Complicações

Complicação
Período de ocorrência
Probabilidade
curto prazo
baixa

Laserterapia: as complicações incluem perfuração (das vias aéreas, do esôfago ou da artéria pulmonar), arritmias cardíacas, pneumotórax (de tensão ou não), hemorragia, hipoxemia, infarto do miocárdio, AVC, embolia gasosa (subsequente ao gás que sai da ponta da sonda sob pressão e atravessa as membranas mucosas para o interior dos vasos sanguíneos através de fístulas broncovasculares formadas pela coagulação do tecido) e queimadura endobrônquica (portanto, não é recomendável que a FiO2 ultrapasse 40% durante o procedimento).[63]

Eletrocauterização: o risco de hemorragia é de 2% a 5%. Outras complicações incluem queimadura endobrônquica, choque elétrico no operador se não houver aterramento adequado e perfuração das vias aéreas. Pode ocorrer perda de efetividade com sangramento decorrente de difusão da corrente através de uma área de superfície maior.

Coagulação com plasma de argônio: taxa geral de complicações <1%. As complicações incluem hemorragia, perfuração e estenose das vias aéreas, queimadura endobrônquica e embolia gasosa com gás argônio.

Terapia fotodinâmica (TFD): a complicação mais comum é a fotossensibilidade da pele, que dura de 4 a 6 semanas; os pacientes devem ser aconselhados a evitar a exposição ao sol durante esse período. Outras complicações incluem edema local das vias aéreas, estenoses, hemorragia e formação de fístulas, embora a TFD apresente um risco mais baixo de perfuração das vias aéreas.

Broncoplastia com balão: as complicações incluem a recorrência de estenose, dor, mediastinite e sangramento, além de laceração ou ruptura das vias aéreas com pneumotórax ou pneumomediastino subsequente.

Colocação de endoprótese nas vias aéreas: associada a uma alta taxa de complicações, particularmente com o uso em longo prazo.[19] Endopróteses de silicone (por exemplo, endoprótese de Dumon, tubo em T de Montgomery, endoprótese de Hood, endoprótese de Reynders-Noppen Tygon) apresentam complicações em virtude de uma alta taxa de migração e obstrução pela formação de tecido de granulação em suas extremidades ou por secreções de muco decorrentes do comprometimento do clearance mucociliar.[2][69][74][114]As endopróteses também podem estar associadas a halitose, fratura da endoprótese, fadiga metálica, perfurações vasculares e das vias aéreas, lacerações da mucosa e obstrução de orifícios lobares.[18][69][74][122]

O estudo de registro multicêntrico do American College of Chest Physicians relatou um índice de complicação geral de 3.9% (variação entre 0.9% e 11.7%) após procedimentos broncoscópicos terapêuticos para OCVA provocada por patologia maligna. Os fatores de risco identificados para complicações incluíram procedimentos novos/urgentes, escore da American Society of Anesthesiologists (ASA) >3, realização de broncoscopia terapêutica e sedação moderada. Eles também relataram mortalidade de 14.8% aos 30 dias.[139][Figure caption and citation for the preceding image starts]: Radiografia torácica mostrando oclusão de endoprótese endobrônquica nos brônquios principais direitos com mucoDos acervos de Jose Fernando Santacruz MD, FCCP, DAABIP e Erik Folch MD, MSc; usado com permissão [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@6c45ba32

longo prazo
alta

O principal fator limitante da radiação por feixe externo (RFE) é a exposição indesejada à radiação do tecido normal, incluindo o parênquima pulmonar, o coração, a coluna vertebral e o esôfago. Aproximadamente 50% dos pacientes tratados com RFE para controle local apresentam evolução de doença no campo irradiado.

variável
Médias

Aproximadamente 20% a 30% de pacientes com câncer de pulmão desenvolverão aspectos clínicos e complicações associadas à obstrução das vias aéreas, incluindo pneumonia pós-obstrutiva.[2]

Apresenta-se com dispneia, tosse, expectoração purulenta, febre e calafrios.[66] Pneumonias recorrentes também são frequentes.

A pneumonia pós-obstrutiva pode ser evidente na radiografia torácica ou na tomografia computadorizada.

A pneumonia sem resolução ou a pneumonia pós-obstrutiva relacionada à obstrução das vias aéreas centrais (OCVA) não responderá adequadamente em termos clínicos e radiográficos à antibioticoterapia, e os pacientes podem apresentar sintomas persistentes, e a radiografia torácica pode mostrar sinais de infiltrados por >4 a 6 semanas.

Em pacientes com infecções pós-obstrutivas, deve ser dado um ciclo de antibióticos depois do restabelecimento das vias aéreas. Entretanto, a utilidade da cobertura antibiótica empírica subsequente à OCVA permanece sem comprovação.

variável
Médias

As complicações dessa técnica incluem hemorragia (em particular nos lobos superiores direito e esquerdo e, muitas vezes, apresentando hemoptise maciça), formação de fístulas no mediastino, arritmias, hipotensão, broncoespasmo, estenose ou necrose brônquica e bronquite por radiação. Tem sido descrita hemorragia fatal em até 32% dos casos; entretanto, é difícil diferenciar sangramento causado por radiação daquele causado pelo próprio tumor.

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