Abordagem

Geralmente, a história característica e os achados de exames físicos são suficientes para fazer um diagnóstico de queimadura solar. A biópsia raramente é indicada ou necessária.

História

A história revela uma exposição ao sol prolongada recente. Os sinais e sintomas de queimadura solar podem começar de 2 a 4 horas após exposição grave e excessiva à radiação ultravioleta (UV). O eritema atinge a intensidade máxima em 12 a 24 horas, mas dor, desconforto e outros sintomas podem evoluir ao longo de um tempo maior. Nos casos mais graves, os sintomas sistêmicos, inclusive náuseas, calafrios e mal-estar, devem ser investigados. Para fazer um rastreamento dos fatores de risco, médicos devem indagar sobre atividades ao ar livre durante os horários de pico de sol, uso de filtro solar e/ou roupas protetoras e, se relevante, tipo de filtro solar utilizado. Medicamentos tópicos e sistêmicos devem ser revistos para avaliar a possibilidade de reações fotossensibilizadoras, fototóxicas ou fotoalérgicas.

Exame físico

O exame físico pode demonstrar eritema, edema, vesículas/bolhas e descamação, frequentemente acompanhados de aumento de calor e sensibilidade da pele. Sardas e lentigos fotodistribuídos, com ou sem ceratoses actínicas eritêmato-escamosas difusas, indicam danos actínicos crônicos causados por exposição excessiva e repetida à radiação UV e risco maior de desenvolver fotoenvelhecimento e câncer de pele. Nos casos mais graves de queimadura solar aguda, devem-se examinar os sinais vitais para monitorar instabilidade hemodinâmica e estado de hidratação. O envolvimento da área total de superfície corporal deve ser estimado (por exemplo, a palma da mão, incluindo os dedos, é igual a 1%). A fim de avaliar uma possível hospitalização, apenas a área de superfície com bolhas deve ser medida. Pessoas com evidências de exposição excessiva e repetida à radiação UV devem passar por um exame físico completo para verificar a possibilidade de melanoma maligno e outras formas de câncer de pele.

Investigações

A biópsia de pele é raramente necessária e só deve ser realizada para descartar outras entidades no diagnóstico diferencial. A biópsia de pele mostraria ceratinócitos eosinofílicos dispersos com núcleos picnóticos ou ausentes ('células de queimadura solar' apoptóticas) nas camadas suprabasal e epiderme média.[15] O teste de Saidman é raramente indicado, somente quando o diagnóstico é duvidoso. Ele envolve a avaliação das doses eritematosas mínimas para ultravioleta A e ultravioleta B para detectar uma fotossensibilidade anormal.

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