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Richtlijn acute rinosinusitisPublicada por: Werkgroep Ontwikkeling Richtlijnen Eerste Lijn (Worel)Última publicação: 2023Guide de pratique clinique rhinosinusite aiguëPublicada por: Groupe de travail Développement de recommandations de première ligneÚltima publicação: 2023

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

AGUDA

suspeita de rinossinusite viral aguda

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1ª linha – 

terapia de suporte

Há suspeita de rinossinusite viral quando os sintomas estão estáveis e presentes por menos de 10 dias.

Geralmente, é uma doença autolimitada e o tratamento é principalmente sintomático.

Repouso e hidratação adequados e bolsas quentes na face podem ser úteis, bem como o uso de vitamina C e zinco.[4]

Os tratamentos devem ser testados por 5 a 10 dias antes de reavaliar o paciente.

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Considerar – 

analgésicos/antipiréticos

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Recomendados para dor e/ou febre. A seleção do agente depende do nível subjetivo de dor que o paciente está apresentando.

A codeína é contraindicada em crianças com menos de 12 anos de idade e não é recomendada em adolescentes entre 12 e 18 anos de idade que são obesos ou apresentam afecções como apneia obstrutiva do sono ou doença pulmonar grave, pois ela pode aumentar o risco de problemas respiratórios.[29] Ela geralmente é recomendada somente para o tratamento de dor aguda moderada que não obtém resposta com outros analgésicos, em crianças com 12 anos de idade ou mais. Deve ser usada na mínima dose eficaz no menor período de tempo e o tratamento deve ser limitado a 3 dias.[30][31]

Opções primárias

paracetamol: crianças: 10-15 mg/kg oralmente a cada 4-6 horas quando necessário, máximo 75 mg/kg/dia; adultos: 500-1000 mg oralmente a cada 4-6 horas quando necessário, máximo 4000 mg/dia

ou

ibuprofeno: crianças: 5-10 mg/kg por via oral a cada 6-8 horas quando necessário, máximo de 40 mg/kg/dia; adultos: 300-400 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia

Opções secundárias

paracetamol/codeína: crianças com ≥12 anos de idade: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; adultos: 30-60 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário

Mais
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Considerar – 

descongestionante

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Pode proporcionar alívio sintomático da congestão nasal.[1][15]

Agentes tópicos (por exemplo, oximetazolina) são frequentemente preferidos em relação a agentes sistêmicos (por exemplo, pseudoefedrina), pois exibem maior potência e menor risco de efeitos adversos.

Os medicamentos que contêm pseudoefedrina estão associados a riscos de síndrome de encefalopatia posterior reversível e síndrome de vasoconstrição cerebral reversível. Elas são doenças raras, com complicações potencialmente graves e de risco de vida. Os medicamentos que contêm pseudoefedrina não devem ser usados em pacientes com hipertensão grave ou não controlada, ou naqueles com doença renal crônica ou aguda grave ou insuficiência renal.[33]

Agentes tópicos devem ser usados apenas por 3 a 5 dias, para evitar a ocorrência de efeito rebote da congestão.

Opções primárias

oximetazolina nasal: crianças de 2-5 anos de idade: (0.025%) 2-3 aplicações/gotas em cada narina duas vezes ao dia quando necessário; crianças >5 anos de idade e adultos:(0.05%) 1-2 aplicações/gotas em cada narina duas vezes ao dia quando necessário

Opções secundárias

pseudoefedrina: adultos: 30-60 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 240 mg/dia

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Considerar – 

corticosteroide intranasal

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Recomendado em pacientes com congestão. Considerado benéfico e com baixa incidência de efeitos adversos sistêmicos.[1][34][35][36] [ Cochrane Clinical Answers logo ]

Geralmente, recomenda-se pelo menos 1 mês de terapia; porém, isso dependerá da evolução da doença.

Opções primárias

propionato de fluticasona nasal: (50 microgramas/aplicação) crianças ≥4 anos de idade e adultos: 1-2 aplicações em cada narina uma vez ao dia

ou

mometasona nasal: (50 microgramas/aplicações) crianças de 2 a 11 anos de idade: 1 aplicação em cada narina uma vez ao dia; crianças ≥12 anos de idade: 2 aplicações em cada narina uma vez ao dia; adultos: 2 aplicações em cada narina uma ou duas vezes ao dia

ou

ciclesonida nasal: (50 microgramas/aplicação) crianças ≥6 anos de idade e adultos: 2 aplicações em cada narina uma vez ao dia; (37 microgramas/aplicação) crianças ≥12 anos de idade e adultos: 1 aplicação em cada narina uma vez ao dia

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Considerar – 

ipratrópio

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Anticolinérgicos tópicos, como o ipratrópio, podem ser usados em pacientes com rinorreia.[37]

Opções primárias

ipratrópio nasal: crianças ≥6 anos de idade: (0.03%) 42 microgramas (2 aplicações) em cada narina duas a três vezes ao dia; adultos: (0.06%) 84 microgramas (2 aplicações) em cada narina três vezes ao dia

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Considerar – 

soro fisiológico intranasal

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Sprays de soro fisiológico podem ser úteis para tratar a congestão reduzindo a inflamação e afinando o muco, além de terem a vantagem adicional de reduzir o uso de medicamentos.

Irrigações nasais com soro fisiológico podem ser úteis para aliviar os sintomas nasais; porém, devem ser usadas com cuidado, já que os pacientes que não tiverem sido submetidos a cirurgia endoscópica dos seios paranasais podem desenvolver pressão facial ou desconforto quando as irrigações de soro fisiológico ficam retidas nos seios nasais não operados.[38]

Aplicação de uma irrigação de soro fisiológico preparado em casa pode ser útil para os pacientes. University of Michigan Health System: saltwater washes (nasal saline lavage or irrigation) for sinusitis Opens in new window

Opções primárias

solução salina nasal: crianças e adultos: 1-2 aplicações/gotas em cada narina a cada 2-3 horas ou quando necessário

suspeita de rinossinusite bacteriana aguda

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1ª linha – 

antibioticoterapia

As diretrizes geralmente recomendam antibioticoterapia para pacientes imunocomprometidos ou aqueles com doença grave. Os indicadores de doença grave incluem febre (>39 °C [>102.2 °F]); dor facial ou de dente moderada a grave; sensibilidade unilateral dos seios nasais; edema periorbital; agravamento dos sintomas após 3-5 dias; ou falta de melhora após 7-10 dias de observação.[1][3][42][46]​​

Embora as diretrizes possam variar no que diz respeito a recomendações para o uso de antibióticos empíricos, os estudos não demonstraram haver diferença nos desfechos clínicos entre os vários esquemas de antibioticoterapia.[48]

Amoxicilina/ácido clavulânico em alta dose é recomendada como agente de primeira linha para pessoas com doença grave ou imunocomprometidas por causa das maiores taxas endêmicas de S pneumoniae produtores de betalactamase.[1] Amoxicilina/ácido clavulânico em altas doses são eficazes contra pneumococos de suscetibilidades variáveis.[59]

Para pacientes alérgicos à penicilina, uma alternativa adequada é a terapia com clindamicina associada a uma cefalosporina oral de terceira geração (por exemplo, cefixima, cefpodoxima).[2][52]​ Há risco de sensibilidade cruzada com as cefalosporinas nesses pacientes, embora esse risco seja baixo se a manifestação alérgica for simplesmente uma erupção cutânea sem envolvimento respiratório.[53]

A doxiciclina é uma alternativa adequada nos adultos com alergia a antibióticos betalactâmicos; porém, seu uso não é recomendado nas crianças devido ao risco de descoloração dos dentes e hipoplasia do esmalte dentário.[54]

O National Institute for Health and Care Excellence (NICE) do Reino Unido recomenda claritromicina, eritromicina (em gestantes) ou doxiciclina (em adultos e jovens com 12 anos ou mais) como escolhas de primeira linha para as pessoas com alergia ou intolerância à penicilina.[51]

As fluoroquinolonas só devem ser usadas em pacientes com rinossinusite bacteriana aguda sem outras opções de tratamento.[56] Elas podem ser testadas nos adultos se o tratamento com penicilina ou cefalosporina não for possível. As fluoroquinolonas devem ser usadas com cuidado em crianças devido ao risco de efeitos adversos musculoesqueléticos.[57] Os antibióticos fluoroquinolonas sistêmicos podem causar eventos adversos graves, incapacitantes e potencialmente duradouros ou irreversíveis. Isso inclui, mas não está limitado a tendinopatia/ruptura de tendão; neuropatia periférica; artropatia/artralgia; aneurisma e dissecção da aorta; regurgitação da valva cardíaca; disglicemia; e efeitos no sistema nervoso central, incluindo convulsões, depressão, psicose e pensamentos e comportamento suicida.[58]​ Restrições de prescrição aplicam-se ao uso de fluoroquinolonas e essas restrições podem variar entre os países. Em geral, o uso das fluoroquinolonas deve ser restrito apenas nas infecções bacterianas graves e com risco à vida. Algumas agências regulatórias também podem recomendar que eles sejam usados apenas em situações em que outros antibióticos comumente recomendados para a infecção sejam inadequados (por exemplo, resistência, contraindicações, falha do tratamento, indisponibilidade). Consulte as diretrizes locais e o formulário de medicamentos para obter mais informações sobre adequação, contraindicações e precauções.

O ciclo de tratamento recomendado não está claro.[42] Porém, de 10 a 14 dias é considerada uma duração adequada, especialmente para pacientes imunocomprometidos ou com doença grave.[1][3]

Se não houver melhora dos sintomas depois de 3 a 5 dias de tratamento antibiótico, uma alternativa deve ser considerada.[3] Outra consideração deve ser uma consulta com um otorrinolaringologista.

Os antibióticos intravenosos (por exemplo, cefalosporina de terceira geração, fluoroquinolona) podem ser necessários em pacientes com infecção que exija hospitalização.

Opções primárias

amoxicilina/ácido clavulânico: crianças: 90 mg/kg/dia por via oral administrados em 2 doses fracionadas; adultos: 2000 mg por via oral (liberação prolongada) duas vezes ao dia

Mais

Opções secundárias

clindamicina: crianças: 30-40 mg/kg/dia por via oral administrados em 3 doses fracionadas; adultos: 150-450 mg por via oral três vezes ao dia

--E--

cefixima: crianças: 8 mg/kg/dia por via oral administrados em 1-2 doses fracionadas; adultos: 400 mg por via oral uma vez ao dia

ou

cefpodoxima: crianças: 10 mg/kg/dia por via oral administrados em 2 doses fracionadas; adultos: 200 mg por via oral duas vezes ao dia

ou

doxiciclina: adultos: 100 mg por via oral duas vezes ao dia, ou 200 mg por via oral uma vez ao dia

ou

ceftriaxona: crianças: 50 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 12 horas; adultos: 1-2 g por via intravenosa a cada 12-24 horas

ou

cefotaxima: crianças: 100-200 mg/kg/dia por via intravenosa administrados em doses fracionadas a cada 6 horas; adultos: 2 g por via intravenosa a cada 4-6 horas

ou

claritromicina: crianças: 7.5 mg/kg por via oral duas vezes ao dia, máximo de 500 mg/dose; adultos: 500 mg por via oral duas vezes ao dia

ou

eritromicina: adultos: 250-500 mg por via oral quatro vezes ao dia, ou 500-1000 mg duas vezes ao dia

Opções terciárias

moxifloxacino: crianças: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; adultos: 400 mg por via oral/intravenosa uma vez ao dia

ou

levofloxacino: crianças: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; adultos: 500 mg por via oral/intravenosa uma vez ao dia

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associado a – 

encaminhamento para otorrinolaringologista

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

O especialista pode ajustar a antibioticoterapia de forma a abranger micro-organismos causadores menos comuns (por exemplo, adicionar metronidazol ou clindamicina para abranger anaeróbios), reavaliar o paciente para descartar condições subjacentes ou anormalidades anatômicas ou considerar cirurgia.[3]

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associado a – 

terapia de suporte

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Repouso e hidratação adequados e bolsas quentes na face podem ser úteis, bem como o uso de vitamina C e zinco.[4] A seleção da terapia dependerá dos sintomas específicos.

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Considerar – 

analgésicos/antipiréticos

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Recomendados para dor e/ou febre. A seleção do agente depende do nível subjetivo de dor que o paciente está apresentando.

A codeína é contraindicada em crianças com menos de 12 anos de idade e não é recomendada em adolescentes entre 12 e 18 anos de idade que são obesos ou apresentam afecções como apneia obstrutiva do sono ou doença pulmonar grave, pois ela pode aumentar o risco de problemas respiratórios.[29] Ela geralmente é recomendada somente para o tratamento de dor aguda moderada que não obtém resposta com outros analgésicos, em crianças com 12 anos de idade ou mais. Deve ser usada na mínima dose eficaz no menor período de tempo e o tratamento deve ser limitado a 3 dias.[30][31]

Opções primárias

paracetamol: crianças: 10-15 mg/kg oralmente a cada 4-6 horas quando necessário, máximo 75 mg/kg/dia; adultos: 500-1000 mg oralmente a cada 4-6 horas quando necessário, máximo 4000 mg/dia

ou

ibuprofeno: crianças: 5-10 mg/kg por via oral a cada 6-8 horas quando necessário, máximo de 40 mg/kg/dia; adultos: 300-400 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia

Opções secundárias

paracetamol/codeína: crianças com ≥12 anos de idade: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; adultos: 30-60 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário

Mais
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Considerar – 

descongestionante

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Pode proporcionar alívio sintomático da congestão nasal.[1]

Agentes tópicos (por exemplo, oximetazolina) são frequentemente preferidos em relação a agentes sistêmicos (por exemplo, pseudoefedrina), pois exibem maior potência e menor risco de efeitos adversos.

Os medicamentos que contêm pseudoefedrina estão associados a riscos de síndrome de encefalopatia posterior reversível e síndrome de vasoconstrição cerebral reversível. Elas são doenças raras, com complicações potencialmente graves e de risco de vida. Os medicamentos que contêm pseudoefedrina não devem ser usados em pacientes com hipertensão grave ou não controlada, ou naqueles com doença renal crônica ou aguda grave ou insuficiência renal.[33]

Agentes tópicos devem ser usados apenas por 3 a 5 dias, para evitar a ocorrência de efeito rebote da congestão.

Opções primárias

oximetazolina nasal: crianças de 2-5 anos de idade: (0.025%) 2-3 aplicações/gotas em cada narina duas vezes ao dia quando necessário; crianças >5 anos de idade e adultos:(0.05%) 1-2 aplicações/gotas em cada narina duas vezes ao dia quando necessário

Opções secundárias

pseudoefedrina: adultos: 30-60 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 240 mg/dia

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Considerar – 

corticosteroide intranasal

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Recomendado em pacientes com congestão.

Considerado benéfico e com baixa incidência de efeitos adversos sistêmicos.[1][34][36] [ Cochrane Clinical Answers logo ]

Geralmente, recomenda-se pelo menos 1 mês de terapia; porém, isso dependerá da evolução da doença.

Opções primárias

propionato de fluticasona nasal: (50 microgramas/aplicação) crianças ≥4 anos de idade e adultos: 1-2 aplicações em cada narina uma vez ao dia

ou

mometasona nasal: (50 microgramas/aplicações) crianças de 2 a 11 anos de idade: 1 aplicação em cada narina uma vez ao dia; crianças ≥12 anos de idade: 2 aplicações em cada narina uma vez ao dia; adultos: 2 aplicações em cada narina uma ou duas vezes ao dia

ou

ciclesonida nasal: (50 microgramas/aplicação) crianças ≥6 anos de idade e adultos: 2 aplicações em cada narina uma vez ao dia; (37 microgramas/aplicação) crianças ≥12 anos de idade e adultos: 1 aplicação em cada narina uma vez ao dia

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Considerar – 

soro fisiológico intranasal

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Sprays de soro fisiológico podem ser úteis para tratar a congestão reduzindo a inflamação e afinando o muco, além de terem a vantagem adicional de reduzir o uso de medicamentos.

Irrigações nasais com soro fisiológico podem ser úteis para aliviar os sintomas nasais; porém, devem ser usadas com cuidado, já que os pacientes que não tiverem sido submetidos a cirurgia endoscópica dos seios paranasais podem desenvolver pressão facial ou desconforto quando as irrigações de soro fisiológico ficam retidas nos seios nasais não operados.[38]

Aplicação de uma irrigação de soro fisiológico preparado em casa pode ser útil para os pacientes. University of Michigan Health System: saltwater washes (nasal saline lavage or irrigation) for sinusitis Opens in new window

Opções primárias

solução salina nasal: crianças e adultos: 1-2 aplicações/gotas em cada narina a cada 2-3 horas ou quando necessário

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1ª linha – 

aguardar em vigilância ativa por até 10 dias ou início imediato de antibióticos e terapia de suporte

Algumas diretrizes recomendam aguardar em vigilância ativa por até 10 dias com terapia sintomática antes de instituir antibioticoterapia subsequente, uma vez que a maioria dos casos não graves remite espontaneamente.[1][41] Porém, como a antibioticoterapia imediata pode reduzir a duração dos sintomas, ela poderá ser usada se os benefícios (como erradicação da infecção, melhora dos sintomas, menor duração da doença) superarem os riscos da terapia (por exemplo, efeitos adversos, custo, necessidade de acompanhamento, maior resistência bacteriana).[1][3][42]

Para terapia de suporte, repouso e hidratação adequados e bolsas quentes na face podem ser úteis, bem como o uso de vitamina C e zinco.[4] A seleção da terapia dependerá dos sintomas específicos.

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Considerar – 

antibioticoterapia

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Os antibióticos geralmente não são recomendados imediatamente em pacientes imunocompetentes e que não tenham doença grave (ou seja, ausência de febre, dor de dente ou dor facial leve), já que a maioria dos casos remite espontaneamente.[1][41]

Porém, como a antibioticoterapia imediata pode reduzir a duração dos sintomas, ela poderá ser usada se os benefícios (como erradicação da infecção, melhora dos sintomas, menor duração da doença) superarem os riscos da terapia (por exemplo, efeitos adversos, custo, necessidade de acompanhamento, maior resistência bacteriana).[1][3][42]

A amoxicilina ou amoxicilina/ácido clavulânico é geralmente recomendada como agente de primeira linha para doença não grave em pessoas imunocompetentes por conta da segurança, da eficácia e do baixo custo.[1] Um estudo de coorte pediátrica revelou que não houve diferença nas taxas de falha do tratamento entre o uso de amoxicilina ou amoxicilina/ácido clavulânico para rinossinusite aguda, mas amoxicilina/ácido clavulânico foi associado a um risco maior de sintomas gastrointestinais e candidíase.[49]

A orientação do National Institute for Health and Care Excellence (NICE) do Reino Unido recomenda fenoximetilpenicilina como opção de primeira linha para pacientes que apresentaram sintomas por 10 dias ou mais, mas que não estão muito doentes sistemicamente. Caso os pacientes estejam muito doentes sistemicamente e tenham apresentado sintomas de sinusite por 10 dias ou mais, a recomendação de primeira linha do NICE é amoxicilina/ácido clavulânico.[51]

Para pacientes alérgicos à penicilina, uma alternativa adequada é a terapia com clindamicina associada a uma cefalosporina de terceira geração (por exemplo, cefuroxima, cefpodoxima).[2][52]​ Há risco de sensibilidade cruzada com as cefalosporinas nesses pacientes, embora esse risco seja baixo se a manifestação alérgica for simplesmente uma erupção cutânea sem envolvimento respiratório.[53]

A doxiciclina é uma alternativa adequada nos adultos com alergia a antibióticos betalactâmicos; porém, seu uso não é recomendado nas crianças devido ao risco de descoloração dos dentes e hipoplasia do esmalte dentário.[54]

O National Institute for Health and Care Excellence (NICE) do Reino Unido recomenda claritromicina, eritromicina (em gestantes) ou doxiciclina (em adultos e jovens com 12 anos ou mais) como escolhas de primeira linha para as pessoas com alergia ou intolerância à penicilina.[51]

As fluoroquinolonas não devem ser usadas nas infecções não graves.[57][65]

O ciclo de tratamento recomendado não está claro.[42] Porém, um ciclo de 5 a 7 dias para adultos e de 10 a 14 dias para crianças é considerado adequado.[1][3]​ O NICE recomenda um ciclo de 5 dias para adultos e crianças.[51][Evidência A]

Se não houver melhora nos sintomas depois de 3 a 5 dias de tratamento, deve ser considerado um antibiótico alternativo.[3] Outra consideração deve ser uma consulta com um otorrinolaringologista.

Opções primárias

amoxicilina: crianças: 45-90 mg/kg/dia por via oral administrados em 2 doses fracionadas; adultos: 500-1000 mg por via oral três vezes ao dia, ou 875 mg por via oral duas vezes ao dia

ou

amoxicilina/ácido clavulânico: crianças: 45-90 mg/kg/dia por via oral administrados em 2 doses fracionadas; adultos: 500-875 mg por via oral duas vezes ao dia, ou 2000 mg por via oral (liberação prolongada) duas vezes ao dia

Mais

ou

fenoximetilpenicilina: crianças de 1-11 meses de idade: 62.5 mg por via oral quatro vezes ao dia; crianças de 1-5 anos de idade: 125 mg por via oral quatro vezes ao dia; crianças de 6-11 anos de idade: 250 mg por via oral quatro vezes ao dia; crianças de 12-17 anos de idade e adultos: 500 mg por via oral quatro vezes ao dia

Opções secundárias

clindamicina: crianças: 30-40 mg/kg/dia por via oral administrados em 3 doses fracionadas; adultos: 150-450 mg por via oral três vezes ao dia

--E--

cefuroxima: crianças: 30 mg/kg/dia por via oral administrados em 2 doses fracionadas; adultos: 250-500 mg por via oral duas vezes ao dia

ou

cefpodoxima: crianças: 10 mg/kg/dia por via oral administrados em 2 doses fracionadas; adultos: 200 mg por via oral duas vezes ao dia

ou

doxiciclina: adultos: 100 mg por via oral duas vezes ao dia, ou 200 mg por via oral uma vez ao dia

ou

claritromicina: crianças: 7.5 mg/kg por via oral duas vezes ao dia, máximo de 500 mg/dose; adultos: 500 mg por via oral duas vezes ao dia

ou

eritromicina: adultos: 250-500 mg por via oral quatro vezes ao dia, ou 500-1000 mg duas vezes ao dia

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Considerar – 

analgésicos/antipiréticos

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Recomendados para dor e/ou febre. A seleção do agente depende do nível subjetivo de dor que o paciente está apresentando.

A codeína é contraindicada em crianças com menos de 12 anos de idade e não é recomendada em adolescentes entre 12 e 18 anos de idade que são obesos ou apresentam afecções como apneia obstrutiva do sono ou doença pulmonar grave, pois ela pode aumentar o risco de problemas respiratórios.[29] Ela geralmente é recomendada somente para o tratamento de dor aguda moderada que não obtém resposta com outros analgésicos, em crianças com 12 anos de idade ou mais. Deve ser usada na mínima dose eficaz no menor período de tempo e o tratamento deve ser limitado a 3 dias.[30][31]

Opções primárias

paracetamol: crianças: 10-15 mg/kg oralmente a cada 4-6 horas quando necessário, máximo 75 mg/kg/dia; adultos: 500-1000 mg oralmente a cada 4-6 horas quando necessário, máximo 4000 mg/dia

ou

ibuprofeno: crianças: 5-10 mg/kg por via oral a cada 6-8 horas quando necessário, máximo de 40 mg/kg/dia; adultos: 300-400 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia

Opções secundárias

paracetamol/codeína: crianças com ≥12 anos de idade: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; adultos: 30-60 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário

Mais
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Considerar – 

descongestionante

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Pode proporcionar alívio sintomático da congestão nasal.[1][15]

Agentes tópicos (por exemplo, oximetazolina) são frequentemente preferidos em relação a agentes sistêmicos (por exemplo, pseudoefedrina), pois exibem maior potência e menor risco de efeitos adversos.

Os medicamentos que contêm pseudoefedrina estão associados a riscos de síndrome de encefalopatia posterior reversível e síndrome de vasoconstrição cerebral reversível. Elas são doenças raras, com complicações potencialmente graves e de risco de vida. Os medicamentos que contêm pseudoefedrina não devem ser usados em pacientes com hipertensão grave ou não controlada, ou naqueles com doença renal crônica ou aguda grave ou insuficiência renal.[33]

Agentes tópicos devem ser usados apenas por 3 a 5 dias, para evitar a ocorrência de efeito rebote da congestão.

Opções primárias

oximetazolina nasal: crianças de 2-5 anos de idade: (0.025%) 2-3 aplicações/gotas em cada narina duas vezes ao dia quando necessário; crianças >5 anos de idade e adultos:(0.05%) 1-2 aplicações/gotas em cada narina duas vezes ao dia quando necessário

Opções secundárias

pseudoefedrina: adultos: 30-60 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 240 mg/dia

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Considerar – 

corticosteroide intranasal

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Recomendado em pacientes com congestão.

Considerado benéfico e com baixa incidência de efeitos adversos sistêmicos.[1][34][36] [ Cochrane Clinical Answers logo ]

Geralmente, recomenda-se pelo menos 1 mês de terapia; porém, isso dependerá da evolução da doença.

Opções primárias

propionato de fluticasona nasal: (50 microgramas/aplicação) crianças ≥4 anos de idade e adultos: 1-2 aplicações em cada narina uma vez ao dia

ou

mometasona nasal: (50 microgramas/aplicações) crianças de 2 a 11 anos de idade: 1 aplicação em cada narina uma vez ao dia; crianças ≥12 anos de idade: 2 aplicações em cada narina uma vez ao dia; adultos: 2 aplicações em cada narina uma ou duas vezes ao dia

ou

ciclesonida nasal: (50 microgramas/aplicação) crianças ≥6 anos de idade e adultos: 2 aplicações em cada narina uma vez ao dia; (37 microgramas/aplicação) crianças ≥12 anos de idade e adultos: 1 aplicação em cada narina uma vez ao dia

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Considerar – 

soro fisiológico intranasal

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Sprays de soro fisiológico podem ser úteis para tratar a congestão reduzindo a inflamação e afinando o muco, além de terem a vantagem adicional de reduzir o uso de medicamentos.

Irrigações nasais com soro fisiológico podem ser úteis para aliviar os sintomas nasais; porém, devem ser usadas com cuidado, já que os pacientes que não tiverem sido submetidos a cirurgia endoscópica dos seios paranasais podem desenvolver pressão facial ou desconforto quando as irrigações de soro fisiológico ficam retidas nos seios nasais não operados.[38]

Aplicação de uma irrigação de soro fisiológico preparado em casa pode ser útil para os pacientes. University of Michigan Health System: saltwater washes (nasal saline lavage or irrigation) for sinusitis Opens in new window

Opções primárias

solução salina nasal: crianças e adultos: 1-2 aplicações/gotas em cada narina a cada 2-3 horas ou quando necessário

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Considerar – 

encaminhamento para otorrinolaringologista

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Os pacientes devem ser encaminhados a um otorrinolaringologista quando a condição for refratária ao tratamento normal com antibióticos.[1][3]

O especialista pode ajustar a antibioticoterapia de forma a abranger micro-organismos causadores menos comuns (por exemplo, adicionar metronidazol ou clindamicina para abranger anaeróbios), reavaliar o paciente para descartar condições subjacentes ou anormalidades anatômicas ou considerar cirurgia.[3]

suspeita de rinossinusite fúngica invasiva aguda

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1ª linha – 

encaminhamento imediato para otorrinolaringologista

A rinossinusite fúngica invasiva aguda é uma infecção rara, de rápida progressão e risco de vida, com alta taxa de mortalidade, exigindo encaminhamento imediato para emergência e consulta com otorrinolaringologista. O tratamento consiste em desbridamento cirúrgico, terapia antifúngica sistêmica e correção dos fatores predisponentes.[3][64]

CONTÍNUA

episódios recorrentes

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1ª linha – 

encaminhamento para otorrinolaringologista

Os pacientes devem ser encaminhados a um otorrinolaringologista quando a condição for recorrente (ou seja, 4 ou mais episódios por ano) ou afetar significativamente a qualidade de vida.[1][3]

O especialista pode ajustar a antibioticoterapia de forma a abranger micro-organismos causadores menos comuns (por exemplo, adicionar metronidazol ou clindamicina para abranger anaeróbios), reavaliar o paciente para descartar condições subjacentes ou anormalidades anatômicas ou considerar cirurgia.[3]

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