Abordagem

Anamnese e exame físico completos são importantes para o diagnóstico de um cisto poplíteo. A ultrassonografia duplex do membro confirma o diagnóstico clínico.[19]

Avaliação clínica

A localização, a duração e o tipo da dor devem ser determinados para avaliar se os sintomas podem ser atribuídos ao próprio cisto ou se são secundários à causa subjacente do cisto. História pregressa de trauma no joelho, artrite ou história de trombose venosa profunda (TVP) devem ser procuradas. A fossa poplítea deve ser avaliada quanto à presença de massas. A perna deve ser avaliada quanto a inchaço secundário ao edema e um exame vascular deve ser realizado.

Um cisto poplíteo rompido pode ser associado a equimose da panturrilha e a dor significativa e, raramente, a uma síndrome compartimental, apresentando deficits sensitivos ou motores secundários à pressão intracompartimental elevada. Em alguns pacientes, pode haver diminuição da amplitude de movimentos e incapacidade de estender o joelho.

Os cistos poplíteos são geralmente visíveis como uma protuberância atrás do joelho, que é particularmente perceptível na posição ortostática e em comparação com o joelho não envolvido. Os cistos são geralmente moles e minimamente sensíveis à palpação. É comum que um cisto poplíteo expanda e encolha com o passar do tempo. Cistos grandes, especialmente se rompidos, produzirão sensibilidade à palpação da panturrilha no exame.

Exames diagnósticos

Pacientes com suspeita de um cisto poplíteo no exame clínico devem ser submetidos a uma ultrassonografia duplex do membro.[19]​ Isso ajuda a identificar o cisto e avalia outras patologias possíveis, como TVP, hematoma, aneurisma da artéria poplítea, aneurisma da veia poplítea ou massa de tecidos moles. No entanto, embora a ultrassonografia tenha alta especificidade e sensibilidade para detectar cistos poplíteos, ela depende do usuário; portanto, o diagnóstico é influenciado pela habilidade do operador.[20][Figure caption and citation for the preceding image starts]: Dissecção anatômica da cápsula póstero-medial do joelho. A área fraca (A) é identificada entre as duas expansões do músculo semimembranoso (B), o ligamento poplíteo oblíquo (C) e a expansão sobre a bainha do músculo poplíteo (D). O músculo semitendinoso (E) e o músculo poplíteo (F) também são indicadosAdaptado de Labropoulos N, Shifrin DA, Paxinos O. New insights into the development of popliteal cysts. Br J Surg. 2004;91:1313-1318; usado com permissão [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@1f5a1eb1

Se um cisto poplíteo for identificado, o próximo passo será identificar a etiologia subjacente à formação do cisto. A presença de um cisto poplíteo pode ser o primeiro sinal da patologia articular subjacente. As patologias articulares mais comuns incluem ruptura de menisco e artrite do joelho. A investigação adicional apropriada é então orientada pela causa. Consulte Ruptura de menisco; Osteoartrite.

Se a ultrassonografia não mostrar uma causa para os sintomas do paciente, uma ressonância nuclear magnética (RNM) pode ser útil para identificar qualquer patologia articular subjacente do joelho.[19]​ A tomografia computadorizada é uma alternativa, mas a RNM é o exame preferível, com um maior rendimento.

Radiografias do joelho não são diagnósticas de cisto poplíteo, mas devem ser obtidas, pois podem identificar corpos flutuantes (pequenos fragmentos de ossos e cartilagens no líquido sinovial) e outras doenças comumente associadas, como osteoartrite e artrite inflamatória.[21] A presença de calcificação deve levantar a suspeita de neoplasia maligna.[22]

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