Caso clínico
Caso clínico #1
Um menino caucasiano de 5 anos é levado à clínica ortopédica pela mãe queixando-se de uma claudicação no lado direito sem nenhuma dor associada. Essa claudicação indolor teve início insidioso há 3 semanas e foi observada pela primeira vez pelo professor de educação física da escola. A mãe relata que houve piora recentemente. Ele é um de 3 filhos e mora com a mãe solteira. Ele tem uma irmã mais velha (do casamento anterior de sua mãe) e um irmão mais novo. O parceiro atual de sua mãe é um fumante compulsivo. A mãe lembra que, 1 ano antes, ele voltou da escola queixando-se de dor no joelho direito. Essa dor foi ignorada inicialmente por alguns dias, mas como continuou, ele foi levado ao clínico geral, que tranquilizou a mãe, mas não fez nenhum acompanhamento. Os sintomas reapareceram no mês seguinte quando ele foi levado ao pronto-socorro, mas os exames de sangue e as radiografias estavam normais.
Caso clínico #2
Uma menina de 7 anos apresenta-se com uma claudicação indolor, embora tenha feito tratamento para dor aguda no passado. Ela tem uma amplitude de movimento livre no quadril. Radiografias anteroposterior e lateral em posição de rã revelam doença de Legg-Calvé-Perthes no quadril direito. Ela é submetida ao rastreamento do quadril direito com um artrograma com anestesia geral para determinar a melhor posição de contenção da cabeça do fêmur direita na articulação do quadril. É realizada uma contenção cirúrgica através de uma osteotomia varizante em cunha de abertura lateral do fêmur proximal, fixada com uma placa AO (Arbeitsgemeinschaft fur Osteosynthesefragen) pré-recortada de 3.5 mm e presa com parafusos AO de 3.5 mm. Ela é mantida em posição de não sustentação de peso depois do procedimento. Uma radiografia, 4 semanas depois, revela boa contenção da articulação do quadril, alinhamento satisfatório na osteotomia e formação de alguns calos iniciais em sentido medial. Uma nova radiografia feita 3 meses depois da operação mostra uma boa junção na osteotomia e boa contenção da articulação do quadril. Ela pode sustentar peso e retomar as atividades normais gradativamente. [Figure caption and citation for the preceding image starts]: Radiografia anteroposterior (AP) de um paciente com doença de PerthesDo acervo pessoal de Jwalant S. Mehta, MS (Orth), MCh (Orth), FRCS, FRCS (Orth) [Citation ends].
[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Radiografia lateral em posição de rã de um paciente com a doença de PerthesDo acervo pessoal de Jwalant S. Mehta, MS (Orth), MCh (Orth), FRCS, FRCS (Orth) [Citation ends].
[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Contenção cirúrgicaDo acervo pessoal de Jwalant S. Mehta, MS (Orth), MCh (Orth), FRCS, FRCS (Orth) [Citation ends].
[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Radiografia pós-operatória em 4 semanasDo acervo pessoal de Jwalant S. Mehta, MS (Orth), MCh (Orth), FRCS, FRCS (Orth) [Citation ends].
[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Radiografia pós-operatória em 3 mesesDo acervo pessoal de Jwalant S. Mehta, MS (Orth), MCh (Orth), FRCS, FRCS (Orth) [Citation ends].
Outras apresentações
A idade típica de apresentação varia entre 4 e 8 anos, mas pode variar de 2 a 12 anos com vários relatos de envolvimento em adolescentes. O fenótipo comum de uma criança com doença de Legg-Calvé-Perthes (Perthes) é uma pessoa com baixa estatura, idade óssea atrasada e hiperatividade. A claudicação é a manifestação mais comum com uma grande proporção de comprometimentos unilaterais. O comprometimento bilateral é observado em até 10% a 12% dos casos; no entanto, os dois lados do quadril raramente estão no mesmo estágio da doença em qualquer dado momento. A dor pode variar em termos de local, intensidade e padrões de irradiação. Ela pode ser irradiada para o joelho, coxa, virilha ou nádegas. A doença de Perthes é uma condição não traumática, embora uma história de trauma menor possa ser observada.
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