Investigações

Primeiras investigações a serem solicitadas

Hemograma completo

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Deve ser solicitado inicialmente em todos os pacientes sintomáticos em regiões com poucos recursos e muitos recursos.

A leucopenia e a trombocitopenia geralmente ocorrem logo no segundo dia de febre.[1] A leucopenia (com neutropenia) persiste por todo o período febril.

Na dengue clássica, a trombocitopenia geralmente é leve, embora ela também possa ser grave.[1]

O hematócrito também pode aumentar aproximadamente 10% em pacientes com dengue, devido à desidratação.[1]

Uma diminuição rápida na contagem plaquetária e um hematócrito elevado é um sinal de alerta que indica que um paciente com infecção de dengue está prestes a entrar na fase crítica da infecção.[2][16]

Trombocitopenia grave de rápido desenvolvimento, diminuição na contagem de leucócitos e neutrófilos total, alteração na razão neutrófilo/linfócito, e hematócrito elevado (isto é, 20% de aumento desde a linha basal é uma evidência objetiva de extravasamento plasmático) apontam um diagnóstico de dengue hemorrágica (DH)/síndrome do choque da dengue (SCD).[1][2]

Resultado

leucopenia, trombocitopenia; hematócrito elevado

testes da função hepática

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Deve ser solicitado inicialmente em todos os pacientes sintomáticos em regiões com poucos recursos e muitos recursos.

Geralmente são elevadas, sobretudo a alanina aminotransferase e a aspartato aminotransferase.[1]

Uma razão de aspartato aminotransferase (AST):alanina aminotransferase (ALT) >2 corrobora um diagnóstico de dengue hemorrágica/SCD.[1][2]

Resultado

elevado

nível de albumina sérica

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Deve ser solicitado inicialmente em todos os pacientes sintomáticos em regiões com poucos recursos e muitos recursos.

Hipoalbuminemia sugere extravasamento plasmático e aponta um diagnóstico de DH/SCD.[1][2]

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<35 g/L (3.5 g/dL)

sorologia

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Geralmente mais prontamente disponíveis em regiões endêmicas da dengue e são os testes de escolha nessas áreas, sobretudo quando não há outros testes disponíveis. Pode-se usar amostra de sangue total, soro ou plasma.

A sorologia pode ser negativa nos primeiros 5 dias da doença; no entanto, o ensaio de imunoadsorção enzimática (ELISA)-IgM e o ELISA-IgG são os testes sorológicos de escolha após os primeiros 5 dias da doença (a reação em cadeia da polimerase [RCP] é mais sensível nos primeiros 5 dias). A presença da IgG nos primeiros dias da infecção sugere fortemente uma infecção secundária.

Os testes rápidos de IgM são comercialmente disponíveis e fáceis de se usar; no entanto, sua precisão é insuficiente, pois pode ocorrer reatividade cruzada com outros agentes infecciosos e em distúrbios autoimunes.

O teste de inibição da hemaglutinação (IH) é útil para diagnosticar uma infecção de dengue secundária (isto é, título ≥1:1280).

Vantagens: não dispendioso, de fácil realização, disponível mais prontamente em áreas endêmicas de dengue, podem distinguir entre infecção primária e secundária.[2]

Desvantagens: menor especificidade em comparação aos outros testes, requer 2 amostras de soro, retarda a confirmação do diagnóstico.[2]

As recomendações para testes confirmatórios variam de acordo com o país. Essas recomendações se baseiam nas orientações da Organização Mundial da Saúde. As recomendações dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) diferem.[82] Consulte suas orientações locais para obter mais informações.

Resultado

imunoglobulina M (IgM) e imunoglobulina G (IgG) positivas em uma única amostra de soro (altamente sugestivo de infecção); soroconversão da IgM ou IgG em soros pareados ou um aumento de quatro vezes no título da IgG nos soros pareados (confirma a infecção); razão IgM:IgG <1.2 (sugere infecção secundária); o resultado negativo não descarta infecção, a menos que soros pareados sejam testados

reação em cadeia da polimerase via transcriptase reversa (RT-PCR)

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Teste de escolha para a detecção de ácido nucleico viral e pode ser solicitado nos primeiros 5 a 7 dias da doença. Podem ser utilizadas amostras de tecidos, sangue total, soro, plasma ou líquido cefalorraquidiano.[81]

A reação em cadeia da polimerase convencional demora cerca de 5 a 8 horas; métodos mais rápidos desenvolvidos recentemente podem proporcionar o resultado em 2 ou 3 horas.

Pode não estar disponível em regiões endêmicas de dengue.

Vantagens: o teste mais sensível e específico disponível, especialmente no início da infecção; o diagnóstico precoce é possível, o que podem impactar o manejo; pode identificar o sorotipo.[2]

Desvantagens: caro; requer instalações e competências laboratoriais; não permite diferenciar entre infecções primárias e secundárias; tem potencial para resultados falso-positivos devido a contaminação.[2]

As recomendações para testes confirmatórios variam de acordo com o país. Essas recomendações se baseiam nas orientações da Organização Mundial da Saúde. As recomendações dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) diferem.[82] Consulte suas orientações locais para obter mais informações.

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positiva

detecção de proteína não estrutural 1 (NS1)

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A detecção da proteína não estrutural 1 (NS1) usando o ensaio de imunoadsorção enzimática (ELISA) ou kits rápidos é útil nos diagnósticos precoces e pode ser solicitada entre os dias 1 e 9 após o início da doença.[80] Uma amostra de soro deve ser usada.

Pode não estar disponível em regiões endêmicas de dengue.

Vantagens: de fácil realização; testes rápidos podem ser usados no campo e fornecer resultados em poucas horas; o diagnóstico precoce é possível, o que pode impactar o manejo.[2]

Desvantagens: pode ser tão sensível quanto a detecção do ácido nucleico viral; no entanto, não identifica o sorotipo.[2]

As recomendações para testes confirmatórios variam de acordo com o país. Essas recomendações se baseiam nas orientações da Organização Mundial da Saúde. As recomendações dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) diferem.[82] Consulte suas orientações locais para obter mais informações.

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positiva

Investigações a serem consideradas

exames de coagulação

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Não são necessários estudos de coagulação para o diagnóstico, mas eles podem ser úteis no manejo da infecção em pacientes com sinais de hemorragia.

O tempo de protrombina e o tempo de tromboplastina parcial ativada aumentaram em 16.5% e 42.9% dos pacientes com dengue, respectivamente.[89]

Resultado

variável

radiografia torácica

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Só é solicitada se houver suspeita de DH/SCD.

Pode-se solicitar uma radiografia torácica em decúbito lateral do lado direito do tórax para detectar derrame pleural clinicamente indetectável na primeira fase do extravasamento plasmático.

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redução dos ângulos costofrênicos na posição ortostática (doença grave)

ultrassonografia abdominal

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Só é solicitada se houver suspeita de DH/SCD.

Pode ser solicitada para detectar a presença de ascite ou outras alterações patológicas nos órgãos abdominais, incluindo o fígado, a vesícula biliar (isto é, edema pode preceder extravasamento plasmático) e os rins.[1][2]

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pode mostrar ascite, anormalidades no fígado/vesícula biliar (doença grave)

Novos exames

reação em cadeia da polimerase isotérmica isolada de transcrição reversa (RT-iiPCR)

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Um RT-iiPCR desenvolvido recentemente em combinação com um analisador de ácido nucleico pode fornecer um ensaio de diagnóstico à beira do leito altamente confiável e sensível no futuro.[84]

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positiva

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