História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

presença de fatores de risco

As afecções associadas à catarata incluem idade >65 anos, história de trauma ocular, diabetes mellitus, certas doenças metabólicas ou hereditárias (por exemplo, doença de Wilson, galactosemia, distrofia miotônica), uso de longa duração de corticosteroides oftálmicos, história familiar de catarata congênita ou influências congênitas (por exemplo, toxinas), tabagismo e exposição de longa duração à luz ultravioleta.

redução subjetiva da visão

A catarata classicamente se apresenta como uma diminuição gradual da visão ao longo de muitos anos, que o paciente pode demorar para reconhecer até que haja algum comprometimento da visão.

No entanto, sob certas circunstâncias (por exemplo, diabetes mellitus), pode haver uma redução relativamente súbita da visão.[22]

visão turva ou embaçada

As alterações no cristalino causam uma redução na sua transparência, um aumento na difusão da luz e a redução da visão.

ofuscamento

Com frequência descrita principalmente ao dirigir à noite.

visão de cores desbotadas

Na catarata nuclear, a alteração das proteínas do cristalino frequentemente causa um tom amarelado na catarata. Os pacientes notam uma redução da riqueza das cores, principalmente nos tons de azul.

acuidade visual reduzida

Pacientes com catarata significativa apresentam uma redução da melhor acuidade visual corrigida.

A acuidade visual deve ser testada com a melhor correção de óculos do paciente em condições de distância e iluminação padronizadas para visão de perto e de longe.

reflexo vermelho embotado

Podem ser observados durante oftalmoscopia direta.

Outros fatores diagnósticos

comuns

prescrição inadequada de óculos de grau

Um paciente com catarata esclerótica nuclear progressiva também pode queixar-se de uma prescrição inadequada de óculos de grau.

O espessamento do cristalino pode causar um aumento no poder refrativo e fazer o paciente parecer cada vez mais míope.

interrupção das atividades da vida diária

Alterações visuais podem afetar as atividades da vida diária, como ler ou dirigir.

Fatores de risco

Fortes

idade >60 anos

A prevalência de catarata aumenta com a idade, especialmente após os 60 anos.[3]

As alterações nas proteínas do cristalino aumentam com a idade e reduzem a transparência. O avanço da idade permite mais tempo para a formação de camadas corticais (exteriores) do cristalino, reduzindo a sua capacidade de acomodação.

sexo feminino

As mulheres têm um risco maior de desenvolver catarata relacionada à idade, especialmente catarata cortical.[6][15][16]

Isso pode ser devido a uma redução no efeito protetor do estrogênio durante a menopausa.[17]

tabagismo

Foi relatado que o tabagismo é um fator de risco para catarata.[18][19][20][21]

O estresse oxidativo foi associado a alterações nas proteínas do cristalino, causando a formação de catarata.

Foi observado que a catarata nuclear moderada ocorre com mais frequência em mulheres não brancas que são fumantes e têm grandes drusas maculares (subprodutos do metabolismo da retina que são geralmente removidos).[1]

exposição à ultravioleta (UV) em longo prazo

Evidências experimentais mostram que o cristalino é suscetível a danos ultravioleta (UV).

Alterações nas proteínas do cristalino, causadas pelo envelhecimento ou mutação, podem levar à agregação da proteína beta-cristalina quando expostas à radiação ultravioleta.[2]

diabetes mellitus

Aumenta o risco de desenvolvimento de catarata.[9][10]

Níveis mais altos de glicose causam a retenção de glicose no cristalino e sua conversão em sorbitol.

Essa catarata frequentemente evolui com muita rapidez, em especial em jovens com diabetes mal controlado.[22]

trauma ocular

A catarata pode ser associada a uma lesão contusa ou penetrante do globo.[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Catarata traumática e trauma da írisDo acervo pessoal de M. Bowes Hamill, MD [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@72cb5b36

uso de corticosteroides em longo prazo

A catarata pode ocorrer com o uso de corticosteroides oculares e sistêmicos em longo prazo.[11][12]

história familiar de catarata congênita ou influências congênitas (por exemplo, toxinas)

A catarata lamelar ou zonular é a forma mais comumente observada de catarata congênita. Geralmente é bilateral e simétrica.

A catarata pode ser decorrente de influências tóxicas transitórias durante o desenvolvimento do cristalino ou ser hereditária em um padrão autossômico dominante.

uveíte

A catarata é comum em pacientes com uveíte como resultado de inflamação ocular e uso de corticosteroide prolongados.[23][24]

miopia

O desenvolvimento de cataratas nuclear e subcapsular posterior está associado à miopia.[25]

Fracos

outras afecções metabólicas ou hereditárias

Condições (incluindo galactosemia, doença de Wilson, síndrome de Marfan e distrofia miotônica) podem estar associadas a tipos específicos de catarata (por exemplo, catarata em árvore de Natal em pessoas com distrofia miotônica; catarata em girassol em pessoas com doença de Wilson).

A força da associação varia de acordo com cada afecção.

exposição a radiação ionizante

Os profissionais da saúde expostos à radiação ionizante por meio de exames de imagem podem ter maior risco de catarata, principalmente aqueles envolvidos em procedimentos de cardiologia intervencionista.[26]

índice de massa corporal (IMC) alto

O IMC elevado tem sido associado ao desenvolvimento de opacidades corticais e subcapsulares posteriores do cristalino.[27][28]

Não foi demonstrada uma associação consistente.[29][30]

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