Estudos longitudinais indicam que 17% a 64% dos pacientes melhoram com o tratamento, mas menos de 10% preenchem os critérios para a recuperação completa, e até 20% dos pacientes podem piorar com o passar do tempo.[277]Vercoulen JH, Swanink CM, Fennis JF, et al. Prognosis in chronic fatigue syndrome: a prospective study of the natural course. J Neurol Neurosurg Psychiatry. 1996 May;60(5):489-94.
https://jnnp.bmj.com/content/jnnp/60/5/489.full.pdf
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8778251?tool=bestpractice.com
[278]Ray C, Jefferies S, Weir WR. Coping and other predictors of outcome in chronic fatigue syndrome: A 1-year follow-up. J Psychosom Res. 1997 Oct;43(4):405-15.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9330240?tool=bestpractice.com
[279]Bonner D, Ron M, Chalder T, et al. Chronic fatigue syndrome: a follow-up study. J Neurol Neurosurg Psychiatry. 1994 May;57(5):617-21.
https://jnnp.bmj.com/content/jnnp/57/5/617.full.pdf
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8201336?tool=bestpractice.com
É importante analisar a gravidade da fadiga e os critérios usados para o diagnóstico de EM/SFC nesses estudos. Estudos longitudinais também sugerem que as taxas de recuperação dos pacientes que desenvolvem EM/SFC após uma mononucleose infecciosa são melhores em pacientes mais jovens que nos mais velhos, com mais de 50% retornando ao trabalho após uma duração média da doença de 11.4 anos.[280]Nyland M, Naess H, Birkeland JS, et al. Longitudinal follow-up of employment status in patients with chronic fatigue syndrome after mononucleosis. BMJ Open. 2014 Nov 26;4(11):e005798.
https://bmjopen.bmj.com/content/4/11/e005798.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25428629?tool=bestpractice.com
Os achados de um pequeno estudo observacional também sugerem que adolescentes EM/SFC após mononucleose infecciosa têm uma taxa de remissão mais elevada que adultos e que eles também tendem a retornar à capacidade funcional total.[36]Katz BZ, Shiraishi Y, Mears CJ, et al. Chronic fatigue syndrome after infectious mononucleosis in adolescents. Pediatrics. 2009 Jul;124(1):189-93.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2756827
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564299?tool=bestpractice.com
Em contraste, menos de 10% dos pacientes com EM/SFC sem mononucleose retornaram aos níveis pré-mórbidos de funcionamento, apesar das terapias padrão.[36]Katz BZ, Shiraishi Y, Mears CJ, et al. Chronic fatigue syndrome after infectious mononucleosis in adolescents. Pediatrics. 2009 Jul;124(1):189-93.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2756827
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19564299?tool=bestpractice.com
Um estudo realizado em um único centro terciário de referência evidenciou melhoras em até 5 anos em um subgrupo de pacientes com EM/SFC pós-infecciosa que se apresentou com uma história de fadiga de início súbito, febre, linfonodos sensíveis à palpação e mialgia.[281]Naess H, Sundal E, Myhr KM, et al. Postinfectious and chronic fatigue syndromes: clinical experience from a tertiary-referral centre in Norway. In Vivo. 2010 Mar-Apr;24(2):185-8.
http://iv.iiarjournals.org/content/24/2/185.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20363992?tool=bestpractice.com
Os fatores prognósticos desfavoráveis incluem artralgia, idade avançada, maior duração da doença, maior intensidade da fadiga e presença de doenças psiquiátricas comórbidas (depressão autorrelatada).[282]Joyce J, Hotopf M, Wessely S. The prognosis of chronic fatigue and chronic fatigue syndrome: a systematic review. QJM. 1997 Mar;90(3):223-33.
https://academic.oup.com/qjmed/article/90/3/223/1633580
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9093600?tool=bestpractice.com
Evidências sobre as taxas de mortalidade em excesso na EM/SFC são limitadas e mistas. Um pequeno estudo (n = 56) descobriu que pacientes com EM/SFC tinham uma idade média mais jovem de morte cardiovascular (mediana = 58.8 anos) em comparação com a população geral dos EUA (mediana = 77.7 anos).[175]McManimen SL, Devendorf AR, Brown AA, et al. Mortality in patients with myalgic encephalomyelitis and chronic fatigue syndrome. Fatigue. 2016;4(4):195-207.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28070451?tool=bestpractice.com
Um estudo de coorte retrospectivo maior (n = 2147) não observou um risco aumentado de mortalidade por todas as causas, mas demonstrou um risco aumentado de forma substancial de morte por suicídio.[212]Roberts E, Wessely S, Chalder T, et al. Mortality of people with chronic fatigue syndrome: a retrospective cohort study in England and Wales from the South London and Maudsley NHS Foundation Trust Biomedical Research Centre (SLaM BRC) Clinical Record Interactive Search (CRIS) Register. Lancet. 2016 Apr 16;387(10028):1638-43.
https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736%2815%2901223-4/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26873808?tool=bestpractice.com