História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

presença de fatores de risco

Os principais fatores de risco incluem idade de 20 a 40 anos, sexo feminino e comorbidades dolorosas.

dor cíclica

Os pacientes com dor e disfunção miofascial queixam-se de dor cíclica, particularmente pela manhã, e possivelmente dor de dentes causada por bruxismo noturno (ranger dos dentes).

A dor é a característica mais importante e, se não estiver relacionada ao uso da mandíbula, é improvável que seja decorrente de DTMs.

Os pacientes com osteoartrite, geralmente, sentem dor.

dor contínua

Os pacientes com disfunção interna, em geral, se queixam de dor contínua que se agrava com o movimento mandibular.[11]

A dor é a característica mais importante e, se não estiver relacionada ao uso da mandíbula, é improvável que seja decorrente de DTMs.

Os pacientes com osteoartrite, geralmente, sentem dor. Alguns pacientes (cerca de 30%) podem evoluir para DTM crônica, com dor persistente por ≥3 meses.[4]

ruído articular

Os pacientes com dor e disfunção miofascial têm um clique palpável ou audível na área da articulação, quando abrem e fecham a mandíbula.

Os pacientes com disfunção interna apresentam cliques e possível travamento da mandíbula, além de restrição da abertura mandibular.

Os pacientes com osteoartrite e osteoartrose apresentam crepitação articular.

movimento mandibular anormal

A abertura mandibular máxima é de 35 a 55 mm.[12] O movimento pode sofrer uma redução para <35 mm.

Pode haver um desvio inadequado na abertura máxima da boca, e os pacientes podem queixar-se de travamento dos dentes ou de estranheza da mordida. Deve-se avaliar os dentes quanto a facetas de desgaste, que são indicativas de bruxismo.[11]

sensibilidade dos músculos da mastigação

Os músculos ficam sensíveis à palpação e à abertura máxima da boca. Pode haver áreas de espasmo que parecem nódulos nos músculos que estiverem sensíveis. Os músculos da mastigação, particularmente o masseter e o temporal, podem estar volumosos.

Outros fatores diagnósticos

comuns

depressão ou ansiedade

A depressão e a ansiedade estão associadas a um risco aumentado de DTM.[12][18][25][40]

Incomuns

cefaleia, dorsalgia, otalgia ou dor cervical

Deve-se investigar se há história de cefaleia, dor cervical, otalgia ou dorsalgia, pois a dor cervical pode ser referida nas estruturas orofaciais, e isso pode ser confundido com as DTMs. Os pacientes podem apresentar síndromes de dor miofascial sistêmica, síndrome de hipermobilidade ou fibromialgia.

Fatores de risco

Fortes

sexo feminino

As DTMs são mais comuns em mulheres do que em homens.[4][11]​​​[15][18]​​​​​ As DTMs foram associadas ao início da puberdade em garotas.[17]

Foi relatada maior prevalência das DTMs nas mulheres com distúrbios menstruais.[33][34][35]

Um estudo encontrou níveis mais elevados de estradiol tanto em mulheres quanto em homens com DTMs,[36]

Um outro estudo determinou uma relação inversa entre o estrogênio circulante e a dor articular.[14] Foi relatada uma correlação entre a intensidade da dor na articulação temporomandibular e as fases do ciclo menstrual.[37]​​ No entanto, em geral, há evidências insuficientes para vincular as DTMs aos níveis de hormônios femininos.

comorbidades dolorosas

As DTMs foram associadas a comorbidades dolorosas.[38][39]​ Um estudo descobriu que 83% dos pacientes com dor por DTM tinham uma comorbidade dolorosa e 59% tinham pelo menos duas.[38]​ Em uma revisão sistemática, foi encontrada uma alta prevalência de condições dolorosas comórbidas em pacientes com DTMs, com a dor lombar crônica, a síndrome miofascial e a dor abdominal crônica observadas em > 50% dos pacientes.[39]

idade de 20-40 anos

A condição se manifesta, na maioria das vezes, em pacientes entre 20 e 40 anos de idade.[39]​ Um estudo constatou que a idade em que as mulheres mais buscam tratamento para DTMs foi aos 33.8 anos.[37]​ Outro estudo constatou que a prevalência de DTM atingiu o pico após a idade reprodutiva (até 64 anos), seguida por uma diminuição gradual.[20]

Fracos

depressão, ansiedade ou estresse

A depressão pode ser um fator de risco.[18][25]​​ Geralmente, ela está associada a síndromes de dor crônica.[40] Um estudo determinou que o risco de desenvolver uma DTM foi maior em pessoas gravemente deprimidas que em pessoas que não sofriam de depressão.[18] A ansiedade e o estresse também estão frequentemente associados a DTMs.[12][40]​ Alguns inibidores seletivos de recaptação de serotonina estão associados ao bruxismo e/ou dor na mandíbula, o que pode agravar as DTMs.[41][42][43]

É comum o aumento da apresentação de DTMs em adultos jovens durante provas e términos de relacionamentos.

genética

Estudos avaliaram o papel da genética nas DTMs.[29][30]​​ Uma associação entre DTMs e os genes COMT e HTR2A foi confirmada pelos achados do estudo OPPERA.[3][29]​​[30]​​ Uma revisão sistemática revelou que a associação entre dor por DTM e hereditariedade foi apoiada por evidências modestas.[30]

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