Monitoramento

  • A hemoglobina glicosilada A1c (HbA1c) deve ser verificada pelo menos duas vezes por ano nos pacientes com diabetes que estiverem atingindo suas metas glicêmicas, ou trimestralmente (quatro vezes por ano) nos pacientes que tiverem mudado de medicação recentemente e/ou que não estiverem atingindo suas metas glicêmicas.[1][47]

  • A pressão arterial (PA) deve ser verificada em cada consulta de atenção primária.[1]

  • Os lipídios devem ser avaliados ao diagnóstico de diabetes e, depois, anualmente; isso pode precisar ser feito a intervalos mais frequentes nos pacientes que fazem terapia com estatinas ou outro hipolipemiante para se verificarem as metas do tratamento.[1][134] ​O monitoramento lipídico menos frequente pode ser adequado para pacientes com risco cardiovascular reduzido (por exemplo, que não fazem uso de estatinas ou terapia hipolipemiante, <40 anos de idade).[1]

  • Nas pessoas com doença renal diabética estabelecida, a albumina urinária (por exemplo, razão albumina/creatinina [RAC] em amostra aleatória de urina) e a taxa de filtração glomerular estimada (TFGe) devem ser monitoradas de 1 a 4 vezes por ano, dependendo do estágio da doença.[1]

  • Quando a TFGe for <60 mL/minuto/1.73 m², é indicado o rastreamento para complicações da doença renal crônica (DRC), como hipertensão, sobrecarga de volume, desequilíbrio eletrolítico, acidose metabólica, anemia e doença óssea metabólica.[1]

  • O encaminhamento para um nefrologista deve ser considerado se um paciente com diabetes tiver níveis de RAC urinária continuamente crescentes e/ou TFGe continuamente decrescente, se houver incerteza sobre a etiologia da doença renal, para problemas de difícil manejo (anemia, hiperparatireoidismo secundário, aumentos significativos na albuminúria apesar de um bom manejo da PA, doença óssea metabólica, hipertensão resistente ou distúrbios eletrolíticos), ou quando houver doença renal avançada (TFGe <30 mL/minuto/1.73 m²) que exigir discussão sobre terapia renal substitutiva para doença renal em estágio terminal.[1] A consulta com um nefrologista quando se desenvolve doença renal diabética em estágio 4 (TFGe <30 mL/minuto/1.73 m²) reduz custos, melhora a qualidade do atendimento e adia a diálise.[1]

  • A doença renal diabética avançada está frequentemente associada com retinopatia diabética por causa da doença microvascular. Nos EUA, o rastreamento de retinopatia diabética é recomendado dentro de 5 anos após o diagnóstico inicial de diabetes em adultos com diabetes do tipo 1, e em diagnósticos de adultos com diabetes do tipo 2, e daí em diante a cada 1-2 anos caso não haja evidência de retinopatia.[1] Pode ser necessário acompanhamento mais frequente (por exemplo, anualmente) caso os achados sejam anormais.[1] No Reino Unido, o rastreamento para retinopatia é oferecido no momento do diagnóstico, e depois a cada 1-2 anos, a todos os pacientes com diabetes do tipo 1 ou tipo 2 com mais de 12 anos. Os pacientes que tiverem passado por dois exames oftalmológicos consecutivos que não tiverem mostrado sinais de retinopatia diabética serão submetidos a rastreamento a cada 2 anos; todos os outros serão submetidos a rastreamento anual.[234]

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