Síndrome compartimental dos membros
- Visão geral
- Teoria
- Diagnóstico
- Tratamento
- ACOMPANHAMENTO
- Recursos
Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
agudo com curativo oclusivo
afrouxamento do curativo
Gesso ou bandagens oclusivas devem ser completamente rompidos. O acolchoamento ou curativos circunferenciais devem ser imediatamente afrouxados.[20]British Orthopaedic Association. Diagnosis and management of compartment syndrome of the limbs. 2015 [internet publication]. https://www.boa.ac.uk/static/0d37694f-1cad-40d5-b4c1032eef7486ff/de4cfbe1-6ef3-443d-a7f2a0ee491d2229/diagnosis%20and%20management%20of%20compartment%20syndrome%20of%20the%20limbs.pdf
terapias de suporte
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os anti-inflamatórios não esteroidais, como o ibuprofeno, podem ser efetivos. A analgesia controlada pelo paciente, seja com morfina ou com outro analgésico opioide, costuma ser efetiva.
Os pacientes também devem receber quantidades adequadas de líquidos.
Opções primárias
ibuprofeno: crianças ≥6 meses de idade: 5-10 mg/kg por via oral a cada 6-8 horas quando necessário, máximo de 40 mg/kg/dia; crianças ≥12 anos de idade e adultos: 400 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia
Opções secundárias
sulfato de morfina: crianças: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; adultos: 2.5 a 10 mg por via subcutânea/intramuscular/intravenosa a cada 2-6 horas quando necessário, ou 10-30 mg por via oral (liberação imediata) a cada 4 horas quando necessário, ajustar a dose de acordo com a resposta
fasciotomia
Quando o diagnóstico clínico é claro, a fasciotomia é indicada. A fasciotomia completa de todos os compartimentos com pressões elevadas é necessária.[7]Cone J, Inaba K. Lower extremity compartment syndrome. Trauma Surg Acute Care Open. 2017 Sep 14;2(1):e000094. https://tsaco.bmj.com/content/2/1/e000094 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29766095?tool=bestpractice.com [20]British Orthopaedic Association. Diagnosis and management of compartment syndrome of the limbs. 2015 [internet publication]. https://www.boa.ac.uk/static/0d37694f-1cad-40d5-b4c1032eef7486ff/de4cfbe1-6ef3-443d-a7f2a0ee491d2229/diagnosis%20and%20management%20of%20compartment%20syndrome%20of%20the%20limbs.pdf [25]Wall CJ, Lynch J, Harris IA, et al; Liverpool (Sydney) and Royal Melbourne Hospitals. Clinical practice guidelines for the management of acute limb compartment syndrome following trauma. ANZ J Surg. 2010 Mar;80(3):151-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20575916?tool=bestpractice.com A fasciotomia realizada em até 6 horas a partir do início da síndrome compartimental, se comparada à fasciotomia realizada >6 horas, resulta em menores índices de amputações e mortes relacionadas à síndrome compartimental dos membros inferiores.[25]Wall CJ, Lynch J, Harris IA, et al; Liverpool (Sydney) and Royal Melbourne Hospitals. Clinical practice guidelines for the management of acute limb compartment syndrome following trauma. ANZ J Surg. 2010 Mar;80(3):151-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20575916?tool=bestpractice.com [37]Hayakawa H, Aldington DJ, Moore RA. Acute traumatic compartment syndrome: a systematic review of results of fasciotomy. Trauma. 2009;11:5-35. Para as fasciotomias do membro inferior, geralmente é recomendado realizar uma descompressão em quatro compartimentos com duas incisões.[17]von Keudell AG, Weaver MJ, Appleton PT, et al. Diagnosis and treatment of acute extremity compartment syndrome. Lancet. 2015 Sep 26;386(10000):1299-310. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26460664?tool=bestpractice.com [20]British Orthopaedic Association. Diagnosis and management of compartment syndrome of the limbs. 2015 [internet publication]. https://www.boa.ac.uk/static/0d37694f-1cad-40d5-b4c1032eef7486ff/de4cfbe1-6ef3-443d-a7f2a0ee491d2229/diagnosis%20and%20management%20of%20compartment%20syndrome%20of%20the%20limbs.pdf No entanto, a American Academy of Orthopedic Surgeons recomenda que a técnica de fasciotomia (por exemplo, uma vs. duas incisões, locais das incisões) é menos importante do que conseguir a descompressão completa dos compartimentos do membro afetado.[6]American Academy of Orthopaedic Surgeons, Major Extremity Trauma and Rehabilitation Consortium. Diagnosis and management of acute compartment syndrome. Sep 2019 [internet publication]. https://www.aaos.org/globalassets/quality-and-practice-resources/dod/acs-auc-final-report-1-07-2020.pdf Se uma abordagem de duas incisões for escolhida para a síndrome compartimental dos membros inferiores, a incisão lateral descomprime os compartimentos anterior e lateral, enquanto a incisão medial descomprime os compartimentos posteriores superficiais e profundos.
O comprimento da incisão cutânea afeta a descompressão fascial no membro com síndrome compartimental aguda. Incisões longas não causam morbidade adicional significativa e não têm maior influência sobre a taxa de complicações ou sobre o resultado funcional. Elas reduzem o risco da pele em excesso agir como um invólucro para o compartimento. O músculo necrótico deve ser excisado.[20]British Orthopaedic Association. Diagnosis and management of compartment syndrome of the limbs. 2015 [internet publication]. https://www.boa.ac.uk/static/0d37694f-1cad-40d5-b4c1032eef7486ff/de4cfbe1-6ef3-443d-a7f2a0ee491d2229/diagnosis%20and%20management%20of%20compartment%20syndrome%20of%20the%20limbs.pdf
A viabilidade do músculo também pode ser verificada de forma intraoperatória.
Pós-fasciotomia: o cuidado com a ferida operatória é importante devido ao risco secundário de infecção e para identificar a tempo a presença de tecido necrótico que deva ser desbridado. As feridas devem ser deixadas abertas e tratadas de forma estéril.[17]von Keudell AG, Weaver MJ, Appleton PT, et al. Diagnosis and treatment of acute extremity compartment syndrome. Lancet. 2015 Sep 26;386(10000):1299-310. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26460664?tool=bestpractice.com O fechamento precoce das feridas de fasciotomia tem sido associado à recorrência da síndrome compartimental aguda dos membros.[17]von Keudell AG, Weaver MJ, Appleton PT, et al. Diagnosis and treatment of acute extremity compartment syndrome. Lancet. 2015 Sep 26;386(10000):1299-310. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26460664?tool=bestpractice.com [18]Olson SA, Glasgow RR. Acute compartment syndrome in lower extremity musculoskeletal trauma. J Am Acad Orthop Surg. 2005 Nov;13(7):436-44. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16272268?tool=bestpractice.com O envolvimento precoce de um cirurgião plástico pode ser necessário para se obter uma cobertura adequada dos tecidos moles.[20]British Orthopaedic Association. Diagnosis and management of compartment syndrome of the limbs. 2015 [internet publication]. https://www.boa.ac.uk/static/0d37694f-1cad-40d5-b4c1032eef7486ff/de4cfbe1-6ef3-443d-a7f2a0ee491d2229/diagnosis%20and%20management%20of%20compartment%20syndrome%20of%20the%20limbs.pdf Evidências limitadas apoiam o uso do tratamento de feridas com pressão negativa para o tratamento das feridas de fasciotomia, a fim de se reduzir o tempo até o fechamento da ferida e a necessidade de enxerto de pele.[6]American Academy of Orthopaedic Surgeons, Major Extremity Trauma and Rehabilitation Consortium. Diagnosis and management of acute compartment syndrome. Sep 2019 [internet publication]. https://www.aaos.org/globalassets/quality-and-practice-resources/dod/acs-auc-final-report-1-07-2020.pdf
Fisioterapia e terapia ocupacional (com exercícios de amplitude de movimento) são componentes importantes do tratamento pós-operatório.
terapias de suporte
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os anti-inflamatórios não esteroidais, como o ibuprofeno, podem ser efetivos. A analgesia controlada pelo paciente, seja com morfina ou com outro analgésico opioide, costuma ser efetiva.
Os pacientes também devem receber quantidades adequadas de líquidos.
Opções primárias
ibuprofeno: crianças ≥6 meses de idade: 5-10 mg/kg por via oral a cada 6-8 horas quando necessário, máximo de 40 mg/kg/dia; crianças ≥12 anos de idade e adultos: 400 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia
Opções secundárias
sulfato de morfina: crianças: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; adultos: 2.5 a 10 mg por via subcutânea/intramuscular/intravenosa a cada 2-6 horas quando necessário, ou 10-30 mg por via oral (liberação imediata) a cada 4 horas quando necessário, ajustar a dose de acordo com a resposta
amputação
Se uma demora no diagnóstico levar a necrose muscular significativa, pode ser necessária amputação. Isso é melhor feito em um procedimento por etapas após consenso multidisciplinar e discussão com o paciente.
terapia de hidratação contínua +/- alcalinização da urina +/- hemodiálise
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os pacientes devem continuar a receber quantidades adequadas de líquidos. Nos casos de rabdomiólise, pode ser indicado bicarbonato de sódio para alcalinização da urina. A mioglobina é tóxica para os túbulos renais em urina acidífera e alguns especialistas recomendam o uso concomitante de bicarbonato de sódio intravenoso para alcalinizar a urina e prevenir a cristalização do ácido úrico. Algumas evidências sugerem que um pH urinário >6.0 seja protetor.[30]Heppenstall RB, Sapega AA, Scott R, et al. The compartment syndrome. An experimental and clinical study of muscular energy metabolism using phosphorus nuclear magnetic resonance spectroscopy. Clin Orthop Relat Res. 1988 Jan;(226):138-55. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3275510?tool=bestpractice.com [31]Braun SR, Weiss FR, Keller AI, et al. Evaluation of the renal toxicity of heme proteins and their derivatives: a role in the genesis of acute tubule necrosis. J Exp Med. 1970 Mar 1;131(3):443-60. https://rupress.org/jem/article/131/3/443/5872/EVALUATION-OF-THE-RENAL-TOXICITY-OF-HEME-PROTEINS http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/5413325?tool=bestpractice.com Isso é difícil de atingir sem o uso de grandes quantidades de bicarbonato e, embora alguns especialistas possam recomendar a alcalinização da urina, os benefícios de seu uso carecem de suporte baseado em evidências robustas.[31]Braun SR, Weiss FR, Keller AI, et al. Evaluation of the renal toxicity of heme proteins and their derivatives: a role in the genesis of acute tubule necrosis. J Exp Med. 1970 Mar 1;131(3):443-60. https://rupress.org/jem/article/131/3/443/5872/EVALUATION-OF-THE-RENAL-TOXICITY-OF-HEME-PROTEINS http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/5413325?tool=bestpractice.com [32]Foot CL, Fraser JF. Uroscopic rainbow: modern matula medicine. Postgrad Med J. 2006 Feb;82(964):126-9. https://academic.oup.com/pmj/article/82/964/126/7045138?login=false http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16461475?tool=bestpractice.com [33]Sawhney JS, Kasotakis G, Goldenberg A, et al. Management of rhabdomyolysis: a practice management guideline from the Eastern Association for the Surgery of Trauma. Am J Surg. 2022 Jul;224(1 pt a):196-204. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34836603?tool=bestpractice.com [34]Shapiro ML, Baldea A, Luchette FA. Rhabdomyolysis in the intensive care unit. J Intensive Care Med. 2012 Nov-Dec;27(6):335-42. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21436168?tool=bestpractice.com Os protocolos europeus citam evidências clínicas limitadas para respaldar a terapia com bicarbonato.[35]The Renal Association. Clinical practice guidelines: acute kidney injury (AKI). Aug 2019 [internet publication]. https://ukkidney.org/sites/renal.org/files/FINAL-AKI-Guideline.pdf Caso seja tomada a decisão clínica para uma tentativa de alcalinização da urina, deve-se considerar a consulta com um farmacêutico para determinar as combinações intravenosas adequadas a um tratamento continuado. Os pacientes com anuria que não responderem à hidratação podem exigir hemodiálise.[36]Finnish Medical Society Duodecim. Rhabdomyolysis. In: EBM guidelines. Evidence-based medicine. Helsinki, Finland: John Wiley & Sons; 2007. A hemodiálise corrige a acidose metabólica e as anormalidades eletrolíticas, além de remover toxinas mionecróticas plasmáticas. Consulte Rabdomiólise.
agudo sem curativo oclusivo
fasciotomia
Quando o diagnóstico clínico estiver claro, faz-se necessária a fasciotomia completa de todos os compartimentos com pressões elevadas.[7]Cone J, Inaba K. Lower extremity compartment syndrome. Trauma Surg Acute Care Open. 2017 Sep 14;2(1):e000094. https://tsaco.bmj.com/content/2/1/e000094 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29766095?tool=bestpractice.com [20]British Orthopaedic Association. Diagnosis and management of compartment syndrome of the limbs. 2015 [internet publication]. https://www.boa.ac.uk/static/0d37694f-1cad-40d5-b4c1032eef7486ff/de4cfbe1-6ef3-443d-a7f2a0ee491d2229/diagnosis%20and%20management%20of%20compartment%20syndrome%20of%20the%20limbs.pdf [25]Wall CJ, Lynch J, Harris IA, et al; Liverpool (Sydney) and Royal Melbourne Hospitals. Clinical practice guidelines for the management of acute limb compartment syndrome following trauma. ANZ J Surg. 2010 Mar;80(3):151-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20575916?tool=bestpractice.com A fasciotomia realizada em até 6 horas a partir do início da síndrome compartimental, se comparada à fasciotomia realizada >6 horas, resulta em menores índices de amputações e mortes relacionadas à síndrome compartimental dos membros inferiores.[25]Wall CJ, Lynch J, Harris IA, et al; Liverpool (Sydney) and Royal Melbourne Hospitals. Clinical practice guidelines for the management of acute limb compartment syndrome following trauma. ANZ J Surg. 2010 Mar;80(3):151-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20575916?tool=bestpractice.com [37]Hayakawa H, Aldington DJ, Moore RA. Acute traumatic compartment syndrome: a systematic review of results of fasciotomy. Trauma. 2009;11:5-35. Para as fasciotomias do membro inferior, geralmente é recomendado realizar uma descompressão em quatro compartimentos com duas incisões.[17]von Keudell AG, Weaver MJ, Appleton PT, et al. Diagnosis and treatment of acute extremity compartment syndrome. Lancet. 2015 Sep 26;386(10000):1299-310. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26460664?tool=bestpractice.com [20]British Orthopaedic Association. Diagnosis and management of compartment syndrome of the limbs. 2015 [internet publication]. https://www.boa.ac.uk/static/0d37694f-1cad-40d5-b4c1032eef7486ff/de4cfbe1-6ef3-443d-a7f2a0ee491d2229/diagnosis%20and%20management%20of%20compartment%20syndrome%20of%20the%20limbs.pdf No entanto, a American Academy of Orthopedic Surgeons recomenda que a técnica de fasciotomia (por exemplo, uma vs. duas incisões, locais das incisões) é menos importante do que conseguir a descompressão completa dos compartimentos do membro afetado.[6]American Academy of Orthopaedic Surgeons, Major Extremity Trauma and Rehabilitation Consortium. Diagnosis and management of acute compartment syndrome. Sep 2019 [internet publication]. https://www.aaos.org/globalassets/quality-and-practice-resources/dod/acs-auc-final-report-1-07-2020.pdf Se uma abordagem de duas incisões for escolhida para a síndrome compartimental dos membros inferiores, a incisão lateral descomprime os compartimentos anterior e lateral, enquanto a incisão medial descomprime os compartimentos posteriores superficiais e profundos.
O comprimento da incisão cutânea afeta a descompressão fascial no membro com síndrome compartimental aguda. Incisões longas não causam morbidade adicional significativa e não têm maior influência sobre a taxa de complicações ou sobre o resultado funcional. Elas reduzem o risco da pele em excesso agir como um invólucro para o compartimento. O músculo necrótico deve ser excisado.[20]British Orthopaedic Association. Diagnosis and management of compartment syndrome of the limbs. 2015 [internet publication]. https://www.boa.ac.uk/static/0d37694f-1cad-40d5-b4c1032eef7486ff/de4cfbe1-6ef3-443d-a7f2a0ee491d2229/diagnosis%20and%20management%20of%20compartment%20syndrome%20of%20the%20limbs.pdf A viabilidade do músculo também pode ser verificada de forma intraoperatória.
Pós-fasciotomia: o cuidado com a ferida operatória é importante devido ao risco secundário de infecção e para identificar a tempo a presença de tecido necrótico que deva ser desbridado. As feridas devem ser deixadas abertas e tratadas de forma estéril.[17]von Keudell AG, Weaver MJ, Appleton PT, et al. Diagnosis and treatment of acute extremity compartment syndrome. Lancet. 2015 Sep 26;386(10000):1299-310. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26460664?tool=bestpractice.com O fechamento precoce das feridas da fasciotomia tem sido associado à recorrência da síndrome compartimental aguda dos membros.[17]von Keudell AG, Weaver MJ, Appleton PT, et al. Diagnosis and treatment of acute extremity compartment syndrome. Lancet. 2015 Sep 26;386(10000):1299-310. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26460664?tool=bestpractice.com [18]Olson SA, Glasgow RR. Acute compartment syndrome in lower extremity musculoskeletal trauma. J Am Acad Orthop Surg. 2005 Nov;13(7):436-44. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16272268?tool=bestpractice.com O envolvimento precoce de um cirurgião plástico pode ser necessário para se obter uma cobertura adequada dos tecidos moles.[20]British Orthopaedic Association. Diagnosis and management of compartment syndrome of the limbs. 2015 [internet publication]. https://www.boa.ac.uk/static/0d37694f-1cad-40d5-b4c1032eef7486ff/de4cfbe1-6ef3-443d-a7f2a0ee491d2229/diagnosis%20and%20management%20of%20compartment%20syndrome%20of%20the%20limbs.pdf Evidências limitadas apoiam o uso do tratamento de feridas com pressão negativa para o tratamento das feridas de fasciotomia, a fim de se reduzir o tempo até o fechamento da ferida e a necessidade de enxerto de pele.[6]American Academy of Orthopaedic Surgeons, Major Extremity Trauma and Rehabilitation Consortium. Diagnosis and management of acute compartment syndrome. Sep 2019 [internet publication]. https://www.aaos.org/globalassets/quality-and-practice-resources/dod/acs-auc-final-report-1-07-2020.pdf
Fisioterapia e terapia ocupacional (com exercícios de amplitude de movimento) são componentes importantes do tratamento pós-operatório.
terapias de suporte
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os anti-inflamatórios não esteroidais, como o ibuprofeno, podem ser efetivos. A analgesia controlada pelo paciente, seja com morfina ou com outro analgésico opioide, costuma ser efetiva.
Os pacientes também devem receber quantidades adequadas de líquidos.
Opções primárias
ibuprofeno: crianças ≥6 meses de idade: 5-10 mg/kg por via oral a cada 6-8 horas quando necessário, máximo de 40 mg/kg/dia; crianças ≥12 anos de idade e adultos: 400 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia
Opções secundárias
sulfato de morfina: crianças: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; adultos: 2.5 a 10 mg por via subcutânea/intramuscular/intravenosa a cada 2-6 horas quando necessário, ou 10-30 mg por via oral (liberação imediata) a cada 4 horas quando necessário, ajustar a dose de acordo com a resposta
amputação
Se uma demora no diagnóstico levar a necrose muscular significativa, pode ser necessária amputação. Isso é melhor feito em um procedimento por etapas após consenso multidisciplinar e discussão com o paciente.
terapia de hidratação contínua +/- alcalinização da urina +/- hemodiálise
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os pacientes devem continuar a receber quantidades adequadas de líquidos. Nos casos de rabdomiólise, os pacientes também devem receber bicarbonato de sódio, pois pode ser indicada a alcalinização da urina. A mioglobina é tóxica para os túbulos renais em uma urina acidífera, e alguns especialistas recomendam o uso concomitante de bicarbonato de sódio intravenoso para alcalinizar a urina e prevenir a cristalização do ácido úrico. Algumas evidências sugerem que um pH urinário >6.0 é protetor.[30]Heppenstall RB, Sapega AA, Scott R, et al. The compartment syndrome. An experimental and clinical study of muscular energy metabolism using phosphorus nuclear magnetic resonance spectroscopy. Clin Orthop Relat Res. 1988 Jan;(226):138-55. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3275510?tool=bestpractice.com [31]Braun SR, Weiss FR, Keller AI, et al. Evaluation of the renal toxicity of heme proteins and their derivatives: a role in the genesis of acute tubule necrosis. J Exp Med. 1970 Mar 1;131(3):443-60. https://rupress.org/jem/article/131/3/443/5872/EVALUATION-OF-THE-RENAL-TOXICITY-OF-HEME-PROTEINS http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/5413325?tool=bestpractice.com Isso é difícil de atingir sem o uso de grandes quantidades de bicarbonato e, embora alguns especialistas possam recomendar a alcalinização da urina, os benefícios de seu uso carecem de suporte baseado em evidências robustas.[31]Braun SR, Weiss FR, Keller AI, et al. Evaluation of the renal toxicity of heme proteins and their derivatives: a role in the genesis of acute tubule necrosis. J Exp Med. 1970 Mar 1;131(3):443-60. https://rupress.org/jem/article/131/3/443/5872/EVALUATION-OF-THE-RENAL-TOXICITY-OF-HEME-PROTEINS http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/5413325?tool=bestpractice.com [32]Foot CL, Fraser JF. Uroscopic rainbow: modern matula medicine. Postgrad Med J. 2006 Feb;82(964):126-9. https://academic.oup.com/pmj/article/82/964/126/7045138?login=false http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16461475?tool=bestpractice.com [33]Sawhney JS, Kasotakis G, Goldenberg A, et al. Management of rhabdomyolysis: a practice management guideline from the Eastern Association for the Surgery of Trauma. Am J Surg. 2022 Jul;224(1 pt a):196-204. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34836603?tool=bestpractice.com [34]Shapiro ML, Baldea A, Luchette FA. Rhabdomyolysis in the intensive care unit. J Intensive Care Med. 2012 Nov-Dec;27(6):335-42. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21436168?tool=bestpractice.com Os protocolos europeus citam evidências clínicas limitadas para respaldar a terapia com bicarbonato.[35]The Renal Association. Clinical practice guidelines: acute kidney injury (AKI). Aug 2019 [internet publication]. https://ukkidney.org/sites/renal.org/files/FINAL-AKI-Guideline.pdf Caso seja tomada a decisão clínica para uma tentativa de alcalinização da urina, deve-se considerar a consulta com um farmacêutico para determinar as combinações intravenosas adequadas a um tratamento continuado. Pacientes com anuria que não respondem à hidratação podem exigir hemodiálise.[36]Finnish Medical Society Duodecim. Rhabdomyolysis. In: EBM guidelines. Evidence-based medicine. Helsinki, Finland: John Wiley & Sons; 2007. A hemodiálise corrige a acidose metabólica e as anormalidades eletrolíticas, além de remover toxinas mionecróticas plasmáticas. Consulte Rabdomiólise.
crônico
limitação do exercício e uso de anti-inflamatório não esteroidal (AINE)
O tratamento conservador pode envolver repouso prolongado e modificação das atividades desencadeantes. AINEs podem ser bem-sucedidos se os pacientes estiverem dispostos a limitar significativamente suas atividades atléticas.
Limite do ciclo de tratamento: 7 a 14 dias.
Opções primárias
ibuprofeno: crianças ≥6 meses de idade: 5-10 mg/kg por via oral a cada 6-8 horas quando necessário, máximo de 40 mg/kg/dia; crianças ≥12 anos de idade e adultos: 400 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia
fasciotomia
A maioria dos pacientes continua com as atividades e acaba por precisar de uma fasciotomia do compartimento envolvido.[38]Canale ST, Beaty JH, eds. Campbell's operative orthopaedics. 11th ed. Philadelphia, PA: Mosby/Elsevier; 2008.
O comprimento da incisão cutânea afeta a descompressão fascial no membro com síndrome compartimental aguda. Incisões longas não causam morbidade adicional significativa e não têm maior influência sobre o índice de complicações ou sobre o resultado funcional. Elas reduzem o risco da pele em excesso agir como um invólucro para o compartimento.
Pós-fasciotomia: o cuidado com a ferida operatória é importante devido ao risco secundário de infecção e para identificar a tempo a presença de tecido necrótico que deva ser desbridado. As feridas devem ser deixadas abertas e tratadas de forma estéril.[17]von Keudell AG, Weaver MJ, Appleton PT, et al. Diagnosis and treatment of acute extremity compartment syndrome. Lancet. 2015 Sep 26;386(10000):1299-310. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26460664?tool=bestpractice.com O fechamento precoce das feridas da fasciotomia tem sido associado à recorrência da síndrome compartimental aguda dos membros.[17]von Keudell AG, Weaver MJ, Appleton PT, et al. Diagnosis and treatment of acute extremity compartment syndrome. Lancet. 2015 Sep 26;386(10000):1299-310. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26460664?tool=bestpractice.com [18]Olson SA, Glasgow RR. Acute compartment syndrome in lower extremity musculoskeletal trauma. J Am Acad Orthop Surg. 2005 Nov;13(7):436-44. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16272268?tool=bestpractice.com O envolvimento precoce de um cirurgião plástico pode ser necessário para se obter uma cobertura adequada dos tecidos moles.[20]British Orthopaedic Association. Diagnosis and management of compartment syndrome of the limbs. 2015 [internet publication]. https://www.boa.ac.uk/static/0d37694f-1cad-40d5-b4c1032eef7486ff/de4cfbe1-6ef3-443d-a7f2a0ee491d2229/diagnosis%20and%20management%20of%20compartment%20syndrome%20of%20the%20limbs.pdf
Fisioterapia e terapia ocupacional (com exercícios de amplitude de movimento) são componentes importantes do tratamento pós-operatório.
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Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes. Ver aviso legal
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