História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

presença de fatores de risco

Os fatores de risco incluem: história familiar de atopia; idade <20 anos; estilo de vida ocidental; exposição inadequada a animais e outros ambientes ricos em micro-organismos nos primeiros anos de vida.

espirros

Mais frequente na RA que na rinite não alérgica.

prurido nasal

Mais frequente na RA que na rinite não alérgica.

Outros fatores diagnósticos

comuns

prurido em palato, garganta, ouvido e olhos

Geralmente ocorre na fase inicial da RA.

vermelhidão dos olhos, edema e lacrimejamento

Geralmente ocorre na fase inicial da RA.

fadiga e irritabilidade

Pode ser decorrente de qualidade precária do sono devida à congestão nasal.

congestão nasal

Geralmente ocorre na fase tardia da RA

rinorreia

Rinorreia unilateral requer uma avaliação imediata quanto a extravasamento do líquido cefalorraquidiano. A presença de doença unilateral, exceto na congestão nasal relacionada a um desvio de septo, requer encaminhamento para um otorrinolaringologista.

olhos arroxeados devido à alergia

Descoloração azulada na região infraorbital.

hiperemia conjuntival

Identificação possível no exame físico da face.

secreção ocular mucoide

Identificação possível no exame físico da face.

prega nasal

Uma prega transversal na parte externa do nariz resultante de esfregação e manipulação repetitivas do nariz.

palidez da mucosa nasal

Identificação possível no exame físico do nariz.

inchaço da mucosa nasal e dos cornetos

Identificação possível no exame físico do nariz.

secreções nasais claras e abundantes

Identificação possível no exame físico do nariz.

Incomuns

linhas de Dennie-Morgan (pregas presentes nas pálpebras inferiores)

Identificada no exame físico da face, embora incomum. Pode ser decorrente de congestão nasal e circulação sanguínea precária na região ocular.[55]

Fatores de risco

Fortes

outras afecções atópicas ou história familiar de atopia

O fator de risco mais bem estabelecido é uma história familiar de doença atópica, especialmente RA.[30] Várias modalidades, como a análise de ligação genética, têm sido empregadas para identificar coletivamente uma diversidade de loci genéticos associados a uma maior incidência de RA.[31]

O risco relatado de desenvolvimento de doença atópica na ausência de história familiar parental foi de 13%.[16] O risco aumentou para 29% se um dos pais ou irmãos é atópico, 47% se ambos os pais são atópicos e 72% se ambos os pais têm a mesma manifestação atópica.[16]

idade <20 anos

Aproximadamente 80% dos indivíduos diagnosticados com RA desenvolvem sintomas antes dos 20 anos.[10][11] O início após a idade de 20 anos aumenta a suspeita de rinite não alérgica ao invés de RA.

exposição a aeroalérgenos (pólen, bolor, ácaro, poluição)

Estudos epidemiológicos implicam a exposição a aeroalérgenos, exposições relacionadas a mofo em ambientes fechados, e viver em ambiente urbano.[21][22][23]

Foi relatada uma correlação estatisticamente significativa entre a incidência e/ou prevalência de RA e a vida em ambiente urbano ou industrializado com níveis elevados de tráfego e hidrocarbonetos aromáticos policíclicos no ambiente.[23][32][33][34]

O estudo internacional sobre asma e alergias na infância (International Study of Asthma and Allergies in Childhood) estabeleceu que os fatores ambientais e ecológicos locais podem contribuir para a variação na prevalência de asma, rinoconjuntivite e dermatite atópica.[12]

Uma metanálise demonstrou um leve aumento do risco de RA associada com a exposição à fumaça de cigarros.[35]

exposição a pelos/penas de animais

O pelo de cachorros e gatos é um alérgeno comum, e pode causar sintomas de RA perenes.[36][37]

A exposição a um cachorro no primeiro ano de vida pode reduzir o risco de RA e asma.[38][39]

As crianças de famílias com exposição a um estilo de vida agrícola (animais do campo, leite não pasteurizado) em áreas rurais da Alemanha, da Áustria e da Suíça apresentam menor probabilidade de desenvolver sensibilização alérgica, febre do feno e asma em comparação com filhos de não fazendeiros que viviam nos mesmos locais.[40] A exposição contínua de longo prazo a estábulos até os 5 anos de idade foi associada às menores frequências de sensibilização e doenças alérgicas.[40]

Fracos

etnia

Nos EUA, a sensibilização atópica (bem como a asma) parecem ser mais prevalentes entre determinados grupos étnicos, como os afro-americanos e os porto-riquenhos.[41][42]

Em um estudo do Reino Unido, significativamente mais mulheres das Índias Ocidentais consultaram médicos de unidade básica de saúde em comparação com a população britânica branca.[43]

testes de punção cutânea positivos para alérgenos

Embora a sensibilização a um alérgeno específico nem sempre se equivalha à doença clínica, a reatividade ao alérgeno continua sendo um dos mais fortes fatores de risco para a presença de doença respiratória alérgica das vias aéreas superiores (bem como inferiores). Resultados falsos positivos existem; por isso, é essencial que os testes positivos de reatividade a um alérgeno específico sejam correlacionados com a história clínica.

A RA foi associada a um teste cutâneo positivo para tasneira, azevém, ácaros domésticos e Alternaria na segunda pesquisa nacional de avaliação da saúde e nutrição (National Health and Nutrition Examination Survey; NHANES II).[44]

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