Algoritmo de tratamento

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

AGUDA

agudo com curativo oclusivo

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1ª linha – 

afrouxamento do curativo

Gesso ou bandagens oclusivas devem ser completamente rompidos. O acolchoamento ou curativos circunferenciais devem ser imediatamente afrouxados.[20]

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associado a – 

terapias de suporte

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Os anti-inflamatórios não esteroidais, como o ibuprofeno, podem ser efetivos. A analgesia controlada pelo paciente, seja com morfina ou com outro analgésico opioide, costuma ser efetiva.

Os pacientes também devem receber quantidades adequadas de líquidos.

Opções primárias

ibuprofeno: crianças ≥6 meses de idade: 5-10 mg/kg por via oral a cada 6-8 horas quando necessário, máximo de 40 mg/kg/dia; crianças ≥12 anos de idade e adultos: 400 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia

Opções secundárias

sulfato de morfina: crianças: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; adultos: 2.5 a 10 mg por via subcutânea/intramuscular/intravenosa a cada 2-6 horas quando necessário, ou 10-30 mg por via oral (liberação imediata) a cada 4 horas quando necessário, ajustar a dose de acordo com a resposta

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2ª linha – 

fasciotomia

Quando o diagnóstico clínico é claro, a fasciotomia é indicada. A fasciotomia completa de todos os compartimentos com pressões elevadas é necessária.​[7][20][25]​​​​​ A fasciotomia realizada em até 6 horas a partir do início da síndrome compartimental, se comparada à fasciotomia realizada >6 horas, resulta em menores índices de amputações e mortes relacionadas à síndrome compartimental dos membros inferiores.[25][37]​​ Para as fasciotomias do membro inferior, geralmente é recomendado realizar uma descompressão em quatro compartimentos com duas incisões.[17][20]​​​​ No entanto, a American Academy of Orthopedic Surgeons recomenda que a técnica de fasciotomia (por exemplo, uma vs. duas incisões, locais das incisões) é menos importante do que conseguir a descompressão completa dos compartimentos do membro afetado.[6]​ Se uma abordagem de duas incisões for escolhida para a síndrome compartimental dos membros inferiores, a incisão lateral descomprime os compartimentos anterior e lateral, enquanto a incisão medial descomprime os compartimentos posteriores superficiais e profundos.

O comprimento da incisão cutânea afeta a descompressão fascial no membro com síndrome compartimental aguda. Incisões longas não causam morbidade adicional significativa e não têm maior influência sobre a taxa de complicações ou sobre o resultado funcional. Elas reduzem o risco da pele em excesso agir como um invólucro para o compartimento. O músculo necrótico deve ser excisado.[20]

A viabilidade do músculo também pode ser verificada de forma intraoperatória.

Pós-fasciotomia: o cuidado com a ferida operatória é importante devido ao risco secundário de infecção e para identificar a tempo a presença de tecido necrótico que deva ser desbridado. As feridas devem ser deixadas abertas e tratadas de forma estéril.[17] O fechamento precoce das feridas de fasciotomia tem sido associado à recorrência da síndrome compartimental aguda dos membros.[17][18]​​​ O envolvimento precoce de um cirurgião plástico pode ser necessário para se obter uma cobertura adequada dos tecidos moles.[20]​ Evidências limitadas apoiam o uso do tratamento de feridas com pressão negativa para o tratamento das feridas de fasciotomia, a fim de se reduzir o tempo até o fechamento da ferida e a necessidade de enxerto de pele.[6]

Fisioterapia e terapia ocupacional (com exercícios de amplitude de movimento) são componentes importantes do tratamento pós-operatório.

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associado a – 

terapias de suporte

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Os anti-inflamatórios não esteroidais, como o ibuprofeno, podem ser efetivos. A analgesia controlada pelo paciente, seja com morfina ou com outro analgésico opioide, costuma ser efetiva.

Os pacientes também devem receber quantidades adequadas de líquidos.

Opções primárias

ibuprofeno: crianças ≥6 meses de idade: 5-10 mg/kg por via oral a cada 6-8 horas quando necessário, máximo de 40 mg/kg/dia; crianças ≥12 anos de idade e adultos: 400 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia

Opções secundárias

sulfato de morfina: crianças: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; adultos: 2.5 a 10 mg por via subcutânea/intramuscular/intravenosa a cada 2-6 horas quando necessário, ou 10-30 mg por via oral (liberação imediata) a cada 4 horas quando necessário, ajustar a dose de acordo com a resposta

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3ª linha – 

amputação

Se uma demora no diagnóstico levar a necrose muscular significativa, pode ser necessária amputação. Isso é melhor feito em um procedimento por etapas após consenso multidisciplinar e discussão com o paciente.

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associado a – 

terapia de hidratação contínua +/- alcalinização da urina +/- hemodiálise

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Os pacientes devem continuar a receber quantidades adequadas de líquidos. Nos casos de rabdomiólise, pode ser indicado bicarbonato de sódio para alcalinização da urina. A mioglobina é tóxica para os túbulos renais em urina acidífera e alguns especialistas recomendam o uso concomitante de bicarbonato de sódio intravenoso para alcalinizar a urina e prevenir a cristalização do ácido úrico. Algumas evidências sugerem que um pH urinário >6.0 seja protetor.[30][31]​​ Isso é difícil de atingir sem o uso de grandes quantidades de bicarbonato e, embora alguns especialistas possam recomendar a alcalinização da urina, os benefícios de seu uso carecem de suporte baseado em evidências robustas.[31][32][33]​​[34]​​ Os protocolos europeus citam evidências clínicas limitadas para respaldar a terapia com bicarbonato.[35]​ Caso seja tomada a decisão clínica para uma tentativa de alcalinização da urina, deve-se considerar a consulta com um farmacêutico para determinar as combinações intravenosas adequadas a um tratamento continuado. Os pacientes com anuria que não responderem à hidratação podem exigir hemodiálise.[36]​ A hemodiálise corrige a acidose metabólica e as anormalidades eletrolíticas, além de remover toxinas mionecróticas plasmáticas. Consulte Rabdomiólise.

agudo sem curativo oclusivo

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1ª linha – 

fasciotomia

Quando o diagnóstico clínico estiver claro, faz-se necessária a fasciotomia completa de todos os compartimentos com pressões elevadas.​[7][20][25]​​​​​ A fasciotomia realizada em até 6 horas a partir do início da síndrome compartimental, se comparada à fasciotomia realizada >6 horas, resulta em menores índices de amputações e mortes relacionadas à síndrome compartimental dos membros inferiores.[25][37]​​ Para as fasciotomias do membro inferior, geralmente é recomendado realizar uma descompressão em quatro compartimentos com duas incisões.[17][20]​​​​ No entanto, a American Academy of Orthopedic Surgeons recomenda que a técnica de fasciotomia (por exemplo, uma vs. duas incisões, locais das incisões) é menos importante do que conseguir a descompressão completa dos compartimentos do membro afetado.[6]​ Se uma abordagem de duas incisões for escolhida para a síndrome compartimental dos membros inferiores, a incisão lateral descomprime os compartimentos anterior e lateral, enquanto a incisão medial descomprime os compartimentos posteriores superficiais e profundos.

O comprimento da incisão cutânea afeta a descompressão fascial no membro com síndrome compartimental aguda. Incisões longas não causam morbidade adicional significativa e não têm maior influência sobre a taxa de complicações ou sobre o resultado funcional. Elas reduzem o risco da pele em excesso agir como um invólucro para o compartimento. O músculo necrótico deve ser excisado.[20]​ A viabilidade do músculo também pode ser verificada de forma intraoperatória.

Pós-fasciotomia: o cuidado com a ferida operatória é importante devido ao risco secundário de infecção e para identificar a tempo a presença de tecido necrótico que deva ser desbridado. As feridas devem ser deixadas abertas e tratadas de forma estéril.[17]​ O fechamento precoce das feridas da fasciotomia tem sido associado à recorrência da síndrome compartimental aguda dos membros.[17][18]​​​ O envolvimento precoce de um cirurgião plástico pode ser necessário para se obter uma cobertura adequada dos tecidos moles.[20]​ Evidências limitadas apoiam o uso do tratamento de feridas com pressão negativa para o tratamento das feridas de fasciotomia, a fim de se reduzir o tempo até o fechamento da ferida e a necessidade de enxerto de pele.[6]

Fisioterapia e terapia ocupacional (com exercícios de amplitude de movimento) são componentes importantes do tratamento pós-operatório.

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terapias de suporte

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Os anti-inflamatórios não esteroidais, como o ibuprofeno, podem ser efetivos. A analgesia controlada pelo paciente, seja com morfina ou com outro analgésico opioide, costuma ser efetiva.

Os pacientes também devem receber quantidades adequadas de líquidos.

Opções primárias

ibuprofeno: crianças ≥6 meses de idade: 5-10 mg/kg por via oral a cada 6-8 horas quando necessário, máximo de 40 mg/kg/dia; crianças ≥12 anos de idade e adultos: 400 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia

Opções secundárias

sulfato de morfina: crianças: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; adultos: 2.5 a 10 mg por via subcutânea/intramuscular/intravenosa a cada 2-6 horas quando necessário, ou 10-30 mg por via oral (liberação imediata) a cada 4 horas quando necessário, ajustar a dose de acordo com a resposta

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2ª linha – 

amputação

Se uma demora no diagnóstico levar a necrose muscular significativa, pode ser necessária amputação. Isso é melhor feito em um procedimento por etapas após consenso multidisciplinar e discussão com o paciente.

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associado a – 

terapia de hidratação contínua +/- alcalinização da urina +/- hemodiálise

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Os pacientes devem continuar a receber quantidades adequadas de líquidos. Nos casos de rabdomiólise, os pacientes também devem receber bicarbonato de sódio, pois pode ser indicada a alcalinização da urina. A mioglobina é tóxica para os túbulos renais em uma urina acidífera, e alguns especialistas recomendam o uso concomitante de bicarbonato de sódio intravenoso para alcalinizar a urina e prevenir a cristalização do ácido úrico. Algumas evidências sugerem que um pH urinário >6.0 é protetor.[30][31]​​ Isso é difícil de atingir sem o uso de grandes quantidades de bicarbonato e, embora alguns especialistas possam recomendar a alcalinização da urina, os benefícios de seu uso carecem de suporte baseado em evidências robustas.[31][32][33]​​[34]​ Os protocolos europeus citam evidências clínicas limitadas para respaldar a terapia com bicarbonato.[35] Caso seja tomada a decisão clínica para uma tentativa de alcalinização da urina, deve-se considerar a consulta com um farmacêutico para determinar as combinações intravenosas adequadas a um tratamento continuado. Pacientes com anuria que não respondem à hidratação podem exigir hemodiálise.[36]​ A hemodiálise corrige a acidose metabólica e as anormalidades eletrolíticas, além de remover toxinas mionecróticas plasmáticas. ​Consulte Rabdomiólise.

CONTÍNUA

crônico

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1ª linha – 

limitação do exercício e uso de anti-inflamatório não esteroidal (AINE)

O tratamento conservador pode envolver repouso prolongado e modificação das atividades desencadeantes. AINEs podem ser bem-sucedidos se os pacientes estiverem dispostos a limitar significativamente suas atividades atléticas.

Limite do ciclo de tratamento: 7 a 14 dias.

Opções primárias

ibuprofeno: crianças ≥6 meses de idade: 5-10 mg/kg por via oral a cada 6-8 horas quando necessário, máximo de 40 mg/kg/dia; crianças ≥12 anos de idade e adultos: 400 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia

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2ª linha – 

fasciotomia

A maioria dos pacientes continua com as atividades e acaba por precisar de uma fasciotomia do compartimento envolvido.[38]

O comprimento da incisão cutânea afeta a descompressão fascial no membro com síndrome compartimental aguda. Incisões longas não causam morbidade adicional significativa e não têm maior influência sobre o índice de complicações ou sobre o resultado funcional. Elas reduzem o risco da pele em excesso agir como um invólucro para o compartimento.

Pós-fasciotomia: o cuidado com a ferida operatória é importante devido ao risco secundário de infecção e para identificar a tempo a presença de tecido necrótico que deva ser desbridado. As feridas devem ser deixadas abertas e tratadas de forma estéril.[17]​ O fechamento precoce das feridas da fasciotomia tem sido associado à recorrência da síndrome compartimental aguda dos membros.[17][18]​​​ O envolvimento precoce de um cirurgião plástico pode ser necessário para se obter uma cobertura adequada dos tecidos moles.[20]

Fisioterapia e terapia ocupacional (com exercícios de amplitude de movimento) são componentes importantes do tratamento pós-operatório.

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