Novos tratamentos
Ensaios clínicos
Vários ensaios clínicos em andamento avaliam todos os diferentes estádios da doença. National Cancer Institute: clinical trials Opens in new window A participação em ensaios clínicos é especialmente encorajada.[1]
Zenocutuzumabe
O zenocutuzumabe é um anticorpo do tipo IgG1 humanizado e biespecífico que se liga aos receptores HER2 e HER3, impedindo a interação com a neuregulina 1 (NRG). Um estudo de fase 1 e 2 para avaliar sua eficácia e segurança em pacientes com câncer de pâncreas que abrigam uma fusão NRG1 está em andamento.[127] O zenocutuzumabe recebeu aprovação acelerada da Food and Drug Administration (FDA) dos EUA para o tratamento de câncer de pâncreas positivo para fusão NRG1, avançado, irressecável ou metastático. É recomendado pela National Comprehensive Cancer Network (NCCN) para o tratamento subsequente de adenocarcinoma pancreático localmente avançado, metastático ou recorrente que abriga a fusão do gene NRG1 em pacientes com escores de capacidade funcional bons ou intermediários em determinadas circunstâncias.[1]
Pelareorepe
Pelareorepe, uma variante do tipo selvagem do reovírus, funciona ativando o sistema imunológico e desencadeando respostas imunes antitumor.Um ensaio clínico de fase 2 que avaliou pelareorepe associado a gencitabina em pacientes com adenocarcinoma pancreático avançado relatou sobrevida global mediana de 10.2 meses, com taxa de sobrevida em 1 ano de 45% e taxa de sobrevida em 2 anos de 24%.[128] A combinação de pelareorepe, atezolizumabe, gencitabina e paclitaxel ligado a nanopartícula de albumina (nab) recebeu designação de tramitação rápida ("fst-track") pela FDA, após uma taxa de resposta objetiva de 69% e resposta completa em 13 pacientes com adenocarcinoma ductal pancreático avançado/metastático incluídos no estudo de fase 1/2 GOBLET.
Racemetirosina
A racemetirosina oral (também conhecida como SM-88), um inibidor oral da enzima tirosina 3-mono-oxigenase, foi investigada como tratamento para câncer de pâncreas progressivo ou recorrente.[129] Em estudos pré-clínicos, a racemetirosina pareceu aumentar o estresse oxidativo em células cancerosas, interromper a autofagia e modular o microambiente tumoral, reduzindo as populações de macrófagos M2 e linfócitos T reguladores.[130] Um ensaio clínico de plataforma subsequente foi descontinuado, pois a racemetirosina não demonstrou eficácia suficiente em comparação aos esquemas de quimioterapia padrão. A racemetirosina recebeu a designação de medicamento órfão pela FDA para o tratamento do câncer de pâncreas.
CEND-1
O CEND-1 (também conhecido como iRGD) é um peptídeo que se liga preferencialmente às integrinas na vasculatura tumoral. O CEND-1 ligado é clivado por proteases para liberar um fragmento que estimula uma nova via de captação de medicamentos, aumentando a penetração do medicamento nas células tumorais. O CEND-1 recebeu a designação de tramitação rápida ("fast track") da FDA. Um ensaio clínico de fase 2 investigando a adição de CEND-1 à gencitabina associada a paclitaxel ligado a nanopartícula de albumina (nab-paclitaxel) para pacientes com câncer de pâncreas metastático está em andamento.[131]
Efineptaquina alfa
A efineptaquina alfa é uma proteína de fusão de interleucina-7 humana de ação prolongada que atua promovendo o desenvolvimento de células T. Um ensaio clínico multicêntrico, aberto, de fase 1B/2A, avaliando a segurança e a eficácia de efineptaquina alfa associada a pembrolizumabe em pacientes com tumores sólidos avançados, incluindo câncer de pâncreas, está em andamento.[132] A efineptaquina alfa recebeu a designação de medicamento órfão pela FDA para o tratamento do câncer de pâncreas.
Eletroporação irreversível
A eletroporação irreversível é um procedimento de ablação não térmica para o tratamento de câncer de pâncreas irressecável localmente avançado (estádio 3), que pode ser usado na proximidade de estruturas sensíveis, como veias, parede intestinal e ducto biliar.[133][134][135] Ela pode induzir uma resposta imune e foi considerada eficiente para eliminar células cancerígenas em estudos in vitro e in vivo.[135] Foi observada uma melhora na sobrevida global mediana de até 30 meses em pacientes com câncer de pâncreas irressecável localmente avançado.[134] Poucos centros no Reino Unido oferecem, atualmente, eletroporação irreversível a pacientes selecionados. Um ensaio clínico avaliando a combinação de eletroporação irreversível associado a imunoterapia para benefícios sinérgicos está em andamento.[136]
Namodenosona
A namodenosona é um pequeno agonista molecular do receptor de adenosina A3, um receptor encontrado na superfície das células cancerosas, mas não nas células normais. Ao se ligar a esse receptor, a namodenosona induz a apoptose de células cancerosas. A namodenosona recebeu a designação de medicamento órfão da FDA para o tratamento do câncer de pâncreas. A FDA também aprovou a namodenosona para uso compassivo, caso a caso. Um ensaio clínico de fase 2 avaliando sua segurança e eficácia no tratamento do câncer de pâncreas está em andamento.[137]
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