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Diagnose en aanpak van gonorroePublicada por: KCEÚltima publicação: 2023Diagnostic et prise en charge de la gonorrhéePublicada por: KCEÚltima publicação: 2023

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

AGUDA

não gestante >45 kg: infecção urogenital/anorretal não complicada ou infecção faríngea (excluindo a infecção geniturinária complicada)

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1ª linha – 

monoterapia com cefalosporina ou gentamicina associada a azitromicina ou monoterapia com ciprofloxacino

Recomenda-se que pacientes adultos com suspeita ou confirmação de diagnóstico de gonorreia sejam tratados com uma dose única de ceftriaxona.[26]​ Uma metanálise concluiu que a ceftriaxona apresentou melhor eficácia para a gonorreia não complicada se comparada com outros antibióticos.[71]

Cefixima oral em dose única constitui um esquema alternativo adequado, caso ceftriaxona não esteja disponível.[26]​ No entanto, a cefixima tem uma taxa de resposta mais baixa e menos suscetibilidade, comparada à ceftriaxona quando usada em sítios não genitais.[26]

Em pacientes com gonorreia urogenital ou anorretal que são alérgicos a cefalosporina, uma opção é considerar uma dose única de gentamicina intramuscular associada a azitromicina oral; no entanto, os efeitos adversos gastrointestinais podem limitar o uso desse esquema.[26]​ Em um indivíduo assintomático, uma dose única de ciprofloxacino pode ser usada, caso o profissional consiga realizar o teste de girase A (gyrA) para identificar a suscetibilidade ao ciprofloxacino (tipo selvagem).[26]​​[72] Deve-se consultar um especialista em doenças infecciosas para obter orientações sobre o tratamento em caso de alergia a penicilina/cefalosporina.

Os antibióticos fluoroquinolonas sistêmicos, como o ciprofloxacino, podem causar eventos adversos graves, incapacitantes e potencialmente duradouros ou irreversíveis. Isso inclui, entre outros, tendinopatia/ruptura de tendão; neuropatia periférica; artropatia/artralgia; aneurisma e dissecção da aorta; regurgitação da valva cardíaca; disglicemia; e efeitos no sistema nervoso central (SNC), inclusive convulsões, depressão, psicose e pensamentos e comportamento suicida.[73]​ Restrições de prescrição aplicam-se ao uso de fluoroquinolonas e essas restrições podem variar entre os países. Em geral, o uso de fluoroquinolonas deve ser restrito apenas em infecções bacterianas graves e de risco de vida. Algumas agências regulatórias também podem recomendar que eles sejam usados apenas em situações em que outros antibióticos comumente recomendados para a infecção sejam inadequados (por exemplo, resistência, contraindicações, falha do tratamento, indisponibilidade). Consulte as diretrizes locais e o formulário de medicamentos para obter mais informações sobre adequação, contraindicações e precauções.

Infecções da faringe são mais difíceis de serem tratadas que infecções urogenitais ou anorretais. Cefixima tem eficácia limitada contra a gonorreia faríngea, e não há nenhum tratamento alternativo confiável. Um especialista em doenças infecciosas deve ser consultado para obter recomendação de tratamento alternativo, em caso de reação anafilática à ceftriaxona.[26]​ Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA recomendam um teste para confirmar a cura 7-14 dias após o tratamento, independentemente do esquema de tratamento usado para infecções da faringe.[26]​ O uso de enxaguante bucal antisséptico pode ajudar na remoção de infecções da faringe.[74] Em indivíduos previamente tratados para gonorreia, a reinfecção até 12 meses varia de 7% a 12%; assim, eles devem refazer o teste 3 meses após o tratamento, mesmo que acreditem que seus parceiros sexuais tenham sido tratados.[75][76] Caso não reja possível repetir o teste 3 meses depois, ele deve ser realizado até 12 meses após o tratamento inicial.[26]

O manejo dos parceiros sexuais da paciente é um aspecto importante a ser avaliado para se evitar reinfecção e posterior transmissão.[26]​​​ [ Cochrane Clinical Answers logo ] ​​​ Em alguns estados dos EUA a lei permite a terapia para o parceiro, que é a prática de tratar os parceiros sexuais de pessoas com infecções sexualmente transmissíveis, sem uma avaliação clínica de intervenção ou aconselhamento de prevenção profissional. CDC: expedited partner therapy Opens in new window[70]​​ Essa abordagem deve ser considerada em pacientes heterossexuais com gonorreia quando não for possível garantir que todos(as) os(as) parceiros(as) sexuais do(a) paciente nos últimos 60 dias serão avaliados(as) e tratados(as).

Opções primárias

ceftriaxona: peso corporal <150 kg: 500 mg por via intramuscular em dose única; peso corporal ≥150 kg: 1000 mg por via intramuscular em dose única

Opções secundárias

gentamicina: 240 mg por via intramuscular em dose única

e

azitromicina: 2 g por via oral em dose única

ou

ciprofloxacino: 500 mg por via oral em dose única

ou

cefixima: 800 mg por via oral em dose única

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Considerar – 

doxiciclina

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Caso a infecção por clamídia não tenha sido descartada, os pacientes também devem tomar doxiciclina por via oral por 7 dias (a menos que estejam recebendo o esquema de gentamicina associada a azitromicina).​[26]

Opções primárias

doxiciclina: 100 mg por via oral duas vezes ao dia por 7 dias

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associado a – 

metronidazol

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

O metronidazol é adicionado ao esquema medicamentoso recomendado para mulheres se houver história de abuso sexual.[26]

Opções primárias

metronidazol: 2 g por via oral em dose única

não gestante >45 kg: infecção geniturinária complicada

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1ª linha – 

cefalosporina associada a doxiciclina associada a metronidazol

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA recomendam terapia dupla com ceftriaxona em dose única por via intramuscular associada a doxiciclina por via oral por 14 dias como tratamento de primeira linha.[26]​ A cefoxitina (associada a probenecida) pode ser usada em vez da ceftriaxona. Outras cefalosporinas parenterais de terceira geração também podem ser usadas.[26]

O metronidazol deve ser usado em combinação com a doxiciclina para fornecer cobertura estendida contra bactérias anaeróbias.[26]

O tratamento ambulatorial com agentes orais e intramusculares pode ser levado em consideração, pois pode ser tão eficaz quanto o tratamento parenteral em pacientes hospitalizados com DIP leve a moderada, mas recomenda-se realizar uma reavaliação após 72 horas.[26][84]

A doença inflamatória pélvica (DIP) é a complicação mais importante da gonorreia em mulheres. Ela pode se desenvolver em até um terço das mulheres com gonorreia e pode causar sequelas em longo prazo, mesmo após a resolução da infecção.[44][45] As sequelas mais comuns de doença inflamatória pélvica (DIP) são dor pélvica crônica (40%), infertilidade tubária (10.8%) e gravidez ectópica (9.1%).[46][47]

O manejo dos parceiros sexuais da paciente é um aspecto importante a ser avaliado para se evitar reinfecção e posterior transmissão.[26]​​​ [ Cochrane Clinical Answers logo ] ​​ Em alguns estados dos EUA a lei permite a terapia para o parceiro, que é a prática de tratar os parceiros sexuais de pessoas com infecções sexualmente transmissíveis, sem uma avaliação clínica de intervenção ou aconselhamento de prevenção profissional. CDC: expedited partner therapy Opens in new window[70]​​ Essa abordagem deve ser considerada em pacientes heterossexuais com gonorreia quando não for possível garantir que todos(as) os(as) parceiros(as) sexuais do(a) paciente nos últimos 60 dias serão avaliados(as) e tratados(as).

Para obter detalhes adicionais do tratamento, consulte Doença inflamatória pélvica.

Opções primárias

ceftriaxona: peso corporal <150 kg: 500 mg por via intramuscular em dose única; peso corporal ≥150 kg: 1000 mg por via intramuscular em dose única

e

doxiciclina: 100 mg por via oral duas vezes ao dia por 14 dias

e

metronidazol: 500 mg por via oral duas vezes ao dia por 14 dias

Opções secundárias

cefoxitina: 2 g por via intramuscular em dose única

e

probenecida: 1 g por via oral em dose única

e

doxiciclina: 100 mg por via oral duas vezes ao dia por 14 dias

e

metronidazol: 500 mg por via oral duas vezes ao dia por 14 dias

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1ª linha – 

hospitalização associada à antibioticoterapia por via intravenosa

A DIP grave necessita de antibioticoterapia por via intravenosa.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA recomendam terapia dupla com cefalosporina (ceftriaxona, cefotetana ou cefoxitina) associada a doxiciclina como tratamento de primeira linha.[26]​ Se o paciente puder tomar medicamentos por via oral, a doxiciclina oral pode ser preferível à doxiciclina por via intravenosa para minimizar a dor associada à infusão intravenosa. No entanto, a ceftriaxona, cefotetana ou cefoxitina deve ser administrada por via intravenosa. O metronidazol deve ser usado com a ceftriaxona, pois a ceftriaxona é menos ativa contra bactérias anaeróbias que a cefotetana ou a cefoxitina. Os esquemas parenterais alternativos incluem ampicilina/sulbactam associada a doxiciclina ou clindamicina associada a gentamicina.[26]

Em 24 a 48 horas, pode ser reavaliada a possibilidade de descontinuar a terapia intravenosa e continuar com a terapia oral (doxiciclina) para completar 14 dias de tratamento se houver melhora clínica.[26]

A doença inflamatória pélvica (DIP) é a complicação mais importante da gonorreia em mulheres. Ela pode se desenvolver em até um terço das mulheres com gonorreia e pode causar sequelas em longo prazo, mesmo após a resolução da infecção.[44][45] As sequelas mais comuns de doença inflamatória pélvica (DIP) são dor pélvica crônica (40%), infertilidade tubária (10.8%) e gravidez ectópica (9.1%).[46][47]

Os sinais e sintomas de infecção grave incluem: abdome cirúrgico; abscesso tubo-ovariano; doença grave com náuseas, vômitos e febre; incapacidade de utilizar medicamentos orais; e ausência de resposta ao tratamento ambulatorial.

O manejo dos parceiros sexuais da paciente é um aspecto importante a ser avaliado para se evitar reinfecção e posterior transmissão.[26]​​​ [ Cochrane Clinical Answers logo ] ​​ Em alguns estados dos EUA a lei permite a terapia para o parceiro, que é a prática de tratar os parceiros sexuais de pessoas com infecções sexualmente transmissíveis, sem uma avaliação clínica de intervenção ou aconselhamento de prevenção profissional. CDC: expedited partner therapy Opens in new window[70]​​ Essa abordagem deve ser considerada em pacientes heterossexuais com gonorreia quando não for possível garantir que todos(as) os(as) parceiros(as) sexuais do(a) paciente nos últimos 60 dias serão avaliados(as) e tratados(as).

Para obter detalhes adicionais do tratamento, consulte Doença inflamatória pélvica.

Opções primárias

ceftriaxona: 1 g por via intravenosa a cada 24 horas

e

doxiciclina: 100 mg por via intravenosa/oral a cada 12 horas

e

metronidazol: 500 mg por via oral/intravenosa a cada 12 horas

ou

cefotetana: 2 g por via intravenosa a cada 12 horas

e

doxiciclina: 100 mg por via intravenosa/oral a cada 12 horas

ou

cefoxitina: 2 g por via intravenosa a cada 6 horas

e

doxiciclina: 100 mg por via intravenosa/oral a cada 12 horas

Opções secundárias

ampicilina/sulbactam: 3 g por via intravenosa a cada 6 horas

Mais

e

doxiciclina: 100 mg por via oral/intravenosa a cada 12 horas

ou

clindamicina: 900 mg por via intravenosa a cada 8 horas

e

gentamicina: 2 mg/kg por via intravenosa/intramuscular como dose de ataque, seguidos por 1.5 mg/kg a cada 8 horas; ou 3-5 mg/kg por via intravenosa/intramuscular a cada 24 horas

Mais
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associado a – 

trocar para antibioticoterapia oral após a melhora clínica

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

As pacientes devem ser reavaliadas 24 a 48 horas após o início do tratamento, e a decisão sobre a mudança da terapia parenteral para a oral, se adequada, pode se basear na melhora clínica.[26]

A terapia parenteral pode ser interrompida 24 a 48 horas após a melhora clínica; a terapia oral continuada após o esquema de cefalosporina parenteral deve consistir em doxiciclina associada a metronidazol para completar um total de 14 dias de terapia.

A clindamicina oral ou a doxiciclina oral podem ser usadas após o esquema parenteral alternativo de clindamicina/gentamicina.[26]​ Se houver abscesso tubo-ovariano, deve-se usar clindamicina ou metronidazol oral com doxiciclina, pois isso fornece melhor cobertura anaeróbia.[26]

Para obter detalhes adicionais do tratamento, consulteDoença inflamatória pélvica.

Opções primárias

Após esquema com cefalosporina parenteral

doxiciclina: 100 mg por via oral duas vezes ao dia para completar ciclo de 14 dias

e

metronidazol: 500 mg por via oral duas vezes ao dia para completar ciclo de 14 dias

ou

Após esquema parenteral de clindamicina/gentamicina

clindamicina: 450 mg por via oral quatro vezes ao dia para completar ciclo de 14 dias

ou

Após esquema parenteral de clindamicina/gentamicina

doxiciclina: 100 mg por via oral duas vezes ao dia para completar ciclo de 14 dias

ou

Após esquema parenteral de clindamicina/gentamicina com abscesso tubo-ovariano

clindamicina: 450 mg por via oral quatro vezes ao dia para completar ciclo de 14 dias

ou

metronidazol: 500 mg por via oral duas vezes ao dia para completar ciclo de 14 dias

--E--

doxiciclina: 100 mg por via oral duas vezes ao dia para completar ciclo de 14 dias

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1ª linha – 

ceftriaxona associada a doxiciclina

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA recomendam ceftriaxona por via intramuscular associada a doxiciclina oral como o esquema de antibioticoterapia de primeira linha em pacientes com epididimite nos quais há suspeita de infecção transmitida sexualmente (isto é, gonorreia ou clamídia).[26]​ A clamídia será coberta pela doxiciclina.

Se houver suspeita de que o paciente apresenta epididimite causada por organismos entéricos, uma fluoroquinolona poderia ser usada, mas é importante primeiro descartar a gonorreia e a clamídia.[26]

Deve ser realizada a reavaliação após 48 horas.

A epididimite ocorre em <5% dos homens com gonorreia.[43] A internação hospitalar é necessária em casos graves. Raramente, a epididimite pode levar à infertilidade ou inflamação crônica. O diagnóstico do microrganismo desencadeante deve ser investigado, pois os bastonetes Gram-negativos também podem ser um agente causador.

O manejo dos parceiros sexuais da paciente é um aspecto importante a ser avaliado para se evitar reinfecção e posterior transmissão.[26]​​​ [ Cochrane Clinical Answers logo ] ​​ Em alguns estados dos EUA a lei permite a terapia para o parceiro, que é a prática de tratar os parceiros sexuais de pessoas com infecções sexualmente transmissíveis, sem uma avaliação clínica de intervenção ou aconselhamento de prevenção profissional. CDC: expedited partner therapy Opens in new window[70]​​ Essa abordagem deve ser considerada em pacientes heterossexuais com gonorreia quando não for possível garantir que todos(as) os(as) parceiros(as) sexuais do(a) paciente nos últimos 60 dias serão avaliados(as) e tratados(as).

Para obter detalhes adicionais do tratamento, consulte Epididimite aguda.

Opções primárias

ceftriaxona: peso corporal <150 kg: 500 mg por via intramuscular em dose única; peso corporal ≥150 kg: 1000 mg por via intramuscular em dose única

e

doxiciclina: 100 mg por via oral duas vezes ao dia por 10 dias

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1ª linha – 

monoterapia com cefalosporina

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA recomendam ceftriaxona por via intramuscular como esquema terapêutico de primeira linha.[26]​ Estudos clínicos usaram uma dose mais alta de ceftriaxona para a conjuntivite gonocócica que a usada em outros tipos de infecções gonocócicas.[86] Não há dados para o uso de cefalosporina oral na conjuntivite gonocócica.

Os profissionais também devem considerar a lavagem única do olho infectado com soro fisiológico.[26]

Como a conjuntivite gonocócica é incomum e dados sobre o tratamento em adultos são limitados, um infectologista deve ser consultado.[26]

O manejo dos parceiros sexuais da paciente é um aspecto importante a ser avaliado para se evitar reinfecção e posterior transmissão.[26]​​​ [ Cochrane Clinical Answers logo ] ​​ Em alguns estados dos EUA a lei permite a terapia para o parceiro, que é a prática de tratar os parceiros sexuais de pessoas com infecções sexualmente transmissíveis, sem uma avaliação clínica de intervenção ou aconselhamento de prevenção profissional. CDC: expedited partner therapy Opens in new window[70]​​ Essa abordagem deve ser considerada em pacientes heterossexuais com gonorreia quando não for possível garantir que todos(as) os(as) parceiros(as) sexuais do(a) paciente nos últimos 60 dias serão avaliados(as) e tratados(as).

Opções primárias

ceftriaxona: 1 g por via intramuscular em dose única

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Considerar – 

metronidazol

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

O metronidazol é adicionado ao esquema medicamentoso recomendado para mulheres se houver história de abuso sexual.[26]

Opções primárias

metronidazol: 2 g por via oral em dose única

não gestante >45 kg: infecção gonocócica disseminada

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1ª linha – 

monoterapia com cefalosporina

A IGD é uma condição médica séria e recomenda-se que o paciente seja hospitalizado para o tratamento inicial.[26]​ O tratamento deve ser realizado por um especialista em doenças infecciosas.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA recomendam ceftriaxona por via intramuscular ou intravenosa como esquema terapêutico de primeira linha.[26]​ A cefotaxima é uma alternativa adequada.

A terapia parenteral deve ser continuada por 24 a 48 horas após melhora clínica substancial, e depois o paciente deverá mudar para um esquema oral adequado por, pelo menos, 7 dias, guiado por teste de sensibilidade aos antimicrobianos.[26]​ As crianças com bacteremia ou artrite devem continuar com a terapia parenteral por 7 dias.[26]

O manejo dos parceiros sexuais da paciente é um aspecto importante a ser avaliado para se evitar reinfecção e posterior transmissão.[26]​​​ [ Cochrane Clinical Answers logo ] ​​ Em alguns estados dos EUA a lei permite a terapia para o parceiro, que é a prática de tratar os parceiros sexuais de pessoas com infecções sexualmente transmissíveis, sem uma avaliação clínica de intervenção ou aconselhamento de prevenção profissional. CDC: expedited partner therapy Opens in new window[70]​​ Essa abordagem deve ser considerada em pacientes heterossexuais com gonorreia quando não for possível garantir que todos(as) os(as) parceiros(as) sexuais do(a) paciente nos últimos 60 dias serão avaliados(as) e tratados(as).

Opções primárias

ceftriaxona: 1 g por via intramuscular/intravenosa a cada 24 horas

Opções secundárias

cefotaxima: 1 g por via intravenosa a cada 8 horas

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Considerar – 

doxiciclina

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Caso a infecção por clamídia não tenha sido descartada, os pacientes devem tomar doxiciclina por via oral por 7 dias.[26]

Opções primárias

doxiciclina: 100 mg por via oral duas vezes ao dia por 7 dias

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2ª linha – 

dessensibilização à penicilina/cefalosporina + fluoroquinolona temporária

Em caso de alergia a um antibiótico específico, o uso do mesmo é contraindicado. Um número muito menor de pacientes que o imaginado apresenta reatividade cruzada sob forma de alergia a antibióticos à base de penicilina e à cefalosporina.[87] Se a história de alergia à penicilina não sugerir alergia mediada por imunoglobulina E, então a cefalosporina deve ser usada sob observação estrita.

A dessensibilização a cefalosporinas é uma opção se for documentada a alergia à cefalosporina.

Fluoroquinolonas podem ser usadas temporariamente em adultos, mas não devem ser usadas em crianças. No entanto, os antibióticos fluoroquinolonas sistêmicos podem causar eventos adversos graves, incapacitantes e potencialmente duradouros ou irreversíveis. Isso inclui, entre outros, tendinopatia/ruptura de tendão; neuropatia periférica; artropatia/artralgia; aneurisma e dissecção da aorta; regurgitação da valva cardíaca; disglicemia; e efeitos no SNC, inclusive convulsões, depressão, psicose e pensamentos e comportamento suicida.[73]​ Restrições de prescrição aplicam-se ao uso de fluoroquinolonas e essas restrições podem variar entre os países. Em geral, o uso de fluoroquinolonas deve ser restrito apenas em infecções bacterianas graves e de risco de vida. Algumas agências regulatórias também podem recomendar que eles sejam usados apenas em situações em que outros antibióticos comumente recomendados para a infecção sejam inadequados (por exemplo, resistência, contraindicações, falha do tratamento, indisponibilidade). Consulte as diretrizes locais e o formulário de medicamentos para obter mais informações sobre adequação, contraindicações e precauções.

Opções primárias

ofloxacino: 400 mg por via intravenosa a cada 12 horas

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1ª linha – 

monoterapia com cefalosporina

A IGD é uma condição médica séria e recomenda-se que o paciente seja hospitalizado para o tratamento inicial.[26]​ O tratamento deve ser realizado por um especialista em doenças infecciosas.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA recomendam ceftriaxona intravenosa como esquema terapêutico de primeira linha.[26]

O tratamento para meningite deve ser mantido por 10 a 14 dias; o tratamento para a endocardite deve ser mantido por no mínimo 4 semanas.[26]

O manejo dos parceiros sexuais da paciente é um aspecto importante a ser avaliado para se evitar reinfecção e posterior transmissão.[26]​​​ [ Cochrane Clinical Answers logo ] ​​ Em alguns estados dos EUA a lei permite a terapia para o parceiro, que é a prática de tratar os parceiros sexuais de pessoas com infecções sexualmente transmissíveis, sem uma avaliação clínica de intervenção ou aconselhamento de prevenção profissional. CDC: expedited partner therapy Opens in new window[70]​​ Essa abordagem deve ser considerada em pacientes heterossexuais com gonorreia quando não for possível garantir que todos(as) os(as) parceiros(as) sexuais do(a) paciente nos últimos 60 dias serão avaliados(as) e tratados(as).

Opções primárias

ceftriaxona: 1-2 g por via intravenosa a cada 12-24 horas

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Considerar – 

doxiciclina

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Caso a infecção por clamídia não tenha sido descartada, os pacientes devem tomar doxiciclina por via oral por 7 dias.[26]

Opções primárias

doxiciclina: 100 mg por via oral duas vezes ao dia por 7 dias

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2ª linha – 

dessensibilização à penicilina/cefalosporina + fluoroquinolona temporária

Em caso de alergia a um antibiótico específico, o uso do mesmo é contraindicado. Um número muito menor de pacientes que o imaginado apresenta reatividade cruzada sob forma de alergia a antibióticos à base de penicilina e à cefalosporina.[87] Se a história de alergia à penicilina não sugerir alergia mediada por imunoglobulina E, então a cefalosporina deve ser usada sob observação estrita.

A dessensibilização a cefalosporinas é uma opção se for documentada a alergia à cefalosporina.

Fluoroquinolonas podem ser usadas temporariamente em adultos, mas não devem ser usadas em crianças. No entanto, os antibióticos fluoroquinolonas sistêmicos podem causar eventos adversos graves, incapacitantes e potencialmente duradouros ou irreversíveis. Isso inclui, entre outros, tendinopatia/ruptura de tendão; neuropatia periférica; artropatia/artralgia; aneurisma e dissecção da aorta; regurgitação da valva cardíaca; disglicemia; e efeitos no SNC, inclusive convulsões, depressão, psicose e pensamentos e comportamento suicida.[73]​ Restrições de prescrição aplicam-se ao uso de fluoroquinolonas e essas restrições podem variar entre os países. Em geral, o uso de fluoroquinolonas deve ser restrito apenas em infecções bacterianas graves e de risco de vida. Algumas agências regulatórias também podem recomendar que eles sejam usados apenas em situações em que outros antibióticos comumente recomendados para a infecção sejam inadequados (por exemplo, resistência, contraindicações, falha do tratamento, indisponibilidade). Consulte as diretrizes locais e o formulário de medicamentos para obter mais informações sobre adequação, contraindicações e precauções.

Opções primárias

ofloxacino: 400 mg por via intravenosa a cada 12 horas

gestante: infecção urogenital/anorretal não complicada ou infecção faríngea (excluindo a infecção geniturinária complicada)

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1ª linha – 

monoterapia com cefalosporina

É recomendada uma dose única de ceftriaxona intramuscular como esquema terapêutico de primeira linha em gestantes, preferencialmente administrada sob observação direta.[26]

Recomenda-se a consulta com um infectologista se a paciente apresentar alergia a cefalosporinas ou se houver quaisquer outras considerações que contra-indiquem o tratamento com esse esquema.

Infecções da faringe são mais difíceis de serem tratadas que infecções urogenitais ou anorretais. Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA recomendam um teste para confirmar a cura 7-14 dias após tratamento, independente do esquema de tratamento usado para infecções da faringe.[26]

O manejo dos parceiros sexuais da paciente é um aspecto importante a ser avaliado para se evitar reinfecção e posterior transmissão.[26]​​​ [ Cochrane Clinical Answers logo ] ​​ Em alguns estados dos EUA a lei permite a terapia para o parceiro, que é a prática de tratar os parceiros sexuais de pessoas com infecções sexualmente transmissíveis, sem uma avaliação clínica de intervenção ou aconselhamento de prevenção profissional. CDC: expedited partner therapy Opens in new window[70]​​ Essa abordagem deve ser considerada em pacientes heterossexuais com gonorreia quando não for possível garantir que todos(as) os(as) parceiros(as) sexuais do(a) paciente nos últimos 60 dias serão avaliados(as) e tratados(as).

Opções primárias

ceftriaxona: peso corporal <150 kg: 500 mg por via intramuscular em dose única; peso corporal ≥150 kg: 1000 mg por via intramuscular em dose única

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Considerar – 

azitromicina ou amoxicilina

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Caso a infecção por clamídia não tenha sido descartada, uma dose única de azitromicina também é recomendada em gestantes. A amoxicilina é uma alternativa para gestantes.[26]

Opções primárias

azitromicina: 1 g por via oral em dose única

Opções secundárias

amoxicilina: 500 mg por via oral três vezes ao dia por 7 dias

gestante: infecção complicada

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1ª linha – 

hospitalização e manejo por um médico experiente

As gestantes com infecção complicada (ou seja, doença inflamatória pélvica, conjuntivite ou infecção gonocócica disseminada) requerem hospitalização e manejo por um médico experiente.

O manejo dos parceiros sexuais da paciente é um aspecto importante a ser avaliado para se evitar reinfecção e posterior transmissão.[26]​​​ [ Cochrane Clinical Answers logo ] ​​ Em alguns estados dos EUA a lei permite a terapia para o parceiro, que é a prática de tratar os parceiros sexuais de pessoas com infecções sexualmente transmissíveis, sem uma avaliação clínica de intervenção ou aconselhamento de prevenção profissional. CDC: expedited partner therapy Opens in new window[70]​​ Essa abordagem deve ser considerada em pacientes heterossexuais com gonorreia quando não for possível garantir que todos(as) os(as) parceiros(as) sexuais do(a) paciente nos últimos 60 dias serão avaliados(as) e tratados(as).

neonato

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1ª linha – 

ceftriaxona ou cefotaxima

Os neonatos de mulheres com infecções gonocócicas não tratadas apresentam alto risco de infecções e devem ser tratados presuntivamente na ausência de sinais de infecção gonocócica.[26]​ Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA recomendam a ceftriaxona como agente de primeira linha.​[26]​ A ceftriaxona deve ser administrada com cautela em neonatos com hiperbilirrubinemia, especialmente os prematuros.​[26]​ A cefotaxima pode ser administrada nos neonatos que não puderem receber ceftriaxona em decorrência de uma administração simultânea de cálcio intravenoso.[26]​ Deve-se consultar um especialista em doenças infecciosas para obter orientações sobre o tratamento em caso de alergia a penicilina/cefalosporina.​

Opções primárias

ceftriaxona: 25-50 mg/kg por via intramuscular/intravenosa em dose única, máximo de 250 mg/dose

Opções secundárias

cefotaxima: 100 mg/kg por via intravenosa/intramuscular em dose única

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1ª linha – 

ceftriaxona ou cefotaxima

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA recomendam ceftriaxona como agente de primeira linha. Ceftriaxona deve ser administrada com cautela em neonatos com hiperbilirrubinemia, especialmente em prematuros.[26]​​

Cefotaxima pode ser administrada em neonato que não podem receber ceftriaxona em decorrência da administração simultânea de cálcio intravenoso.[26]​​

Deve-se consultar um especialista em doenças infecciosas para obter orientações sobre o tratamento em caso de alergia a penicilina/cefalosporina.

Opções primárias

ceftriaxona: 25-50 mg/kg por via intravenosa/intramuscular em dose única, máximo de 250 mg/dose

Opções secundárias

cefotaxima: 100 mg/kg por via intravenosa/intramuscular em dose única

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1ª linha – 

ceftriaxona ou cefotaxima

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA recomendam ceftriaxona ou cefotaxima como agente de primeira linha.[26]

Lactentes com abscessos do couro cabeludo ou infecção gonocócica disseminada, sob a forma de bacteremia ou artrite, devem receber o tratamento por 7 dias. Lactentes com meningite devem receber o tratamento por 10 a 14 dias.

Deve-se consultar um especialista em doenças infecciosas para obter orientações sobre o tratamento em caso de alergia a penicilina/cefalosporina.

Opções primárias

ceftriaxona: 25-50 mg/kg por via intravenosa/intramuscular a cada 24 horas

ou

cefotaxima: 25 mg/kg por via intravenosa/intramuscular a cada 12 horas

criança ≤45 kg

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1ª linha – 

ceftriaxona

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA recomendam ceftriaxona como agente de primeira linha.[26]

É importante considerar a possibilidade de abuso sexual em crianças com gonorreia.[17] A suspeita deve ser notificada, e os procedimentos de proteção da criança devem ser seguidos apropriadamente.

Opções primárias

ceftriaxona: 25-50 mg/kg por via intramuscular/intravenosa em dose única, máximo de 250 mg/dose

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1ª linha – 

ceftriaxona

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA recomendam ceftriaxona como agente de primeira linha.[26]

A meningite deve ser tratada por 10 a 14 dias.

A endocardite deve ser tratada por, pelo menos, 4 semanas.

A bacteremia e artrite devem ser tratadas por 7 dias.

É importante considerar a possibilidade de abuso sexual em crianças com gonorreia.[17] A suspeita deve ser notificada, e os procedimentos de proteção da criança devem ser seguidos apropriadamente.

Opções primárias

ceftriaxona: 50 mg/kg por via intravenosa/intramuscular a cada 24 horas, máximo de 2000 mg/dia

CONTÍNUA

recorrente/resistente: infecção urogenital/anorretal ou faringite

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1ª linha – 

repetição do tratamento e investigações + notificação à autoridade sanitária como necessário

A infecção persistente após tratamento pode decorrer de reinfecção ou resistência/falha do tratamento. A reinfecção é uma possibilidade real e o tratamento do parceiro deve ser reforçado.[26]

Pacientes com sintomas persistentes pós-tratamento devem ser novamente testados por meio da realização de cultura (de preferência com teste de amplificação de ácido nucleico simultâneo). Se essas culturas forem positivas para gonococo, devem ser enviadas amostras para avaliação da resistência.

Infecções por gonorreia persistentes devem ser tratadas novamente com uma dose única de ceftriaxona por via intramuscular, e deve ser consultado um infectologista.[26]

Uma dose única de gentamicina intramuscular associada a azitromicina oral pode ser usada como esquema alternativo para gonorreia urogenital e retal, principalmente se houver suspeita de resistência a cefalosporinas.[26]​ A azitromicina oral em alta dose é comumente acompanhada por náuseas e vômitos nos pacientes. Não há nenhum tratamento alternativo confiável para a gonorreia faríngea.[26]

Pacientes que tiveram fracasso no tratamento após receber um esquema alternativo (cefixima ou gentamicina associada a azitromicina) devem ser tratados novamente com uma dose única de ceftriaxona, com ou sem doxiciclina, se a infecção por clamídia não tiver sido descartada.[26]

Um teste para confirmar a cura deve ser realizado 7 a 14 dias após a repetição do tratamento.

É geralmente necessário notificar fracassos no tratamento à autoridade sanitária relevante dentro de 24 horas do diagnóstico.[26]

O manejo dos parceiros sexuais da paciente é um aspecto importante a ser avaliado para se evitar reinfecção e posterior transmissão.[26]​​​ [ Cochrane Clinical Answers logo ] ​​ Em alguns estados dos EUA a lei permite a terapia para o parceiro, que é a prática de tratar os parceiros sexuais de pessoas com infecções sexualmente transmissíveis, sem uma avaliação clínica de intervenção ou aconselhamento de prevenção profissional. CDC: expedited partner therapy Opens in new window[70]​​ Essa abordagem deve ser considerada em pacientes heterossexuais com gonorreia quando não for possível garantir que todos(as) os(as) parceiros(as) sexuais do(a) paciente nos últimos 60 dias serão avaliados(as) e tratados(as).

Opções primárias

ceftriaxona: peso corporal <150 kg: 500 mg por via intramuscular em dose única; peso corporal ≥150 kg: 1000 mg por via intramuscular em dose única

Opções secundárias

gentamicina: 240 mg por via intramuscular em dose única

e

azitromicina: 2 g por via oral em dose única

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Considerar – 

doxiciclina ou azitromicina

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Caso a infecção por clamídia não tenha sido descartada, os pacientes também devem tomar doxiciclina por via oral por 7 dias (a menos que estejam seguindo um esquema de gentamicina associada a azitromicina). Gestantes devem receber uma dose única de azitromicina em vez de doxiciclina, em associação com a cefalosporina.[26]

Opções primárias

doxiciclina: 100 mg por via oral duas vezes ao dia por 7 dias

ou

azitromicina: 1 g por via oral em dose única

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