Caso clínico
Caso clínico #1
Uma mulher de 72 anos de idade se apresenta com dor poliarticular. Ela vem sofrendo de dor leve nas articulações há muito tempo, mas ao longo dos últimos 10 anos notou aumento do incômodo nos punhos, ombros, joelhos e tornozelos. Ela foi acometida de vários episódios recentes de dor intensa em uma ou duas articulações, com inchaço e calor nas áreas afetadas. Estes episódios frequentemente duram 3-4 semanas. O exame físico mostra alterações ósseas graves compatíveis com osteoartrite em muitas articulações e pouco inchaço, calor e sensibilidade sem eritema na segunda e terceira articulações metacarpofalângicas, no ombro esquerdo e no punho direito.
Caso clínico #2
Um homem de 80 anos de idade se apresenta com punho vermelho edemaciado, febre e calafrios. Ele se lembra de ter caído da cadeira de rodas há vários dias, mas parecia estar bem até 24 horas antes da internação, quando passou a apresentar dor no punho direito. A sua filha observou febre e um pouco de confusão e o levou ao hospital. No exame físico, ele parece doente e apresenta febre de 39 ºC (102 ºF). Apresenta inchaço, sensibilidade e vermelhidão ao redor do punho direito com edema sobre o dorso da mão.
Outras apresentações
A artrite associada com cristais de pirofosfato de cálcio (PFC) geralmente é chamada a grande mimetizadora, podendo se apresentar em ampla variedade de formas.[1] Embora a artrite aguda monoarticular, que se assemelha à gota, seja talvez a forma mais comumente reconhecida de artrite por PFC, ela não é a forma mais frequente da doença. A forma mais frequente de artrite por PFC se apresenta como uma artrite degenerativa crônica que se assemelha à osteoartrite e que pode ocorrer com ou sem episódios inflamatórios. A artrite por PFC geralmente afeta as articulações que não são comumente afetadas por osteoartrite, como punhos ou ombros.
Além de se apresentar como artrite aguda monoarticular ou oligoarticular, ela pode se apresentar com artrite inflamatória poliarticular simétrica semelhante à artrite reumatoide; ou, menos frequentemente, com dores difusas semelhantes às dores observadas em polimialgia reumática.
O DPFC está associado ao aumento do risco de calcificação vascular e baixa densidade mineral óssea (DMO).[6][7] A forma neuropática é rara, mas é caracterizada por artrite destrutiva grave com fragmentação óssea e corpos flutuantes.
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