Algoritmo de tratamento

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

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observação e cuidado sintomático

A base do tratamento para a maioria das intoxicações por plantas é o cuidado sintomático e de suporte. Pouquíssimas exposições a plantas exigem algum tratamento específico ou antídoto.[40]

Pacientes assintomáticos que se apresentam para avaliação após o consumo de uma planta potencialmente venenosa devem ficar em observação por várias horas após a ingestão, e deve haver esforços a fim de identificar corretamente a planta.

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antieméticos ± fluidoterapia intravenosa

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

O controle de náuseas, vômitos, cólicas abdominais e diarreia causados por toxinas de plantas pode ser difícil. Modalidades de tratamento incluindo fluidoterapia intravenosa, antieméticos e agentes que diminuem a secreção ácido-gástrica podem ser empregadas, mas são frequentemente inadequadas para o controle dos sintomas da gastroenterite induzida por plantas.

As náuseas podem ser tratadas com antieméticos, como fenotiazinas, benzodiazepínicos, metoclopramida ou antagonistas do 5-HT3. Deve-se evitar o uso de fenotiazinas para náuseas e vômitos causados por plantas que induzem a convulsões ou retardos na condução cardíaca (por exemplo, acônito, teixo, poejo).

Os pacientes costumam melhorar em até 24 horas e não exigem tratamento além disso; porém, vale notar que a metoclopramida deve ser usada, para todas as indicações, por no máximo 5 dias, a fim de minimizar o risco de efeitos neurológicos e outros efeitos adversos. Não é recomendada em crianças para esta indicação.[51]

Opções primárias

proclorperazina: crianças >2 anos de idade: 0.4 mg/kg/dia por via oral administrados em doses fracionadas a cada 6-8 horas ou 0.1 a 0.15 mg/kg por via intramuscular a cada 6-8 horas quando necessário; adultos: 10 mg por via oral a cada 6 horas quando necessário ou 5-10 mg por via intravenosa/intramuscular a cada 4 horas quando necessário, máximo 40 mg/dia

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ou

diazepam: crianças: 0.12 a 0.8 mg/kg/dia por via oral administrados em doses fracionadas a cada 6-8 horas quando necessário; adultos: 5-10 mg por via oral/intravenosa a cada 4-6 horas quando necessário

ou

droperidol: crianças: 5 mg/m2 por via intravenosa a cada 2-4 horas quando necessário, máximo 6 doses em 24 horas; adultos: 1.25 a 2.5 mg por via intravenosa a cada 4 horas quando necessário

Mais

ou

ondansetrona: crianças 8-14 kg de peso: 2 mg por via oral; crianças 15-30 kg de peso: 4 mg por via oral; crianças >30 kg de peso: 8 mg por via oral; adultos: 0.15 mg/kg por via intravenosa/intramuscular a cada 8 horas

ou

granisetrona: crianças: 10-20 microgramas/kg por via oral; adultos: 2-4 mg por via oral uma ou duas vezes ao dia

ou

prometazina: crianças >2 anos de idade: 0.25 a 1 mg/kg por via intramuscular/oral a cada 4-6 horas quando necessário; adultos: 12.5 a 25 mg por via intramuscular/oral a cada 4-6 horas quando necessário

Mais

Opções secundárias

metoclopramida: crianças ≥12 anos de idade: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

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agentes que diminuem a secreção ácido-gástrica

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Antiácidos, antagonistas H2 ou inibidores da bomba de prótons podem ser utilizados.

Observe que a cimetidina é metabolizada através do citocromo (CYP) 450 3A4 e tem múltiplas interações farmacodinâmicas com medicamentos.

Opções primárias

subsalicilato de bismuto: crianças 3-6 anos de idade: 5 mL por via oral a cada 2-4 horas quando necessário, máximo 8 doses/dia; crianças 7-9 anos de idade: 10 mL por via oral a cada 2-4 horas quando necessário, máximo 8 doses/dia; crianças 10-12 anos de idade: 15 mL por via oral a cada 2-4 horas quando necessário, máximo 8 doses/dia; crianças >12 anos de idade e adultos: 30 mL por via oral a cada 2-4 horas quando necessário

ou

hidróxido de alumínio/hidróxido de magnésio: 5-10 mL por via oral a cada 4 horas quando necessário

Opções secundárias

famotidina: neonatos e lactentes <3 meses: 0.5 a 1 mg/kg por via oral uma vez ao dia; crianças de ≥3 meses: 0.5 a 1 mg/kg por via oral duas vezes ao dia, máximo de 80 mg/dia; adultos: 20-40 mg por via oral uma ou duas vezes ao dia

ou

cimetidina: neonato: 5-20 mg/kg por via intravenosa/intramuscular/oral a cada 6-12 horas; lactentes: 10-20 mg/kg por via intravenosa/intramuscular/oral a cada 6-12 horas; crianças: 20-40 mg/kg por via intravenosa/intramuscular/oral a cada 6 horas; adultos: 300 mg por via intravenosa/intramuscular/oral a cada 6 horas, máximo 2400 mg/dia

Opções terciárias

omeprazol: crianças: 0.6 a 0.7 mg/kg por via oral uma vez ao dia; adultos: 20 mg por via oral uma vez ao dia

ou

esomeprazol: adultos: 20-40 mg por via intravenosa uma vez ao dia

ou

pantoprazol: adultos: 40 mg por via intravenosa uma vez ao dia

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N-acetilcisteína

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Pacientes que desenvolvem toxicidade e lesão hepáticas causadas por plantas hepatotóxicas ou que têm risco de hepatotoxicidade podem se beneficiar da N-acetilcisteína intravenosa ou oral.[41]

Opções primárias

acetilcisteína: adultos: 150 mg/kg por via intravenosa ao longo de 1 hora, seguidos por 50 mg/kg ao longo de 4 horas, seguidos por 100 mg/kg ao longo de 16 horas; OU 140 mg/kg por via oral, seguidos por 70 mg/kg por via oral/intravenosa a cada 4 horas

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encaminhamento a um centro de transplante hepático

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Pacientes que demonstram acidose contínua (pH <7.3), apesar de medidas máximas de ressuscitação, ou que demonstram deterioração contínua da função sintética hepática (coagulopatia) devem ser encaminhados a um centro de transplante de fígado para o manejo ideal da hepatotoxicidade. Evidências de lesão hepática e elevação de bilirrubina ou aminotransferases séricas não são, por si só, razões para o transplante de fígado.

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benzodiazepínico

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Tratamentos padrão de taquicardia, incluindo benzodiazepínicos intravenosos para sedar pacientes e reduzir fluxos de saída de catecolamina, são indicados em intoxicações que causam efeitos cardíacos simpatomiméticos ou antimuscarínicos.

Opções primárias

lorazepam: crianças: 0.05 mg/kg por via intravenosa a cada 4-8 horas quando necessário; máximo 2 mg/dose; adultos: 2 mg por via intravenosa a cada 1-2 horas quando necessário

ou

diazepam: crianças: 0.04 a 0.2 mg/kg a cada 2-4 horas quando necessário; máximo de 0.6 mg/kg a cada 8 horas; adultos: 5-10 mg por via intravenosa a cada 1-2 horas quando necessário

ou

midazolam: crianças 6 meses a 5 anos de idade: 0.05 a 0.1 mg/kg por via intravenosa a cada 2-3 minutos, máximo 6 mg; crianças 6-12 anos de idade: 0.025 a 0.05 mg/kg por via intravenosa a cada 2-3 minutos, máximo 10 mg; adultos: 2-4 mg por via intravenosa a cada 1-2 horas quando necessário, máximo 10 mg

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atropina

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

As bradicardias devem ser tratadas de acordo com a gravidade das alterações hemodinâmicas e a presença de retardos na condução intraventricular utilizando-se atropina e vasopressores/inotrópicos ou marca-passo, conforme a indicação.

Opções primárias

atropina: crianças: 0.02 mg/kg por via intravenosa a cada 5 minutos, máximo de 1 mg; adultos: 0.5 mg por via intravenosa a cada 3-5 minutos, máximo 3 mg

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vasopressores/inotrópicos ou marca-passo

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

As bradicardias devem ser tratadas de acordo com a gravidade das alterações hemodinâmicas e a presença de retardos na condução intraventricular utilizando-se atropina e vasopressores/inotrópicos ou marca-passo, conforme a indicação.

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digoxina imune Fab

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Vários relatos de caso descrevem o uso de digoxina imune Fab (fragmentos de anticorpo específicos da digoxina) para o tratamento de bradicardia e hipotensão em pacientes intoxicados após a ingestão de concentrados de plantas com glicosídeos cardíacos. Ela é mais bem documentada para ingestões de oleandro.

As recomendações de dosagem são empíricas e baseiam-se em achados clínicos. Isso inclui 30 frascos em pacientes em estado crítico ou instável, com dosagens mais seletivas (dose inicial de 5 frascos, ajustar em incrementos de 5 frascos dependendo da gravidade) em pacientes sintomáticos e estáveis.[9][52]

A dosagem é administrada por via intravenosa ao longo de 15 a 30 minutos, com efeito máximo observado dentro de 1 a 3 horas. A meta é determinada pela resolução da disritmia, hipotensão e normocalemia.

Uma vez que o nível de digoxina sérica não é 100% de reação cruzada em intoxicações por plantas, o nível não deve ser utilizado para dosar a digoxina imune Fab. A dosagem é similar em crianças e adultos; porém, a sobrecarga hídrica deve ser considerada quando doses maiores são exigidas.[52]

Opções primárias

digoxina imune Fab: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

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bicarbonato de sódio ± reposição de potássio em caso de hipocalemia

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Pacientes que ingeriram plantas cardiotóxicas que causam prolongamentos do complexo QRS para >100 milissegundos devem receber alcalinização sérica com bicarbonato de sódio intravenoso.

O bicarbonato de sódio deve ser administrado por injeção intravenosa direta de 1-2 mEq/kg, seguidos por infusão contínua de 150 mEq/L de bicarbonato de sódio em injeção de dextrose a 5% de 200-250 mL/minuto (1/5-2X fluidos de manutenção). Ajustar até um pH sérico de 7.45-7.55. Hipocalemia (potássio <3.8 mEq/L) pode ser induzida pelo deslocamento de potássio para o interior das células induzido pelo bicarbonato de sódio; portanto, é necessária a reposição de potássio.

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benzodiazepínico

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

A toxicidade neurológica causada por intoxicação por plantas deve ser tratada com benzodiazepínicos para reduzir as catecolaminas e elevar o limiar convulsivo.

Opções primárias

lorazepam: crianças: 0.05 mg/kg por via intravenosa a cada 4-8 horas quando necessário; máximo 2 mg/dose; adultos: 2 mg por via intravenosa a cada 1-2 horas quando necessário

ou

diazepam: crianças: 0.04 a 0.2 mg/kg a cada 2-4 horas quando necessário; máximo de 0.6 mg/kg a cada 8 horas; adultos: 5-10 mg por via intravenosa a cada 1-2 horas quando necessário

ou

midazolam: crianças 6 meses a 5 anos de idade: 0.05 a 0.1 mg/kg por via intravenosa a cada 2-3 minutos, máximo 6 mg; crianças 6-12 anos de idade: 0.025 a 0.05 mg/kg por via intravenosa a cada 2-3 minutos, máximo 10 mg; adultos: 2-4 mg por via intravenosa a cada 1-2 horas quando necessário, máximo 10 mg

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fenobarbital ou propofol

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Uma vez que a maior parte da atividade convulsiva induzida por plantas está relacionada à inibição do ácido gama-aminobutírico (GABA), outros agentes GABAérgicos, além dos benzodiazepínicos, podem ser úteis. Isso inclui os barbitúricos, como o fenobarbital. O fenobarbital é um anticonvulsivante que pode ser útil por ter longa duração de ação e que pode controlar convulsões múltiplas e repetidas causadas por plantas. Ele também age em sinergia com os benzodiazepínicos. A depressão respiratória é possível com doses altas.

O propofol pode ser um agente alternativo por seu agonismo GABA e antagonismo com o receptor N-metil-D-aspartato (NMDA). Porém, o efeito anticonvulsivante do propofol cessará quando o medicamento for descontinuado.

Opções primárias

fenobarbital: 5 mg/kg por via intravenosa a cada 15-30 minutos até uma dose total de 15-20 mg/kg

ou

propofol: 5 microgramas/kg/min por via intravenosa por 10-15 minutos, depois aumentar em incrementos de 5-10 microgramas/kg/min a cada 10-15 minutos quando necessário para atingir um estado de anestesia geral e surto-supressão no eletroencefalograma (EEG)

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antídotos do cianeto

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Embora isto não esteja descrito na literatura, pacientes sintomáticos intoxicados com glicosídeos cianogênicos (por exemplo, por mandioca ou plantas prunus) devem ser tratados com um antídoto do cianeto.

As recomendações de dosagem devem seguir as de uso rotineiro dos antídotos do cianeto.

O Nithiodote® contém nitrito de sódio e tiossulfato de sódio. O CyanoKit® contém hidroxocobalamina. O nitrito de sódio pode causar hipotensão. A hidroxocobalamina pode causar coloração avermelhada da pele e afetar testes laboratoriais colorimétricos (creatinina, TFHs). As marcas desses kits são marcas dos EUA, e podem diferir em outros países; consulte o formulário ou protocolo de medicamentos local.

Se não houver antídotos para cianeto disponíveis, medidas de suporte adequadas (inclusive oxigenação e intubação) muitas vezes são associadas a bons desfechos.

Opções primárias

nitrito de sódio: consulte o protocolo clínico local para obter mais informações sobre dosagens

e

tiossulfato de sódio: consulte o protocolo clínico local para obter mais informações sobre dosagens

ou

hidroxocobalamina: consulte o protocolo clínico local para obter mais informações sobre dosagens

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transfusões conforme necessário + monitoramento para infecção

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Se o paciente exibir anemia, pode ser necessária a transfusão de sangue.

Se o paciente exibir trombocitopenia, pode ser necessária a transfusão de plaquetas.

A pancitopenia e uma diminuição geral de todas as linhagens celulares do sangue, incluindo leucócitos (neutropenia), resultarão em imunocomprometimento, exigindo extrema vigilância para monitorar infecções. O uso de eritropoetina ou de um fator estimulador de granulócitos pode ser um adjuvante útil.

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fitomenadiona (vitamina K1) conforme necessário

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Se o sangramento é causado pela ingestão de compostos de cumarina derivados de plantas, a fitomenadiona (vitamina K) pode exercer um papel na reversão da coagulopatia. Recomendações sobre o tratamento de pacientes em terapia com antagonista da vitamina K com razão normalizada internacional (INR) elevada podem ser alteradas para serem aplicadas a indivíduos que desenvolveram coagulopatia como resultado da ingestão de derivados de cumarina derivada de plantas, de acordo com protocolos de especialistas locais.[47]

Opções primárias

fitomenadiona (vitamina K1): consulte o protocolo clínico local para obter mais informações sobre dosagens

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corticosteroide e emoliente tópicos

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Após a descontaminação com água e sabão, muitas manifestações dermatológicas da toxicidade da planta podem ser tratadas com emolientes e corticosteroides tópicos.

Opções primárias

hidrocortisona tópica: (1% a 2.5%) aplicar na(s) área(s) afetada(s) três a quatro vezes ao dia quando necessário

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monitoramento cardiopulmonar + ressuscitação fluídica

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Os cuidados de suporte são fundamentais, com cuidadoso monitoramento cardíaco e pulmonar e suplementação e reposição de fluido intravenoso para corrigir a acidemia.

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monitoramento cardiopulmonar, monitoramento da temperatura, ressuscitação fluídica ± fisostigmina ou rivastigmina

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

A toxicidade antimuscarínica é tratada primariamente com cuidados de suporte, monitoramento cardiopulmonar e de temperatura e hidratação por fluidoterapia intravenosa.[50]

A fisostigmina pode ser indicada para pacientes com síndrome tóxica antimuscarínica confirmada e toxicidade central grave com estado mental alterado, principalmente delirium, que necessita de restrição química e/ou física. O uso de fisostigmina para toxicidade antimuscarínica está aumentando, e há evidências crescentes de que ela seja segura e tenha efeitos colaterais colinérgicos mínimos.[48][49]​ A fisostigmina não está disponível comercialmente nos EUA, mas pode estar disponível através de um serviço de importação temporária através da Food and Drug Administration.[38][39]​ A fisostigmina também pode não estar disponível em outros países; consulte o formulário de medicamentos local.

Um ECG é recomendado antes de se a usar fisostigmina, pois ela pode causar arritmias. Ela não é recomendada em pacientes com intoxicação suspeitada ou conhecida por antidepressivos tricíclicos. Ela pode causar náuseas, vômitos, diarreia e convulsões que podem ser tratadas com atropina. É recomendável consultar um centro toxicológico antes de se usar a fisostigmina, e ela deve ser administrada em um ambiente monitorado.

Se a fisostigmina não estiver disponível, alguns especialistas recomendam o uso da rivastigmina; no entanto, este é um uso off-label.[50]

Opções primárias

fisostigmina: consulte o protocolo clínico local para obter mais informações sobre dosagens

Opções secundárias

rivastigmina: consulte o protocolo clínico local para obter mais informações sobre dosagens

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monitoramento cardiopulmonar, monitoramento da temperatura + ressuscitação fluídica

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Intoxicações colinomiméticas são tratadas primariamente com cuidados de suporte, monitoramento cardiopulmonar e de temperatura e hidratação por fluidoterapia intravenosa.

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atropina ou ipratrópio

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

A atropina é usada para tratar broncorreia, broncoespasmo, bradicardia e edema pulmonar; é administrada junto com oxigênio suplementar, assistência respiratória adjuvante, intubação endotraqueal e ventilação mecânica, se necessário.

Ipratrópio pode ser útil no alívio do broncoespasmo.

Opções primárias

atropina: crianças: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; adultos: 2 mg por via intravenosa inicialmente, seguidos por doses dobradas (por exemplo, 4 mg, 8 mg, 16 mg, etc.) a cada 5 minutos até que as secreções estejam controladas

ou

ipratrópio por via inalatória: (20-40 microgramas) 1-2 puffs a cada 6-8 horas: ou 250-500 microgramas nebulizados a cada 6-8 horas

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cardioversão química ou assistência circulatória externa (assistência da bomba de balão intra-aórtico ou oxigenação por membrana extracorpórea ou dispositivo de assistência ventricular esquerda ou derivação cardiopulmonar)

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Sulfato de magnésio, flecainida e amiodarona são as terapias de primeira escolha para disritmias ventriculares relacionadas à aconitina, que costumam ser refratárias à cardioversão. Se ocorrer disritmia ventricular com QTc prolongado, o uso de amiodarona poderá não ser apropriado porque bloqueia o fluxo celular de potássio. Se esses tratamentos falharem e choque cardiogênico estiver presente, assistência da bomba de balão intra-aórtico, oxigenação por membrana extracorpórea, dispositivo de assistência ventricular esquerda ou derivação cardiopulmonar poderão ser considerados.[10][43][44][45][46]

Opções primárias

sulfato de magnésio: crianças: 25-50 mg/kg por via intravenosa ao longo de 10-20 minutos, máximo 2 g/dose; adultos: 1-2 g por via intravenosa ao longo de 5-20 minutos inicialmente, seguidos por infusão de 3-20 mg/minuto (máximo de 12 g/24 horas)

Mais

ou

amiodarona: crianças e adultos: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

ou

flecainida: crianças: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; adultos: 200-300 mg por via oral em dose única

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