Novos tratamentos
Bimekizumabe
Bimekizumabe, um anticorpo monoclonal contra inibidor de interleucina (IL), direcionado a IL-17A e IL-17F, está aprovado pela European Medicines Agency (EMA), para uso isolado ou em combinação com metotrexato, para adultos com artrite psoriática (APs) que apresentaram resposta inadequada ou que são intolerantes a um ou mais medicamentos antirreumáticos modificadores de doença (MARMDs). Um ensaio clínico de fase 2 demonstrou que bimekizumabe melhorou consideravelmente ACR50 em 12 semanas, em comparação com placebo, em pacientes com APs, com um perfil de efeito adverso aceitável.[99] As taxas de resposta foram mantidas em alta proporção de pacientes em desfechos cutâneos e articulares em 60 semanas.[100] Um ensaio clínico aberto de extensão relatou que os pacientes mantiveram as melhoras na articulação e na pele por 3 anos, sem nenhuma nova questão de segurança.[101]
Brodalumabe
Brodalumabe, um anticorpo monoclonal direcionado ao inibidor de IL-17A, está aprovado para psoríase em placas moderada a grave nos EUA. Existe um alerta para o risco de ideação suicida relacionada a esse medicamento. No entanto, um relatório de farmacovigilância dos EUA, que avaliou 2677 pacientes que receberam brodalumabe por 2 anos, constatou que nenhuma tentativa ou conclusão de suicídio foi relatada, e 25 casos de depressão foram relatados.[102] Brodalumabe demonstrou melhoras rápidas e significativas em sinais e sintomas de APs em dois ensaios clínicos de fase 3, com melhoras em domínios articulares, de entesite, de dactilite e cutâneos, em comparação com placebo.[103] Os ensaios clínicos foram encerrados precocemente devido ao aumento observado na ideação e comportamento suicida no grupo de brodalumabe. Uma alteração no protocolo permitiu que pacientes com história prévia e ideação e comportamento suicida fossem excluídos dos ensaios clínicos, e foi constatado que as taxas de depressão e ideação e comportamento suicida em pacientes sem história prévia foram similares entre pacientes tratados com brodalumabe e com placebo. O perfil de segurança foi consistente com o de outros inibidores de IL-17.[103]
Deucravacitinibe
Deucravacitinibe, um inibidor de tirosina quinase 2 oral, está aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) dos EUA e pela EMA para o tratamento da psoríase. Ele demonstrou melhores respostas sintomáticas para pacientes com artrite psoriática, em comparação com placebo, em 16 semanas em um ensaio clínico de fase 2.[104] Nenhum efeito adverso grave foi relatado; no entanto, a tirosina quinase 2 faz parte da família janus quinases, e são necessários mais dados.
Brepocitinibe
Brepocitinibe, um inibidor duplo de tirosina quinase 2/janus quinases 1 experimental, demonstrou eficácia na redução dos sintomas de APs em pacientes com APs moderada a muito ativa, em comparação com placebo, em um ensaio clínico de fase 2b.[105]
Terapia com células T do receptor quimérico do antígeno (T CAR)
A terapia com células T CAR é interessante para doenças autoimunes, pois, teoricamente, possibilita o direcionamento específico e a deleção de células imunológicas patologicamente ativadas.[106] Estudos pré-clínicos foram realizados em modelos de doenças autoimunes in vitro e in vivo, inclusive artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico e esclerose sistêmica.[106]
Terapias combinadas
O tratamento imunomodulador combinado pode ser promissor para melhorar as taxas de resposta musculoesquelética em pacientes com APs. Pesquisadores estão analisando quadros oncológicos e outras doenças inflamatórias crônicas em busca de informações para selecionar e ordenar agentes sinérgicos para trabalhar em diversas vias patológicas em pacientes com doença refratária.[107]
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