficiências adquiridas de proteína C, proteína S e antitrombina III, aumentos no inibidor do ativador de plasminogênio e no inibidor de fibrinólise ativável por trombina e pela ativação reduzida da proteína C nas células endoteliais.

Os defeitos de coagulação são corrigidos por plasma fresco congelado, concentrados de fatores de coagulação e plaquetas ou por infusão de crioprecipitado, para reduzir a probabilidade de complicações hemorrágicas da infecção.

curto prazo
Médias

A perda auditiva de moderada a grave ocorre em 2% a 10% dos sobreviventes de meningite meningocócica.

As reações inflamatórias locais danificam os nervos cocleares, resultando em perda auditiva neurossensorial. A gravidade pode variar de leve a profunda, e a perda auditiva pode ser unilateral ou bilateral.

curto prazo
Médias

A vasculite, trombose intravascular, edema cerebral e toxicidade direta aos neurônios podem causar essas sequelas neurológicas. A detecção precoce e o encaminhamento para a reabilitação são importantes para garantir os desfechos ideais. Os sobreviventes de infecções meningocócicas graves podem apresentar transtornos emocionais, de aprendizagem e de comportamento que necessitem de avaliação e tratamento multidisciplinares.

curto prazo
baixa

A vasculite, trombose intravascular e o edema do tecido podem causar necrose isquêmica da pele, síndrome compartimental ou outra lesão isquêmica nos membros. Essas lesões podem exigir o desbridamento cirúrgico ou enxertos de pele e devem ser manejadas em colaboração com cirurgiões plásticos e ortopédicos experientes.

curto prazo
baixa

A insuficiência adrenal aguda pode ser causada por hemorragia adrenal, e a insuficiência adrenal funcional pode ocorrer nos pacientes com sepse. Os pacientes com sintomas refratários de choque devem receber doses de reposição de corticosteroides até que a insuficiência adrenal possa ser descartada.

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