Rastreamento

O rastreamento de indivíduos assintomáticos quanto à infecção por Leishmania só é relevante para fins de pesquisa (por exemplo, estudos epidemiológicos ou de vacinas).

Rastreamento de população de alto risco

Não há nenhum exame de rastreamento para leishmaniose visceral ou leishmaniose cutânea assintomática. Para fins epidemiológicos, os grupos de risco elevado na população testada podem ser identificados. Recomenda-se a realização de teste diagnóstico neste mesmo grupo de indivíduos assintomáticos um ano depois. A identificação dos pacientes que apresentam soroconversão ou nos quais os testes de liberação de gamainterferona se tornam positivos permite medir a incidência de novas infecções.[104][105]

Considerando-se o alto risco de desenvolvimento ou reativação da doença durante imunossupressão mediada por células, os profissionais podem considerar o rastreamento prévio de pacientes em risco de infecção por Leishmania (isto é, com história de permanência prolongada em área endêmica), se um exame de rastreamento validado se tornar disponível.[5][106]

Doadores ou receptores de sangue/órgãos/tecidos

Não há diretrizes internacionais para rastrear a infecção por Leishmania em doadores ou receptores de sangue, órgãos ou tecidos ou em pacientes imunossuprimidos. Por conta da possibilidade de infecção após transfusão de sangue ou doação de órgãos/tecidos, é recomendável que pessoas com história de leishmaniose (principalmente leishmaniose visceral) não doem sangue e, se for contemplada a doação de órgãos/tecidos (pré- ou pós-morte), a história de leishmaniose do doador deverá ser divulgada.

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