Etiologia
A causa da síndrome de Zollinger-Ellison esporádica é desconhecida. Cerca de um terço dos pacientes com neoplasia endócrina múltipla(NEM) do tipo 1 evolui para a síndrome de Zollinger-Ellison. Acredita-se que uma mutação gênica no braço curto do cromossomo 11 que codifica a proteína menin resulta no desenvolvimento de tumores endócrinos pancreáticos.
Fisiopatologia
A síndrome é causada pela secreção excessiva de gastrina por tumores neuroendócrinos duodenais ou pancreáticos (gastrinomas). A maioria desses gastrinomas surge de células enteroendócrinas no intestino delgado; 70% a 80% são de localização duodenal.[7] O restante surge de células delta no pâncreas, e uma minoria de outras áreas intra-abdominais (por exemplo, estômago, linfonodos peripancreáticos, fígado, ducto biliar, ovário) e sítios extra-abdominais (coração, câncer pulmonar de células pequenas).[8]
Os gastrinomas localizados no duodeno geralmente são múltiplos e de tamanho pequeno, e têm menos probabilidade de se tornarem malignos que os gastrinomas pancreáticos, que tendem a ser maiores, esporádicos e isolados. Cerca de 55% a 90% dos gastrinomas são malignos e geralmente sofrem metástase para linfonodos e fígado.[9] Cerca de 20% dos pacientes com síndrome de Zollinger-Ellison têm NEM1.[3] Esses pacientes podem também podem apresentar elevados níveis de cálcio sérico e história familiar de síndrome de Zollinger-Ellison. A presença de gastrinomas multifocais aumenta a probabilidade de NEM1.[10][11]
A gastrina não apenas estimula diretamente a secreção das células parietais, mas também provoca a hipertrofia da mucosa gástrica, levando a um aumento da quantidade de células parietais. Isto resulta em aumento da secreção ácida basal e da secreção máxima de ácido, levando a sintomas da doença do refluxo gastroesofágico e danos à mucosa que reveste o trato gastrointestinal, causando úlceras pépticas. Além disso, o ácido inativa as enzimas pancreáticas, resultando em diarreia, esteatorreia e má absorção dos nutrientes lipossolúveis.[12]
Classificação
Classificação clínica
Não existe sistema de classificação formal; no entanto, os seguintes aspectos comumente são usados para classificação:
Forma esporádica: mais comum
Forma genética: relacionada a pacientes com NEM1; cerca de 20% dos pacientes com síndrome de Zollinger-Ellison apresentam NEM1.[3]
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