Considerações de urgência
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Corpo estranho
A disfagia aguda pode ocorrer como resultado de corpos estranhos e impactação do alimento na faringe ou no esôfago. Os sintomas associados incluem odinofagia, sensação de corpo estranho e secreções excessivas.
Os alimentos podem também se alojar no nível do esfíncter esofágico superior, o que pode provocar obstrução das vias aéreas e morte por asfixia. Entre as possíveis soluções estão tapas nas costas, compressões torácicas em lactentes ou abdominais (manobra de Heimlich) em crianças e adultos.[52][53][54]
Os pacientes devem ser estabilizados com o manejo apropriado das vias aéreas e da circulação e colocados em jejum. A próxima etapa no manejo de uma impactação de alimento consiste em determinar sua localização exata, o que pode ser realizado por meio de radiografia simples, nasofaringoscopia/laringoscopia por fibra óptica ou tomografia computadorizada (TC). A endoscopia digestiva alta (EDA) tem uma função essencial em termos de mostrar a localização, tipo de objeto e configuração e fornecer um meio de terapia.[55]
Lesão cáustica
A lesão cáustica pode provocar disfagia aguda, odinofagia, edema na língua, estridor, obstrução das vias aéreas, aspiração ou perfuração. Ela também pode provocar cianose, hipóxia, febre, taquicardia e choque.
Os pacientes devem ser estabilizados com o manejo apropriado das vias aéreas e da circulação, e colocados em jejum. A identificação do agente específico ingerido pode ajudar no manejo posterior. Ela é diagnosticada com laringoscopia por fibra óptica. A EDA é importante, mas acarreta risco de perfuração. Para descartar uma perfuração devida à lesão cáustica, o esofagograma com meio de contraste hidrossolúvel (Gastrografin®) é seguro, mas o bário deve ser evitado, pois pode causar mediastinite se houver perfuração. A radiografia torácica pode revelar perfuração.[56][57]
Acidente vascular cerebral (AVC)
Aproximadamente 40% a 70% das pessoas que sofreram AVC apresentam disfagia.[2] A consequência da disfagia nessa população pode ser aspiração de alimento sólido e/ou líquido no trato respiratório, que pode causar pneumonia com risco de vida.[58][59] O objetivo da avaliação inicial é garantir estabilidade clínica, realizar um exame neurológico breve e encaminhar rapidamente o paciente para a realização de uma TC ou ressonância nuclear magnética de modo a diferenciar isquemia versus hemorragia. Devido à restrição de tempo, determinadas partes da história e do exame físico podem ser adiadas até depois do exame de imagem e da decisão de se realizar a trombólise (em um AVC isquêmico). Os pacientes devem ser colocados em jejum até que uma avaliação padronizada da deglutição tenha sido realizada.
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