Investigações
Primeiras investigações a serem solicitadas
nível de medicamento anticonvulsivante no sangue
Exame
Em pacientes que já apresentam epilepsia, a baixa adesão é a causa isolada mais comum para o estado de mal epiléptico (EME).[29]
Resultado
pode ser subterapêutico ou ausente
análise toxicológica
Exame
A análise toxicológica deve ser realizada em todos os casos para revelar qualquer uso indevido/overdose de substâncias que possam causar convulsões e EME.[39]
Resultado
pode ser positivo para bebidas alcoólicas ou substância potencialmente epileptogênica
perfil metabólico completo
Exame
Desequilíbrio eletrolítico grave, hipoglicemia e hiperglicemia são causas tratáveis e reversíveis de convulsões e do EME.[32]
Resultado
pode exibir glicose anormal e/ou outras anormalidades eletrolíticas
Hemograma completo
Exame
Um resultado anormal no hemograma completo pode esclarecer a causa do EME. Por exemplo, a plaquetopenia pode indicar hemorragia intracraniana, ou a elevação dos leucócitos pode indicar infecção como a causa.[32]
Resultado
pode exibir níveis anormais de eritrócitos, leucócitos e plaquetas
eletrocardiograma (ECG)
Exame
Arritmias ou isquemia cardíaca podem ser o resultado de EME prolongado (e, em casos raros, sua causa), e o alto risco dessas condições pode ser pouco reconhecido.[14] O tratamento precoce dessas complicações potenciais é de alta prioridade; portanto, o monitoramento de ECG seriado ou contínuo é indicado. Complexo QRS alargado pode sugerir superdosagem de medicamentos antiepilépticos prescritos, incluindo carbamazepina.[14]
Resultado
pode exibir ritmo cardíaco anormal ou evidências de isquemia cardíaca
eletroencefalografia (EEG)
Exame
O EEG será mais eficaz na avaliação do EME não convulsivo e no monitoramento da reposta ao tratamento quando o paciente está iatrogenicamente comatoso.
A presença de descarga ictal irá confirmar o diagnóstico de EME generalizado sutil persistente.
No EME de ausência, descargas de ponta-e-onda contínuas geralmente estão presentes, enquanto no EME focal com consciência prejudicada, descargas focais rítmicas ou semirrítmicas geralmente estão presentes.
Nas crises não epilépticas, o EEG está normal durante os ataques. O excesso de artefatos musculares e de movimento é tipicamente observado.
Resultado
descargas ictais generalizadas ou focais, intermitentes ou contínuas
Investigações a serem consideradas
gasometria arterial
Exame
Distúrbios metabólicos (acidose ou alcalose) podem ser uma complicação do EME.[32]
O reconhecimento e o tratamento precoces dessas condições são de alta importância.
Resultado
pode exibir valores anormais na presença de acidose ou alcalose
tomografia computadorizada (TC) do crânio
Exame
Comparada com a ressonância nuclear magnética (RNM), a TC é mais rápida e mais fácil de realizar no pronto-socorro para descartar lesões estruturais.
Resultado
pode exibir hemorragia, evidências de acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico, edema e tumor, hidrocefalia
punção lombar
Exame
Deve ser realizada quando há suspeita de encefalite ou meningite, após uma TC da cabeça.[39]
Resultado
pode exibir leucocitose, proteína alta e/ou glicose baixa na presença de infecção
ressonância nuclear magnética (RNM) de crânio
Exame
Geralmente, não indicada em quadro agudo. As imagens seriadas podem demonstrar alterações consistentes com a encefalite de Rasmussen em pacientes (geralmente crianças) com convulsões parciais simples associadas à doença neurológica permanente progressiva.
Resultado
pode exibir hemorragia, evidências de AVC isquêmico, edema e tumor; hidrocefalia; imagens seriadas mostram a disseminação das alterações de sinal e atrofia dentro dos hemisférios afetados, se houver suspeita de encefalite de Rasmussen
EEG contínuo (EEGc)
Exame
O EEGc é recomendado pela American Clinical Neurophysiology Society (ACNS) para descartar possível EME não convulsivo após convulsões clínicas.[35] A ACNS recomenda o EEGc por um período mínimo de 24 horas em pacientes gravemente enfermos com: estado mental anormal persistente após EME convulsivo generalizado ou outras convulsões clinicamente evidentes; lesão cerebral aguda supratentorial com estado mental alterado; estado mental flutuante ou alteração inexplicada do estado mental sem lesão cerebral aguda conhecida; EEG de rotina que mostra descargas periódicas (generalizadas, lateralizadas ou independentes bilaterais) ou atividade delta rítmica lateralizada; necessidade de paralisia farmacológica (por exemplo, protocolos de hipotermia terapêutica, oxigenação por membrana extracorpórea) e risco de convulsão; eventos clínicos paroxísticos suspeitos de serem convulsões, para determinar se são ictais ou não ictais.[35] Se os recursos não permitirem o monitoramento por EEGc, EEGs seriados frequentes devem ser obtidos para orientar a terapia, e os médicos podem considerar a transferência do paciente para uma instalação com recursos de EEGc.
Resultado
descargas ictais generalizadas ou focais, intermitentes ou contínuas
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