Linfoma cutâneo de células T
- Visão geral
- Teoria
- Diagnóstico
- Tratamento
- ACOMPANHAMENTO
- Recursos
Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
doença em estádio IA: envolvimento limitado da pele isolado a <10% da área de superfície corporal (sem transformação em grandes células)
terapia direcionada para a pele
A terapia direcionada à pele isolada ou em combinação com outras terapias direcionadas à pele costuma ser suficiente para tratar a doença em estádio IA.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com [31]Willemze R, Hodak E, Zinzani P, et al; ESMO Guidelines Working Group. Primary cutaneous lymphomas: ESMO clinical practice guidelines for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2018 Oct 1;29(4 suppl):iv30-40. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(19)31693-X/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29878045?tool=bestpractice.com [32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Foi mostrado que corticosteroides tópicos proporcionam boas respostas e alívio sintomático na doença em estágio inicial.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com Um estudo demonstrou uma resposta completa em 63% dos pacientes com doença em estádio T1 (manchas, pápulas e/ou placas limitadas cobrindo <10% da superfície da pele) e em 25% dos pacientes com a doença em estágio T2 (manchas, pápulas ou placas cobrindo 10% ou mais da superfície da pele), após um acompanhamento mediano de 9 meses.[41]Zackheim HS, Kashani-Sabet M, Amin S. Topical corticosteroids for mycosis fungoides: experience in 79 patients. Arch Dermatol. 1998 Aug;134(8):949-54. http://jamanetwork.com/journals/jamadermatology/fullarticle/189275 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9722724?tool=bestpractice.com Corticosteroides tópicos de alta potência podem ser menos bem tolerados em áreas intertriginosas do corpo ou outras áreas, como o rosto.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 A duração do tratamento e a potência do tratamento com corticosteroides podem resultar em absorção sistêmica e atrofia da pele. O uso ideal de corticosteroides tópicos deve ser determinado com a ajuda de um dermatologista e depende do tipo e localização da lesão.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
O imiquimode tópico pode ser considerado para áreas com poucas manchas/placas/pequenos tumores que são recalcitrantes ao tratamento ou na pele danificada pelo sol, como antebraços, couro cabeludo e rosto.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Evidências de séries de casos sugerem que o imiquimode é eficaz para o tratamento de micose fungoide (MF) em estágio inicial refratária a outras terapias.[42]Deeths MJ, Chapman JT, Dellavalle RP, et al. Treatment of patch and plaque stage mycosis fungoides with imiquimod 5% cream. J Am Acad Dermatol. 2005 Feb;52(2):275-80. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15692473?tool=bestpractice.com [43]Coors EA, Schuler G, Von Den Driesch P. Topical imiquimod as treatment for different kinds of cutaneous lymphoma. Eur J Dermatol. 2006 Jul-Aug;16(4):391-3. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16935796?tool=bestpractice.com [44]Martínez-González MC, Verea-Hernando MM, Yebra-Pimentel MT, et al. Imiquimod in mycosis fungoides. Eur J Dermatol. 2008 Mar-Apr;18(2):148-52. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18424373?tool=bestpractice.com [45]Lewis DJ, Byekova YA, Emge DA, et al. Complete resolution of mycosis fungoides tumors with imiquimod 5% cream: a case series. J Dermatolog Treat. 2017 Sep;28(6):567-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28635518?tool=bestpractice.com
A clormetina, um potente agente alquilante do DNA, demonstrou tratar com sucesso doenças superficiais da pele.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com [46]Ramsay DL, Halperin PS, Zeleniuch-Jacquotte A. Topical mechlorethamine therapy for early stage mycosis fungoides. J Am Acad Dermatol. 1988 Oct;19(4):684-91. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3183094?tool=bestpractice.com [47]Kim YH, Martinez G, Varghese A, et al. Topical nitrogen mustard in the management of mycosis fungoides: update of the Stanford experience. Arch Dermatol. 2003 Feb;139(2):165-73. http://jamanetwork.com/journals/jamadermatology/fullarticle/479188 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12588222?tool=bestpractice.com [48]Lessin SR, Duvic M, Guitart J, et al. Topical chemotherapy in cutaneous T-cell lymphoma: positive results of a randomized, controlled, multicenter trial testing the efficacy and safety of a novel mechlorethamine, 0.02%, gel in mycosis fungoides. JAMA Dermatol. 2013 Jan;149(1):25-32. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3662469 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23069814?tool=bestpractice.com O tratamento tópico com clormetina está associado a dermatite e pode causar irritação quando usado no rosto e em áreas intertriginosas da pele.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 O tratamento deve ser iniciado com um uso menor que o diário para avaliar a tolerabilidade e, em seguida, aumentar lentamente a aplicação para a dose usual.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Os retinoides tópicos podem ser considerados para o tratamento das lesões cutâneas nos pacientes com linfoma cutâneo de células T (LCCT) em estádio inicial refratários a outras terapias tópicas, ou incapazes de tolerar outras terapias.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com [49]Scarisbrick JJ, Morris S, Azurdia R, et al. U.K. consensus statement on safe clinical prescribing of bexarotene for patients with cutaneous T-cell lymphoma. Br J Dermatol. 2013 Jan;168(1):192-200. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22963233?tool=bestpractice.com O gel de bexaroteno é o único retinoide tópico aprovado pela FDA para o tratamento de MF e síndrome de Sézary (SS). Em um ensaio, o gel de bexaroteno mostrou resultados promissores como um tratamento lesão-dirigido no LCCT em estágio inicial (taxa de resposta global de 63% e uma taxa de resposta completa clínica de 21%, com duração de resposta mediana de 99 semanas).[50]Breneman D, Duvic M, Kuzel T, et al. Phase 1 and 2 trial of bexarotene gel for skin-directed treatment of patients with cutaneous T-cell lymphoma. Arch Dermatol. 2002 Mar;138(3):325-32. http://jamanetwork.com/journals/jamadermatology/fullarticle/478736 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11902983?tool=bestpractice.com Os retinoides tópicos podem causar irritação da pele, incluindo vermelhidão, descamação e dermatite, quando usados no rosto e nas áreas intertriginosas do corpo.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A carmustina, um potente agente alquilante do DNA, demonstrou ser um tratamento eficaz para MF em estágio inicial com placas/manchas e tem eficácia semelhante à clormetina.[51]Zackheim HS. Topical carmustine (BCNU) for patch/plaque mycosis fungoides. Semin Dermatol. 1994 Sep;13(3):202-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7986689?tool=bestpractice.com [52]Zackheim HS. Topical carmustine (BCNU) in the treatment of mycosis fungoides. Dermatol Ther. 2003;16(4):299-302. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14686972?tool=bestpractice.com Como a carmustina tópica é amplamente absorvida, está associada a um aumento do risco de supressão da medula óssea.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com
LCCT são tumores radiossensíveis, e a radioterapia por feixe externo exerce um papel importante no manejo da doença cutânea localizada e isolada, bem como na paliação de manchas espessas e nódulos tumorais volumosos.[53]Wilson LD, Kacinski BM, Jones GW. Local superficial radiotherapy in the management of minimal stage IA cutaneous T-cell lymphoma (mycosis fungoides). Int J Radiat Oncol Biol Phys. 1998 Jan 1;40(1):109-15. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9422565?tool=bestpractice.com Doses relativamente baixas de radioterapia de baixa energia são suficientes, e a doença cutânea superficial pode ser tratada, de forma eficaz, com doses administradas entre 4 Gy e 40 Gy. A radioterapia (24-30 Gy) é recomendada como monoterapia para lesões unilesionais com intenção curativa.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 A radioterapia de baixa dose (8-12 Gy) geralmente é administrada em combinação com outras terapias para tratamento paliativo.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A fototerapia com ultravioleta B (UVB) pode ser usada para tratar a doença que apresenta mancha. Um estudo relatou uma taxa de resposta completa de 83%, com uma duração mediana de remissão de 22 meses.[54]Ramsay DL, Lish KM, Yalowitz CB, et al. Ultraviolet-B phototherapy for early-stage cutaneous T-cell lymphoma. Arch Dermatol. 1992 Jul;128(7):931-3. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1626959?tool=bestpractice.com O uso de fototerapia deve ser ponderado em relação aos riscos em pacientes com histórico de neoplasias cutâneas escamoproliferativas extensas ou carcinomas basocelulares, ou que tiveram melanoma, pois uma dose cumulativa de UV está associada a um risco aumentado de neoplasias cutâneas associadas a UV.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Para melhorar as taxas de resposta e minimizar a exposição ultravioleta, a fototerapia pode ser combinada com tratamentos sistêmicos.[31]Willemze R, Hodak E, Zinzani P, et al; ESMO Guidelines Working Group. Primary cutaneous lymphomas: ESMO clinical practice guidelines for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2018 Oct 1;29(4 suppl):iv30-40. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(19)31693-X/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29878045?tool=bestpractice.com [32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [55]Kuzel TM, Roenigk HH Jr, Samuelson E, et al. Effectiveness of interferon alfa-2a combined with phototherapy for mycosis fungoides and the Sezary syndrome. J Clin Oncol. 1995 Jan;13(1):257-63. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7799028?tool=bestpractice.com
Os pacientes refratários ao tratamento direcionado à pele com ou sem terapia sistêmica devem ser tratados como pacientes com estádio IB a IIA ou podem ser considerados para radioterapia.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com [32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Os pacientes que apresentam progressão em estádio >IA da doença com terapia inicial devem ser tratados de acordo com o estágio da progressão.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local para obter mais informações sobre dosagens.
Opções primárias
imiquimode de uso tópico
ou
clormetina tópica
ou
bexaroteno tópico
ou
carmustina
Terapia sistêmica
A terapia sistêmica para doença em estágio inicial pode ser considerada para pacientes que apresentam recidiva da doença ou que são refratários à terapia direcionada à pele. Os tratamentos podem incluir bexaroteno, alfainterferona ou metotrexato.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com [31]Willemze R, Hodak E, Zinzani P, et al; ESMO Guidelines Working Group. Primary cutaneous lymphomas: ESMO clinical practice guidelines for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2018 Oct 1;29(4 suppl):iv30-40. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(19)31693-X/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29878045?tool=bestpractice.com [32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
O bexaroteno, um retinoide oral, está bem estabelecido como uma das terapias sistêmicas para doença persistente ou refratária precoce e avançada.[56]Duvic M, Hymes K, Heald P, et al. Bexarotene is effective and safe for treatment of refractory advanced-stage cutaneous T-cell lymphoma: multinational phase II-III trial results. J Clin Oncol. 2001 May 1;19(9):2456-71. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11331325?tool=bestpractice.com [57]Duvic M, Martin AG, Kim Y, et al. Phase 2 and 3 clinical trial of oral bexarotene (Targretin capsules) for the treatment of refractory or persistent early-stage cutaneous T-cell lymphoma. Arch Dermatol. 2001 May;137(5):581-93. http://jamanetwork.com/journals/jamadermatology/fullarticle/478334 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11346336?tool=bestpractice.com O bexaroteno age ligando-se seletivamente ao receptor de retinoide x (RXR) que faz parte da família de receptores nucleares. A hipertrigliceridemia e o hipotireoidismo são efeitos adversos comuns, mas reversíveis, e geralmente podem ser manejados com a iniciação de medicamentos hipolipemiantes e tiroxina imediatamente antes de iniciar o uso de bexaroteno. Retinoides alternativos (por exemplo, acitretina, isotretinoína) podem ser considerados no lugar do bexaroteno.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A alfainterferona é um tratamento bem estabelecido para o linfoma cutâneo de células T em vários estádios (geralmente além da doença com placas limitada). Ela pode ser considerada para uso antes e depois das outras terapias sistêmicas, ou em combinação com elas. Há relatos de boas taxas de resposta, com algumas remissões com duração >2 anos.[59]Olsen EA, Rosen ST, Vollmer RT, et al. Interferon alfa-2a in the treatment of cutaneous T cell lymphoma. J Am Acad Dermatol. 1989 Mar;20(3):395-407. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2783939?tool=bestpractice.com [109]Jumbou O, N'Guyen JM, Tessier MH, et al. Long-term follow-up in 51 patients with mycosis fungoides and Sezary syndrome treated by interferon-alfa. Br J Dermatol. 1999 Mar;140(3):427-31. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10233261?tool=bestpractice.com Vários estudos que investigam a utilidade da combinação de alfainterferona com outras terapias, como a fotoférese extracorpórea (FEC), a pentostatina e a fludarabina, falharam em demonstrar melhoras significativas nas taxas de resposta.[60]Foss FM, Ihde DC, Breneman DL, et al. Phase II study of pentostatin and intermittent high-dose recombinant interferon alfa-2a in advanced mycosis fungoides/Sezary syndrome. J Clin Oncol. 1992 Dec;10(12):1907-13. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1453206?tool=bestpractice.com [61]Foss FM, Ihde DC, Linnoila IR, et al. Phase II trial of fludarabine phosphate and interferon alfa-2a in advanced mycosis fungoides/Sezary syndrome. J Clin Oncol. 1994 Oct;12(10):2051-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7931473?tool=bestpractice.com A alfainterferona 2a e 2b e a alfapeginterferona 2b foram descontinuadas nos EUA. O alfapeginterferona 2a pode ser substituída por outras preparações de interferonas.
Um estudo comprovou a eficácia do metotrexato oral de baixa dose como um agente único, com uma taxa de resposta de 76% e uma taxa de sobrevida de 5 anos de 71%.[62]Zackheim HS, Epstein EH Jr. Low-dose methotrexate for the Sezary syndrome. J Am Acad Dermatol. 1989 Oct;21(4 Pt 1):757-62. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2808792?tool=bestpractice.com Geralmente é bem tolerada.
Consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local para obter mais informações sobre dosagens.
Opções primárias
bexaroteno
ou
alfapeginterferona 2a
ou
metotrexato
doença em estádio IB a IIA: doença de pele apenas com ≥10% da área de superfície corporal (sem transformação de grandes células)
terapia direcionada para a pele
O tratamento inicial do estádio IB a IIA é feito apenas com terapias direcionadas à pele ou em combinação com outras terapias direcionadas à pele.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com [31]Willemze R, Hodak E, Zinzani P, et al; ESMO Guidelines Working Group. Primary cutaneous lymphomas: ESMO clinical practice guidelines for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2018 Oct 1;29(4 suppl):iv30-40. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(19)31693-X/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29878045?tool=bestpractice.com [32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Para pacientes com doença limitada com manchas ou placas, a monoterapia com terapia direcionada à pele pode ser considerada.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Para os pacientes com uma carga menor da doença, com a doença predominantemente com manchas, o tratamento inicial pode incluir corticosteroides tópicos, imiquimode tópico, clormetina tópica, retinoides tópicos (por exemplo, bexaroteno), carmustina tópica, radioterapia ou fototerapia com UVB de banda estreita.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com [31]Willemze R, Hodak E, Zinzani P, et al; ESMO Guidelines Working Group. Primary cutaneous lymphomas: ESMO clinical practice guidelines for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2018 Oct 1;29(4 suppl):iv30-40. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(19)31693-X/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29878045?tool=bestpractice.com [32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Para os pacientes com uma carga de doença maior, com a doença predominantemente em placas, a terapia direcionada à pele deve incluir PUVA, UVA1 ou irradiação total da pele com feixes de elétrons (TSEBT).[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A puvaterapia (que consiste em metoxisaleno [8-metoxipsoraleno] administrado por via oral e ativado quando exposto à luz ultravioleta de ondas longas), em virtude da maior penetração na derme, é considerada o tratamento de primeira escolha para os pacientes com a doença com placas e ainda é uma das terapias mais efetivas para os pacientes com doença em estágio inicial. No entanto, a PUVA está associada a um aumento da toxicidade cutânea em comparação com a UVB, e há poucos dados sobre os efeitos da puvaterapia na sobrevida global. O tratamento de manutenção pode prolongar o período de remissão. O uso da PUVA como terapia única é geralmente restrito ao linfoma cutâneo de células T em estádio inicial, pois é improvável que os pacientes com doença em estádio avançado obtenham uma resposta completa à PUVA isolada. Assim que possível, a dose total de PUVA deve ser restrita a <200 de sessões de tratamento, por causa do risco de cânceres de pele secundários associados a uma dose cumulativa total elevada de UVA.
A TSEBT é recomendada nos pacientes com maior uma carga de doença de pele com envolvimento difuso de placas.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Em geral, elétrons 4-MeV a 9-MeV são aplicados na pele usando uma técnica de 6 ou 8 campos. Isso permite preservar as estruturas abaixo da derme, pois 80% são aplicados no primeiro 1 cm e <5% a uma profundidade além de 2 cm. Foi mostrado que doses elevadas proporcionam remissões mais duráveis que doses menores.[63]Hoppe RT, Cox RS, Fuks Z, et al. Electron-beam therapy for mycosis fungoides: the Stanford University experience. Cancer Treat Rep. 1979 Apr;63(4):691-700. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/109207?tool=bestpractice.com [64]Reddy S, Parker CM, Shidnia H, et al. Total skin electron beam radiation therapy for mycosis fungoides. Am J Clin Oncol. 1992 Apr;15(2):119-24. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1553898?tool=bestpractice.com As taxas de resposta completa para a doença em estágio inicial variam de 56% a 96%.[63]Hoppe RT, Cox RS, Fuks Z, et al. Electron-beam therapy for mycosis fungoides: the Stanford University experience. Cancer Treat Rep. 1979 Apr;63(4):691-700. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/109207?tool=bestpractice.com [64]Reddy S, Parker CM, Shidnia H, et al. Total skin electron beam radiation therapy for mycosis fungoides. Am J Clin Oncol. 1992 Apr;15(2):119-24. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1553898?tool=bestpractice.com [65]Quiros PA, Jones GW, Kacinski BM, et al. Total skin electron beam therapy followed by adjuvant psoralen/ultraviolet-A light in the management of patients with T1 and T2 cutaneous T-cell lymphoma (mycosis fungoides). Int J Radiat Oncol Biol Phys. 1997 Jul 15;38(5):1027-35. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9276369?tool=bestpractice.com As taxas de resposta na doença avançada são geralmente menores, porém obtém-se uma boa paliação.[66]Maingon P, Truc G, Dalac S, et al. Radiotherapy of advanced mycosis fungoides: indications and results of total skin electron beam and photon beam irradiation. Radiother Oncol. 2000 Jan;54(1):73-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10719702?tool=bestpractice.com A TSEBT pode ser seguida por terapias sistêmicas para manter a resposta.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Existem dados de segurança limitados para o uso de TSEBT em combinação com retinoides sistêmicos, inibidores da histona desacetilase (HDAC), como vorinostate ou romidepsina, ou mogamulizumabe, ou combinação de fototerapia com vorinostate ou romidepsina.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [67]Fong S, Hong EK, Khodadoust MS, et al. Low-dose total skin electron beam therapy combined with mogamulizumab for refractory mycosis fungoides and sézary syndrome. Adv Radiat Oncol. 2021 May-Jun;6(3):100629. https://www.doi.org/10.1016/j.adro.2020.11.014 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33748543?tool=bestpractice.com
Pacientes com doença predominantemente com manchas e baixa carga de doença devem ser tratados novamente com as opções de tratamento iniciais. Aqueles que recidivam com alta carga de doença devem ser tratados como pacientes com doença predominantemente em placas ou tratados conforme apropriado para o estágio recidivado da doença.
A fim de melhorar as taxas de resposta e minimizar a exposição ultravioleta, a fototerapia pode ser combinada com tratamentos sistêmicos, como alfainterferona ou um retinoide para estádio IA, IB a IIA e IIIB.[31]Willemze R, Hodak E, Zinzani P, et al; ESMO Guidelines Working Group. Primary cutaneous lymphomas: ESMO clinical practice guidelines for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2018 Oct 1;29(4 suppl):iv30-40. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(19)31693-X/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29878045?tool=bestpractice.com [32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [55]Kuzel TM, Roenigk HH Jr, Samuelson E, et al. Effectiveness of interferon alfa-2a combined with phototherapy for mycosis fungoides and the Sezary syndrome. J Clin Oncol. 1995 Jan;13(1):257-63. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7799028?tool=bestpractice.com
Pacientes com doença em estádio inicial IB a IIA predominantemente em placas que recidivam ou têm doença persistente em estádio IB a IIA devem ser retratados com as opções de tratamento iniciais. Aqueles que apresentam progressão da doença >1B a IIA devem ser tratados de acordo com o estágio clínico ou progressão.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Os pacientes refratários a várias terapias anteriores devem considerar TSEBT (se não administrada anteriormente), um ensaio clínico ou ser tratados como pacientes com lesões generalizadas em estádio IIB.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local para obter mais informações sobre dosagens.
Opções primárias
imiquimode de uso tópico
ou
clormetina tópica
ou
bexaroteno tópico
ou
carmustina
Terapia sistêmica
Terapias sistêmicas, de agente único ou terapias combinadas devem ser consideradas para pacientes com envolvimento extenso da pele, maior carga de doença cutânea, doença predominantemente em placa, envolvimento sanguíneo e/ou resposta inadequada à terapia direcionada à pele.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
O bexaroteno, um retinoide oral, está bem estabelecido como uma das terapias sistêmicas para doença persistente ou refratária precoce e avançada.[56]Duvic M, Hymes K, Heald P, et al. Bexarotene is effective and safe for treatment of refractory advanced-stage cutaneous T-cell lymphoma: multinational phase II-III trial results. J Clin Oncol. 2001 May 1;19(9):2456-71. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11331325?tool=bestpractice.com [57]Duvic M, Martin AG, Kim Y, et al. Phase 2 and 3 clinical trial of oral bexarotene (Targretin capsules) for the treatment of refractory or persistent early-stage cutaneous T-cell lymphoma. Arch Dermatol. 2001 May;137(5):581-93. http://jamanetwork.com/journals/jamadermatology/fullarticle/478334 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11346336?tool=bestpractice.com O bexaroteno age ligando-se seletivamente ao receptor de retinoide x (RXR) que faz parte da família de receptores nucleares. A hipertrigliceridemia e o hipotireoidismo são efeitos adversos comuns, mas reversíveis, e geralmente podem ser manejados com a iniciação de medicamentos hipolipemiantes e tiroxina imediatamente antes de iniciar o uso de bexaroteno. Retinoides alternativos (por exemplo, acitretina, isotretinoína) podem ser considerados no lugar do bexaroteno.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A alfainterferona é um tratamento bem estabelecido para o linfoma cutâneo de células T (LCCT) em vários estádios (geralmente além da doença com placas limitada). Ela pode ser considerada para uso antes e depois das outras terapias sistêmicas, ou em combinação com elas. Há relatos de boas taxas de resposta, com algumas remissões com duração >2 anos.[59]Olsen EA, Rosen ST, Vollmer RT, et al. Interferon alfa-2a in the treatment of cutaneous T cell lymphoma. J Am Acad Dermatol. 1989 Mar;20(3):395-407. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2783939?tool=bestpractice.com [109]Jumbou O, N'Guyen JM, Tessier MH, et al. Long-term follow-up in 51 patients with mycosis fungoides and Sezary syndrome treated by interferon-alfa. Br J Dermatol. 1999 Mar;140(3):427-31. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10233261?tool=bestpractice.com Vários estudos que investigam a utilidade da combinação de alfainterferona com outras terapias, como a fotoférese extracorpórea (FEC), a pentostatina e a fludarabina, falharam em demonstrar melhoras significativas nas taxas de resposta.[60]Foss FM, Ihde DC, Breneman DL, et al. Phase II study of pentostatin and intermittent high-dose recombinant interferon alfa-2a in advanced mycosis fungoides/Sezary syndrome. J Clin Oncol. 1992 Dec;10(12):1907-13. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1453206?tool=bestpractice.com [61]Foss FM, Ihde DC, Linnoila IR, et al. Phase II trial of fludarabine phosphate and interferon alfa-2a in advanced mycosis fungoides/Sezary syndrome. J Clin Oncol. 1994 Oct;12(10):2051-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7931473?tool=bestpractice.com A alfainterferona 2a e 2b e a alfapeginterferona 2b foram descontinuadas nos EUA. O alfapeginterferona 2a pode ser substituída por outras preparações de interferonas.
Um estudo comprovou a eficácia do metotrexato oral de baixa dose como um agente único, com uma taxa de resposta de 76% e uma taxa de sobrevida de 5 anos de 71%.[62]Zackheim HS, Epstein EH Jr. Low-dose methotrexate for the Sezary syndrome. J Am Acad Dermatol. 1989 Oct;21(4 Pt 1):757-62. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2808792?tool=bestpractice.com Geralmente é bem tolerada.
O brentuximabe vedotina, um conjugado anticorpo-medicamento que permite que o medicamento citotóxico monometil auristatina E (MMAE) seja direcionado para células cancerosas CD30+, está aprovado pela FDA para o tratamento de MF e SS. Ensaios clínicos de fase 2 demonstraram que o brentuximabe vedotina é altamente ativo no LCCT de CD30+.[68]Kim YH, Tavallaee M, Sundram U, et al. Phase II investigator-initiated study of brentuximab vedotin in mycosis fungoides and Sézary syndrome with variable CD30 expression level: a multi-institution collaborative project. J Clin Oncol. 2015 Nov 10;33(32):3750-8. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5089160 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26195720?tool=bestpractice.com [69]Duvic M, Tetzlaff MT, Gangar P, et al. Results of a phase II trial of brentuximab vedotin for CD30+ cutaneous T-cell lymphoma and lymphomatoid papulosis. J Clin Oncol. 2015 Nov 10;33(32):3759-65. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4737859 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26261247?tool=bestpractice.com A taxa de resposta global é de 54% na MF, independentemente do status de CD30. Exacerbações podem ser observadas na MF no início da terapia, e o tempo mediano até a resposta na MF é de aproximadamente 12 semanas, com remissões duráveis observadas em alguns pacientes e uma duração mediana de resposta de aproximadamente 32 semanas. Os efeitos adversos comuns incluem neuropatia, fadiga e erupção cutânea por medicamentos.[69]Duvic M, Tetzlaff MT, Gangar P, et al. Results of a phase II trial of brentuximab vedotin for CD30+ cutaneous T-cell lymphoma and lymphomatoid papulosis. J Clin Oncol. 2015 Nov 10;33(32):3759-65. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4737859 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26261247?tool=bestpractice.com Um ensaio clínico de fase 3 incluiu pacientes adultos previamente tratados com MF ou linfoma anaplásico cutâneo primário de grande célula com CD30+. Tal ensaio revelou uma melhora significativa na resposta global objetiva com duração de pelo menos 4 meses com brentuximabe vedotina (56%) em comparação à escolha do médico de metotrexato ou bexaroteno (13%).[70]Prince HM, Kim YH, Horwitz SM, et al. Brentuximab vedotin or physician's choice in CD30-positive cutaneous T-cell lymphoma (ALCANZA): an international, open-label, randomised, phase 3, multicentre trial. Lancet. 2017 Aug 5;390(10094):555-66. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28600132?tool=bestpractice.com
O mogamulizumabe, um anticorpo monoclonal que se liga a um receptor de quimiocina CC tipo 4 (CCR4) encontrado em algumas células cancerosas, é aprovado pela FDA para uso intravenoso para o tratamento de pacientes adultos com MF ou SS recidivada ou refratária após, pelo menos, uma terapia sistêmica anterior. Um ensaio clínico randomizado, controlado, aberto e de fase 3 demonstrou que o mogamulizumabe melhorou significativamente a sobrevida livre de progressão, em comparação com o vorinostate, para pacientes com MF ou SS recidivada ou refratária.[71]Kim YH, Bagot M, Pinter-Brown L, et al. Mogamulizumab versus vorinostat in previously treated cutaneous T-cell lymphoma (MAVORIC): an international, open-label, randomised, controlled phase 3 trial. Lancet Oncol. 2018 Sep;19(9):1192-204. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30100375?tool=bestpractice.com Os efeitos adversos graves incluíram pirexia, celulite, embolia pulmonar e sepse. Evidências de um estudo de caso de dois pacientes com SS refratária que foram tratados com quatro e cinco terapias sistêmicas anteriores, respectivamente, relataram que o mogamulizumabe combinado com TSEBT alcançou uma resposta completa global em ambos os pacientes em 9 semanas para o primeiro paciente e 4 semanas para o segundo paciente, e foi bem tolerado.[67]Fong S, Hong EK, Khodadoust MS, et al. Low-dose total skin electron beam therapy combined with mogamulizumab for refractory mycosis fungoides and sézary syndrome. Adv Radiat Oncol. 2021 May-Jun;6(3):100629. https://www.doi.org/10.1016/j.adro.2020.11.014 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33748543?tool=bestpractice.com
Os inibidores de histona desacetilase (HDAC) (por exemplo, vorinostate, romidepsina) funcionam induzindo acetilação de histonas e acetilação de proteínas, resultando em eventos a jusante de parada do ciclo celular e apoptose.[72]Carew JS, Giles FJ, Nawrocki ST. Histone deacetylase inhibitors: mechanisms of cell death and promise in combination cancer therapy. Cancer Lett. 2008 Sep 28;269(1):7-17. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18462867?tool=bestpractice.com [73]Kim M, Thompson LA, Wenger SD, et al. Romidepsin: a histone deacetylase inhibitor for refractory cutaneous T-cell lymphoma. Ann Pharmacother. 2012 Oct;46(10):1340-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22968522?tool=bestpractice.com Ambos são aprovados pela FDA dos EUA para o tratamento de MF e SS. Vários estudos clínicos de fase 2 demonstraram melhora das lesões cutâneas e outros sintomas (por exemplo, prurido) com o vorinostate.[74]Olsen EA, Kim YH, Kuzel TM, et al. Phase IIb multicenter trial of vorinostat in patients with persistent, progressive, or treatment refractory cutaneous T-cell lymphoma. J Clin Oncol. 2007 Jul 20;25(21):3109-15. http://ascopubs.org/doi/full/10.1200/jco.2006.10.2434 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17577020?tool=bestpractice.com [75]Duvic M, Talpur R, Ni X, et al. Phase 2 trial of oral vorinostat (suberoylanilide hydroxamic acid, SAHA) for refractory cutaneous T-cell lymphoma (CTCL). Blood. 2007 Jan 1;109(1):31-9. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1785068 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16960145?tool=bestpractice.com
Consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local para obter mais informações sobre dosagens.
Opções primárias
bexaroteno
ou
alfapeginterferona 2a
ou
metotrexato
ou
brentuximabe vedotina
ou
mogamulizumab
ou
vorinostate
ou
romidepsina
doença em estádio IIB: doença tumoral e sem eritrodermia (sem transformação em grandes células)
terapia direcionada para a pele
A radioterapia ou outra terapia direcionada à pele isolada ou em combinação são os tratamentos iniciais preferenciais para pacientes com doença tumoral limitada ao estádio IIB.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com [32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Foi mostrado que corticosteroides tópicos proporcionam boas respostas e alívio sintomático na doença em estágio inicial.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com Um estudo demonstrou uma resposta completa em 63% dos pacientes com doença em estádio T1 (manchas, pápulas e/ou placas limitadas cobrindo <10% da superfície da pele) e em 25% dos pacientes com a doença em estágio T2 (manchas, pápulas ou placas cobrindo 10% ou mais da superfície da pele), após um acompanhamento mediano de 9 meses.[41]Zackheim HS, Kashani-Sabet M, Amin S. Topical corticosteroids for mycosis fungoides: experience in 79 patients. Arch Dermatol. 1998 Aug;134(8):949-54. http://jamanetwork.com/journals/jamadermatology/fullarticle/189275 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9722724?tool=bestpractice.com Corticosteroides tópicos de alta potência podem ser menos bem tolerados em áreas intertriginosas do corpo ou outras áreas, como o rosto.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 A duração do tratamento e a potência do tratamento com corticosteroides podem resultar em absorção sistêmica e atrofia da pele. O uso ideal de corticosteroides tópicos deve ser determinado com a ajuda de um dermatologista e depende do tipo e localização da lesão.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
O imiquimode tópico pode ser considerado para áreas com poucas manchas/placas/pequenos tumores que são recalcitrantes ao tratamento ou na pele danificada pelo sol, como antebraços, couro cabeludo e rosto.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Evidências de séries de casos sugerem que o imiquimode é eficaz para o tratamento de MF em estágio inicial refratária a outras terapias.[42]Deeths MJ, Chapman JT, Dellavalle RP, et al. Treatment of patch and plaque stage mycosis fungoides with imiquimod 5% cream. J Am Acad Dermatol. 2005 Feb;52(2):275-80. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15692473?tool=bestpractice.com [43]Coors EA, Schuler G, Von Den Driesch P. Topical imiquimod as treatment for different kinds of cutaneous lymphoma. Eur J Dermatol. 2006 Jul-Aug;16(4):391-3. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16935796?tool=bestpractice.com [44]Martínez-González MC, Verea-Hernando MM, Yebra-Pimentel MT, et al. Imiquimod in mycosis fungoides. Eur J Dermatol. 2008 Mar-Apr;18(2):148-52. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18424373?tool=bestpractice.com [45]Lewis DJ, Byekova YA, Emge DA, et al. Complete resolution of mycosis fungoides tumors with imiquimod 5% cream: a case series. J Dermatolog Treat. 2017 Sep;28(6):567-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28635518?tool=bestpractice.com
A clormetina, um potente agente alquilante do DNA, demonstrou tratar com sucesso doenças superficiais da pele.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com [46]Ramsay DL, Halperin PS, Zeleniuch-Jacquotte A. Topical mechlorethamine therapy for early stage mycosis fungoides. J Am Acad Dermatol. 1988 Oct;19(4):684-91. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3183094?tool=bestpractice.com [47]Kim YH, Martinez G, Varghese A, et al. Topical nitrogen mustard in the management of mycosis fungoides: update of the Stanford experience. Arch Dermatol. 2003 Feb;139(2):165-73. http://jamanetwork.com/journals/jamadermatology/fullarticle/479188 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12588222?tool=bestpractice.com [48]Lessin SR, Duvic M, Guitart J, et al. Topical chemotherapy in cutaneous T-cell lymphoma: positive results of a randomized, controlled, multicenter trial testing the efficacy and safety of a novel mechlorethamine, 0.02%, gel in mycosis fungoides. JAMA Dermatol. 2013 Jan;149(1):25-32. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3662469 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23069814?tool=bestpractice.com O tratamento tópico com clormetina está associado a dermatite e pode causar irritação quando usado no rosto e em áreas intertriginosas da pele.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 O tratamento deve ser iniciado com um uso menor que o diário para avaliar a tolerabilidade e, em seguida, aumentar lentamente a aplicação para a dose usual.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Os retinoides tópicos podem ser considerados para o tratamento das lesões cutâneas nos pacientes com linfoma cutâneo de células T (LCCT) em estádio inicial refratários a outras terapias tópicas, ou incapazes de tolerar outras terapias.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com [32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [49]Scarisbrick JJ, Morris S, Azurdia R, et al. U.K. consensus statement on safe clinical prescribing of bexarotene for patients with cutaneous T-cell lymphoma. Br J Dermatol. 2013 Jan;168(1):192-200. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22963233?tool=bestpractice.com O gel de bexaroteno é o único retinoide tópico aprovado pela FDA para o tratamento da MF e da SS. Em um ensaio, o gel de bexaroteno mostrou resultados promissores como um tratamento direcionado à lesão no LCCT em estádio inicial (taxa de resposta global de 63% e uma taxa de respostas clínicas completas de 21%, com duração mediana da resposta de 99 semanas).[50]Breneman D, Duvic M, Kuzel T, et al. Phase 1 and 2 trial of bexarotene gel for skin-directed treatment of patients with cutaneous T-cell lymphoma. Arch Dermatol. 2002 Mar;138(3):325-32. http://jamanetwork.com/journals/jamadermatology/fullarticle/478736 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11902983?tool=bestpractice.com Os retinoides tópicos podem causar irritação da pele, incluindo vermelhidão, descamação e dermatite, quando usados no rosto e nas áreas intertriginosas do corpo.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A carmustina, um potente agente alquilante do DNA, demonstrou ser um tratamento eficaz para MF em estágio inicial com placas/manchas e tem eficácia semelhante à clormetina.[51]Zackheim HS. Topical carmustine (BCNU) for patch/plaque mycosis fungoides. Semin Dermatol. 1994 Sep;13(3):202-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7986689?tool=bestpractice.com [52]Zackheim HS. Topical carmustine (BCNU) in the treatment of mycosis fungoides. Dermatol Ther. 2003;16(4):299-302. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14686972?tool=bestpractice.com Como a carmustina tópica é amplamente absorvida, está associada a um aumento do risco de supressão da medula óssea.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com
LCCT são tumores radiossensíveis, e a radioterapia por feixe externo exerce um papel importante no manejo da doença cutânea localizada e isolada, bem como na paliação de manchas espessas e nódulos tumorais volumosos.[53]Wilson LD, Kacinski BM, Jones GW. Local superficial radiotherapy in the management of minimal stage IA cutaneous T-cell lymphoma (mycosis fungoides). Int J Radiat Oncol Biol Phys. 1998 Jan 1;40(1):109-15. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9422565?tool=bestpractice.com Doses relativamente baixas de radioterapia de baixa energia são suficientes, e a doença cutânea superficial pode ser tratada, de forma eficaz, com doses administradas entre 4 Gy e 40 Gy. A radioterapia (24-30 Gy) é recomendada como monoterapia para lesões unilesionais com intenção curativa.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 A radioterapia de baixa dose (8-12 Gy) geralmente é administrada em combinação com outras terapias para tratamento paliativo.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A fototerapia com ultravioleta B (UVB) pode ser usada para tratar a doença que apresenta mancha. Um estudo relatou uma taxa de resposta completa de 83%, com uma duração mediana de remissão de 22 meses.[54]Ramsay DL, Lish KM, Yalowitz CB, et al. Ultraviolet-B phototherapy for early-stage cutaneous T-cell lymphoma. Arch Dermatol. 1992 Jul;128(7):931-3. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1626959?tool=bestpractice.com O uso de fototerapia deve ser ponderado em relação aos riscos em pacientes com histórico de neoplasias cutâneas escamoproliferativas extensas ou carcinomas basocelulares ou que tiveram melanoma, pois uma dose cumulativa de UV está associada a um risco aumentado de neoplasias cutâneas associadas a UV.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 A puvaterapia (que consiste em metoxisaleno [8-metoxipsoraleno] administrado por via oral, ativado quando exposto à luz ultravioleta de ondas longas), em virtude da maior penetração na derme, é considerada o tratamento de primeira escolha para pacientes com a doença com placas e ainda é uma das terapias mais eficazes para pacientes com doença em estágio inicial. No entanto, a PUVA está associada a um aumento da toxicidade cutânea em comparação com a UVB, e há poucos dados sobre os efeitos da puvaterapia na sobrevida global. O tratamento de manutenção pode prolongar o período de remissão. O uso da PUVA como terapia única é geralmente restrito ao LCCT em estágio inicial, pois é improvável que os pacientes com doença em estágio avançado obtenham uma resposta completa à PUVA isolada. Assim que possível, a dose total de PUVA deve ser restrita a <200 de sessões de tratamento, por causa do risco de cânceres de pele secundários associados a uma dose total cumulativa elevada de UVA.
A TSEBT é recomendada nos pacientes com maior uma carga de doença de pele com envolvimento difuso de placas.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Em geral, elétrons 4-MeV a 9-MeV são aplicados na pele usando uma técnica de 6 ou 8 campos. Isso permite preservar as estruturas abaixo da derme, pois 80% são aplicados no primeiro 1 cm e <5% a uma profundidade além de 2 cm. Foi mostrado que doses elevadas proporcionam remissões mais duráveis que doses menores.[63]Hoppe RT, Cox RS, Fuks Z, et al. Electron-beam therapy for mycosis fungoides: the Stanford University experience. Cancer Treat Rep. 1979 Apr;63(4):691-700. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/109207?tool=bestpractice.com [64]Reddy S, Parker CM, Shidnia H, et al. Total skin electron beam radiation therapy for mycosis fungoides. Am J Clin Oncol. 1992 Apr;15(2):119-24. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1553898?tool=bestpractice.com As taxas de resposta completa para a doença em estágio inicial variam de 56% a 96%.[63]Hoppe RT, Cox RS, Fuks Z, et al. Electron-beam therapy for mycosis fungoides: the Stanford University experience. Cancer Treat Rep. 1979 Apr;63(4):691-700. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/109207?tool=bestpractice.com [64]Reddy S, Parker CM, Shidnia H, et al. Total skin electron beam radiation therapy for mycosis fungoides. Am J Clin Oncol. 1992 Apr;15(2):119-24. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1553898?tool=bestpractice.com [65]Quiros PA, Jones GW, Kacinski BM, et al. Total skin electron beam therapy followed by adjuvant psoralen/ultraviolet-A light in the management of patients with T1 and T2 cutaneous T-cell lymphoma (mycosis fungoides). Int J Radiat Oncol Biol Phys. 1997 Jul 15;38(5):1027-35. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9276369?tool=bestpractice.com As taxas de resposta na doença avançada são geralmente menores, porém obtém-se uma boa paliação.[66]Maingon P, Truc G, Dalac S, et al. Radiotherapy of advanced mycosis fungoides: indications and results of total skin electron beam and photon beam irradiation. Radiother Oncol. 2000 Jan;54(1):73-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10719702?tool=bestpractice.com A TSEBT pode ser seguida por terapias sistêmicas para manter a resposta.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Existem dados de segurança limitados para o uso de TSEBT em combinação com retinoides sistêmicos, inibidores da histona desacetilase (HDAC), como vorinostate ou romidepsina, ou mogamulizumabe, ou combinação de fototerapia com vorinostate ou romidepsina.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [67]Fong S, Hong EK, Khodadoust MS, et al. Low-dose total skin electron beam therapy combined with mogamulizumab for refractory mycosis fungoides and sézary syndrome. Adv Radiat Oncol. 2021 May-Jun;6(3):100629. https://www.doi.org/10.1016/j.adro.2020.11.014 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33748543?tool=bestpractice.com
Consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local para obter mais informações sobre dosagens.
Opções primárias
imiquimode de uso tópico
ou
clormetina tópica
ou
bexaroteno tópico
ou
carmustina
Terapia sistêmica
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Para pacientes que não respondem à terapia inicial, a terapia sistêmica deve ser considerada.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
As opções de terapia sistêmica preferenciais incluem bexaroteno, brentuximabe vedotina, alfainterferona, metotrexato, mogamulizumabe, romidepsina.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
O bexaroteno, um retinoide oral, está bem estabelecido como uma das terapias sistêmicas para doença persistente ou refratária precoce e avançada.[56]Duvic M, Hymes K, Heald P, et al. Bexarotene is effective and safe for treatment of refractory advanced-stage cutaneous T-cell lymphoma: multinational phase II-III trial results. J Clin Oncol. 2001 May 1;19(9):2456-71. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11331325?tool=bestpractice.com [57]Duvic M, Martin AG, Kim Y, et al. Phase 2 and 3 clinical trial of oral bexarotene (Targretin capsules) for the treatment of refractory or persistent early-stage cutaneous T-cell lymphoma. Arch Dermatol. 2001 May;137(5):581-93. http://jamanetwork.com/journals/jamadermatology/fullarticle/478334 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11346336?tool=bestpractice.com O bexaroteno age ligando-se seletivamente ao receptor de retinoide x (RXR) que faz parte da família de receptores nucleares. A hipertrigliceridemia e o hipotireoidismo são efeitos adversos comuns, mas reversíveis, e geralmente podem ser manejados com a iniciação de medicamentos hipolipemiantes e tiroxina imediatamente antes de iniciar o uso de bexaroteno. Retinoides alternativos (por exemplo, acitretina, isotretinoína) podem ser considerados no lugar do bexaroteno.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A alfainterferona é um tratamento bem estabelecido para o linfoma cutâneo de células T (LCCT) em vários estádios (geralmente além da doença com placas limitada). Ela pode ser considerada para uso antes e depois das outras terapias sistêmicas, ou em combinação com elas. Há relatos de boas taxas de resposta, com algumas remissões com duração >2 anos.[59]Olsen EA, Rosen ST, Vollmer RT, et al. Interferon alfa-2a in the treatment of cutaneous T cell lymphoma. J Am Acad Dermatol. 1989 Mar;20(3):395-407. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2783939?tool=bestpractice.com [109]Jumbou O, N'Guyen JM, Tessier MH, et al. Long-term follow-up in 51 patients with mycosis fungoides and Sezary syndrome treated by interferon-alfa. Br J Dermatol. 1999 Mar;140(3):427-31. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10233261?tool=bestpractice.com Vários estudos que investigam a utilidade da combinação de alfainterferona com outras terapias, como a fotoférese extracorpórea (FEC), a pentostatina e a fludarabina, falharam em demonstrar melhoras significativas nas taxas de resposta.[60]Foss FM, Ihde DC, Breneman DL, et al. Phase II study of pentostatin and intermittent high-dose recombinant interferon alfa-2a in advanced mycosis fungoides/Sezary syndrome. J Clin Oncol. 1992 Dec;10(12):1907-13. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1453206?tool=bestpractice.com [61]Foss FM, Ihde DC, Linnoila IR, et al. Phase II trial of fludarabine phosphate and interferon alfa-2a in advanced mycosis fungoides/Sezary syndrome. J Clin Oncol. 1994 Oct;12(10):2051-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7931473?tool=bestpractice.com A alfainterferona 2a e 2b e a alfapeginterferona 2b foram descontinuadas nos EUA. O alfapeginterferona 2a pode ser substituída por outras preparações de interferonas.
Um estudo comprovou a eficácia do metotrexato oral de baixa dose como um agente único, com uma taxa de resposta de 76% e uma taxa de sobrevida de 5 anos de 71%.[62]Zackheim HS, Epstein EH Jr. Low-dose methotrexate for the Sezary syndrome. J Am Acad Dermatol. 1989 Oct;21(4 Pt 1):757-62. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2808792?tool=bestpractice.com Geralmente é bem tolerada.
O brentuximabe vedotina, um conjugado anticorpo-medicamento que permite que o medicamento citotóxico monometil auristatina E (MMAE) seja direcionado para células cancerosas CD30+, está aprovado pela FDA para o tratamento de MF e SS. Ensaios clínicos de fase 2 demonstraram que o brentuximabe vedotina é altamente ativo no LCCT de CD30+.[68]Kim YH, Tavallaee M, Sundram U, et al. Phase II investigator-initiated study of brentuximab vedotin in mycosis fungoides and Sézary syndrome with variable CD30 expression level: a multi-institution collaborative project. J Clin Oncol. 2015 Nov 10;33(32):3750-8. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5089160 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26195720?tool=bestpractice.com [69]Duvic M, Tetzlaff MT, Gangar P, et al. Results of a phase II trial of brentuximab vedotin for CD30+ cutaneous T-cell lymphoma and lymphomatoid papulosis. J Clin Oncol. 2015 Nov 10;33(32):3759-65. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4737859 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26261247?tool=bestpractice.com A taxa de resposta global é de 54% na MF, independentemente do status de CD30. Exacerbações podem ser observadas na MF no início da terapia, e o tempo mediano até a resposta na MF é de aproximadamente 12 semanas, com remissões duráveis observadas em alguns pacientes e uma duração mediana de resposta de aproximadamente 32 semanas. Os efeitos adversos comuns incluem neuropatia, fadiga e erupção cutânea por medicamentos.[69]Duvic M, Tetzlaff MT, Gangar P, et al. Results of a phase II trial of brentuximab vedotin for CD30+ cutaneous T-cell lymphoma and lymphomatoid papulosis. J Clin Oncol. 2015 Nov 10;33(32):3759-65. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4737859 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26261247?tool=bestpractice.com Um ensaio clínico de fase 3 incluiu pacientes adultos previamente tratados com MF ou linfoma anaplásico cutâneo primário de grande célula com CD30+. Tal ensaio revelou uma melhora significativa na resposta global objetiva com duração de pelo menos 4 meses com brentuximabe vedotina (56%) em comparação à escolha do médico de metotrexato ou bexaroteno (13%).[70]Prince HM, Kim YH, Horwitz SM, et al. Brentuximab vedotin or physician's choice in CD30-positive cutaneous T-cell lymphoma (ALCANZA): an international, open-label, randomised, phase 3, multicentre trial. Lancet. 2017 Aug 5;390(10094):555-66. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28600132?tool=bestpractice.com
O mogamulizumabe, um anticorpo monoclonal que se liga a um receptor de quimiocina CC tipo 4 (CCR4) encontrado em algumas células cancerosas, é aprovado pela FDA para uso intravenoso para o tratamento de pacientes adultos com MF ou SS recidivada ou refratária após, pelo menos, uma terapia sistêmica anterior. Um ensaio clínico randomizado, controlado, aberto e de fase 3 demonstrou que o mogamulizumabe melhorou significativamente a sobrevida livre de progressão, em comparação com o vorinostate, para pacientes com MF ou SS recidivada ou refratária.[71]Kim YH, Bagot M, Pinter-Brown L, et al. Mogamulizumab versus vorinostat in previously treated cutaneous T-cell lymphoma (MAVORIC): an international, open-label, randomised, controlled phase 3 trial. Lancet Oncol. 2018 Sep;19(9):1192-204. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30100375?tool=bestpractice.com Os efeitos adversos graves incluíram pirexia, celulite, embolia pulmonar e sepse. Evidências de um estudo de caso de dois pacientes com SS refratária que foram tratados com quatro e cinco terapias sistêmicas anteriores, respectivamente, relataram que o mogamulizumabe combinado com TSEBT alcançou uma resposta completa global em ambos os pacientes em 9 semanas para o primeiro paciente e 4 semanas para o segundo paciente, e foi bem tolerado.[67]Fong S, Hong EK, Khodadoust MS, et al. Low-dose total skin electron beam therapy combined with mogamulizumab for refractory mycosis fungoides and sézary syndrome. Adv Radiat Oncol. 2021 May-Jun;6(3):100629. https://www.doi.org/10.1016/j.adro.2020.11.014 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33748543?tool=bestpractice.com
O inibidor da histona desacetilase (HDAC), romidepsina, funciona induzindo a acetilação de histonas e acetilação de proteínas, resultando em eventos a jusante de parada do ciclo celular e apoptose.[72]Carew JS, Giles FJ, Nawrocki ST. Histone deacetylase inhibitors: mechanisms of cell death and promise in combination cancer therapy. Cancer Lett. 2008 Sep 28;269(1):7-17. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18462867?tool=bestpractice.com [73]Kim M, Thompson LA, Wenger SD, et al. Romidepsin: a histone deacetylase inhibitor for refractory cutaneous T-cell lymphoma. Ann Pharmacother. 2012 Oct;46(10):1340-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22968522?tool=bestpractice.com É aprovado pela FDA dos EUA para o tratamento de MF e SS.
Os pacientes que apresentam lesões tumorais IA a IIA persistentes devem passar por outra rodada de tratamento com opções iniciais.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Pacientes com recidiva ou progressão da doença com estádio >IIB devem ser tratados de acordo com o estádio clínico.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Pacientes refratários a múltiplas terapias devem ser tratados como pacientes com doença tumoral generalizada IIB (ver abaixo).[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local para obter mais informações sobre dosagens.
Opções primárias
bexaroteno
ou
alfapeginterferona 2a
ou
metotrexato
ou
brentuximabe vedotina
ou
mogamulizumab
ou
romidepsina
radioterapia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Para pacientes que não respondem à terapia inicial, a terapia sistêmica com radioterapia deve ser considerada.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
terapia direcionada para a pele
Para pacientes com doença tumoral generalizada em estádio IIB, a terapia sistêmica com terapia direcionada à pele deve ser considerada.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
As terapias direcionadas à pele podem incluir corticosteroides tópicos, imiquimode tópico, clormetina tópica, retinoides tópicos (por exemplo, bexaroteno), carmustina, UVB, PUVA, UVA1 ou radioterapia.
Foi mostrado que corticosteroides tópicos proporcionam boas respostas e alívio sintomático na doença em estágio inicial.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com Um estudo demonstrou uma resposta completa em 63% dos pacientes com doença em estádio T1 (manchas, pápulas e/ou placas limitadas cobrindo <10% da superfície da pele) e em 25% dos pacientes com a doença em estágio T2 (manchas, pápulas ou placas cobrindo 10% ou mais da superfície da pele), após um acompanhamento mediano de 9 meses.[41]Zackheim HS, Kashani-Sabet M, Amin S. Topical corticosteroids for mycosis fungoides: experience in 79 patients. Arch Dermatol. 1998 Aug;134(8):949-54. http://jamanetwork.com/journals/jamadermatology/fullarticle/189275 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9722724?tool=bestpractice.com Corticosteroides tópicos de alta potência podem ser menos bem tolerados em áreas intertriginosas do corpo ou outras áreas, como o rosto.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 A duração do tratamento e a potência do tratamento com corticosteroides podem resultar em absorção sistêmica e atrofia da pele. O uso ideal de corticosteroides tópicos deve ser determinado com a ajuda de um dermatologista e depende do tipo e localização da lesão.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
O imiquimode tópico pode ser considerado para áreas com poucas manchas/placas/pequenos tumores que são recalcitrantes ao tratamento ou na pele danificada pelo sol, como antebraços, couro cabeludo e rosto.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Evidências de séries de casos sugerem que o imiquimode é eficaz para o tratamento de MF em estágio inicial refratária a outras terapias.[42]Deeths MJ, Chapman JT, Dellavalle RP, et al. Treatment of patch and plaque stage mycosis fungoides with imiquimod 5% cream. J Am Acad Dermatol. 2005 Feb;52(2):275-80. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15692473?tool=bestpractice.com [43]Coors EA, Schuler G, Von Den Driesch P. Topical imiquimod as treatment for different kinds of cutaneous lymphoma. Eur J Dermatol. 2006 Jul-Aug;16(4):391-3. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16935796?tool=bestpractice.com [44]Martínez-González MC, Verea-Hernando MM, Yebra-Pimentel MT, et al. Imiquimod in mycosis fungoides. Eur J Dermatol. 2008 Mar-Apr;18(2):148-52. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18424373?tool=bestpractice.com [45]Lewis DJ, Byekova YA, Emge DA, et al. Complete resolution of mycosis fungoides tumors with imiquimod 5% cream: a case series. J Dermatolog Treat. 2017 Sep;28(6):567-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28635518?tool=bestpractice.com
A clormetina, um potente agente alquilante do DNA, demonstrou tratar com sucesso doenças superficiais da pele.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com [46]Ramsay DL, Halperin PS, Zeleniuch-Jacquotte A. Topical mechlorethamine therapy for early stage mycosis fungoides. J Am Acad Dermatol. 1988 Oct;19(4):684-91. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3183094?tool=bestpractice.com [47]Kim YH, Martinez G, Varghese A, et al. Topical nitrogen mustard in the management of mycosis fungoides: update of the Stanford experience. Arch Dermatol. 2003 Feb;139(2):165-73. http://jamanetwork.com/journals/jamadermatology/fullarticle/479188 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12588222?tool=bestpractice.com [48]Lessin SR, Duvic M, Guitart J, et al. Topical chemotherapy in cutaneous T-cell lymphoma: positive results of a randomized, controlled, multicenter trial testing the efficacy and safety of a novel mechlorethamine, 0.02%, gel in mycosis fungoides. JAMA Dermatol. 2013 Jan;149(1):25-32. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3662469 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23069814?tool=bestpractice.com O tratamento tópico com clormetina está associado a dermatite e pode causar irritação quando usado no rosto e em áreas intertriginosas da pele.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 O tratamento deve ser iniciado com um uso menor que o diário para avaliar a tolerabilidade e, em seguida, aumentar lentamente a aplicação para a dose usual.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Os retinoides tópicos podem ser considerados para o tratamento das lesões cutâneas nos pacientes com linfoma cutâneo de células T (LCCT) em estádio inicial refratários a outras terapias tópicas, ou incapazes de tolerar outras terapias.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com [49]Scarisbrick JJ, Morris S, Azurdia R, et al. U.K. consensus statement on safe clinical prescribing of bexarotene for patients with cutaneous T-cell lymphoma. Br J Dermatol. 2013 Jan;168(1):192-200. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22963233?tool=bestpractice.com O gel de bexaroteno é o único retinoide tópico aprovado pela FDA para o tratamento de MF e SS. Em um ensaio, o gel de bexaroteno mostrou resultados promissores como um tratamento lesão-dirigido no LCCT em estágio inicial (taxa de resposta global de 63% e uma taxa de resposta completa clínica de 21%, com duração de resposta mediana de 99 semanas).[50]Breneman D, Duvic M, Kuzel T, et al. Phase 1 and 2 trial of bexarotene gel for skin-directed treatment of patients with cutaneous T-cell lymphoma. Arch Dermatol. 2002 Mar;138(3):325-32. http://jamanetwork.com/journals/jamadermatology/fullarticle/478736 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11902983?tool=bestpractice.com Os retinoides tópicos podem causar irritação da pele, incluindo vermelhidão, descamação e dermatite, quando usados no rosto e nas áreas intertriginosas do corpo.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A carmustina, um potente agente alquilante do DNA, demonstrou ser um tratamento eficaz para MF em estágio inicial com placas/manchas e tem eficácia semelhante à clormetina.[51]Zackheim HS. Topical carmustine (BCNU) for patch/plaque mycosis fungoides. Semin Dermatol. 1994 Sep;13(3):202-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7986689?tool=bestpractice.com [52]Zackheim HS. Topical carmustine (BCNU) in the treatment of mycosis fungoides. Dermatol Ther. 2003;16(4):299-302. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14686972?tool=bestpractice.com Como a carmustina tópica é amplamente absorvida, está associada a um aumento do risco de supressão da medula óssea.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com
LCCT são tumores radiossensíveis, e a radioterapia por feixe externo exerce um papel importante no manejo da doença cutânea localizada e isolada, bem como na paliação de manchas espessas e nódulos tumorais volumosos.[53]Wilson LD, Kacinski BM, Jones GW. Local superficial radiotherapy in the management of minimal stage IA cutaneous T-cell lymphoma (mycosis fungoides). Int J Radiat Oncol Biol Phys. 1998 Jan 1;40(1):109-15. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9422565?tool=bestpractice.com Doses relativamente baixas de radioterapia de baixa energia são suficientes, e a doença cutânea superficial pode ser tratada, de forma eficaz, com doses administradas entre 4 Gy e 40 Gy. A radioterapia (24-30 Gy) é recomendada como monoterapia para lesões unilesionais com intenção curativa.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 A radioterapia de baixa dose (8-12 Gy) geralmente é administrada em combinação com outras terapias para tratamento paliativo.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A fototerapia com ultravioleta B (UVB) pode ser usada para tratar a doença que apresenta mancha. Um estudo relatou uma taxa de resposta completa de 83%, com uma duração mediana de remissão de 22 meses.[54]Ramsay DL, Lish KM, Yalowitz CB, et al. Ultraviolet-B phototherapy for early-stage cutaneous T-cell lymphoma. Arch Dermatol. 1992 Jul;128(7):931-3. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1626959?tool=bestpractice.com A puvaterapia (que consiste em metoxisaleno [8-metoxipsoraleno] administrado por via oral, ativado quando exposto à luz ultravioleta de ondas longas), em virtude da maior penetração na derme, é considerada o tratamento de primeira escolha para pacientes com a doença com placas e ainda é uma das terapias mais eficazes para pacientes com doença em estágio inicial. No entanto, a PUVA está associada a um aumento da toxicidade cutânea em comparação com a UVB, e há poucos dados sobre os efeitos da puvaterapia na sobrevida global. O tratamento de manutenção pode prolongar o período de remissão. O uso da PUVA como terapia única é geralmente restrito ao LCCT em estágio inicial, pois é improvável que os pacientes com doença em estágio avançado obtenham uma resposta completa à PUVA isolada. Assim que possível, a dose total de PUVA deve ser restrita a <200 de sessões de tratamento, por causa do risco de cânceres de pele secundários associados a uma dose total cumulativa elevada de UVA.
A TSEBT é recomendada nos pacientes com maior uma carga de doença de pele com envolvimento difuso de placas.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Em geral, elétrons 4-MeV a 9-MeV são aplicados na pele usando uma técnica de 6 ou 8 campos. Isso permite preservar as estruturas abaixo da derme, pois 80% são aplicados no primeiro 1 cm e <5% a uma profundidade além de 2 cm. Foi mostrado que doses elevadas proporcionam remissões mais duráveis que doses menores.[63]Hoppe RT, Cox RS, Fuks Z, et al. Electron-beam therapy for mycosis fungoides: the Stanford University experience. Cancer Treat Rep. 1979 Apr;63(4):691-700. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/109207?tool=bestpractice.com [64]Reddy S, Parker CM, Shidnia H, et al. Total skin electron beam radiation therapy for mycosis fungoides. Am J Clin Oncol. 1992 Apr;15(2):119-24. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1553898?tool=bestpractice.com As taxas de resposta completa para a doença em estágio inicial variam de 56% a 96%.[63]Hoppe RT, Cox RS, Fuks Z, et al. Electron-beam therapy for mycosis fungoides: the Stanford University experience. Cancer Treat Rep. 1979 Apr;63(4):691-700. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/109207?tool=bestpractice.com [64]Reddy S, Parker CM, Shidnia H, et al. Total skin electron beam radiation therapy for mycosis fungoides. Am J Clin Oncol. 1992 Apr;15(2):119-24. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1553898?tool=bestpractice.com [65]Quiros PA, Jones GW, Kacinski BM, et al. Total skin electron beam therapy followed by adjuvant psoralen/ultraviolet-A light in the management of patients with T1 and T2 cutaneous T-cell lymphoma (mycosis fungoides). Int J Radiat Oncol Biol Phys. 1997 Jul 15;38(5):1027-35. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9276369?tool=bestpractice.com As taxas de resposta na doença avançada são geralmente menores, porém obtém-se uma boa paliação.[66]Maingon P, Truc G, Dalac S, et al. Radiotherapy of advanced mycosis fungoides: indications and results of total skin electron beam and photon beam irradiation. Radiother Oncol. 2000 Jan;54(1):73-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10719702?tool=bestpractice.com A TSEBT pode ser seguida por terapias sistêmicas para manter a resposta.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Existem dados de segurança limitados para o uso de TSEBT em combinação com retinoides sistêmicos, inibidores da histona desacetilase (HDAC), como vorinostate ou romidepsina, ou mogamulizumabe, ou combinação de fototerapia com vorinostate ou romidepsina.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [67]Fong S, Hong EK, Khodadoust MS, et al. Low-dose total skin electron beam therapy combined with mogamulizumab for refractory mycosis fungoides and sézary syndrome. Adv Radiat Oncol. 2021 May-Jun;6(3):100629. https://www.doi.org/10.1016/j.adro.2020.11.014 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33748543?tool=bestpractice.com
As terapias combinadas recomendadas para doença tumoral generalizada em estádio IIB incluem fototerapia com alfainterferona ou um retinoide, ou um retinoide com alfainterferona.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Os pacientes que apresentam doença generalizada persistente em estádio IIB devem ser tratados novamente com as opções iniciais de tratamento para doença tumoral generalizada em estádio IIB.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Pacientes com recidiva ou progressão da doença em estádio >IIB devem ser tratados de acordo com o estágio clínico.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local para obter mais informações sobre dosagens.
Opções primárias
imiquimode de uso tópico
ou
clormetina tópica
ou
bexaroteno tópico
ou
carmustina
Terapia sistêmica
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
As opções de terapia sistêmica preferenciais incluem bexaroteno, brentuximabe vedotina, alfainterferona, metotrexato, mogamulizumabe, romidepsina, doxorrubicina lipossomal, pralatrexato e gencitabina.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
O bexaroteno, um retinoide oral, está bem estabelecido como uma das terapias sistêmicas para doença persistente ou refratária precoce e avançada.[56]Duvic M, Hymes K, Heald P, et al. Bexarotene is effective and safe for treatment of refractory advanced-stage cutaneous T-cell lymphoma: multinational phase II-III trial results. J Clin Oncol. 2001 May 1;19(9):2456-71. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11331325?tool=bestpractice.com [57]Duvic M, Martin AG, Kim Y, et al. Phase 2 and 3 clinical trial of oral bexarotene (Targretin capsules) for the treatment of refractory or persistent early-stage cutaneous T-cell lymphoma. Arch Dermatol. 2001 May;137(5):581-93. http://jamanetwork.com/journals/jamadermatology/fullarticle/478334 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11346336?tool=bestpractice.com O bexaroteno age ligando-se seletivamente ao receptor de retinoide x (RXR) que faz parte da família de receptores nucleares. A hipertrigliceridemia e o hipotireoidismo são efeitos adversos comuns, mas reversíveis, e geralmente podem ser manejados com a iniciação de medicamentos hipolipemiantes e tiroxina imediatamente antes de iniciar o uso de bexaroteno. Retinoides alternativos (por exemplo, acitretina, isotretinoína) podem ser considerados no lugar do bexaroteno.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A alfainterferona é um tratamento bem estabelecido para o linfoma cutâneo de células T (LCCT) em vários estádios (geralmente além da doença com placas limitada). Ela pode ser considerada para uso antes e depois das outras terapias sistêmicas, ou em combinação com elas. Há relatos de boas taxas de resposta, com algumas remissões com duração >2 anos.[59]Olsen EA, Rosen ST, Vollmer RT, et al. Interferon alfa-2a in the treatment of cutaneous T cell lymphoma. J Am Acad Dermatol. 1989 Mar;20(3):395-407. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2783939?tool=bestpractice.com [109]Jumbou O, N'Guyen JM, Tessier MH, et al. Long-term follow-up in 51 patients with mycosis fungoides and Sezary syndrome treated by interferon-alfa. Br J Dermatol. 1999 Mar;140(3):427-31. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10233261?tool=bestpractice.com Vários estudos que investigam a utilidade da combinação de alfainterferona com outras terapias, como a fotoférese extracorpórea (FEC), a pentostatina e a fludarabina, falharam em demonstrar melhoras significativas nas taxas de resposta.[60]Foss FM, Ihde DC, Breneman DL, et al. Phase II study of pentostatin and intermittent high-dose recombinant interferon alfa-2a in advanced mycosis fungoides/Sezary syndrome. J Clin Oncol. 1992 Dec;10(12):1907-13. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1453206?tool=bestpractice.com [61]Foss FM, Ihde DC, Linnoila IR, et al. Phase II trial of fludarabine phosphate and interferon alfa-2a in advanced mycosis fungoides/Sezary syndrome. J Clin Oncol. 1994 Oct;12(10):2051-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7931473?tool=bestpractice.com A alfainterferona 2a e 2b e a alfapeginterferona 2b foram descontinuadas nos EUA. O alfapeginterferona 2a pode ser substituída por outras preparações de interferonas.
Um estudo comprovou a eficácia do metotrexato oral de baixa dose como um agente único, com uma taxa de resposta de 76% e uma taxa de sobrevida de 5 anos de 71%.[62]Zackheim HS, Epstein EH Jr. Low-dose methotrexate for the Sezary syndrome. J Am Acad Dermatol. 1989 Oct;21(4 Pt 1):757-62. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2808792?tool=bestpractice.com Geralmente é bem tolerada.
O brentuximabe vedotina, um conjugado anticorpo-medicamento que permite que o medicamento citotóxico monometil auristatina E (MMAE) seja direcionado para células cancerosas CD30+, está aprovado pela FDA para o tratamento de MF e SS. Ensaios clínicos de fase 2 demonstraram que o brentuximabe vedotina é altamente ativo no LCCT de CD30+.[68]Kim YH, Tavallaee M, Sundram U, et al. Phase II investigator-initiated study of brentuximab vedotin in mycosis fungoides and Sézary syndrome with variable CD30 expression level: a multi-institution collaborative project. J Clin Oncol. 2015 Nov 10;33(32):3750-8. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5089160 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26195720?tool=bestpractice.com [69]Duvic M, Tetzlaff MT, Gangar P, et al. Results of a phase II trial of brentuximab vedotin for CD30+ cutaneous T-cell lymphoma and lymphomatoid papulosis. J Clin Oncol. 2015 Nov 10;33(32):3759-65. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4737859 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26261247?tool=bestpractice.com A taxa de resposta global é de 54% na MF, independentemente do status de CD30. Exacerbações podem ser observadas na MF no início da terapia, e o tempo mediano até a resposta na MF é de aproximadamente 12 semanas, com remissões duráveis observadas em alguns pacientes e uma duração mediana de resposta de aproximadamente 32 semanas. Os efeitos adversos comuns incluem neuropatia, fadiga e erupção cutânea por medicamentos.[69]Duvic M, Tetzlaff MT, Gangar P, et al. Results of a phase II trial of brentuximab vedotin for CD30+ cutaneous T-cell lymphoma and lymphomatoid papulosis. J Clin Oncol. 2015 Nov 10;33(32):3759-65. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4737859 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26261247?tool=bestpractice.com Um ensaio clínico de fase 3 incluiu pacientes adultos previamente tratados com MF ou linfoma anaplásico cutâneo primário de grande célula com CD30+. Tal ensaio revelou uma melhora significativa na resposta global objetiva com duração de pelo menos 4 meses com brentuximabe vedotina (56%) em comparação à escolha do médico de metotrexato ou bexaroteno (13%).[70]Prince HM, Kim YH, Horwitz SM, et al. Brentuximab vedotin or physician's choice in CD30-positive cutaneous T-cell lymphoma (ALCANZA): an international, open-label, randomised, phase 3, multicentre trial. Lancet. 2017 Aug 5;390(10094):555-66. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28600132?tool=bestpractice.com
O mogamulizumabe, um anticorpo monoclonal que se liga a um receptor de quimiocina CC tipo 4 (CCR4) encontrado em algumas células cancerosas, é aprovado pela FDA para uso intravenoso para o tratamento de pacientes adultos com MF ou SS recidivada ou refratária após, pelo menos, uma terapia sistêmica anterior. Um ensaio clínico randomizado, controlado, aberto e de fase 3 demonstrou que o mogamulizumabe melhorou significativamente a sobrevida livre de progressão, em comparação com o vorinostate, para pacientes com MF ou SS recidivada ou refratária.[71]Kim YH, Bagot M, Pinter-Brown L, et al. Mogamulizumab versus vorinostat in previously treated cutaneous T-cell lymphoma (MAVORIC): an international, open-label, randomised, controlled phase 3 trial. Lancet Oncol. 2018 Sep;19(9):1192-204. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30100375?tool=bestpractice.com Os efeitos adversos graves incluíram pirexia, celulite, embolia pulmonar e sepse. Evidências de um estudo de caso de dois pacientes com SS refratária que foram tratados com quatro e cinco terapias sistêmicas anteriores, respectivamente, relataram que o mogamulizumabe combinado com TSEBT alcançou uma resposta completa global em ambos os pacientes em 9 semanas para o primeiro paciente e 4 semanas para o segundo paciente, e foi bem tolerado.[67]Fong S, Hong EK, Khodadoust MS, et al. Low-dose total skin electron beam therapy combined with mogamulizumab for refractory mycosis fungoides and sézary syndrome. Adv Radiat Oncol. 2021 May-Jun;6(3):100629. https://www.doi.org/10.1016/j.adro.2020.11.014 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33748543?tool=bestpractice.com
O inibidor da histona desacetilase (HDAC), romidepsina, funciona induzindo a acetilação de histonas e acetilação de proteínas, resultando em eventos a jusante de parada do ciclo celular e apoptose.[72]Carew JS, Giles FJ, Nawrocki ST. Histone deacetylase inhibitors: mechanisms of cell death and promise in combination cancer therapy. Cancer Lett. 2008 Sep 28;269(1):7-17. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18462867?tool=bestpractice.com [73]Kim M, Thompson LA, Wenger SD, et al. Romidepsin: a histone deacetylase inhibitor for refractory cutaneous T-cell lymphoma. Ann Pharmacother. 2012 Oct;46(10):1340-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22968522?tool=bestpractice.com É aprovado pela FDA dos EUA para o tratamento de MF e SS.
Evidências de dois estudos prospectivos abertos de fase 2 sugerem que a monoterapia com doxorrubicina lipossomal melhorou as taxas de resposta global, o tempo médio até a progressão e a duração mediana da resposta em pacientes com LCCT avançado (LCCT em estádio II a IV [incluindo SS e LCCT transformado] ou MF em estádio IIB a IVB, respectivamente) refratários a, pelo menos, duas linhas de tratamento anteriores.[76]Quereux G, Marques S, Nguyen JM, et al. Prospective multicenter study of pegylated liposomal doxorubicin treatment in patients with advanced or refractory mycosis fungoides or Sézary syndrome. Arch Dermatol. 2008 Jun;144(6):727-33. https://www.doi.org/10.1001/archderm.144.6.727 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18559761?tool=bestpractice.com [77]Dummer R, Quaglino P, Becker JC, et al. Prospective international multicenter phase II trial of intravenous pegylated liposomal doxorubicin monochemotherapy in patients with stage IIB, IVA, or IVB advanced mycosis fungoides: final results from EORTC 21012. J Clin Oncol. 2012 Nov 20;30(33):4091-7. https://www.doi.org/10.1200/JCO.2011.39.8065 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23045580?tool=bestpractice.com
O pralatrexato, um inibidor da diidrofolato redutase, demonstrou eficácia em pacientes com MF ou SS recidivados ou refratários.[78]Horwitz SM, Kim YH, Foss F, et al. Identification of an active, well-tolerated dose of pralatrexate in patients with relapsed or refractory cutaneous T-cell lymphoma. Blood. 2012 May 3;119(18):4115-22. https://www.doi.org/10.1182/blood-2011-11-390211 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22394596?tool=bestpractice.com [79]Foss F, Horwitz SM, Coiffier B, et al. Pralatrexate is an effective treatment for relapsed or refractory transformed mycosis fungoides: a subgroup efficacy analysis from the PROPEL study. Clin Lymphoma Myeloma Leuk. 2012 Aug;12(4):238-43. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22542448?tool=bestpractice.com [80]Talpur R, Thompson A, Gangar P, et al. Pralatrexate alone or in combination with bexarotene: long-term tolerability in relapsed/refractory mycosis fungoides. Clin Lymphoma Myeloma Leuk. 2014 Aug;14(4):297-304. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24589156?tool=bestpractice.com Evidências sugerem que o pralatrexato isolado ou em combinação com bexaroteno em baixa dose é bem tolerado e melhora a resposta mediana, a duração mediana do tratamento e a sobrevida livre de progressão mediana em pacientes com MF recidivada, refratária ou com transformação em grandes células.[78]Horwitz SM, Kim YH, Foss F, et al. Identification of an active, well-tolerated dose of pralatrexate in patients with relapsed or refractory cutaneous T-cell lymphoma. Blood. 2012 May 3;119(18):4115-22. https://www.doi.org/10.1182/blood-2011-11-390211 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22394596?tool=bestpractice.com [79]Foss F, Horwitz SM, Coiffier B, et al. Pralatrexate is an effective treatment for relapsed or refractory transformed mycosis fungoides: a subgroup efficacy analysis from the PROPEL study. Clin Lymphoma Myeloma Leuk. 2012 Aug;12(4):238-43. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22542448?tool=bestpractice.com [80]Talpur R, Thompson A, Gangar P, et al. Pralatrexate alone or in combination with bexarotene: long-term tolerability in relapsed/refractory mycosis fungoides. Clin Lymphoma Myeloma Leuk. 2014 Aug;14(4):297-304. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24589156?tool=bestpractice.com
A gencitabina, um antimetabólito da pirimidina, demonstrou boas taxas de resposta e é bem tolerada em pacientes com linfoma cutâneo de células T pré-tratado.[81]Zinzani PL, Baliva G, Magagnoli M, et al. Gemcitabine treatment in pretreated cutaneous T-cell lymphoma: experience in 44 patients. J Clin Oncol. 2000 Jul;18(13):2603-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10893292?tool=bestpractice.com [82]Duvic M, Talpur R, Wen S, et al. Phase II evaluation of gemcitabine monotherapy for cutaneous T-cell lymphoma. Clin Lymphoma Myeloma. 2006 Jul;7(1):51-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16879770?tool=bestpractice.com [83]Pellegrini C, Stefoni V, Casadei B, et al. Long-term outcome of patients with advanced-stage cutaneous T cell lymphoma treated with gemcitabine. Ann Hematol. 2014 Nov;93(11):1853-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24908331?tool=bestpractice.com
Os pacientes que apresentam T1 a T3 persistentes com lesões tumorais generalizadas devem ser tratados novamente com as opções de tratamento inicial para a doença tumoral generalizada em estádio IIB.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Pacientes com recidiva ou progressão da doença em estádio >IIB devem ser tratados de acordo com o estágio clínico.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local para obter mais informações sobre dosagens.
Opções primárias
bexaroteno
ou
alfapeginterferona 2a
ou
metotrexato
ou
brentuximabe vedotina
ou
mogamulizumab
ou
romidepsina
ou
doxorrubicina lipossomal
ou
pralatrexate
ou
gencitabina
doença em estádio III: eritrodérmica (sem transformação em grandes células)
terapia direcionada para a pele
As opções iniciais de tratamento para a doença em estádio III incluem terapia sistêmica com terapia direcionada à pele.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com [31]Willemze R, Hodak E, Zinzani P, et al; ESMO Guidelines Working Group. Primary cutaneous lymphomas: ESMO clinical practice guidelines for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2018 Oct 1;29(4 suppl):iv30-40. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(19)31693-X/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29878045?tool=bestpractice.com [32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
As terapias direcionadas à pele podem incluir corticosteroides tópicos, imiquimode tópico, clormetina tópica, retinoides tópicos (por exemplo, bexaroteno), carmustina tópica, UVB, PUVA, UVA1, irradiação total da pele com feixes de elétrons (TSEBT) ou radioterapia.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 A fototerapia e a TSEBT podem estar associadas a uma maior toxicidade nos pacientes com eritrodermia, e pode ser necessário considerar a modificação da dose/esquema.
Foi mostrado que corticosteroides tópicos proporcionam boas respostas e alívio sintomático na doença em estágio inicial.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com Um estudo demonstrou uma resposta completa em 63% dos pacientes com doença em estádio T1 (manchas, pápulas e/ou placas limitadas cobrindo <10% da superfície da pele) e em 25% dos pacientes com a doença em estágio T2 (manchas, pápulas ou placas cobrindo 10% ou mais da superfície da pele), após um acompanhamento mediano de 9 meses.[41]Zackheim HS, Kashani-Sabet M, Amin S. Topical corticosteroids for mycosis fungoides: experience in 79 patients. Arch Dermatol. 1998 Aug;134(8):949-54. http://jamanetwork.com/journals/jamadermatology/fullarticle/189275 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9722724?tool=bestpractice.com Corticosteroides tópicos de alta potência podem ser menos bem tolerados em áreas intertriginosas do corpo ou outras áreas, como o rosto.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 A duração do tratamento e a potência do tratamento com corticosteroides podem resultar em absorção sistêmica e atrofia da pele. O uso ideal de corticosteroides tópicos deve ser determinado com a ajuda de um dermatologista e depende do tipo e localização da lesão.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
O imiquimode tópico pode ser considerado para áreas com poucas manchas/placas/pequenos tumores que são recalcitrantes ao tratamento ou na pele danificada pelo sol, como antebraços, couro cabeludo e rosto.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Evidências de séries de casos sugerem que o imiquimode é eficaz para o tratamento de MF em estágio inicial refratária a outras terapias.[42]Deeths MJ, Chapman JT, Dellavalle RP, et al. Treatment of patch and plaque stage mycosis fungoides with imiquimod 5% cream. J Am Acad Dermatol. 2005 Feb;52(2):275-80. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15692473?tool=bestpractice.com [43]Coors EA, Schuler G, Von Den Driesch P. Topical imiquimod as treatment for different kinds of cutaneous lymphoma. Eur J Dermatol. 2006 Jul-Aug;16(4):391-3. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16935796?tool=bestpractice.com [44]Martínez-González MC, Verea-Hernando MM, Yebra-Pimentel MT, et al. Imiquimod in mycosis fungoides. Eur J Dermatol. 2008 Mar-Apr;18(2):148-52. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18424373?tool=bestpractice.com [45]Lewis DJ, Byekova YA, Emge DA, et al. Complete resolution of mycosis fungoides tumors with imiquimod 5% cream: a case series. J Dermatolog Treat. 2017 Sep;28(6):567-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28635518?tool=bestpractice.com
A clormetina, um potente agente alquilante do DNA, demonstrou tratar com sucesso doenças superficiais da pele.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com [46]Ramsay DL, Halperin PS, Zeleniuch-Jacquotte A. Topical mechlorethamine therapy for early stage mycosis fungoides. J Am Acad Dermatol. 1988 Oct;19(4):684-91. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3183094?tool=bestpractice.com [47]Kim YH, Martinez G, Varghese A, et al. Topical nitrogen mustard in the management of mycosis fungoides: update of the Stanford experience. Arch Dermatol. 2003 Feb;139(2):165-73. http://jamanetwork.com/journals/jamadermatology/fullarticle/479188 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12588222?tool=bestpractice.com [48]Lessin SR, Duvic M, Guitart J, et al. Topical chemotherapy in cutaneous T-cell lymphoma: positive results of a randomized, controlled, multicenter trial testing the efficacy and safety of a novel mechlorethamine, 0.02%, gel in mycosis fungoides. JAMA Dermatol. 2013 Jan;149(1):25-32. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3662469 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23069814?tool=bestpractice.com O tratamento tópico com clormetina está associado a dermatite e pode causar irritação quando usado no rosto e em áreas intertriginosas da pele.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 O tratamento deve ser iniciado com um uso menor que o diário para avaliar a tolerabilidade e, em seguida, aumentar lentamente a aplicação para a dose usual.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Os retinoides tópicos podem ser considerados para o tratamento das lesões cutâneas nos pacientes com linfoma cutâneo de células T (LCCT) em estádio inicial refratários a outras terapias tópicas, ou incapazes de tolerar outras terapias.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com [49]Scarisbrick JJ, Morris S, Azurdia R, et al. U.K. consensus statement on safe clinical prescribing of bexarotene for patients with cutaneous T-cell lymphoma. Br J Dermatol. 2013 Jan;168(1):192-200. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22963233?tool=bestpractice.com O gel de bexaroteno é o único retinoide tópico aprovado pela FDA para o tratamento de MF e SS. Em um ensaio, o gel de bexaroteno mostrou resultados promissores como um tratamento lesão-dirigido no LCCT em estágio inicial (taxa de resposta global de 63% e uma taxa de resposta completa clínica de 21%, com duração de resposta mediana de 99 semanas).[50]Breneman D, Duvic M, Kuzel T, et al. Phase 1 and 2 trial of bexarotene gel for skin-directed treatment of patients with cutaneous T-cell lymphoma. Arch Dermatol. 2002 Mar;138(3):325-32. http://jamanetwork.com/journals/jamadermatology/fullarticle/478736 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11902983?tool=bestpractice.com Os retinoides tópicos podem causar irritação da pele, incluindo vermelhidão, descamação e dermatite, quando usados no rosto e nas áreas intertriginosas do corpo.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A carmustina, um potente agente alquilante do DNA, demonstrou ser um tratamento eficaz para MF em estágio inicial com placas/manchas e tem eficácia semelhante à clormetina.[51]Zackheim HS. Topical carmustine (BCNU) for patch/plaque mycosis fungoides. Semin Dermatol. 1994 Sep;13(3):202-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7986689?tool=bestpractice.com [52]Zackheim HS. Topical carmustine (BCNU) in the treatment of mycosis fungoides. Dermatol Ther. 2003;16(4):299-302. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14686972?tool=bestpractice.com Como a carmustina tópica é amplamente absorvida, está associada a um aumento do risco de supressão da medula óssea.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com
LCCT são tumores radiossensíveis, e a radioterapia por feixe externo exerce um papel importante no manejo da doença cutânea localizada e isolada, bem como na paliação de manchas espessas e nódulos tumorais volumosos.[53]Wilson LD, Kacinski BM, Jones GW. Local superficial radiotherapy in the management of minimal stage IA cutaneous T-cell lymphoma (mycosis fungoides). Int J Radiat Oncol Biol Phys. 1998 Jan 1;40(1):109-15. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9422565?tool=bestpractice.com Doses relativamente baixas de radioterapia de baixa energia são suficientes, e a doença cutânea superficial pode ser tratada, de forma eficaz, com doses administradas entre 4 Gy e 40 Gy. A radioterapia (24-30 Gy) é recomendada como monoterapia para lesões unilesionais com intenção curativa.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 A radioterapia de baixa dose (8-12 Gy) geralmente é administrada em combinação com outras terapias para tratamento paliativo.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A fototerapia com ultravioleta B (UVB) pode ser usada para tratar a doença que apresenta mancha. Um estudo relatou uma taxa de resposta completa de 83%, com uma duração mediana de remissão de 22 meses.[54]Ramsay DL, Lish KM, Yalowitz CB, et al. Ultraviolet-B phototherapy for early-stage cutaneous T-cell lymphoma. Arch Dermatol. 1992 Jul;128(7):931-3. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1626959?tool=bestpractice.com A puvaterapia (que consiste em metoxisaleno [8-metoxipsoraleno] administrado por via oral, ativado quando exposto à luz ultravioleta de ondas longas), em virtude da maior penetração na derme, é considerada o tratamento de primeira escolha para pacientes com a doença com placas e ainda é uma das terapias mais eficazes para pacientes com doença em estágio inicial. No entanto, a PUVA está associada a um aumento da toxicidade cutânea em comparação com a UVB, e há poucos dados sobre os efeitos da puvaterapia na sobrevida global. O tratamento de manutenção pode prolongar o período de remissão. O uso da PUVA como terapia única é geralmente restrito ao LCCT em estágio inicial, pois é improvável que os pacientes com doença em estágio avançado obtenham uma resposta completa à PUVA isolada. Assim que possível, a dose total de PUVA deve ser restrita a <200 de sessões de tratamento, por causa do risco de cânceres de pele secundários associados a uma dose total cumulativa elevada de UVA.
A irradiação total da pele com feixes de elétrons (TSEBT) é recomendada nos pacientes com maior carga de doença de pele, com envolvimento difuso de placas.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Em geral, elétrons 4-MeV a 9-MeV são aplicados na pele usando uma técnica de 6 ou 8 campos. Isso permite preservar as estruturas abaixo da derme, pois 80% são aplicados no primeiro 1 cm e <5% a uma profundidade além de 2 cm. Foi mostrado que doses elevadas proporcionam remissões mais duráveis que doses menores.[63]Hoppe RT, Cox RS, Fuks Z, et al. Electron-beam therapy for mycosis fungoides: the Stanford University experience. Cancer Treat Rep. 1979 Apr;63(4):691-700. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/109207?tool=bestpractice.com [64]Reddy S, Parker CM, Shidnia H, et al. Total skin electron beam radiation therapy for mycosis fungoides. Am J Clin Oncol. 1992 Apr;15(2):119-24. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1553898?tool=bestpractice.com As taxas de resposta completa para a doença em estágio inicial variam de 56% a 96%.[63]Hoppe RT, Cox RS, Fuks Z, et al. Electron-beam therapy for mycosis fungoides: the Stanford University experience. Cancer Treat Rep. 1979 Apr;63(4):691-700. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/109207?tool=bestpractice.com [64]Reddy S, Parker CM, Shidnia H, et al. Total skin electron beam radiation therapy for mycosis fungoides. Am J Clin Oncol. 1992 Apr;15(2):119-24. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1553898?tool=bestpractice.com [65]Quiros PA, Jones GW, Kacinski BM, et al. Total skin electron beam therapy followed by adjuvant psoralen/ultraviolet-A light in the management of patients with T1 and T2 cutaneous T-cell lymphoma (mycosis fungoides). Int J Radiat Oncol Biol Phys. 1997 Jul 15;38(5):1027-35. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9276369?tool=bestpractice.com As taxas de resposta na doença avançada são geralmente menores, porém obtém-se uma boa paliação.[66]Maingon P, Truc G, Dalac S, et al. Radiotherapy of advanced mycosis fungoides: indications and results of total skin electron beam and photon beam irradiation. Radiother Oncol. 2000 Jan;54(1):73-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10719702?tool=bestpractice.com A TSEBT pode ser seguida por terapias sistêmicas para manter a resposta.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Existem dados de segurança limitados para o uso de TSEBT em combinação com retinoides sistêmicos, inibidores da histona desacetilase (HDAC), como vorinostate ou romidepsina, ou mogamulizumabe, ou combinação de fototerapia com vorinostate ou romidepsina.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [67]Fong S, Hong EK, Khodadoust MS, et al. Low-dose total skin electron beam therapy combined with mogamulizumab for refractory mycosis fungoides and sézary syndrome. Adv Radiat Oncol. 2021 May-Jun;6(3):100629. https://www.doi.org/10.1016/j.adro.2020.11.014 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33748543?tool=bestpractice.com
Pacientes com recidiva ou com doença persistente em estádio III devem ser tratados novamente com os tratamentos iniciais. Aqueles que apresentam progressão da doença com estádio >III devem ser tratados de acordo com o estádio da doença recidivada.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local para obter mais informações sobre dosagens.
Opções primárias
imiquimode de uso tópico
ou
clormetina tópica
ou
bexaroteno tópico
ou
carmustina
Terapia sistêmica
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
As opções de terapia sistêmica preferenciais incluem bexaroteno, brentuximabe vedotina, alfainterferona, metotrexato, mogamulizumabe, romidepsina e fotoférese extracorpórea (FEC).[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
O bexaroteno, um retinoide oral, está bem estabelecido como uma das terapias sistêmicas para doença persistente ou refratária precoce e avançada.[56]Duvic M, Hymes K, Heald P, et al. Bexarotene is effective and safe for treatment of refractory advanced-stage cutaneous T-cell lymphoma: multinational phase II-III trial results. J Clin Oncol. 2001 May 1;19(9):2456-71. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11331325?tool=bestpractice.com [57]Duvic M, Martin AG, Kim Y, et al. Phase 2 and 3 clinical trial of oral bexarotene (Targretin capsules) for the treatment of refractory or persistent early-stage cutaneous T-cell lymphoma. Arch Dermatol. 2001 May;137(5):581-93. http://jamanetwork.com/journals/jamadermatology/fullarticle/478334 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11346336?tool=bestpractice.com O bexaroteno age ligando-se seletivamente ao receptor de retinoide x (RXR) que faz parte da família de receptores nucleares. A hipertrigliceridemia e o hipotireoidismo são efeitos adversos comuns, mas reversíveis, e geralmente podem ser manejados com a iniciação de medicamentos hipolipemiantes e tiroxina imediatamente antes de iniciar o uso de bexaroteno. Retinoides alternativos (por exemplo, acitretina, isotretinoína) podem ser considerados no lugar do bexaroteno.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A alfainterferona é um tratamento bem estabelecido para o linfoma cutâneo de células T (LCCT) em vários estádios (geralmente além da doença com placas limitada). Ela pode ser considerada para uso antes e depois das outras terapias sistêmicas, ou em combinação com elas. Há relatos de boas taxas de resposta, com algumas remissões com duração >2 anos.[59]Olsen EA, Rosen ST, Vollmer RT, et al. Interferon alfa-2a in the treatment of cutaneous T cell lymphoma. J Am Acad Dermatol. 1989 Mar;20(3):395-407. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2783939?tool=bestpractice.com [109]Jumbou O, N'Guyen JM, Tessier MH, et al. Long-term follow-up in 51 patients with mycosis fungoides and Sezary syndrome treated by interferon-alfa. Br J Dermatol. 1999 Mar;140(3):427-31. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10233261?tool=bestpractice.com Vários estudos que investigaram o uso da combinação de alfainterferona com outras terapias, como FEC, pentostatina e fludarabina, não conseguiram demonstrar melhoras significativas nas taxas de resposta.[60]Foss FM, Ihde DC, Breneman DL, et al. Phase II study of pentostatin and intermittent high-dose recombinant interferon alfa-2a in advanced mycosis fungoides/Sezary syndrome. J Clin Oncol. 1992 Dec;10(12):1907-13. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1453206?tool=bestpractice.com [61]Foss FM, Ihde DC, Linnoila IR, et al. Phase II trial of fludarabine phosphate and interferon alfa-2a in advanced mycosis fungoides/Sezary syndrome. J Clin Oncol. 1994 Oct;12(10):2051-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7931473?tool=bestpractice.com A alfainterferona 2a e 2b e a alfapeginterferona 2b foram descontinuadas nos EUA. O alfapeginterferona 2a pode ser substituída por outras preparações de interferonas.
Um estudo comprovou a eficácia do metotrexato oral de baixa dose como um agente único, com uma taxa de resposta de 76% e uma taxa de sobrevida de 5 anos de 71%.[62]Zackheim HS, Epstein EH Jr. Low-dose methotrexate for the Sezary syndrome. J Am Acad Dermatol. 1989 Oct;21(4 Pt 1):757-62. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2808792?tool=bestpractice.com Geralmente é bem tolerada.
O brentuximabe vedotina, um conjugado anticorpo-medicamento que permite que o medicamento citotóxico monometil auristatina E (MMAE) seja direcionado para células cancerosas CD30+, está aprovado pela FDA para o tratamento de MF e SS. Ensaios clínicos de fase 2 demonstraram que o brentuximabe vedotina é altamente ativo no LCCT de CD30+.[68]Kim YH, Tavallaee M, Sundram U, et al. Phase II investigator-initiated study of brentuximab vedotin in mycosis fungoides and Sézary syndrome with variable CD30 expression level: a multi-institution collaborative project. J Clin Oncol. 2015 Nov 10;33(32):3750-8. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5089160 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26195720?tool=bestpractice.com [69]Duvic M, Tetzlaff MT, Gangar P, et al. Results of a phase II trial of brentuximab vedotin for CD30+ cutaneous T-cell lymphoma and lymphomatoid papulosis. J Clin Oncol. 2015 Nov 10;33(32):3759-65. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4737859 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26261247?tool=bestpractice.com A taxa de resposta global é de 54% na MF, independentemente do status de CD30. Exacerbações podem ser observadas na MF no início da terapia, e o tempo mediano até a resposta na MF é de aproximadamente 12 semanas, com remissões duráveis observadas em alguns pacientes e uma duração mediana de resposta de aproximadamente 32 semanas. Os efeitos adversos comuns incluem neuropatia, fadiga e erupção cutânea por medicamentos.[69]Duvic M, Tetzlaff MT, Gangar P, et al. Results of a phase II trial of brentuximab vedotin for CD30+ cutaneous T-cell lymphoma and lymphomatoid papulosis. J Clin Oncol. 2015 Nov 10;33(32):3759-65. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4737859 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26261247?tool=bestpractice.com Um ensaio clínico de fase 3 incluiu pacientes adultos previamente tratados com MF ou linfoma anaplásico cutâneo primário de grande célula com CD30+. Tal ensaio revelou uma melhora significativa na resposta global objetiva com duração de pelo menos 4 meses com brentuximabe vedotina (56%) em comparação à escolha do médico de metotrexato ou bexaroteno (13%).[70]Prince HM, Kim YH, Horwitz SM, et al. Brentuximab vedotin or physician's choice in CD30-positive cutaneous T-cell lymphoma (ALCANZA): an international, open-label, randomised, phase 3, multicentre trial. Lancet. 2017 Aug 5;390(10094):555-66. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28600132?tool=bestpractice.com
O mogamulizumabe, um anticorpo monoclonal que se liga a um receptor de quimiocina CC tipo 4 (CCR4) encontrado em algumas células cancerosas, é aprovado pela FDA para uso intravenoso para o tratamento de pacientes adultos com MF ou SS recidivada ou refratária após, pelo menos, uma terapia sistêmica anterior. Um ensaio clínico randomizado, controlado, aberto e de fase 3 demonstrou que o mogamulizumabe melhorou significativamente a sobrevida livre de progressão, em comparação com o vorinostate, para pacientes com MF ou SS recidivada ou refratária.[71]Kim YH, Bagot M, Pinter-Brown L, et al. Mogamulizumab versus vorinostat in previously treated cutaneous T-cell lymphoma (MAVORIC): an international, open-label, randomised, controlled phase 3 trial. Lancet Oncol. 2018 Sep;19(9):1192-204. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30100375?tool=bestpractice.com Os efeitos adversos graves incluíram pirexia, celulite, embolia pulmonar e sepse. Evidências de um estudo de caso de dois pacientes com SS refratária que foram tratados com quatro e cinco terapias sistêmicas anteriores, respectivamente, relataram que o mogamulizumabe combinado com TSEBT alcançou uma resposta completa global em ambos os pacientes em 9 semanas para o primeiro paciente e 4 semanas para o segundo paciente, e foi bem tolerado.[67]Fong S, Hong EK, Khodadoust MS, et al. Low-dose total skin electron beam therapy combined with mogamulizumab for refractory mycosis fungoides and sézary syndrome. Adv Radiat Oncol. 2021 May-Jun;6(3):100629. https://www.doi.org/10.1016/j.adro.2020.11.014 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33748543?tool=bestpractice.com
O inibidor da histona desacetilase (HDAC), romidepsina, funciona induzindo a acetilação de histonas e acetilação de proteínas, resultando em eventos a jusante de parada do ciclo celular e apoptose.[72]Carew JS, Giles FJ, Nawrocki ST. Histone deacetylase inhibitors: mechanisms of cell death and promise in combination cancer therapy. Cancer Lett. 2008 Sep 28;269(1):7-17. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18462867?tool=bestpractice.com [73]Kim M, Thompson LA, Wenger SD, et al. Romidepsin: a histone deacetylase inhibitor for refractory cutaneous T-cell lymphoma. Ann Pharmacother. 2012 Oct;46(10):1340-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22968522?tool=bestpractice.com É aprovado pela FDA dos EUA para o tratamento de MF e SS.
A fotoférese extracorpórea (FEC), uma forma sistêmica de PUVA, é recomendada como uma opção para pacientes com doença em estádio III. A FEC pode ser mais apropriada em pacientes com algum envolvimento sanguíneo.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com [32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 A FEC é um tratamento eficaz que tem sido usada para tratar o LCCT por mais de 30 anos, é bem tolerada com baixo perfil de efeitos adversos e toxicidade.[98]Edelson R, Berger C, Gasparro F, et al. Treatment of cutaneous T-cell lymphoma by extracorporeal photochemotherapy: preliminary results. N Engl J Med. 1987 Feb 5;316(6):297-303. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3543674?tool=bestpractice.com [99]Fraser-Andrews E, Seed P, Whittaker S, et al. Extracorporeal photopheresis in Sézary syndrome: no significant effect in the survival of 44 patients with a peripheral blood T-cell clone. Arch Dermatol. 1998 Aug;134(8):1001-5. http://jamanetwork.com/journals/jamadermatology/fullarticle/189256 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9722731?tool=bestpractice.com [100]Zic JA, Stricklin GP, Greer JP, et al. Long-term follow-up of patients with cutaneous T-cell lymphoma treated with extracorporeal photochemotherapy. J Am Acad Dermatol. 1996 Dec;35(6):935-45. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8959953?tool=bestpractice.com [101]Heald P, Rook A, Perez M, et al. Treatment of erythrodermic cutaneous T-cell lymphoma with extracorporeal photochemotherapy. J Am Acad Dermatol. 1992 Sep;27(3):427-33. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1401279?tool=bestpractice.com
Foram propostas terapias combinadas em virtude da ausência de resposta à FEC em um número significativo de pacientes com doença em estágio avançado, bem como em pacientes com síndrome de Sézary refratária.[103]Rook AH, Prystowsky MB, Cassin M, et al. Combined therapy for Sezary syndrome with extracorporeal photochemotherapy and low-dose interferon alfa therapy. Clinical, molecular, and immunologic observations. Arch Dermatol. 1991 Oct;127(10):1535-40. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1929461?tool=bestpractice.com [104]Gottlieb SL, Wolfe JT, Fox FE, et al. Treatment of cutaneous T-cell lymphoma with extracorporeal photopheresis monotherapy and in combination with recombinant interferon alfa: a 10-year experience at a single institution. J Am Acad Dermatol. 1996 Dec;35(6):946-57. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8959954?tool=bestpractice.com [105]Cohen JH, Lessin SR, Vowels BR, et al. The sign of Leser-Trelat in association with Sezary syndrome: simultaneous disappearance of seborrheic keratoses and malignant T-cell clone during combined therapy with photopheresis and interferon alfa. Arch Dermatol. 1993 Sep;129(9):1213-5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8395792?tool=bestpractice.com [106]Vonderheid EC, Bigler RD, Greenberg AS, et al. Extracorporeal photopheresis and recombinant interferon alfa 2b in Sezary syndrome. Use of dual marker labeling to monitor therapeutic response. Am J Clin Oncol. 1994 Jun;17(3):255-63. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8192114?tool=bestpractice.com [107]Olsen EA, Bunn PA. Interferon in the treatment of cutaneous T-cell lymphoma. Hematol Oncol Clin North Am. 1995 Oct;9(5):1089-107. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8522486?tool=bestpractice.com [108]Dippel E, Schrag H, Goerdt S, et al. Extracorporeal photopheresis and interferon-alfa in advanced cutaneous T-cell lymphoma. Lancet. 1997 Jul 5;350(9070):32-3. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9217723?tool=bestpractice.com [109]Jumbou O, N'Guyen JM, Tessier MH, et al. Long-term follow-up in 51 patients with mycosis fungoides and Sezary syndrome treated by interferon-alfa. Br J Dermatol. 1999 Mar;140(3):427-31. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10233261?tool=bestpractice.com [110]Wilson LD, Licata AL, Braverman IM, et al. Systemic chemotherapy and extracorporeal photochemotherapy for T3 and T4 cutaneous T-cell lymphoma patients who have achieved a complete response to total skin electron beam therapy. Int J Radiat Oncol Biol Phys. 1995 Jul 15;32(4):987-95. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7607973?tool=bestpractice.com [111]Wilson LD, Jones GW, Kim D, et al. Experience with total skin electron beam therapy in combination with extracorporeal photopheresis in the management of patients with erythrodermic (T4) mycosis fungoides. J Am Acad Dermatol. 2000 Jul;43(1 Pt 1):54-60. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10863224?tool=bestpractice.com A terapia de combinação recomendada para doença em estádio III pode incluir FEC + alfainterferona ou um retinoide; FEC + alfainterferona + um retinoide; fototerapia + alfainterferona ou retinoide; fototerapia + FEC; um retinoide + alfainterferona.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com [32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Pacientes com recidiva ou com doença persistente em estádio III devem ser tratados novamente com os tratamentos iniciais. Aqueles que apresentam progressão da doença com estádio >III devem ser tratados de acordo com o estádio da doença recidivada.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local para obter mais informações sobre dosagens.
Opções primárias
bexaroteno
ou
alfapeginterferona 2a
ou
metotrexato
ou
brentuximabe vedotina
ou
mogamulizumab
ou
romidepsina
antibióticos
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A antibioticoterapia sistêmica deve ser considerada para pacientes com doença eritrodérmica, pois eles apresentam um aumento do risco de infecção secundária por patógenos cutâneos.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Consulte a orientação local para opções de tratamento com antibióticos.
doença em estádio IV: síndrome de Sézary em estádio IVA1 ou IVA2 (sem transformação em grandes células)
terapia direcionada para a pele
Síndrome de Sézary em estádio IV, IVA1 (T1-4, N0-2, M0, B2) ou IVA2 (T1-4, N3, M0, B0, B1 ou B2) deve ser tratado com combinações de terapia sistêmica associada a terapia direcionada à pele.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com [32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 As opções de tratamento recomendadas dependem de se o paciente foi diagnosticado com SS, não-SS ou doença visceral. Para pacientes com SS, as opções de tratamento podem diferir para pacientes com carga de doença baixa em oposição a alta.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Para pacientes com síndrome de Sézary em estádio IV com carga de doença baixa a intermediária (por exemplo, células de Sézary atípicas no sangue [ASC] <5 K/mm³), possíveis terapias dirigidas à pele incluem corticosteroides tópicos, imiquimod tópico, clormetina tópica, retinoides tópicos (por exemplo, bexaroteno), carmustina tópica, UVB, PUVA, UVA1, irradiação total da pele com feixes de elétrons (TSEBT) ou radioterapia.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Foi mostrado que corticosteroides tópicos proporcionam boas respostas e alívio sintomático na doença em estágio inicial.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com Um estudo demonstrou uma resposta completa em 63% dos pacientes com doença em estádio T1 (manchas, pápulas e/ou placas limitadas cobrindo <10% da superfície da pele) e em 25% dos pacientes com a doença em estágio T2 (manchas, pápulas ou placas cobrindo 10% ou mais da superfície da pele), após um acompanhamento mediano de 9 meses.[41]Zackheim HS, Kashani-Sabet M, Amin S. Topical corticosteroids for mycosis fungoides: experience in 79 patients. Arch Dermatol. 1998 Aug;134(8):949-54. http://jamanetwork.com/journals/jamadermatology/fullarticle/189275 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9722724?tool=bestpractice.com Corticosteroides tópicos de alta potência podem ser menos bem tolerados em áreas intertriginosas do corpo ou outras áreas, como o rosto.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 A duração do tratamento e a potência do tratamento com corticosteroides podem resultar em absorção sistêmica e atrofia da pele. O uso ideal de corticosteroides tópicos deve ser determinado com a ajuda de um dermatologista e depende do tipo e localização da lesão.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
O imiquimode tópico pode ser considerado para áreas com poucas manchas/placas/pequenos tumores que são recalcitrantes ao tratamento ou na pele danificada pelo sol, como antebraços, couro cabeludo e rosto.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Evidências de séries de casos sugerem que o imiquimode é eficaz para o tratamento de MF em estágio inicial refratária a outras terapias.[42]Deeths MJ, Chapman JT, Dellavalle RP, et al. Treatment of patch and plaque stage mycosis fungoides with imiquimod 5% cream. J Am Acad Dermatol. 2005 Feb;52(2):275-80. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15692473?tool=bestpractice.com [43]Coors EA, Schuler G, Von Den Driesch P. Topical imiquimod as treatment for different kinds of cutaneous lymphoma. Eur J Dermatol. 2006 Jul-Aug;16(4):391-3. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16935796?tool=bestpractice.com [44]Martínez-González MC, Verea-Hernando MM, Yebra-Pimentel MT, et al. Imiquimod in mycosis fungoides. Eur J Dermatol. 2008 Mar-Apr;18(2):148-52. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18424373?tool=bestpractice.com [45]Lewis DJ, Byekova YA, Emge DA, et al. Complete resolution of mycosis fungoides tumors with imiquimod 5% cream: a case series. J Dermatolog Treat. 2017 Sep;28(6):567-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28635518?tool=bestpractice.com
A clormetina, um potente agente alquilante do DNA, demonstrou tratar com sucesso doenças superficiais da pele.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com [46]Ramsay DL, Halperin PS, Zeleniuch-Jacquotte A. Topical mechlorethamine therapy for early stage mycosis fungoides. J Am Acad Dermatol. 1988 Oct;19(4):684-91. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3183094?tool=bestpractice.com [47]Kim YH, Martinez G, Varghese A, et al. Topical nitrogen mustard in the management of mycosis fungoides: update of the Stanford experience. Arch Dermatol. 2003 Feb;139(2):165-73. http://jamanetwork.com/journals/jamadermatology/fullarticle/479188 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12588222?tool=bestpractice.com [48]Lessin SR, Duvic M, Guitart J, et al. Topical chemotherapy in cutaneous T-cell lymphoma: positive results of a randomized, controlled, multicenter trial testing the efficacy and safety of a novel mechlorethamine, 0.02%, gel in mycosis fungoides. JAMA Dermatol. 2013 Jan;149(1):25-32. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3662469 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23069814?tool=bestpractice.com O tratamento tópico com clormetina está associado a dermatite e pode causar irritação quando usado no rosto e em áreas intertriginosas da pele.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 O tratamento deve ser iniciado com um uso menor que o diário para avaliar a tolerabilidade e, em seguida, aumentar lentamente a aplicação para a dose usual.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Os retinoides tópicos podem ser considerados para o tratamento das lesões cutâneas nos pacientes com linfoma cutâneo de células T (LCCT) em estádio inicial refratários a outras terapias tópicas, ou incapazes de tolerar outras terapias.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com [49]Scarisbrick JJ, Morris S, Azurdia R, et al. U.K. consensus statement on safe clinical prescribing of bexarotene for patients with cutaneous T-cell lymphoma. Br J Dermatol. 2013 Jan;168(1):192-200. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22963233?tool=bestpractice.com O gel de bexaroteno é o único retinoide tópico aprovado pela FDA para o tratamento de MF e SS. Em um ensaio, o gel de bexaroteno mostrou resultados promissores como um tratamento lesão-dirigido no LCCT em estágio inicial (taxa de resposta global de 63% e uma taxa de resposta completa clínica de 21%, com duração de resposta mediana de 99 semanas).[50]Breneman D, Duvic M, Kuzel T, et al. Phase 1 and 2 trial of bexarotene gel for skin-directed treatment of patients with cutaneous T-cell lymphoma. Arch Dermatol. 2002 Mar;138(3):325-32. http://jamanetwork.com/journals/jamadermatology/fullarticle/478736 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11902983?tool=bestpractice.com Os retinoides tópicos podem causar irritação da pele, incluindo vermelhidão, descamação e dermatite, quando usados no rosto e nas áreas intertriginosas do corpo.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A carmustina, um potente agente alquilante do DNA, demonstrou ser um tratamento eficaz para MF em estágio inicial com placas/manchas e tem eficácia semelhante à clormetina.[51]Zackheim HS. Topical carmustine (BCNU) for patch/plaque mycosis fungoides. Semin Dermatol. 1994 Sep;13(3):202-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7986689?tool=bestpractice.com [52]Zackheim HS. Topical carmustine (BCNU) in the treatment of mycosis fungoides. Dermatol Ther. 2003;16(4):299-302. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14686972?tool=bestpractice.com Como a carmustina tópica é amplamente absorvida, está associada a um aumento do risco de supressão da medula óssea.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com
LCCT são tumores radiossensíveis, e a radioterapia por feixe externo exerce um papel importante no manejo da doença cutânea localizada e isolada, bem como na paliação de manchas espessas e nódulos tumorais volumosos.[53]Wilson LD, Kacinski BM, Jones GW. Local superficial radiotherapy in the management of minimal stage IA cutaneous T-cell lymphoma (mycosis fungoides). Int J Radiat Oncol Biol Phys. 1998 Jan 1;40(1):109-15. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9422565?tool=bestpractice.com Doses relativamente baixas de radioterapia de baixa energia são suficientes, e a doença cutânea superficial pode ser tratada, de forma eficaz, com doses administradas entre 4 Gy e 40 Gy. A radioterapia (24-30 Gy) é recomendada como monoterapia para lesões unilesionais com intenção curativa.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 A radioterapia de baixa dose (8-12 Gy) geralmente é administrada em combinação com outras terapias para tratamento paliativo.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A fototerapia com ultravioleta B (UVB) pode ser usada para tratar a doença que apresenta mancha. Um estudo relatou uma taxa de resposta completa de 83%, com uma duração mediana de remissão de 22 meses.[54]Ramsay DL, Lish KM, Yalowitz CB, et al. Ultraviolet-B phototherapy for early-stage cutaneous T-cell lymphoma. Arch Dermatol. 1992 Jul;128(7):931-3. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1626959?tool=bestpractice.com A puvaterapia (que consiste em metoxisaleno [8-metoxipsoraleno] administrado por via oral, ativado quando exposto à luz ultravioleta de ondas longas), em virtude da maior penetração na derme, é considerada o tratamento de primeira escolha para pacientes com a doença com placas e ainda é uma das terapias mais eficazes para pacientes com doença em estágio inicial. No entanto, a PUVA está associada a um aumento da toxicidade cutânea em comparação com a UVB, e há poucos dados sobre os efeitos da puvaterapia na sobrevida global. O tratamento de manutenção pode prolongar o período de remissão. O uso da PUVA como terapia única é geralmente restrito ao LCCT em estágio inicial, pois é improvável que os pacientes com doença em estágio avançado obtenham uma resposta completa à PUVA isolada. Assim que possível, a dose total de PUVA deve ser restrita a <200 de sessões de tratamento, por causa do risco de cânceres de pele secundários associados a uma dose total cumulativa elevada de UVA.
A irradiação total da pele com feixes de elétrons (TSEBT) é recomendada nos pacientes com maior carga de doença de pele, com envolvimento difuso de placas.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Em geral, elétrons 4-MeV a 9-MeV são aplicados na pele usando uma técnica de 6 ou 8 campos. Isso permite preservar as estruturas abaixo da derme, pois 80% são aplicados no primeiro 1 cm e <5% a uma profundidade além de 2 cm. Foi mostrado que doses elevadas proporcionam remissões mais duráveis que doses menores.[63]Hoppe RT, Cox RS, Fuks Z, et al. Electron-beam therapy for mycosis fungoides: the Stanford University experience. Cancer Treat Rep. 1979 Apr;63(4):691-700. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/109207?tool=bestpractice.com [64]Reddy S, Parker CM, Shidnia H, et al. Total skin electron beam radiation therapy for mycosis fungoides. Am J Clin Oncol. 1992 Apr;15(2):119-24. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1553898?tool=bestpractice.com As taxas de resposta completa para a doença em estágio inicial variam de 56% a 96%.[63]Hoppe RT, Cox RS, Fuks Z, et al. Electron-beam therapy for mycosis fungoides: the Stanford University experience. Cancer Treat Rep. 1979 Apr;63(4):691-700. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/109207?tool=bestpractice.com [64]Reddy S, Parker CM, Shidnia H, et al. Total skin electron beam radiation therapy for mycosis fungoides. Am J Clin Oncol. 1992 Apr;15(2):119-24. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1553898?tool=bestpractice.com [65]Quiros PA, Jones GW, Kacinski BM, et al. Total skin electron beam therapy followed by adjuvant psoralen/ultraviolet-A light in the management of patients with T1 and T2 cutaneous T-cell lymphoma (mycosis fungoides). Int J Radiat Oncol Biol Phys. 1997 Jul 15;38(5):1027-35. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9276369?tool=bestpractice.com As taxas de resposta na doença avançada são geralmente menores, porém obtém-se uma boa paliação.[66]Maingon P, Truc G, Dalac S, et al. Radiotherapy of advanced mycosis fungoides: indications and results of total skin electron beam and photon beam irradiation. Radiother Oncol. 2000 Jan;54(1):73-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10719702?tool=bestpractice.com A TSEBT pode ser seguida por terapias sistêmicas para manter a resposta.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Existem dados de segurança limitados para o uso de TSEBT em combinação com retinoides sistêmicos, inibidores da histona desacetilase (HDAC), como vorinostate ou romidepsina, ou mogamulizumabe, ou combinação de fototerapia com vorinostate ou romidepsina.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [67]Fong S, Hong EK, Khodadoust MS, et al. Low-dose total skin electron beam therapy combined with mogamulizumab for refractory mycosis fungoides and sézary syndrome. Adv Radiat Oncol. 2021 May-Jun;6(3):100629. https://www.doi.org/10.1016/j.adro.2020.11.014 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33748543?tool=bestpractice.com
Pacientes com recidiva ou com síndrome de Sézary em estádio IV persistente com carga de doença baixa a intermediária devem ser tratados novamente com as opções de tratamento iniciais.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com [32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local para obter mais informações sobre dosagens.
Opções primárias
imiquimode de uso tópico
ou
clormetina tópica
ou
bexaroteno tópico
ou
carmustina
Terapia sistêmica
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
As terapias sistêmicas preferenciais para síndrome de Sézary em estádio IV, estádio IVA1 (T1-4, N0-2, M0, B2) ou IVA2 (T1-4, N3, M0, B0, B1 ou B2) com carga de doença baixa a intermediária incluem bexaroteno, fotoférese extracorpórea (FEC), alfainterferona, metotrexato, mogamulizumabe, romidepsina ou vorinostate.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
O bexaroteno, um retinoide oral, está bem estabelecido como uma das terapias sistêmicas para doença persistente ou refratária precoce e avançada.[56]Duvic M, Hymes K, Heald P, et al. Bexarotene is effective and safe for treatment of refractory advanced-stage cutaneous T-cell lymphoma: multinational phase II-III trial results. J Clin Oncol. 2001 May 1;19(9):2456-71. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11331325?tool=bestpractice.com [57]Duvic M, Martin AG, Kim Y, et al. Phase 2 and 3 clinical trial of oral bexarotene (Targretin capsules) for the treatment of refractory or persistent early-stage cutaneous T-cell lymphoma. Arch Dermatol. 2001 May;137(5):581-93. http://jamanetwork.com/journals/jamadermatology/fullarticle/478334 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11346336?tool=bestpractice.com O bexaroteno age ligando-se seletivamente ao receptor de retinoide x (RXR) que faz parte da família de receptores nucleares. A hipertrigliceridemia e o hipotireoidismo são efeitos adversos comuns, mas reversíveis, e geralmente podem ser manejados com a iniciação de medicamentos hipolipemiantes e tiroxina imediatamente antes de iniciar o uso de bexaroteno. Retinoides alternativos (por exemplo, acitretina, isotretinoína) podem ser considerados no lugar do bexaroteno.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A alfainterferona é um tratamento bem estabelecido para o linfoma cutâneo de células T (LCCT) em vários estádios (geralmente além da doença com placas limitada). Ela pode ser considerada para uso antes e depois das outras terapias sistêmicas, ou em combinação com elas. Há relatos de boas taxas de resposta, com algumas remissões com duração >2 anos.[59]Olsen EA, Rosen ST, Vollmer RT, et al. Interferon alfa-2a in the treatment of cutaneous T cell lymphoma. J Am Acad Dermatol. 1989 Mar;20(3):395-407. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2783939?tool=bestpractice.com [109]Jumbou O, N'Guyen JM, Tessier MH, et al. Long-term follow-up in 51 patients with mycosis fungoides and Sezary syndrome treated by interferon-alfa. Br J Dermatol. 1999 Mar;140(3):427-31. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10233261?tool=bestpractice.com Vários estudos que investigaram o uso da combinação de alfainterferona com outras terapias, como FEC, pentostatina e fludarabina, não conseguiram demonstrar melhoras significativas nas taxas de resposta.[60]Foss FM, Ihde DC, Breneman DL, et al. Phase II study of pentostatin and intermittent high-dose recombinant interferon alfa-2a in advanced mycosis fungoides/Sezary syndrome. J Clin Oncol. 1992 Dec;10(12):1907-13. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1453206?tool=bestpractice.com [61]Foss FM, Ihde DC, Linnoila IR, et al. Phase II trial of fludarabine phosphate and interferon alfa-2a in advanced mycosis fungoides/Sezary syndrome. J Clin Oncol. 1994 Oct;12(10):2051-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7931473?tool=bestpractice.com A alfainterferona 2a e 2b e a alfapeginterferona 2b foram descontinuadas nos EUA. O alfapeginterferona 2a pode ser substituída por outras preparações de interferonas.
Um estudo comprovou a eficácia do metotrexato oral de baixa dose como um agente único, com uma taxa de resposta de 76% e uma taxa de sobrevida de 5 anos de 71%.[62]Zackheim HS, Epstein EH Jr. Low-dose methotrexate for the Sezary syndrome. J Am Acad Dermatol. 1989 Oct;21(4 Pt 1):757-62. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2808792?tool=bestpractice.com Geralmente é bem tolerada.
O mogamulizumabe, um anticorpo monoclonal que se liga a um receptor de quimiocina CC tipo 4 (CCR4) encontrado em algumas células cancerosas, é aprovado pela FDA para uso intravenoso para o tratamento de pacientes adultos com MF ou SS recidivada ou refratária após, pelo menos, uma terapia sistêmica anterior. Um ensaio clínico randomizado, controlado, aberto e de fase 3 demonstrou que o mogamulizumabe melhorou significativamente a sobrevida livre de progressão, em comparação com o vorinostate, para pacientes com MF ou SS recidivada ou refratária.[71]Kim YH, Bagot M, Pinter-Brown L, et al. Mogamulizumab versus vorinostat in previously treated cutaneous T-cell lymphoma (MAVORIC): an international, open-label, randomised, controlled phase 3 trial. Lancet Oncol. 2018 Sep;19(9):1192-204. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30100375?tool=bestpractice.com Os efeitos adversos graves incluíram pirexia, celulite, embolia pulmonar e sepse. Evidências de um estudo de caso de dois pacientes com SS refratária que foram tratados com quatro e cinco terapias sistêmicas anteriores, respectivamente, relataram que o mogamulizumabe combinado com TSEBT alcançou uma resposta completa global em ambos os pacientes em 9 semanas para o primeiro paciente e 4 semanas para o segundo paciente, e foi bem tolerado.[67]Fong S, Hong EK, Khodadoust MS, et al. Low-dose total skin electron beam therapy combined with mogamulizumab for refractory mycosis fungoides and sézary syndrome. Adv Radiat Oncol. 2021 May-Jun;6(3):100629. https://www.doi.org/10.1016/j.adro.2020.11.014 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33748543?tool=bestpractice.com
Os inibidores de histona desacetilase (HDAC) (por exemplo, vorinostate, romidepsina) funcionam induzindo acetilação de histonas e acetilação de proteínas, resultando em eventos a jusante de parada do ciclo celular e apoptose.[72]Carew JS, Giles FJ, Nawrocki ST. Histone deacetylase inhibitors: mechanisms of cell death and promise in combination cancer therapy. Cancer Lett. 2008 Sep 28;269(1):7-17. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18462867?tool=bestpractice.com [73]Kim M, Thompson LA, Wenger SD, et al. Romidepsin: a histone deacetylase inhibitor for refractory cutaneous T-cell lymphoma. Ann Pharmacother. 2012 Oct;46(10):1340-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22968522?tool=bestpractice.com Ambos são aprovados pela FDA dos EUA para o tratamento de MF e SS. Vários estudos clínicos de fase 2 demonstraram melhora das lesões cutâneas e outros sintomas (por exemplo, prurido) com o vorinostate.[74]Olsen EA, Kim YH, Kuzel TM, et al. Phase IIb multicenter trial of vorinostat in patients with persistent, progressive, or treatment refractory cutaneous T-cell lymphoma. J Clin Oncol. 2007 Jul 20;25(21):3109-15. http://ascopubs.org/doi/full/10.1200/jco.2006.10.2434 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17577020?tool=bestpractice.com [75]Duvic M, Talpur R, Ni X, et al. Phase 2 trial of oral vorinostat (suberoylanilide hydroxamic acid, SAHA) for refractory cutaneous T-cell lymphoma (CTCL). Blood. 2007 Jan 1;109(1):31-9. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1785068 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16960145?tool=bestpractice.com
A terapia combinada recomendada para pacientes com carga de doença baixa inclui FEC + alfainterferona ou um retinoide; FEC + alfainterferona + um retinoide; fototerapia + FEC ; fototerapia + alfainterferona ou retinoide; um retinoide + interferona.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com [32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Pacientes com recidiva ou com síndrome de Sézary em estádio IV persistente com carga de doença baixa a intermediária devem ser tratados novamente com as opções de tratamento iniciais.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local para obter mais informações sobre dosagens.
Opções primárias
bexaroteno
ou
alfapeginterferona 2a
ou
metotrexato
ou
mogamulizumab
ou
vorinostate
ou
romidepsina
terapia direcionada para a pele
Síndrome de Sézary em estádio IV, IVA1 (T1-4, N0-2, M0, B2) ou IVA2 (T1-4, N3, M0, B0, B1 ou B2) deve ser tratado com combinações de terapia sistêmica associada a terapia direcionada à pele.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com [32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 As opções de tratamento recomendadas dependem de se o paciente foi diagnosticado com SS, não-SS ou doença visceral. Para pacientes com SS, as opções de tratamento podem diferir para pacientes com carga de doença baixa em oposição a alta.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Para pacientes com síndrome de Sézary em estádio IV com carga de doença alta (por exemplo, células de Sézary atípicas no sangue [ASC] >5 K/mm³), possíveis terapias direcionadas à pele incluem corticosteroides tópicos, imiquimode tópico, clormetina, retinoides tópicos (por exemplo, bexaroteno), carmustina tópica, UVB, PUVA, UVA1, irradiação total da pele com feixes de elétrons (TSEBT) ou radioterapia.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Foi mostrado que corticosteroides tópicos proporcionam boas respostas e alívio sintomático na doença em estágio inicial.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com Um estudo demonstrou uma resposta completa em 63% dos pacientes com doença em estádio T1 (manchas, pápulas e/ou placas limitadas cobrindo <10% da superfície da pele) e em 25% dos pacientes com a doença em estágio T2 (manchas, pápulas ou placas cobrindo 10% ou mais da superfície da pele), após um acompanhamento mediano de 9 meses.[41]Zackheim HS, Kashani-Sabet M, Amin S. Topical corticosteroids for mycosis fungoides: experience in 79 patients. Arch Dermatol. 1998 Aug;134(8):949-54. http://jamanetwork.com/journals/jamadermatology/fullarticle/189275 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9722724?tool=bestpractice.com Corticosteroides tópicos de alta potência podem ser menos bem tolerados em áreas intertriginosas do corpo ou outras áreas, como o rosto.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 A duração do tratamento e a potência do tratamento com corticosteroides podem resultar em absorção sistêmica e atrofia da pele. O uso ideal de corticosteroides tópicos deve ser determinado com a ajuda de um dermatologista e depende do tipo e localização da lesão.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
O imiquimode tópico pode ser considerado para áreas com poucas manchas/placas/pequenos tumores que são recalcitrantes ao tratamento ou na pele danificada pelo sol, como antebraços, couro cabeludo e rosto.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Evidências de séries de casos sugerem que o imiquimode é eficaz para o tratamento de MF em estágio inicial refratária a outras terapias.[42]Deeths MJ, Chapman JT, Dellavalle RP, et al. Treatment of patch and plaque stage mycosis fungoides with imiquimod 5% cream. J Am Acad Dermatol. 2005 Feb;52(2):275-80. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15692473?tool=bestpractice.com [43]Coors EA, Schuler G, Von Den Driesch P. Topical imiquimod as treatment for different kinds of cutaneous lymphoma. Eur J Dermatol. 2006 Jul-Aug;16(4):391-3. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16935796?tool=bestpractice.com [44]Martínez-González MC, Verea-Hernando MM, Yebra-Pimentel MT, et al. Imiquimod in mycosis fungoides. Eur J Dermatol. 2008 Mar-Apr;18(2):148-52. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18424373?tool=bestpractice.com [45]Lewis DJ, Byekova YA, Emge DA, et al. Complete resolution of mycosis fungoides tumors with imiquimod 5% cream: a case series. J Dermatolog Treat. 2017 Sep;28(6):567-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28635518?tool=bestpractice.com
A clormetina, um potente agente alquilante do DNA, demonstrou tratar com sucesso doenças superficiais da pele.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com [46]Ramsay DL, Halperin PS, Zeleniuch-Jacquotte A. Topical mechlorethamine therapy for early stage mycosis fungoides. J Am Acad Dermatol. 1988 Oct;19(4):684-91. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3183094?tool=bestpractice.com [47]Kim YH, Martinez G, Varghese A, et al. Topical nitrogen mustard in the management of mycosis fungoides: update of the Stanford experience. Arch Dermatol. 2003 Feb;139(2):165-73. http://jamanetwork.com/journals/jamadermatology/fullarticle/479188 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12588222?tool=bestpractice.com [48]Lessin SR, Duvic M, Guitart J, et al. Topical chemotherapy in cutaneous T-cell lymphoma: positive results of a randomized, controlled, multicenter trial testing the efficacy and safety of a novel mechlorethamine, 0.02%, gel in mycosis fungoides. JAMA Dermatol. 2013 Jan;149(1):25-32. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3662469 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23069814?tool=bestpractice.com O tratamento tópico com clormetina está associado a dermatite e pode causar irritação quando usado no rosto e em áreas intertriginosas da pele.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 O tratamento deve ser iniciado com um uso menor que o diário para avaliar a tolerabilidade e, em seguida, aumentar lentamente a aplicação para a dose usual.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Os retinoides tópicos podem ser considerados para o tratamento das lesões cutâneas nos pacientes com linfoma cutâneo de células T (LCCT) em estádio inicial refratários a outras terapias tópicas, ou incapazes de tolerar outras terapias.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com [49]Scarisbrick JJ, Morris S, Azurdia R, et al. U.K. consensus statement on safe clinical prescribing of bexarotene for patients with cutaneous T-cell lymphoma. Br J Dermatol. 2013 Jan;168(1):192-200. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22963233?tool=bestpractice.com O gel de bexaroteno é o único retinoide tópico aprovado pela FDA para o tratamento de MF e SS. Em um ensaio, o gel de bexaroteno mostrou resultados promissores como um tratamento lesão-dirigido no LCCT em estágio inicial (taxa de resposta global de 63% e uma taxa de resposta completa clínica de 21%, com duração de resposta mediana de 99 semanas).[50]Breneman D, Duvic M, Kuzel T, et al. Phase 1 and 2 trial of bexarotene gel for skin-directed treatment of patients with cutaneous T-cell lymphoma. Arch Dermatol. 2002 Mar;138(3):325-32. http://jamanetwork.com/journals/jamadermatology/fullarticle/478736 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11902983?tool=bestpractice.com Os retinoides tópicos podem causar irritação da pele, incluindo vermelhidão, descamação e dermatite, quando usados no rosto e nas áreas intertriginosas do corpo.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A carmustina, um potente agente alquilante do DNA, demonstrou ser um tratamento eficaz para MF em estágio inicial com placas/manchas e tem eficácia semelhante à clormetina.[51]Zackheim HS. Topical carmustine (BCNU) for patch/plaque mycosis fungoides. Semin Dermatol. 1994 Sep;13(3):202-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7986689?tool=bestpractice.com [52]Zackheim HS. Topical carmustine (BCNU) in the treatment of mycosis fungoides. Dermatol Ther. 2003;16(4):299-302. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14686972?tool=bestpractice.com Como a carmustina tópica é amplamente absorvida, está associada a um aumento do risco de supressão da medula óssea.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com
LCCT são tumores radiossensíveis, e a radioterapia por feixe externo exerce um papel importante no manejo da doença cutânea localizada e isolada, bem como na paliação de manchas espessas e nódulos tumorais volumosos.[53]Wilson LD, Kacinski BM, Jones GW. Local superficial radiotherapy in the management of minimal stage IA cutaneous T-cell lymphoma (mycosis fungoides). Int J Radiat Oncol Biol Phys. 1998 Jan 1;40(1):109-15. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9422565?tool=bestpractice.com Doses relativamente baixas de radioterapia de baixa energia são suficientes, e a doença cutânea superficial pode ser tratada, de forma eficaz, com doses administradas entre 4 Gy e 40 Gy. A radioterapia (24-30 Gy) é recomendada como monoterapia para lesões unilesionais com intenção curativa.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 A radioterapia de baixa dose (8-12 Gy) geralmente é administrada em combinação com outras terapias para tratamento paliativo.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A fototerapia com ultravioleta B (UVB) pode ser usada para tratar a doença que apresenta mancha. Um estudo relatou uma taxa de resposta completa de 83%, com uma duração mediana de remissão de 22 meses.[54]Ramsay DL, Lish KM, Yalowitz CB, et al. Ultraviolet-B phototherapy for early-stage cutaneous T-cell lymphoma. Arch Dermatol. 1992 Jul;128(7):931-3. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1626959?tool=bestpractice.com O uso de fototerapia deve ser ponderado em relação aos riscos em pacientes com histórico de neoplasias cutâneas escamoproliferativas extensas ou carcinomas basocelulares ou que tiveram melanoma, pois uma dose cumulativa de UV está associada a um risco aumentado de neoplasias cutâneas associadas a UV.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 A puvaterapia (que consiste em metoxisaleno [8-metoxipsoraleno] administrado por via oral, ativado quando exposto à luz ultravioleta de ondas longas), em virtude da maior penetração na derme, é considerada o tratamento de primeira escolha para pacientes com a doença com placas e ainda é uma das terapias mais eficazes para pacientes com doença em estágio inicial. No entanto, a PUVA está associada a um aumento da toxicidade cutânea em comparação com a UVB, e há poucos dados sobre os efeitos da puvaterapia na sobrevida global. O tratamento de manutenção pode prolongar o período de remissão. O uso da PUVA como terapia única é geralmente restrito ao LCCT em estágio inicial, pois é improvável que os pacientes com doença em estágio avançado obtenham uma resposta completa à PUVA isolada. Assim que possível, a dose total de PUVA deve ser restrita a <200 de sessões de tratamento, por causa do risco de cânceres de pele secundários associados a uma dose total cumulativa elevada de UVA.
A irradiação total da pele com feixes de elétrons (TSEBT) é recomendada nos pacientes com maior carga de doença de pele, com envolvimento difuso de placas.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Em geral, elétrons 4-MeV a 9-MeV são aplicados na pele usando uma técnica de 6 ou 8 campos. Isso permite preservar as estruturas abaixo da derme, pois 80% são aplicados no primeiro 1 cm e <5% a uma profundidade além de 2 cm. Foi mostrado que doses elevadas proporcionam remissões mais duráveis que doses menores.[63]Hoppe RT, Cox RS, Fuks Z, et al. Electron-beam therapy for mycosis fungoides: the Stanford University experience. Cancer Treat Rep. 1979 Apr;63(4):691-700. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/109207?tool=bestpractice.com [64]Reddy S, Parker CM, Shidnia H, et al. Total skin electron beam radiation therapy for mycosis fungoides. Am J Clin Oncol. 1992 Apr;15(2):119-24. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1553898?tool=bestpractice.com As taxas de resposta completa para a doença em estágio inicial variam de 56% a 96%.[63]Hoppe RT, Cox RS, Fuks Z, et al. Electron-beam therapy for mycosis fungoides: the Stanford University experience. Cancer Treat Rep. 1979 Apr;63(4):691-700. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/109207?tool=bestpractice.com [64]Reddy S, Parker CM, Shidnia H, et al. Total skin electron beam radiation therapy for mycosis fungoides. Am J Clin Oncol. 1992 Apr;15(2):119-24. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1553898?tool=bestpractice.com [65]Quiros PA, Jones GW, Kacinski BM, et al. Total skin electron beam therapy followed by adjuvant psoralen/ultraviolet-A light in the management of patients with T1 and T2 cutaneous T-cell lymphoma (mycosis fungoides). Int J Radiat Oncol Biol Phys. 1997 Jul 15;38(5):1027-35. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9276369?tool=bestpractice.com As taxas de resposta na doença avançada são geralmente menores, porém obtém-se uma boa paliação.[66]Maingon P, Truc G, Dalac S, et al. Radiotherapy of advanced mycosis fungoides: indications and results of total skin electron beam and photon beam irradiation. Radiother Oncol. 2000 Jan;54(1):73-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10719702?tool=bestpractice.com A TSEBT pode ser seguida por terapias sistêmicas para manter a resposta.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Existem dados de segurança limitados para o uso de TSEBT em combinação com retinoides sistêmicos, inibidores da histona desacetilase (HDAC), como vorinostate ou romidepsina, ou mogamulizumabe, ou combinação de fototerapia com vorinostate ou romidepsina.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [67]Fong S, Hong EK, Khodadoust MS, et al. Low-dose total skin electron beam therapy combined with mogamulizumab for refractory mycosis fungoides and sézary syndrome. Adv Radiat Oncol. 2021 May-Jun;6(3):100629. https://www.doi.org/10.1016/j.adro.2020.11.014 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33748543?tool=bestpractice.com
Pacientes com recidiva ou com síndrome de Sézary em estádio IV persistente com carga de doença alta devem ser tratados novamente com as opções de tratamento iniciais..[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com [32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local para obter mais informações sobre dosagens.
Opções primárias
imiquimode de uso tópico
ou
clormetina tópica
ou
bexaroteno tópico
ou
carmustina
Terapia sistêmica
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
As terapias sistêmicas preferenciais para pacientes com síndrome de Sézary em estádio IV, estádio IVA1 (T1-4, N0-2, M0, B2) ou IVA2 (T1-4, N3, M0, B0, B1 ou B2) com alta carga de doença incluem mogamulizumabe e romidepsina.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com [32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
O mogamulizumabe, um anticorpo monoclonal que se liga a um receptor de quimiocina CC tipo 4 (CCR4) encontrado em algumas células cancerosas, é aprovado pela FDA para uso intravenoso para o tratamento de pacientes adultos com MF ou SS recidivada ou refratária após, pelo menos, uma terapia sistêmica anterior. Um ensaio clínico randomizado, controlado, aberto e de fase 3 demonstrou que o mogamulizumabe melhorou significativamente a sobrevida livre de progressão, em comparação com o vorinostate, para pacientes com MF ou SS recidivada ou refratária.[71]Kim YH, Bagot M, Pinter-Brown L, et al. Mogamulizumab versus vorinostat in previously treated cutaneous T-cell lymphoma (MAVORIC): an international, open-label, randomised, controlled phase 3 trial. Lancet Oncol. 2018 Sep;19(9):1192-204. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30100375?tool=bestpractice.com Os efeitos adversos graves incluíram pirexia, celulite, embolia pulmonar e sepse. Evidências de um estudo de caso de dois pacientes com SS refratária que foram tratados com quatro e cinco terapias sistêmicas anteriores, respectivamente, relataram que o mogamulizumabe combinado com TSEBT alcançou uma resposta completa global em ambos os pacientes em 9 semanas para o primeiro paciente e 4 semanas para o segundo paciente, e foi bem tolerado.[67]Fong S, Hong EK, Khodadoust MS, et al. Low-dose total skin electron beam therapy combined with mogamulizumab for refractory mycosis fungoides and sézary syndrome. Adv Radiat Oncol. 2021 May-Jun;6(3):100629. https://www.doi.org/10.1016/j.adro.2020.11.014 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33748543?tool=bestpractice.com
O inibidor da histona desacetilase (HDAC), romidepsina, funciona induzindo a acetilação de histonas e acetilação de proteínas, resultando em eventos a jusante de parada do ciclo celular e apoptose.[72]Carew JS, Giles FJ, Nawrocki ST. Histone deacetylase inhibitors: mechanisms of cell death and promise in combination cancer therapy. Cancer Lett. 2008 Sep 28;269(1):7-17. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18462867?tool=bestpractice.com [73]Kim M, Thompson LA, Wenger SD, et al. Romidepsin: a histone deacetylase inhibitor for refractory cutaneous T-cell lymphoma. Ann Pharmacother. 2012 Oct;46(10):1340-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22968522?tool=bestpractice.com É aprovado pela FDA dos EUA para o tratamento de MF e SS.
As terapias combinadas recomendadas para a síndrome de Sézary em estádio IV com alta carga de doença incluem fototerapia + FEC; fototerapia + alfainterferona ou um retinoide; FEC + alfainterferona ou um retinoide; FEC + alfainterferona + um retinoide; um retinoide + alfainterferona.
Pacientes com recidiva ou com síndrome de Sézary em estádio IV persistente com carga de doença alta devem ser tratados novamente com as opções de tratamento iniciais..[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com [32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local para obter mais informações sobre dosagens.
Opções primárias
mogamulizumab
ou
romidepsina
doença em estádio IV: não síndrome de Sézary em estádio IVA2 ou doença visceral/órgão sólido em estádio IVB (sem transformação em grandes células)
Terapia sistêmica
Pacientes com não síndrome Sézary em estádio IV, IVA2 (T1-4, N3, M0, B0, B1 ou B2) ou doença visceral/órgão sólido em estádio IVB (T1-4, N0-3, M1, B0, B1 ou B2) devem ser tratados com terapia sistêmica com ou sem radioterapia para controle local.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
As opções sistêmicas recomendadas para a não síndrome Sézary em estádio IV ou doença visceral/órgão sólido incluem brentuximabe vedotina, gencitabina, doxorrubicina lipossomal, pralatrexato e romidepsina.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com [32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
O brentuximabe vedotina, um conjugado anticorpo-medicamento que permite que o medicamento citotóxico monometil auristatina E (MMAE) seja direcionado para células cancerosas CD30+, está aprovado pela FDA para o tratamento de MF e SS. Ensaios clínicos de fase 2 demonstraram que o brentuximabe vedotina é altamente ativo no LCCT de CD30+.[68]Kim YH, Tavallaee M, Sundram U, et al. Phase II investigator-initiated study of brentuximab vedotin in mycosis fungoides and Sézary syndrome with variable CD30 expression level: a multi-institution collaborative project. J Clin Oncol. 2015 Nov 10;33(32):3750-8. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5089160 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26195720?tool=bestpractice.com [69]Duvic M, Tetzlaff MT, Gangar P, et al. Results of a phase II trial of brentuximab vedotin for CD30+ cutaneous T-cell lymphoma and lymphomatoid papulosis. J Clin Oncol. 2015 Nov 10;33(32):3759-65. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4737859 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26261247?tool=bestpractice.com A taxa de resposta global é de 54% na MF, independentemente do status de CD30. Exacerbações podem ser observadas na MF no início da terapia, e o tempo mediano até a resposta na MF é de aproximadamente 12 semanas, com remissões duráveis observadas em alguns pacientes e uma duração mediana de resposta de aproximadamente 32 semanas. Os efeitos adversos comuns incluem neuropatia, fadiga e erupção cutânea por medicamentos.[69]Duvic M, Tetzlaff MT, Gangar P, et al. Results of a phase II trial of brentuximab vedotin for CD30+ cutaneous T-cell lymphoma and lymphomatoid papulosis. J Clin Oncol. 2015 Nov 10;33(32):3759-65. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4737859 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26261247?tool=bestpractice.com Um ensaio clínico de fase 3 incluiu pacientes adultos previamente tratados com MF ou linfoma anaplásico cutâneo primário de grande célula com CD30+. Tal ensaio revelou uma melhora significativa na resposta global objetiva com duração de pelo menos 4 meses com brentuximabe vedotina (56%) em comparação à escolha do médico de metotrexato ou bexaroteno (13%).[70]Prince HM, Kim YH, Horwitz SM, et al. Brentuximab vedotin or physician's choice in CD30-positive cutaneous T-cell lymphoma (ALCANZA): an international, open-label, randomised, phase 3, multicentre trial. Lancet. 2017 Aug 5;390(10094):555-66. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28600132?tool=bestpractice.com
A gencitabina, um antimetabólito da pirimidina, demonstrou boas taxas de resposta e é bem tolerada em pacientes com linfoma cutâneo de células T pré-tratado.[81]Zinzani PL, Baliva G, Magagnoli M, et al. Gemcitabine treatment in pretreated cutaneous T-cell lymphoma: experience in 44 patients. J Clin Oncol. 2000 Jul;18(13):2603-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10893292?tool=bestpractice.com [82]Duvic M, Talpur R, Wen S, et al. Phase II evaluation of gemcitabine monotherapy for cutaneous T-cell lymphoma. Clin Lymphoma Myeloma. 2006 Jul;7(1):51-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16879770?tool=bestpractice.com [83]Pellegrini C, Stefoni V, Casadei B, et al. Long-term outcome of patients with advanced-stage cutaneous T cell lymphoma treated with gemcitabine. Ann Hematol. 2014 Nov;93(11):1853-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24908331?tool=bestpractice.com
Evidências de dois estudos prospectivos abertos de fase 2 sugerem que a monoterapia com doxorrubicina lipossomal melhorou as taxas de resposta global, o tempo mediano até a progressão e a duração mediana da resposta em pacientes com linfoma cutâneo de células T avançado (LCCT; estádio II a IV [incluindo SS e LCCT transformado] ou MF em estádio IIB a IVB, respectivamente) refratários a pelo menos duas linhas de tratamento anteriores.[76]Quereux G, Marques S, Nguyen JM, et al. Prospective multicenter study of pegylated liposomal doxorubicin treatment in patients with advanced or refractory mycosis fungoides or Sézary syndrome. Arch Dermatol. 2008 Jun;144(6):727-33. https://www.doi.org/10.1001/archderm.144.6.727 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18559761?tool=bestpractice.com [77]Dummer R, Quaglino P, Becker JC, et al. Prospective international multicenter phase II trial of intravenous pegylated liposomal doxorubicin monochemotherapy in patients with stage IIB, IVA, or IVB advanced mycosis fungoides: final results from EORTC 21012. J Clin Oncol. 2012 Nov 20;30(33):4091-7. https://www.doi.org/10.1200/JCO.2011.39.8065 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23045580?tool=bestpractice.com
O pralatrexato, um inibidor da diidrofolato redutase, demonstrou eficácia em pacientes com MF ou SS recidivados ou refratários.[78]Horwitz SM, Kim YH, Foss F, et al. Identification of an active, well-tolerated dose of pralatrexate in patients with relapsed or refractory cutaneous T-cell lymphoma. Blood. 2012 May 3;119(18):4115-22. https://www.doi.org/10.1182/blood-2011-11-390211 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22394596?tool=bestpractice.com [79]Foss F, Horwitz SM, Coiffier B, et al. Pralatrexate is an effective treatment for relapsed or refractory transformed mycosis fungoides: a subgroup efficacy analysis from the PROPEL study. Clin Lymphoma Myeloma Leuk. 2012 Aug;12(4):238-43. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22542448?tool=bestpractice.com [80]Talpur R, Thompson A, Gangar P, et al. Pralatrexate alone or in combination with bexarotene: long-term tolerability in relapsed/refractory mycosis fungoides. Clin Lymphoma Myeloma Leuk. 2014 Aug;14(4):297-304. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24589156?tool=bestpractice.com Evidências sugerem que o pralatrexato isolado ou em combinação com bexaroteno em baixa dose é bem tolerado e melhora a resposta mediana, a duração mediana do tratamento e a sobrevida livre de progressão mediana em pacientes com MF recidivada, refratária ou com transformação em grandes células.[78]Horwitz SM, Kim YH, Foss F, et al. Identification of an active, well-tolerated dose of pralatrexate in patients with relapsed or refractory cutaneous T-cell lymphoma. Blood. 2012 May 3;119(18):4115-22. https://www.doi.org/10.1182/blood-2011-11-390211 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22394596?tool=bestpractice.com [79]Foss F, Horwitz SM, Coiffier B, et al. Pralatrexate is an effective treatment for relapsed or refractory transformed mycosis fungoides: a subgroup efficacy analysis from the PROPEL study. Clin Lymphoma Myeloma Leuk. 2012 Aug;12(4):238-43. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22542448?tool=bestpractice.com [80]Talpur R, Thompson A, Gangar P, et al. Pralatrexate alone or in combination with bexarotene: long-term tolerability in relapsed/refractory mycosis fungoides. Clin Lymphoma Myeloma Leuk. 2014 Aug;14(4):297-304. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24589156?tool=bestpractice.com
O inibidor da histona desacetilase (HDAC), romidepsina, funciona induzindo a acetilação de histonas e acetilação de proteínas, resultando em eventos a jusante de parada do ciclo celular e apoptose.[72]Carew JS, Giles FJ, Nawrocki ST. Histone deacetylase inhibitors: mechanisms of cell death and promise in combination cancer therapy. Cancer Lett. 2008 Sep 28;269(1):7-17. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18462867?tool=bestpractice.com [73]Kim M, Thompson LA, Wenger SD, et al. Romidepsin: a histone deacetylase inhibitor for refractory cutaneous T-cell lymphoma. Ann Pharmacother. 2012 Oct;46(10):1340-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22968522?tool=bestpractice.com É aprovado pela FDA dos EUA para o tratamento de MF e SS.
Se a doença estiver presente nos linfonodos e/ou nas vísceras, ou se houver suspeita de evolução da doença, os pacientes devem ser reavaliados após o tratamento inicial, usando técnicas de imagem baseadas na distribuição da doença (consulte a seção Diagnóstico).[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Pacientes com recidiva ou não síndrome de Sézary ou doença visceral/órgão sólido em estádio IV persistente devem ser tratados novamente com os tratamentos iniciais; de forma alternativa, um ensaio clínico ou transplante de células hematopoiéticas (HCT) alogênico pode ser considerado.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local para obter mais informações sobre dosagens.
Opções primárias
brentuximabe vedotina
ou
gencitabina
ou
doxorrubicina lipossomal
ou
pralatrexate
ou
romidepsina
radioterapia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Pacientes com não síndrome Sézary em estádio IV, IVA2 (T1-4, N3, M0, B0, B1 ou B2) ou doença visceral/órgão sólido em estádio IVB (T1-4, N0-3, M1, B0, B1 ou B2) devem ser tratados com terapia sistêmica com ou sem radioterapia para controle local.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
transplante alogênico de células hematopoiéticas
Pacientes com recidiva ou não síndrome de Sézary em estádio IV persistente, estádio IVA2 (T1-4, N3, M0, B0, B1 ou B2) ou doença visceral/órgão sólido em estádio IVB (T1-4, N0-3, M1, B0, B1 ou B2) devem ser tratado novamente com os tratamentos iniciais, de forma alternativa, o transplante de células hematopoiéticas (HCT) alogênico pode ser considerado.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
O HCT alogênico demonstrou eficácia no tratamento de pacientes com MF e SS em estágio avançado que receberam várias terapias anteriores em vários pequenos estudos prospectivos.[94]de Masson A, Beylot-Barry M, Bouaziz JD, et al. Allogeneic stem cell transplantation for advanced cutaneous T-cell lymphomas: a study from the French Society of Bone Marrow Transplantation and French Study Group on Cutaneous Lymphomas. Haematologica. 2014 Mar;99(3):527-34. https://www.doi.org/10.3324/haematol.2013.098145 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24213148?tool=bestpractice.com [95]Lechowicz MJ, Lazarus HM, Carreras J, et al. Allogeneic hematopoietic cell transplantation for mycosis fungoides and Sezary syndrome. Bone Marrow Transplant. 2014 Nov;49(11):1360-5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25068422?tool=bestpractice.com [96]Hosing C, Bassett R, Dabaja B, et al. Allogeneic stem-cell transplantation in patients with cutaneous lymphoma: updated results from a single institution. Ann Oncol. 2015 Dec;26(12):2490-5. https://www.doi.org/10.1093/annonc/mdv473 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26416896?tool=bestpractice.com [97]Domingo-Domenech E, Duarte RF, Boumedil A, et al. Allogeneic hematopoietic stem cell transplantation for advanced mycosis fungoides and Sézary syndrome. An updated experience of the Lymphoma Working Party of the European Society for Blood and Marrow Transplantation. Bone Marrow Transplant. 2021 Jun;56(6):1391-401. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33420392?tool=bestpractice.com O HCT alogênico está associado a melhores desfechos em pacientes com doença que respondem ao tratamento primário antes do transplante.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
transformação em grandes células
radioterapia com tratamento adequado ao estádio
A biópsia de pele com mais de 25% de infiltrados linfoides/células tumorais indica transformação em grandes células (TGC).[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 A TGC tem maior probabilidade significativa em pacientes com doença avançada, mas pode ocorrer na doença em estágio inicial e costuma ser agressiva.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A radioterapia para lesões com TGC, com manejo concomitante da doença coexistente com base no estágio clínico, é recomendada para pacientes com lesões cutâneas limitadas com TGC.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A TGC recidivada ou persistente deve ser tratada novamente com radioterapia e tratamento adequado ao estágio da doença coexistente.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Pacientes com doença refratária a múltiplas terapias anteriores podem ser tratados como pacientes com lesões cutâneas generalizadas ou extracutâneas com TGC.
terapia direcionada para a pele
Pacientes com lesões cutâneas ou extracutâneas generalizadas com TGC devem ser tratados com tratamento sistêmico com terapia direcionada à pele.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Potenciais terapias direcionadas à pele para lesões cutâneas ou extracutâneas generalizadas com TGC incluem corticosteroides tópicos, imiquimode tópico, clormetina tópica, retinoides tópicos (por exemplo, bexaroteno), carmustina tópica, UVB, PUVA, UVA1, irradiação total da pele com feixes de elétrons (TSEBT) ou radioterapia.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Foi mostrado que corticosteroides tópicos proporcionam boas respostas e alívio sintomático na doença em estágio inicial.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com Um estudo demonstrou uma resposta completa em 63% dos pacientes com doença em estádio T1 (manchas, pápulas e/ou placas limitadas cobrindo <10% da superfície da pele) e em 25% dos pacientes com a doença em estágio T2 (manchas, pápulas ou placas cobrindo 10% ou mais da superfície da pele), após um acompanhamento mediano de 9 meses.[41]Zackheim HS, Kashani-Sabet M, Amin S. Topical corticosteroids for mycosis fungoides: experience in 79 patients. Arch Dermatol. 1998 Aug;134(8):949-54. http://jamanetwork.com/journals/jamadermatology/fullarticle/189275 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9722724?tool=bestpractice.com Corticosteroides tópicos de alta potência podem ser menos bem tolerados em áreas intertriginosas do corpo ou outras áreas, como o rosto.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 A duração do tratamento e a potência do tratamento com corticosteroides podem resultar em absorção sistêmica e atrofia da pele. O uso ideal de corticosteroides tópicos deve ser determinado com a ajuda de um dermatologista e depende do tipo e localização da lesão.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
O imiquimode tópico pode ser considerado para áreas com poucas manchas/placas/pequenos tumores que são recalcitrantes ao tratamento ou na pele danificada pelo sol, como antebraços, couro cabeludo e rosto.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Evidências de séries de casos sugerem que o imiquimode é eficaz para o tratamento de MF em estágio inicial refratária a outras terapias.[42]Deeths MJ, Chapman JT, Dellavalle RP, et al. Treatment of patch and plaque stage mycosis fungoides with imiquimod 5% cream. J Am Acad Dermatol. 2005 Feb;52(2):275-80. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15692473?tool=bestpractice.com [43]Coors EA, Schuler G, Von Den Driesch P. Topical imiquimod as treatment for different kinds of cutaneous lymphoma. Eur J Dermatol. 2006 Jul-Aug;16(4):391-3. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16935796?tool=bestpractice.com [44]Martínez-González MC, Verea-Hernando MM, Yebra-Pimentel MT, et al. Imiquimod in mycosis fungoides. Eur J Dermatol. 2008 Mar-Apr;18(2):148-52. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18424373?tool=bestpractice.com [45]Lewis DJ, Byekova YA, Emge DA, et al. Complete resolution of mycosis fungoides tumors with imiquimod 5% cream: a case series. J Dermatolog Treat. 2017 Sep;28(6):567-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28635518?tool=bestpractice.com
A clormetina, um potente agente alquilante do DNA, demonstrou tratar com sucesso doenças superficiais da pele.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com [46]Ramsay DL, Halperin PS, Zeleniuch-Jacquotte A. Topical mechlorethamine therapy for early stage mycosis fungoides. J Am Acad Dermatol. 1988 Oct;19(4):684-91. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3183094?tool=bestpractice.com [47]Kim YH, Martinez G, Varghese A, et al. Topical nitrogen mustard in the management of mycosis fungoides: update of the Stanford experience. Arch Dermatol. 2003 Feb;139(2):165-73. http://jamanetwork.com/journals/jamadermatology/fullarticle/479188 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12588222?tool=bestpractice.com [48]Lessin SR, Duvic M, Guitart J, et al. Topical chemotherapy in cutaneous T-cell lymphoma: positive results of a randomized, controlled, multicenter trial testing the efficacy and safety of a novel mechlorethamine, 0.02%, gel in mycosis fungoides. JAMA Dermatol. 2013 Jan;149(1):25-32. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3662469 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23069814?tool=bestpractice.com O tratamento tópico com clormetina está associado a dermatite e pode causar irritação quando usado no rosto e em áreas intertriginosas da pele.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 O tratamento deve ser iniciado com um uso menor que o diário para avaliar a tolerabilidade e, em seguida, aumentar lentamente a aplicação para a dose usual.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Os retinoides tópicos podem ser considerados para o tratamento das lesões cutâneas nos pacientes com linfoma cutâneo de células T (LCCT) em estádio inicial refratários a outras terapias tópicas, ou incapazes de tolerar outras terapias.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com [49]Scarisbrick JJ, Morris S, Azurdia R, et al. U.K. consensus statement on safe clinical prescribing of bexarotene for patients with cutaneous T-cell lymphoma. Br J Dermatol. 2013 Jan;168(1):192-200. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22963233?tool=bestpractice.com O gel de bexaroteno é o único retinoide tópico aprovado pela FDA para o tratamento de MF e SS. Em um ensaio, o gel de bexaroteno mostrou resultados promissores como um tratamento lesão-dirigido no LCCT em estágio inicial (taxa de resposta global de 63% e uma taxa de resposta completa clínica de 21%, com duração de resposta mediana de 99 semanas).[50]Breneman D, Duvic M, Kuzel T, et al. Phase 1 and 2 trial of bexarotene gel for skin-directed treatment of patients with cutaneous T-cell lymphoma. Arch Dermatol. 2002 Mar;138(3):325-32. http://jamanetwork.com/journals/jamadermatology/fullarticle/478736 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11902983?tool=bestpractice.com Os retinoides tópicos podem causar irritação da pele, incluindo vermelhidão, descamação e dermatite, quando usados no rosto e nas áreas intertriginosas do corpo.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A carmustina, um potente agente alquilante do DNA, demonstrou ser um tratamento eficaz para MF em estágio inicial com placas/manchas e tem eficácia semelhante à clormetina.[51]Zackheim HS. Topical carmustine (BCNU) for patch/plaque mycosis fungoides. Semin Dermatol. 1994 Sep;13(3):202-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7986689?tool=bestpractice.com [52]Zackheim HS. Topical carmustine (BCNU) in the treatment of mycosis fungoides. Dermatol Ther. 2003;16(4):299-302. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14686972?tool=bestpractice.com Como a carmustina tópica é amplamente absorvida, está associada a um aumento do risco de supressão da medula óssea.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com
LCCT são tumores radiossensíveis, e a radioterapia por feixe externo exerce um papel importante no manejo da doença cutânea localizada e isolada, bem como na paliação de manchas espessas e nódulos tumorais volumosos.[53]Wilson LD, Kacinski BM, Jones GW. Local superficial radiotherapy in the management of minimal stage IA cutaneous T-cell lymphoma (mycosis fungoides). Int J Radiat Oncol Biol Phys. 1998 Jan 1;40(1):109-15. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9422565?tool=bestpractice.com Doses relativamente baixas de radioterapia de baixa energia são suficientes, e a doença cutânea superficial pode ser tratada, de forma eficaz, com doses administradas entre 4 Gy e 40 Gy. A radioterapia (24-30 Gy) é recomendada como monoterapia para lesões unilesionais com intenção curativa.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 A radioterapia de baixa dose (8-12 Gy) geralmente é administrada em combinação com outras terapias para tratamento paliativo.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A fototerapia com ultravioleta B (UVB) pode ser usada para tratar a doença que apresenta mancha. Um estudo relatou uma taxa de resposta completa de 83%, com uma duração mediana de remissão de 22 meses.[54]Ramsay DL, Lish KM, Yalowitz CB, et al. Ultraviolet-B phototherapy for early-stage cutaneous T-cell lymphoma. Arch Dermatol. 1992 Jul;128(7):931-3. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1626959?tool=bestpractice.com A puvaterapia (que consiste em metoxisaleno [8-metoxipsoraleno] administrado por via oral, ativado quando exposto à luz ultravioleta de ondas longas), em virtude da maior penetração na derme, é considerada o tratamento de primeira escolha para pacientes com a doença com placas e ainda é uma das terapias mais eficazes para pacientes com doença em estágio inicial. No entanto, a PUVA está associada a um aumento da toxicidade cutânea em comparação com a UVB, e há poucos dados sobre os efeitos da puvaterapia na sobrevida global. O tratamento de manutenção pode prolongar o período de remissão. O uso da PUVA como terapia única é geralmente restrito ao LCCT em estágio inicial, pois é improvável que os pacientes com doença em estágio avançado obtenham uma resposta completa à PUVA isolada. Assim que possível, a dose total de PUVA deve ser restrita a <200 de sessões de tratamento, por causa do risco de cânceres de pele secundários associados a uma dose total cumulativa elevada de UVA.
A irradiação total da pele com feixes de elétrons (TSEBT) é recomendada nos pacientes com maior carga de doença de pele, com envolvimento difuso de placas.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Em geral, elétrons 4-MeV a 9-MeV são aplicados na pele usando uma técnica de 6 ou 8 campos. Isso permite preservar as estruturas abaixo da derme, pois 80% são aplicados no primeiro 1 cm e <5% a uma profundidade além de 2 cm. Foi mostrado que doses elevadas proporcionam remissões mais duráveis que doses menores.[63]Hoppe RT, Cox RS, Fuks Z, et al. Electron-beam therapy for mycosis fungoides: the Stanford University experience. Cancer Treat Rep. 1979 Apr;63(4):691-700. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/109207?tool=bestpractice.com [64]Reddy S, Parker CM, Shidnia H, et al. Total skin electron beam radiation therapy for mycosis fungoides. Am J Clin Oncol. 1992 Apr;15(2):119-24. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1553898?tool=bestpractice.com As taxas de resposta completa para a doença em estágio inicial variam de 56% a 96%.[63]Hoppe RT, Cox RS, Fuks Z, et al. Electron-beam therapy for mycosis fungoides: the Stanford University experience. Cancer Treat Rep. 1979 Apr;63(4):691-700. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/109207?tool=bestpractice.com [64]Reddy S, Parker CM, Shidnia H, et al. Total skin electron beam radiation therapy for mycosis fungoides. Am J Clin Oncol. 1992 Apr;15(2):119-24. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1553898?tool=bestpractice.com [65]Quiros PA, Jones GW, Kacinski BM, et al. Total skin electron beam therapy followed by adjuvant psoralen/ultraviolet-A light in the management of patients with T1 and T2 cutaneous T-cell lymphoma (mycosis fungoides). Int J Radiat Oncol Biol Phys. 1997 Jul 15;38(5):1027-35. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9276369?tool=bestpractice.com As taxas de resposta na doença avançada são geralmente menores, porém obtém-se uma boa paliação.[66]Maingon P, Truc G, Dalac S, et al. Radiotherapy of advanced mycosis fungoides: indications and results of total skin electron beam and photon beam irradiation. Radiother Oncol. 2000 Jan;54(1):73-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10719702?tool=bestpractice.com A TSEBT pode ser seguida por terapias sistêmicas para manter a resposta.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Existem dados de segurança limitados para o uso de TSEBT em combinação com retinoides sistêmicos, inibidores da histona desacetilase (HDAC), como vorinostate ou romidepsina, ou mogamulizumabe, ou combinação de fototerapia com vorinostate ou romidepsina.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [67]Fong S, Hong EK, Khodadoust MS, et al. Low-dose total skin electron beam therapy combined with mogamulizumab for refractory mycosis fungoides and sézary syndrome. Adv Radiat Oncol. 2021 May-Jun;6(3):100629. https://www.doi.org/10.1016/j.adro.2020.11.014 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33748543?tool=bestpractice.com
Lesões cutâneas ou extracutâneas generalizadas persistentes com TGC devem ser tratadas novamente com as opções iniciais de tratamento.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 A realização de um novo tratamento deve ser considerada para pacientes que apresentam recidiva. De forma alternativa, os pacientes devem ser inseridos em um ensaio clínico ou um HCT alogênico deve ser considerado.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local para obter mais informações sobre dosagens.
Opções primárias
imiquimode de uso tópico
ou
clormetina tópica
ou
bexaroteno tópico
ou
carmustina
Terapia sistêmica
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Em pacientes que necessitam de terapia sistêmica, os agentes únicos são preferenciais em relação à terapia combinada, devido aos perfis de toxicidade mais altos associados aos esquemas de vários agentes e às respostas de curta duração observadas com a quimioterapia combinada de tempo limitado.
As terapias sistêmicas de agente único preferenciais para lesões cutâneas ou extracutâneas generalizadas com TGC incluem brentuximabe vedotina, gencitabina, doxorrubicina lipossomal, pralatrexato e romidepsina.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
O brentuximabe vedotina, um conjugado anticorpo-medicamento que permite que o medicamento citotóxico monometil auristatina E (MMAE) seja direcionado para células cancerosas CD30+, está aprovado pela FDA para o tratamento de MF e SS. Ensaios clínicos de fase 2 demonstraram que o brentuximabe vedotina é altamente ativo no LCCT de CD30+.[68]Kim YH, Tavallaee M, Sundram U, et al. Phase II investigator-initiated study of brentuximab vedotin in mycosis fungoides and Sézary syndrome with variable CD30 expression level: a multi-institution collaborative project. J Clin Oncol. 2015 Nov 10;33(32):3750-8. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5089160 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26195720?tool=bestpractice.com [69]Duvic M, Tetzlaff MT, Gangar P, et al. Results of a phase II trial of brentuximab vedotin for CD30+ cutaneous T-cell lymphoma and lymphomatoid papulosis. J Clin Oncol. 2015 Nov 10;33(32):3759-65. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4737859 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26261247?tool=bestpractice.com A taxa de resposta global é de 54% na MF, independentemente do status de CD30. Exacerbações podem ser observadas na MF no início da terapia, e o tempo mediano até a resposta na MF é de aproximadamente 12 semanas, com remissões duráveis observadas em alguns pacientes e uma duração mediana de resposta de aproximadamente 32 semanas. Os efeitos adversos comuns incluem neuropatia, fadiga e erupção cutânea por medicamentos.[69]Duvic M, Tetzlaff MT, Gangar P, et al. Results of a phase II trial of brentuximab vedotin for CD30+ cutaneous T-cell lymphoma and lymphomatoid papulosis. J Clin Oncol. 2015 Nov 10;33(32):3759-65. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4737859 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26261247?tool=bestpractice.com Um ensaio clínico de fase 3 incluiu pacientes adultos previamente tratados com MF ou linfoma anaplásico cutâneo primário de grande célula com CD30+. Tal ensaio revelou uma melhora significativa na resposta global objetiva com duração de pelo menos 4 meses com brentuximabe vedotina (56%) em comparação à escolha do médico de metotrexato ou bexaroteno (13%).[70]Prince HM, Kim YH, Horwitz SM, et al. Brentuximab vedotin or physician's choice in CD30-positive cutaneous T-cell lymphoma (ALCANZA): an international, open-label, randomised, phase 3, multicentre trial. Lancet. 2017 Aug 5;390(10094):555-66. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28600132?tool=bestpractice.com
A gencitabina, um antimetabólito da pirimidina, demonstrou boas taxas de resposta e é bem tolerada em pacientes com linfoma cutâneo de células T pré-tratado.[81]Zinzani PL, Baliva G, Magagnoli M, et al. Gemcitabine treatment in pretreated cutaneous T-cell lymphoma: experience in 44 patients. J Clin Oncol. 2000 Jul;18(13):2603-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10893292?tool=bestpractice.com [82]Duvic M, Talpur R, Wen S, et al. Phase II evaluation of gemcitabine monotherapy for cutaneous T-cell lymphoma. Clin Lymphoma Myeloma. 2006 Jul;7(1):51-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16879770?tool=bestpractice.com [83]Pellegrini C, Stefoni V, Casadei B, et al. Long-term outcome of patients with advanced-stage cutaneous T cell lymphoma treated with gemcitabine. Ann Hematol. 2014 Nov;93(11):1853-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24908331?tool=bestpractice.com
Evidências de dois estudos prospectivos abertos de fase 2 sugerem que a monoterapia com doxorrubicina lipossomal melhorou as taxas de resposta global, o tempo mediano até a progressão e a duração mediana da resposta em pacientes com linfoma cutâneo de células T avançado (LCCT; estádio II a IV [incluindo SS e LCCT transformado] ou MF em estádio IIB a IVB, respectivamente) refratários a pelo menos duas linhas de tratamento anteriores.[76]Quereux G, Marques S, Nguyen JM, et al. Prospective multicenter study of pegylated liposomal doxorubicin treatment in patients with advanced or refractory mycosis fungoides or Sézary syndrome. Arch Dermatol. 2008 Jun;144(6):727-33. https://www.doi.org/10.1001/archderm.144.6.727 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18559761?tool=bestpractice.com [77]Dummer R, Quaglino P, Becker JC, et al. Prospective international multicenter phase II trial of intravenous pegylated liposomal doxorubicin monochemotherapy in patients with stage IIB, IVA, or IVB advanced mycosis fungoides: final results from EORTC 21012. J Clin Oncol. 2012 Nov 20;30(33):4091-7. https://www.doi.org/10.1200/JCO.2011.39.8065 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23045580?tool=bestpractice.com
O pralatrexato, um inibidor da diidrofolato redutase, demonstrou eficácia em pacientes com MF ou SS recidivados ou refratários.[78]Horwitz SM, Kim YH, Foss F, et al. Identification of an active, well-tolerated dose of pralatrexate in patients with relapsed or refractory cutaneous T-cell lymphoma. Blood. 2012 May 3;119(18):4115-22. https://www.doi.org/10.1182/blood-2011-11-390211 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22394596?tool=bestpractice.com [79]Foss F, Horwitz SM, Coiffier B, et al. Pralatrexate is an effective treatment for relapsed or refractory transformed mycosis fungoides: a subgroup efficacy analysis from the PROPEL study. Clin Lymphoma Myeloma Leuk. 2012 Aug;12(4):238-43. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22542448?tool=bestpractice.com [80]Talpur R, Thompson A, Gangar P, et al. Pralatrexate alone or in combination with bexarotene: long-term tolerability in relapsed/refractory mycosis fungoides. Clin Lymphoma Myeloma Leuk. 2014 Aug;14(4):297-304. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24589156?tool=bestpractice.com Evidências sugerem que o pralatrexato isolado ou em combinação com bexaroteno em baixa dose é bem tolerado e melhora a resposta mediana, a duração mediana do tratamento e a sobrevida livre de progressão mediana em pacientes com MF recidivada, refratária ou com transformação em grandes células.[78]Horwitz SM, Kim YH, Foss F, et al. Identification of an active, well-tolerated dose of pralatrexate in patients with relapsed or refractory cutaneous T-cell lymphoma. Blood. 2012 May 3;119(18):4115-22. https://www.doi.org/10.1182/blood-2011-11-390211 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22394596?tool=bestpractice.com [79]Foss F, Horwitz SM, Coiffier B, et al. Pralatrexate is an effective treatment for relapsed or refractory transformed mycosis fungoides: a subgroup efficacy analysis from the PROPEL study. Clin Lymphoma Myeloma Leuk. 2012 Aug;12(4):238-43. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22542448?tool=bestpractice.com [80]Talpur R, Thompson A, Gangar P, et al. Pralatrexate alone or in combination with bexarotene: long-term tolerability in relapsed/refractory mycosis fungoides. Clin Lymphoma Myeloma Leuk. 2014 Aug;14(4):297-304. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24589156?tool=bestpractice.com
O inibidor da histona desacetilase (HDAC), romidepsina, funciona induzindo a acetilação de histonas e acetilação de proteínas, resultando em eventos a jusante de parada do ciclo celular e apoptose.[72]Carew JS, Giles FJ, Nawrocki ST. Histone deacetylase inhibitors: mechanisms of cell death and promise in combination cancer therapy. Cancer Lett. 2008 Sep 28;269(1):7-17. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18462867?tool=bestpractice.com [73]Kim M, Thompson LA, Wenger SD, et al. Romidepsin: a histone deacetylase inhibitor for refractory cutaneous T-cell lymphoma. Ann Pharmacother. 2012 Oct;46(10):1340-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22968522?tool=bestpractice.com É aprovado pela FDA dos EUA para o tratamento de MF e SS.
Lesões cutâneas ou extracutâneas generalizadas persistentes com TGC devem ser tratadas novamente com as opções iniciais de tratamento.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 A realização de um novo tratamento deve ser considerada para pacientes que apresentam recidiva. De forma alternativa, os pacientes devem ser inseridos em um ensaio clínico ou um HCT alogênico deve ser considerado.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local para obter mais informações sobre dosagens.
Opções primárias
brentuximabe vedotina
ou
gencitabina
ou
doxorrubicina lipossomal
ou
pralatrexate
ou
romidepsina
transplante alogênico de células hematopoiéticas
Pacientes com lesões cutâneas ou extracutâneas generalizadas persistentes recidivadas com TGC devem ser tratados novamente com as opções iniciais de tratamento.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 De forma alternativa, o transplante de células hematopoiéticas (HCT) alogênico deve ser considerado ou os pacientes devem ser inseridos em um ensaio clínico.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
terapia direcionada para a pele
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Potenciais terapias direcionadas à pele para lesões cutâneas ou extracutâneas generalizadas com TGC incluem corticosteroides tópicos, imiquimode tópico, clormetina tópica, retinoides tópicos (por exemplo, bexaroteno), carmustina tópica, UVB, PUVA, UVA1, TSEBT ou radioterapia.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Foi mostrado que corticosteroides tópicos proporcionam boas respostas e alívio sintomático na doença em estágio inicial.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com Um estudo demonstrou uma resposta completa em 63% dos pacientes com doença em estádio T1 (manchas, pápulas e/ou placas limitadas cobrindo <10% da superfície da pele) e em 25% dos pacientes com a doença em estágio T2 (manchas, pápulas ou placas cobrindo 10% ou mais da superfície da pele), após um acompanhamento mediano de 9 meses.[41]Zackheim HS, Kashani-Sabet M, Amin S. Topical corticosteroids for mycosis fungoides: experience in 79 patients. Arch Dermatol. 1998 Aug;134(8):949-54. http://jamanetwork.com/journals/jamadermatology/fullarticle/189275 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9722724?tool=bestpractice.com Corticosteroides tópicos de alta potência podem ser menos bem tolerados em áreas intertriginosas do corpo ou outras áreas, como o rosto.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 A duração do tratamento e a potência do tratamento com corticosteroides podem resultar em absorção sistêmica e atrofia da pele. O uso ideal de corticosteroides tópicos deve ser determinado com a ajuda de um dermatologista e depende do tipo e localização da lesão.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
O imiquimode tópico pode ser considerado para áreas com poucas manchas/placas/pequenos tumores que são recalcitrantes ao tratamento ou na pele danificada pelo sol, como antebraços, couro cabeludo e rosto.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Evidências de séries de casos sugerem que o imiquimode é eficaz para o tratamento de MF em estágio inicial refratária a outras terapias.[42]Deeths MJ, Chapman JT, Dellavalle RP, et al. Treatment of patch and plaque stage mycosis fungoides with imiquimod 5% cream. J Am Acad Dermatol. 2005 Feb;52(2):275-80. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15692473?tool=bestpractice.com [43]Coors EA, Schuler G, Von Den Driesch P. Topical imiquimod as treatment for different kinds of cutaneous lymphoma. Eur J Dermatol. 2006 Jul-Aug;16(4):391-3. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16935796?tool=bestpractice.com [44]Martínez-González MC, Verea-Hernando MM, Yebra-Pimentel MT, et al. Imiquimod in mycosis fungoides. Eur J Dermatol. 2008 Mar-Apr;18(2):148-52. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18424373?tool=bestpractice.com [45]Lewis DJ, Byekova YA, Emge DA, et al. Complete resolution of mycosis fungoides tumors with imiquimod 5% cream: a case series. J Dermatolog Treat. 2017 Sep;28(6):567-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28635518?tool=bestpractice.com
A clormetina, um potente agente alquilante do DNA, demonstrou tratar com sucesso doenças superficiais da pele.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com [46]Ramsay DL, Halperin PS, Zeleniuch-Jacquotte A. Topical mechlorethamine therapy for early stage mycosis fungoides. J Am Acad Dermatol. 1988 Oct;19(4):684-91. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3183094?tool=bestpractice.com [47]Kim YH, Martinez G, Varghese A, et al. Topical nitrogen mustard in the management of mycosis fungoides: update of the Stanford experience. Arch Dermatol. 2003 Feb;139(2):165-73. http://jamanetwork.com/journals/jamadermatology/fullarticle/479188 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12588222?tool=bestpractice.com [48]Lessin SR, Duvic M, Guitart J, et al. Topical chemotherapy in cutaneous T-cell lymphoma: positive results of a randomized, controlled, multicenter trial testing the efficacy and safety of a novel mechlorethamine, 0.02%, gel in mycosis fungoides. JAMA Dermatol. 2013 Jan;149(1):25-32. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3662469 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23069814?tool=bestpractice.com O tratamento tópico com clormetina está associado a dermatite e pode causar irritação quando usado no rosto e em áreas intertriginosas da pele.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 O tratamento deve ser iniciado com um uso menor que o diário para avaliar a tolerabilidade e, em seguida, aumentar lentamente a aplicação para a dose usual.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Os retinoides tópicos podem ser considerados para o tratamento das lesões cutâneas nos pacientes com linfoma cutâneo de células T (LCCT) em estádio inicial refratários a outras terapias tópicas, ou incapazes de tolerar outras terapias.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com [49]Scarisbrick JJ, Morris S, Azurdia R, et al. U.K. consensus statement on safe clinical prescribing of bexarotene for patients with cutaneous T-cell lymphoma. Br J Dermatol. 2013 Jan;168(1):192-200. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22963233?tool=bestpractice.com O gel de bexaroteno é o único retinoide tópico aprovado pela FDA para o tratamento de MF e SS. Em um ensaio, o gel de bexaroteno mostrou resultados promissores como um tratamento lesão-dirigido no LCCT em estágio inicial (taxa de resposta global de 63% e uma taxa de resposta completa clínica de 21%, com duração de resposta mediana de 99 semanas).[50]Breneman D, Duvic M, Kuzel T, et al. Phase 1 and 2 trial of bexarotene gel for skin-directed treatment of patients with cutaneous T-cell lymphoma. Arch Dermatol. 2002 Mar;138(3):325-32. http://jamanetwork.com/journals/jamadermatology/fullarticle/478736 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11902983?tool=bestpractice.com Os retinoides tópicos podem causar irritação da pele, incluindo vermelhidão, descamação e dermatite, quando usados no rosto e nas áreas intertriginosas do corpo.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A carmustina, um potente agente alquilante do DNA, demonstrou ser um tratamento eficaz para MF em estágio inicial com placas/manchas e tem eficácia semelhante à clormetina.[51]Zackheim HS. Topical carmustine (BCNU) for patch/plaque mycosis fungoides. Semin Dermatol. 1994 Sep;13(3):202-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7986689?tool=bestpractice.com [52]Zackheim HS. Topical carmustine (BCNU) in the treatment of mycosis fungoides. Dermatol Ther. 2003;16(4):299-302. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14686972?tool=bestpractice.com Como a carmustina tópica é amplamente absorvida, está associada a um aumento do risco de supressão da medula óssea.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com
LCCT são tumores radiossensíveis, e a radioterapia por feixe externo exerce um papel importante no manejo da doença cutânea localizada e isolada, bem como na paliação de manchas espessas e nódulos tumorais volumosos.[53]Wilson LD, Kacinski BM, Jones GW. Local superficial radiotherapy in the management of minimal stage IA cutaneous T-cell lymphoma (mycosis fungoides). Int J Radiat Oncol Biol Phys. 1998 Jan 1;40(1):109-15. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9422565?tool=bestpractice.com Doses relativamente baixas de radioterapia de baixa energia são suficientes, e a doença cutânea superficial pode ser tratada, de forma eficaz, com doses administradas entre 4 Gy e 40 Gy. A radioterapia (24-30 Gy) é recomendada como monoterapia para lesões unilesionais com intenção curativa.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 A radioterapia de baixa dose (8-12 Gy) geralmente é administrada em combinação com outras terapias para tratamento paliativo.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A fototerapia com ultravioleta B (UVB) pode ser usada para tratar a doença que apresenta mancha. Um estudo relatou uma taxa de resposta completa de 83%, com uma duração mediana de remissão de 22 meses.[54]Ramsay DL, Lish KM, Yalowitz CB, et al. Ultraviolet-B phototherapy for early-stage cutaneous T-cell lymphoma. Arch Dermatol. 1992 Jul;128(7):931-3. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1626959?tool=bestpractice.com A puvaterapia (que consiste em metoxisaleno [8-metoxipsoraleno] administrado por via oral, ativado quando exposto à luz ultravioleta de ondas longas), em virtude da maior penetração na derme, é considerada o tratamento de primeira escolha para pacientes com a doença com placas e ainda é uma das terapias mais eficazes para pacientes com doença em estágio inicial. No entanto, a PUVA está associada a um aumento da toxicidade cutânea em comparação com a UVB, e há poucos dados sobre os efeitos da puvaterapia na sobrevida global. O tratamento de manutenção pode prolongar o período de remissão. O uso da PUVA como terapia única é geralmente restrito ao LCCT em estágio inicial, pois é improvável que os pacientes com doença em estágio avançado obtenham uma resposta completa à PUVA isolada. Assim que possível, a dose total de PUVA deve ser restrita a <200 de sessões de tratamento, por causa do risco de cânceres de pele secundários associados a uma dose total cumulativa elevada de UVA.
A irradiação total da pele com feixes de elétrons (TSEBT) é recomendada nos pacientes com maior carga de doença de pele, com envolvimento difuso de placas.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Em geral, elétrons 4-MeV a 9-MeV são aplicados na pele usando uma técnica de 6 ou 8 campos. Isso permite preservar as estruturas abaixo da derme, pois 80% são aplicados no primeiro 1 cm e <5% a uma profundidade além de 2 cm. Foi mostrado que doses elevadas proporcionam remissões mais duráveis que doses menores.[63]Hoppe RT, Cox RS, Fuks Z, et al. Electron-beam therapy for mycosis fungoides: the Stanford University experience. Cancer Treat Rep. 1979 Apr;63(4):691-700. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/109207?tool=bestpractice.com [64]Reddy S, Parker CM, Shidnia H, et al. Total skin electron beam radiation therapy for mycosis fungoides. Am J Clin Oncol. 1992 Apr;15(2):119-24. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1553898?tool=bestpractice.com As taxas de resposta completa para a doença em estágio inicial variam de 56% a 96%.[63]Hoppe RT, Cox RS, Fuks Z, et al. Electron-beam therapy for mycosis fungoides: the Stanford University experience. Cancer Treat Rep. 1979 Apr;63(4):691-700. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/109207?tool=bestpractice.com [64]Reddy S, Parker CM, Shidnia H, et al. Total skin electron beam radiation therapy for mycosis fungoides. Am J Clin Oncol. 1992 Apr;15(2):119-24. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1553898?tool=bestpractice.com [65]Quiros PA, Jones GW, Kacinski BM, et al. Total skin electron beam therapy followed by adjuvant psoralen/ultraviolet-A light in the management of patients with T1 and T2 cutaneous T-cell lymphoma (mycosis fungoides). Int J Radiat Oncol Biol Phys. 1997 Jul 15;38(5):1027-35. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9276369?tool=bestpractice.com As taxas de resposta na doença avançada são geralmente menores, porém obtém-se uma boa paliação.[66]Maingon P, Truc G, Dalac S, et al. Radiotherapy of advanced mycosis fungoides: indications and results of total skin electron beam and photon beam irradiation. Radiother Oncol. 2000 Jan;54(1):73-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10719702?tool=bestpractice.com A TSEBT pode ser seguida por terapias sistêmicas para manter a resposta.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Existem dados de segurança limitados para o uso de TSEBT em combinação com retinoides sistêmicos, inibidores da histona desacetilase (HDAC), como vorinostate ou romidepsina, ou mogamulizumabe, ou combinação de fototerapia com vorinostate ou romidepsina.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [67]Fong S, Hong EK, Khodadoust MS, et al. Low-dose total skin electron beam therapy combined with mogamulizumab for refractory mycosis fungoides and sézary syndrome. Adv Radiat Oncol. 2021 May-Jun;6(3):100629. https://www.doi.org/10.1016/j.adro.2020.11.014 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33748543?tool=bestpractice.com
Lesões cutâneas ou extracutâneas generalizadas persistentes com TGC devem ser tratadas novamente com as opções iniciais de tratamento.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 A realização de um novo tratamento deve ser considerada para pacientes que apresentam recidiva. De forma alternativa, os pacientes devem ser inseridos em um ensaio clínico ou um HCT alogênico deve ser considerado.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local para obter mais informações sobre dosagens.
Opções primárias
imiquimode de uso tópico
ou
clormetina tópica
ou
bexaroteno tópico
ou
carmustina
quimioterapia com múltiplos agentes
Esquemas de quimioterapia com diversos agentes são reservados para pacientes com doença recidivada/refratária ou extracutânea. A maioria dos pacientes é tratada com diversas terapias sistêmicas de agente único antes de receber quimioterapia com múltiplos agentes.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Os esquemas combinados podem incluir: DHAP (dexametasona, citarabina + um composto de platina [carboplatina, cisplatina ou oxaliplatina]); ESHAP (etoposídeo, metilprednisolona, citarabina + um composto de platina [cisplatina ou oxaliplatina]); GDP (gencitabina, dexametasona, cisplatina); GemOx (gencitabina, oxaliplatina); ICE (ifosfamida, carboplatina, etoposídeo).
Lesões cutâneas ou extracutâneas generalizadas persistentes com TGC devem ser tratadas novamente com as opções iniciais de tratamento.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 A realização de um novo tratamento deve ser considerada para pacientes que apresentam recidiva. De forma alternativa, os pacientes devem ser inseridos em um ensaio clínico ou um HCT alogênico deve ser considerado.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Consulte o protocolo de especialista local para opções de esquemas e diretrizes de dosagem.
terapia direcionada para a pele
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Potenciais terapias direcionadas à pele para lesões cutâneas ou extracutâneas generalizadas com TGC incluem corticosteroides tópicos, imiquimode tópico, clormetina tópica, retinoides tópicos (por exemplo, bexaroteno), carmustina tópica, UVB, PUVA, UVA1, TSEBT ou radioterapia.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Foi mostrado que corticosteroides tópicos proporcionam boas respostas e alívio sintomático na doença em estágio inicial.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com Um estudo demonstrou uma resposta completa em 63% dos pacientes com doença em estádio T1 (manchas, pápulas e/ou placas limitadas cobrindo <10% da superfície da pele) e em 25% dos pacientes com a doença em estágio T2 (manchas, pápulas ou placas cobrindo 10% ou mais da superfície da pele), após um acompanhamento mediano de 9 meses.[41]Zackheim HS, Kashani-Sabet M, Amin S. Topical corticosteroids for mycosis fungoides: experience in 79 patients. Arch Dermatol. 1998 Aug;134(8):949-54. http://jamanetwork.com/journals/jamadermatology/fullarticle/189275 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9722724?tool=bestpractice.com Corticosteroides tópicos de alta potência podem ser menos bem tolerados em áreas intertriginosas do corpo ou outras áreas, como o rosto.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 A duração do tratamento e a potência do tratamento com corticosteroides podem resultar em absorção sistêmica e atrofia da pele. O uso ideal de corticosteroides tópicos deve ser determinado com a ajuda de um dermatologista e depende do tipo e localização da lesão.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
O imiquimode tópico pode ser considerado para áreas com poucas manchas/placas/pequenos tumores que são recalcitrantes ao tratamento ou na pele danificada pelo sol, como antebraços, couro cabeludo e rosto.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Evidências de séries de casos sugerem que o imiquimode é eficaz para o tratamento de MF em estágio inicial refratária a outras terapias.[42]Deeths MJ, Chapman JT, Dellavalle RP, et al. Treatment of patch and plaque stage mycosis fungoides with imiquimod 5% cream. J Am Acad Dermatol. 2005 Feb;52(2):275-80. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15692473?tool=bestpractice.com [43]Coors EA, Schuler G, Von Den Driesch P. Topical imiquimod as treatment for different kinds of cutaneous lymphoma. Eur J Dermatol. 2006 Jul-Aug;16(4):391-3. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16935796?tool=bestpractice.com [44]Martínez-González MC, Verea-Hernando MM, Yebra-Pimentel MT, et al. Imiquimod in mycosis fungoides. Eur J Dermatol. 2008 Mar-Apr;18(2):148-52. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18424373?tool=bestpractice.com [45]Lewis DJ, Byekova YA, Emge DA, et al. Complete resolution of mycosis fungoides tumors with imiquimod 5% cream: a case series. J Dermatolog Treat. 2017 Sep;28(6):567-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28635518?tool=bestpractice.com
A clormetina, um potente agente alquilante do DNA, demonstrou tratar com sucesso doenças superficiais da pele.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com [46]Ramsay DL, Halperin PS, Zeleniuch-Jacquotte A. Topical mechlorethamine therapy for early stage mycosis fungoides. J Am Acad Dermatol. 1988 Oct;19(4):684-91. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3183094?tool=bestpractice.com [47]Kim YH, Martinez G, Varghese A, et al. Topical nitrogen mustard in the management of mycosis fungoides: update of the Stanford experience. Arch Dermatol. 2003 Feb;139(2):165-73. http://jamanetwork.com/journals/jamadermatology/fullarticle/479188 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12588222?tool=bestpractice.com [48]Lessin SR, Duvic M, Guitart J, et al. Topical chemotherapy in cutaneous T-cell lymphoma: positive results of a randomized, controlled, multicenter trial testing the efficacy and safety of a novel mechlorethamine, 0.02%, gel in mycosis fungoides. JAMA Dermatol. 2013 Jan;149(1):25-32. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3662469 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23069814?tool=bestpractice.com O tratamento tópico com clormetina está associado a dermatite e pode causar irritação quando usado no rosto e em áreas intertriginosas da pele.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 O tratamento deve ser iniciado com um uso menor que o diário para avaliar a tolerabilidade e, em seguida, aumentar lentamente a aplicação para a dose usual.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Os retinoides tópicos podem ser considerados para o tratamento das lesões cutâneas nos pacientes com linfoma cutâneo de células T (LCCT) em estádio inicial refratários a outras terapias tópicas, ou incapazes de tolerar outras terapias.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com [49]Scarisbrick JJ, Morris S, Azurdia R, et al. U.K. consensus statement on safe clinical prescribing of bexarotene for patients with cutaneous T-cell lymphoma. Br J Dermatol. 2013 Jan;168(1):192-200. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22963233?tool=bestpractice.com O gel de bexaroteno é o único retinoide tópico aprovado pela FDA para o tratamento de MF e SS. Em um ensaio, o gel de bexaroteno mostrou resultados promissores como um tratamento lesão-dirigido no LCCT em estágio inicial (taxa de resposta global de 63% e uma taxa de resposta completa clínica de 21%, com duração de resposta mediana de 99 semanas).[50]Breneman D, Duvic M, Kuzel T, et al. Phase 1 and 2 trial of bexarotene gel for skin-directed treatment of patients with cutaneous T-cell lymphoma. Arch Dermatol. 2002 Mar;138(3):325-32. http://jamanetwork.com/journals/jamadermatology/fullarticle/478736 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11902983?tool=bestpractice.com Os retinoides tópicos podem causar irritação da pele, incluindo vermelhidão, descamação e dermatite, quando usados no rosto e nas áreas intertriginosas do corpo.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A carmustina, um potente agente alquilante do DNA, demonstrou ser um tratamento eficaz para MF em estágio inicial com placas/manchas e tem eficácia semelhante à clormetina.[51]Zackheim HS. Topical carmustine (BCNU) for patch/plaque mycosis fungoides. Semin Dermatol. 1994 Sep;13(3):202-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7986689?tool=bestpractice.com [52]Zackheim HS. Topical carmustine (BCNU) in the treatment of mycosis fungoides. Dermatol Ther. 2003;16(4):299-302. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14686972?tool=bestpractice.com Como a carmustina tópica é amplamente absorvida, está associada a um aumento do risco de supressão da medula óssea.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com
LCCT são tumores radiossensíveis, e a radioterapia por feixe externo exerce um papel importante no manejo da doença cutânea localizada e isolada, bem como na paliação de manchas espessas e nódulos tumorais volumosos.[53]Wilson LD, Kacinski BM, Jones GW. Local superficial radiotherapy in the management of minimal stage IA cutaneous T-cell lymphoma (mycosis fungoides). Int J Radiat Oncol Biol Phys. 1998 Jan 1;40(1):109-15. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9422565?tool=bestpractice.com Doses relativamente baixas de radioterapia de baixa energia são suficientes, e a doença cutânea superficial pode ser tratada, de forma eficaz, com doses administradas entre 4 Gy e 40 Gy. A radioterapia (24-30 Gy) é recomendada como monoterapia para lesões unilesionais com intenção curativa.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 A radioterapia de baixa dose (8-12 Gy) geralmente é administrada em combinação com outras terapias para tratamento paliativo.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A fototerapia com ultravioleta B (UVB) pode ser usada para tratar a doença que apresenta mancha. Um estudo relatou uma taxa de resposta completa de 83%, com uma duração mediana de remissão de 22 meses.[54]Ramsay DL, Lish KM, Yalowitz CB, et al. Ultraviolet-B phototherapy for early-stage cutaneous T-cell lymphoma. Arch Dermatol. 1992 Jul;128(7):931-3. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1626959?tool=bestpractice.com A puvaterapia (que consiste em metoxisaleno [8-metoxipsoraleno] administrado por via oral, ativado quando exposto à luz ultravioleta de ondas longas), em virtude da maior penetração na derme, é considerada o tratamento de primeira escolha para pacientes com a doença com placas e ainda é uma das terapias mais eficazes para pacientes com doença em estágio inicial. No entanto, a PUVA está associada a um aumento da toxicidade cutânea em comparação com a UVB, e há poucos dados sobre os efeitos da puvaterapia na sobrevida global. O tratamento de manutenção pode prolongar o período de remissão. O uso da PUVA como terapia única é geralmente restrito ao LCCT em estágio inicial, pois é improvável que os pacientes com doença em estágio avançado obtenham uma resposta completa à PUVA isolada. Assim que possível, a dose total de PUVA deve ser restrita a <200 de sessões de tratamento, por causa do risco de cânceres de pele secundários associados a uma dose total cumulativa elevada de UVA.
A irradiação total da pele com feixes de elétrons (TSEBT) é recomendada nos pacientes com maior carga de doença de pele, com envolvimento difuso de placas.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Em geral, elétrons 4-MeV a 9-MeV são aplicados na pele usando uma técnica de 6 ou 8 campos. Isso permite preservar as estruturas abaixo da derme, pois 80% são aplicados no primeiro 1 cm e <5% a uma profundidade além de 2 cm. Foi mostrado que doses elevadas proporcionam remissões mais duráveis que doses menores.[63]Hoppe RT, Cox RS, Fuks Z, et al. Electron-beam therapy for mycosis fungoides: the Stanford University experience. Cancer Treat Rep. 1979 Apr;63(4):691-700. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/109207?tool=bestpractice.com [64]Reddy S, Parker CM, Shidnia H, et al. Total skin electron beam radiation therapy for mycosis fungoides. Am J Clin Oncol. 1992 Apr;15(2):119-24. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1553898?tool=bestpractice.com As taxas de resposta completa para a doença em estágio inicial variam de 56% a 96%.[63]Hoppe RT, Cox RS, Fuks Z, et al. Electron-beam therapy for mycosis fungoides: the Stanford University experience. Cancer Treat Rep. 1979 Apr;63(4):691-700. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/109207?tool=bestpractice.com [64]Reddy S, Parker CM, Shidnia H, et al. Total skin electron beam radiation therapy for mycosis fungoides. Am J Clin Oncol. 1992 Apr;15(2):119-24. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1553898?tool=bestpractice.com [65]Quiros PA, Jones GW, Kacinski BM, et al. Total skin electron beam therapy followed by adjuvant psoralen/ultraviolet-A light in the management of patients with T1 and T2 cutaneous T-cell lymphoma (mycosis fungoides). Int J Radiat Oncol Biol Phys. 1997 Jul 15;38(5):1027-35. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9276369?tool=bestpractice.com As taxas de resposta na doença avançada são geralmente menores, porém obtém-se uma boa paliação.[66]Maingon P, Truc G, Dalac S, et al. Radiotherapy of advanced mycosis fungoides: indications and results of total skin electron beam and photon beam irradiation. Radiother Oncol. 2000 Jan;54(1):73-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10719702?tool=bestpractice.com A TSEBT pode ser seguida por terapias sistêmicas para manter a resposta.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Existem dados de segurança limitados para o uso de TSEBT em combinação com retinoides sistêmicos, inibidores da histona desacetilase (HDAC), como vorinostate ou romidepsina, ou mogamulizumabe, ou combinação de fototerapia com vorinostate ou romidepsina.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [67]Fong S, Hong EK, Khodadoust MS, et al. Low-dose total skin electron beam therapy combined with mogamulizumab for refractory mycosis fungoides and sézary syndrome. Adv Radiat Oncol. 2021 May-Jun;6(3):100629. https://www.doi.org/10.1016/j.adro.2020.11.014 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33748543?tool=bestpractice.com
Lesões cutâneas ou extracutâneas generalizadas persistentes com TGC devem ser tratadas novamente com as opções iniciais de tratamento.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 A realização de um novo tratamento deve ser considerada para pacientes que apresentam recidiva. De forma alternativa, os pacientes devem ser inseridos em um ensaio clínico ou um HCT alogênico deve ser considerado.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local para obter mais informações sobre dosagens.
Opções primárias
imiquimode de uso tópico
ou
clormetina tópica
ou
bexaroteno tópico
ou
carmustina
doença em estádio IIB, III, IV: refratária a múltiplas terapias anteriores (sem transformação em grandes células)
Terapia sistêmica
Pacientes refratários a várias terapias devem ser considerados para terapia sistêmica alternativa.[5]Gilson D, Whittaker SJ, Child FJ, et al. Joint British Association of Dermatologists and UK Cutaneous Lymphoma Group guidelines for the management of primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2019 Mar;180(3):496-526. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bjd.17240 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561020?tool=bestpractice.com [32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
O alentuzumabe, um anticorpo monoclonal anti-CD52, demonstrou resultados encorajadores em pacientes com doença em estágio avançado. Um estudo demonstrou uma taxa de resposta global de 55% em pacientes com MF avançada (32% obtiveram resposta completa e 23% resposta parcial).[84]Lundin J, Hagberg H, Repp R, et al. Phase 2 study of alemtuzumab (anti-CD52 monoclonal antibody) in patients with advanced mycosis fungoides/Sézary syndrome. Blood. 2003 Jun 1;101(11):4267-72. http://www.bloodjournal.org/content/101/11/4267.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12543862?tool=bestpractice.com Evidências subsequentes demonstram que alentuzumabe em baixa dose tem uma alta taxa de resposta para pacientes com SS (com base na redução na contagem de células de Sézary) com um bom perfil de toxicidade e pode induzir remissão em longo prazo para SS, mas não para pacientes com MF ou pacientes com transformação para grandes células.[85]de Masson A, Guitera P, Brice P, et al. Long-term efficacy and safety of alemtuzumab in advanced primary cutaneous T-cell lymphomas. Br J Dermatol. 2014 Mar;170(3):720-4. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24438061?tool=bestpractice.com [86]Bernengo MG, Quaglino P, Comessatti A, et al. Low-dose intermittent alemtuzumab in the treatment of Sézary syndrome: clinical and immunologic findings in 14 patients. Haematologica. 2007 Jun;92(6):784-94. https://www.doi.org/10.3324/haematol.11127 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17550851?tool=bestpractice.com
A clorambucila, um agente alquilante, demonstrou ser um tratamento seguro e efetivo para pacientes com linfoma cutâneo de células T (LCCT) em combinação com fluocortolona em um estudo piloto não controlado.[87]Coors EA, von den Driesch P. Treatment of erythrodermic cutaneous T-cell lymphoma with intermittent chlorambucil and fluocortolone therapy. Br J Dermatol. 2000 Jul;143(1):127-31. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10886146?tool=bestpractice.com
A ciclofosfamida é recomendada como uma potencial terapia sistêmica de agente único para pacientes com estádio >IIB que são refratários a várias terapias.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
O etoposídeo, um inibidor da topoisomerase, que inibe a síntese de DNA formando um complexo topoisomerase II e DNA, demonstrou ser eficaz para pacientes com MF e pacientes selecionados com MF progressiva sem resposta clínica a outros tratamentos.[88]Purnak S, Azar J, Mark LA. Etoposide as a single agent in the treatment of mycosis fungoides: a retrospective analysis. Dermatol Ther. 2018 Mar;31(2):e12586. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29316111?tool=bestpractice.com
Em um estudo de braço único, multicêntrico e de fase 2, o pembrolizumabe, um inibidor de PD1, demonstrou atividade antitumoral significativa com resposta durável e perfil de segurança favorável em pacientes com MF/SS avançada sem resposta clínica a uma média de 4 tratamentos anteriores.[89]Khodadoust MS, Rook AH, Porcu P, et al. Pembrolizumab in relapsed and refractory mycosis fungoides and Sézary syndrome: a multicenter phase II study. J Clin Oncol. 2020 Jan 1;38(1):20-8. https://www.doi.org/10.1200/JCO.19.01056 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31532724?tool=bestpractice.com O tratamento com pembrolizumabe foi associado ao agravamento transitório da eritrodermia e do prurido em pacientes com SS.
A pentostatina, um análogo intravenoso de purina, demonstrou ser eficaz.[90]Kurzrock R, Pilat S, Duvic M. Pentostatin therapy of T-cell lymphomas with cutaneous manifestations. J Clin Oncol. 1999 Oct;17(10):3117-21. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10506607?tool=bestpractice.com [91]Cummings FJ, Kim K, Neiman RS, et al. Phase II trial of pentostatin in refractory lymphomas and cutaneous T-cell disease. J Clin Oncol. 1991 Apr;9(4):565-71. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2066753?tool=bestpractice.com [92]Greiner D, Olsen EA, Petroni G. Pentostatin (2'-deoxycoformycin) in the treatment of cutaneous T-cell lymphoma. J Am Acad Dermatol. 1997 Jun;36(6 Pt 1):950-5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9204061?tool=bestpractice.com Os efeitos adversos comuns incluem imunossupressão significativa.
Em um estudo, o bortezomibe, um inibidor de proteassoma, demonstrou uma taxa de resposta de 67% entre 15 pacientes, 10 dos quais apresentavam LCCT.[93]Zinzani PL, Musuraca G, Tani M, et al. Phase II trial of proteasome inhibitor bortezomib in patients with relapsed or refractory cutaneous T-cell lymphoma. J Clin Oncol. 2007 Sep 20;25(27):4293-7. http://ascopubs.org/doi/full/10.1200/jco.2007.11.4207 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17709797?tool=bestpractice.com Ele pode ser considerado para pacientes com SS ou MF com doença recidivada ou refratária.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
O transplante de células hematopoiéticas (HCT) alogênico demonstrou eficácia no tratamento de pacientes com MF e SS em estágio avançado que receberam várias terapias anteriores em vários pequenos estudos prospectivos.[94]de Masson A, Beylot-Barry M, Bouaziz JD, et al. Allogeneic stem cell transplantation for advanced cutaneous T-cell lymphomas: a study from the French Society of Bone Marrow Transplantation and French Study Group on Cutaneous Lymphomas. Haematologica. 2014 Mar;99(3):527-34. https://www.doi.org/10.3324/haematol.2013.098145 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24213148?tool=bestpractice.com [95]Lechowicz MJ, Lazarus HM, Carreras J, et al. Allogeneic hematopoietic cell transplantation for mycosis fungoides and Sezary syndrome. Bone Marrow Transplant. 2014 Nov;49(11):1360-5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25068422?tool=bestpractice.com [96]Hosing C, Bassett R, Dabaja B, et al. Allogeneic stem-cell transplantation in patients with cutaneous lymphoma: updated results from a single institution. Ann Oncol. 2015 Dec;26(12):2490-5. https://www.doi.org/10.1093/annonc/mdv473 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26416896?tool=bestpractice.com [97]Domingo-Domenech E, Duarte RF, Boumedil A, et al. Allogeneic hematopoietic stem cell transplantation for advanced mycosis fungoides and Sézary syndrome. An updated experience of the Lymphoma Working Party of the European Society for Blood and Marrow Transplantation. Bone Marrow Transplant. 2021 Jun;56(6):1391-401. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33420392?tool=bestpractice.com O HCT alogênico está associado a melhores desfechos em pacientes com doença que respondem ao tratamento primário antes do transplante.[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Os pacientes com tumores generalizados em estádio IIB sem eritrodermia, ou doença eritrodérmica em estádio III que apresentam resposta inadequada a múltiplas terapias também podem considerar os tratamentos sugeridos para o tratamento de MF com transformação em grandes células, os quais incluem terapias sistêmicas com um ou vários agentes (consulte o grupo de pacientes com transformação em grandes células para obter as opções de tratamento).[32]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: primary cutaneous lymphoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local para obter mais informações sobre dosagens.
Opções primárias
alentuzumabe
ou
clorambucila
ou
ciclofosfamida
ou
etoposídeo
ou
pembrolizumabe
ou
pentostatina
ou
bortezomibe
Escolha um grupo de pacientes para ver nossas recomendações
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes. Ver aviso legal
O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal