Prognóstico

O manejo da osteomielite em unidades dedicadas, com trabalho multidisciplinar próximo usando diretrizes baseadas em evidências, pode estar associado a uma investigação diagnóstica mais eficiente, uma taxa mais alta de identificação do organismo causador, melhor adesão às recomendações iniciais de antibióticos com menos mudanças de antibióticos durante o tratamento, e menos recaídas.[138][139]​​ O prognóstico da intervenção precoce é geralmente melhor, especialmente no contexto de infecção relacionada a implante. O atraso no tratamento desses pacientes provavelmente piorará os resultados em longo prazo. O desfecho funcional da osteomielite do membro inferior depende do estado do pé e do joelho.

A maioria dos pacientes com osteomielite aguda se recupera sem complicações de longo prazo se a osteomielite for diagnosticada imediatamente e tratada de forma adequada.

Osteomielite crônica

O sucesso do tratamento da osteomielite crônica depende, em grande parte, do tipo de hospedeiro (tipo A, B ou C, de acordo com a classificação de Cierny-Mader).[2] Um estudo envolvendo 1966 pacientes mostrou que o tratamento primário foi bem-sucedido em 96% dos hospedeiros do tipo A e 73% dos hospedeiros do tipo B.[135] Um novo tratamento dos pacientes que não obtiveram sucesso com tratamentos anteriores resultou em uma taxa de sucesso de 95% em 2 anos para os pacientes do tipo A e do tipo B.

A recorrência da infecção pode ocorrer de forma precoce ou posteriormente. Recorrência precoce geralmente é observada logo após a interrupção dos antibióticos e pode ser tratada com cirurgia repetida. A maioria dos pacientes que recaem apresentam sintomas nos primeiros 2 anos após a cirurgia, embora alguns possam retornar muitos anos depois.

No momento, existem numerosas séries de casos publicados relatando mais de 90% de membros livres de infecção em 2 anos ou mais após o tratamento.[124][126][132][135] Essas séries são de centros com equipes multidisciplinares estabelecidas que podem fornecer todos os aspectos do tratamento.

Embora a recorrência se torne menos provável com o passar do tempo, nunca é possível ter certeza absoluta sobre o clearance da infecção. Há casos relatados de reativação da infecção muitos anos após a cirurgia, quando bactérias latentes causam um surto de infecção. Muitos desses pacientes apresentam intervalos prolongados sem doença e alguns morrem de outras causas antes da recaída.

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