Etiologia
O vírus da parotidite é um vírus de ácido ribonucleico (RNA) de fita simples e um membro do gênero Paramyxovirus. É um vírus envelopado composto por uma proteína matriz e 2 glicoproteínas de superfície. As glicoproteínas, conhecidas como hemaglutinina-neuraminidase e proteína de fusão, possibilitam a absorção viral e a fusão da membrana do vírion com a membrana celular do hospedeiro, respectivamente.[13] O envelope é composto por uma membrana bicamada lipídica, o que deixa o vírus suscetível a éter e a outros desinfetantes alcoólicos.[2]
Doze genótipos do vírus da parotidite foram descritos, designados de A a N (E foi incluído no C, e M foi incluído no K). Sua prevalência varia por localização geográfica.[13] Os seres humanos são o único hospedeiro natural para caxumba.[2]
Fisiopatologia
A disseminação ocorre por meio de gotículas respiratórias, contato direto ou fômites contaminados. O período de incubação normalmente varia de 14-18 dias, e o pico de contágio ocorre 1-2 dias antes do início dos sintomas. A liberação do vírus foi detectada na saliva até 7 dias antes e 9 dias após o surgimento de sintomas clínicos. O status de vacinação não parece influenciar na duração da disseminação de partículas virais[2]
O sítio primário de replicação viral é o epitélio do trato respiratório superior; algumas vezes, a infecção permanece localizada no trato respiratório. Normalmente, o vírus se dissemina com rapidez para o tecido linfoide local, causando viremia e permitindo que o vírus se desloque para partes distantes do corpo. Células mononucleares infectadas também facilitam a disseminação do vírus.[2] O vírus da parotidite tem uma afinidade com o epitélio glandular; a replicação do vírus normalmente ocorre no epitélio ductal da glândula parótida, causando edema intersticial, inflamação local e inchaço doloroso da glândula.[2]
Geralmente, a infecção por caxumba confere imunidade vitalícia, embora acredite-se que 1% a 2% dos casos sejam reinfecções.
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