O objetivo da avaliação é identificar o tipo de incontinência (ou seja, urinária de esforço, de urgência ou mista) e descartar a presença de uma afecção subjacente complexa ou que ofereça potencial risco de vida (por exemplo, compressão da medula espinhal, hidrocefalia de pressão normal ou esclerose múltipla), o que justifica a avaliação e o tratamento por um especialista.
Um número significativo de mulheres com incontinência urinária de esforço pode ser diagnosticado com base somente na história.[58]Martin JL, Williams KS, Sutton AJ, et al. Systematic review and meta-analysis of methods of diagnostic assessment for urinary incontinence. Neurourol Urodyn. 2006;25(7):674-83.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17016795?tool=bestpractice.com
Avaliação clínica
Os sintomas urinários a serem observados incluem:
Perda involuntária de urina por esforço, atividade física, espirros ou tosse (o que sugere incontinência urinária de esforço)
Perda involuntária de urina acompanhada ou imediatamente precedida por urgência (o que sugere incontinência de urgência)
Noctúria
Disúria, hematúria ou história conhecida de infecções do trato urinário (ITUs)
Gotejamento após a micção
Aumento da frequência urinária
Atenção especial à história obstétrica e ginecológica é importante para determinar qualquer fator de risco predisponente, incluindo a história gestacional, bem como o tipo dos partos, partos vaginais operatórios e traumas obstétricos e cirurgias pélvicas.[3]Patel UJ, Godecker AL, Giles DL, et al. Updated prevalence of urinary incontinence in women: 2015-2018 national population-based survey data. Female Pelvic Med Reconstr Surg. 2022 Apr 1;28(4):181-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35030139?tool=bestpractice.com
[7]American College of Obstetricians and Gynecologists. Practice bulletin no. 155: urinary incontinence in women. Nov 2015 [internet publication].
https://journals.lww.com/greenjournal/citation/2015/11000/practice_bulletin_no__155__urinary_incontinence_in.51.aspx
[11]Aoki Y, Brown HW, Brubaker L, et al. Urinary incontinence in women. Nat Rev Dis Primers. 2017 Jul 6;3:17042.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28681849?tool=bestpractice.com
[14]Zhou HH, Shu B, Liu TZ, et al. Association between parity and the risk for urinary incontinence in women: a meta-analysis of case-control and cohort studies. Medicine (Baltimore). 2018 Jul;97(28):e11443.
https://www.doi.org/10.1097/MD.0000000000011443
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29995798?tool=bestpractice.com
[15]Tähtinen RM, Cartwright R, Tsui JF, et al. Long-term impact of mode of delivery on stress urinary incontinence and urgency urinary incontinence: a systematic review and meta-analysis. Eur Urol. 2016 Jul;70(1):148-58.
https://www.doi.org/10.1016/j.eururo.2016.01.037
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26874810?tool=bestpractice.com
Também é importante avaliar qualquer comorbidade que possa contribuir para a polaciúria ou urgência urinária (por exemplo, diabetes mellitus).[59]Cameron AP, Chung DE, Dielubanza EJ, et al. The AUA/SUFU guideline on the diagnosis and treatment of idiopathic overactive bladder. J Urol. 2024 Apr 23.
https://www.auanet.org/guidelines-and-quality/guidelines/idiopathic-overactive-bladder
Os outros fatores importantes são:
Idade
Peso
Etnia
Estado hormonal
Ingestão de cafeína e líquidos
Consumo de bebidas alcoólicas
História de tabagismo
Envolvimento em atividades ou hábitos do estilo de vida, incluindo atividades físicas de alto impacto, as quais aumentam a pressão intra-abdominal
História de prolapso vaginal
História familiar de incontinência
História de lesão nas costas/quedas
História de constipação crônica ou de incontinência fecal
História de enurese na infância
Comprometimento funcional
Permanência prolongada em unidade de cuidados
Uma revisão completa dos medicamentos é fundamental, já que alguns podem apresentar efeitos adversos significativos sobre o sistema urogenital - em particular aqueles com efeitos anticolinérgicos, como os anti-histamínicos, antidepressivos e antipsicóticos.[11]Aoki Y, Brown HW, Brubaker L, et al. Urinary incontinence in women. Nat Rev Dis Primers. 2017 Jul 6;3:17042.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28681849?tool=bestpractice.com
Os bloqueadores dos canais de cálcio e alfabloqueadores também foram associados à retenção urinária e à dificuldade de micção. Os diuréticos podem causar poliúria, polaciúria e urgência urinária.[11]Aoki Y, Brown HW, Brubaker L, et al. Urinary incontinence in women. Nat Rev Dis Primers. 2017 Jul 6;3:17042.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28681849?tool=bestpractice.com
Algumas afecções clínicas crônicas, como tosse crônica (por exemplo, asma, DPOC), insuficiência cardíaca crônica, diabetes mellitus e apneia obstrutiva do sono, podem estar associadas a incontinência.[11]Aoki Y, Brown HW, Brubaker L, et al. Urinary incontinence in women. Nat Rev Dis Primers. 2017 Jul 6;3:17042.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28681849?tool=bestpractice.com
[19]Scime NV, Hetherington E, Metcalfe A, et al. Association between chronic conditions and urinary incontinence in females: a cross-sectional study using national survey data. CMAJ Open. 2022 Apr-Jun;10(2):E296-303.
https://www.doi.org/10.9778/cmajo.20210147
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35383034?tool=bestpractice.com
Doenças neurológicas, como lesão na medula espinhal, acidente vascular cerebral, esclerose múltipla e doença de Parkinson, podem resultar em prejuízo do controle neurológico da função do trato urinário inferior (bexiga neurogênica), hiperatividade do músculo detrusor ou limitações no acesso a instalações sanitárias devido à mobilidade (incontinência funcional).[27]Panicker JN, Fowler CJ, Kessler TM. Lower urinary tract dysfunction in the neurological patient: clinical assessment and management. Lancet Neurol. 2015 Jul;14(7):720-32.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26067125?tool=bestpractice.com
Outras ferramentas, como questionários de sintomas e um diário miccional, são usadas para avaliar as pacientes.[59]Cameron AP, Chung DE, Dielubanza EJ, et al. The AUA/SUFU guideline on the diagnosis and treatment of idiopathic overactive bladder. J Urol. 2024 Apr 23.
https://www.auanet.org/guidelines-and-quality/guidelines/idiopathic-overactive-bladder
O estado mental é avaliado, pois a demência é uma causa de incontinência urinária, particularmente em pacientes idosos.
O preenchimento de um diário miccional irá auxiliar na análise da ingestão de líquidos e no padrão de micções com precisão.[59]Cameron AP, Chung DE, Dielubanza EJ, et al. The AUA/SUFU guideline on the diagnosis and treatment of idiopathic overactive bladder. J Urol. 2024 Apr 23.
https://www.auanet.org/guidelines-and-quality/guidelines/idiopathic-overactive-bladder
[60]Wyman JF, Choi SC, Harkins SW, et al. The urinary diary in evaluation of urinary incontinence in women: a test retest analysis. Obstet Gynecol. 1988 Jun;71(6 Pt 1):812-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3368165?tool=bestpractice.com
[61]European Association of Urology. Non-neurogenic female LUTS. 2023 [internet publication].
https://uroweb.org/guidelines/non-neurogenic-female-luts
Ele é realizado ao longo de vários dias (no mínimo 3).[62]National Institute for Health and Care Excellence. Urinary incontinence and pelvic organ prolapse in women: management. Jun 2019 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng123
O Urinary Distress Inventory ou o Questionário de Impacto de Incontinência também são úteis para a classificação do tipo de incontinência e para a determinação da gravidade e de seu impacto sobre a qualidade de vida.[63]Ghoniem G, Stanford E, Kenton K, et al. Evaluation and outcome measures in the treatment of female urinary stress incontinence: International Urogynecological Association (IUGA) guidelines for research and clinical practice. Int Urogynecol J Pelvic Floor Dysfunct. 2008 Jan;19(1):5-33.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2096636
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18026681?tool=bestpractice.com
[64]Abrams P, Cardozo L, Khoury S, et al (eds). Symptom and quality of life assessment. Incontinence volume 1: basics and evaluation. Third International Consultation on Incontinence, June 26-29, 2004. International Continence Society/Société Internationale d'Urologie. Paris: Editions 21; 2005.
Urogenital Distress Inventory: UDI-6
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Incontinence Impact Questionnaire: short form IIQ-7
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Exame físico
O exame físico identificará qualquer alteração anatômica ou neurológica que possa contribuir para os sintomas da paciente:[1]Trowbridge ER, Hoover EF. Evaluation and treatment of urinary incontinence in women. Gastroenterol Clin North Am. 2022 Mar;51(1):157-75.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35135660?tool=bestpractice.com
[11]Aoki Y, Brown HW, Brubaker L, et al. Urinary incontinence in women. Nat Rev Dis Primers. 2017 Jul 6;3:17042.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28681849?tool=bestpractice.com
[27]Panicker JN, Fowler CJ, Kessler TM. Lower urinary tract dysfunction in the neurological patient: clinical assessment and management. Lancet Neurol. 2015 Jul;14(7):720-32.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26067125?tool=bestpractice.com
Avaliação geral para analisar a marcha, a cognição e a fragilidade, que podem contribuir para o comprometimento funcional.
O abdome e as costas são examinados em busca de massas e sensibilidade.
O exame especular para avaliar a parede vaginal anterior e a uretra pode revelar secreção ou sensibilidade uretral, que sugerem divertículo uretral, carcinoma ou inflamação. O acúmulo de urina na vagina estabelece a necessidade de um exame detalhado para identificar a presença de qualquer trato fistuloso, particularmente em pacientes já submetidas a cirurgia ou irradiação pélvica.
Sinais de atrofia urogenital, como palidez das mucosas ou eritema, indicam deficiência de estrogênio circulante nos órgãos urogenitais. Isso pode causar urgência, aumento da frequência e/ou incontinência urinária.
A presença de uma protuberância vaginal causada por prolapso do órgão pélvico, como cistocele, pode indicar fraqueza das estruturas de suporte da uretra/bexiga, ocasionando diversas alterações, como acotovelamento uretral, esvaziamento incompleto da bexiga ou retenção urinária. Outras formas de prolapso (por exemplo, prolapso uterino ou fraqueza de suporte posterior como retocele) podem afetar a função vesical, inclusive obstrução infravesical e incontinência ou retenção resultante.
Um exame bimanual também fornece informações importantes sobre o tamanho e a conformação dos órgãos pélvicos, caso estejam presentes. A compressão mecânica da bexiga decorrente de um útero aumentado e volumoso pode provocar urgência e aumento da frequência urinária devido à restrição da capacidade de distensão da bexiga na pelve já ocupada.
Reflexos bulbocavernosos e superficiais anais indicam que as vias do nervo sacral, que são fundamentais para a função normal da bexiga, estão prejudicadas.
O exame retal é importante para verificar a sensação perineal e o tônus do esfíncter, impactação fecal ou massa retal.
Investigações
O teste de esforço por tosse, em posição sentada ou ortostática, é realizado na primeira consulta.[1]Trowbridge ER, Hoover EF. Evaluation and treatment of urinary incontinence in women. Gastroenterol Clin North Am. 2022 Mar;51(1):157-75.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35135660?tool=bestpractice.com
[65]American College of Obstetricians and Gynecologists. Committee Opinion No. 603 (reaffirmed 2024): evaluation of uncomplicated stress urinary incontinence in women before surgical treatment. Jun 2014 [internet publication].
https://www.acog.org/clinical/clinical-guidance/committee-opinion/articles/2014/06/evaluation-of-uncomplicated-stress-urinary-incontinence-in-women-before-surgical-treatment
Ele é demonstrado por vazamento observado com tosse ou Valsalva na posição de litotomia com a bexiga confortavelmente cheia ou após se inserir 300 mL de água na bexiga.[11]Aoki Y, Brown HW, Brubaker L, et al. Urinary incontinence in women. Nat Rev Dis Primers. 2017 Jul 6;3:17042.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28681849?tool=bestpractice.com
De maneira alternativa, o teste de esforço com a bexiga vazia em posição supina é realizado imediatamente após a micção e pode indicar formas mais graves de incontinência urinária de esforço ou deficiência intrínseca do esfíncter.[11]Aoki Y, Brown HW, Brubaker L, et al. Urinary incontinence in women. Nat Rev Dis Primers. 2017 Jul 6;3:17042.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28681849?tool=bestpractice.com
Medição do resíduo pós-miccional e urinálise são os primeiros testes a serem solicitados.[1]Trowbridge ER, Hoover EF. Evaluation and treatment of urinary incontinence in women. Gastroenterol Clin North Am. 2022 Mar;51(1):157-75.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35135660?tool=bestpractice.com
[59]Cameron AP, Chung DE, Dielubanza EJ, et al. The AUA/SUFU guideline on the diagnosis and treatment of idiopathic overactive bladder. J Urol. 2024 Apr 23.
https://www.auanet.org/guidelines-and-quality/guidelines/idiopathic-overactive-bladder
[65]American College of Obstetricians and Gynecologists. Committee Opinion No. 603 (reaffirmed 2024): evaluation of uncomplicated stress urinary incontinence in women before surgical treatment. Jun 2014 [internet publication].
https://www.acog.org/clinical/clinical-guidance/committee-opinion/articles/2014/06/evaluation-of-uncomplicated-stress-urinary-incontinence-in-women-before-surgical-treatment
Eles podem ser realizados durante a primeira consulta, sem uma ordem sequencial, ou até mesmo simultaneamente. A medição do resíduo pós-miccional permite avaliar o volume de urina na bexiga após a micção. Essa medição é feita por meio de cateterismo estéril ou ultrassonografia de boa precisão, e pode diferenciar entre um esvaziamento adequado da bexiga e a retenção urinária.[1]Trowbridge ER, Hoover EF. Evaluation and treatment of urinary incontinence in women. Gastroenterol Clin North Am. 2022 Mar;51(1):157-75.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35135660?tool=bestpractice.com
A urinálise pode ajudar a identificar as afecções subjacentes que possam contribuir para a incontinência urinária.[59]Cameron AP, Chung DE, Dielubanza EJ, et al. The AUA/SUFU guideline on the diagnosis and treatment of idiopathic overactive bladder. J Urol. 2024 Apr 23.
https://www.auanet.org/guidelines-and-quality/guidelines/idiopathic-overactive-bladder
Por exemplo, as infecções do trato urinário e a poliúria induzida por glicosúria, como observada no diabetes mellitus, podem produzir sintomas de bexiga hiperativa.
A falha de medidas conservadoras para a incontinência urinária indica a necessidade de encaminhamento a um especialista em incontinência para uma avaliação mais detalhada. Uma avaliação urodinâmica pode ajudar a diferenciar os tipos de incontinência, se não estiverem claros, especialmente se os resultados de exames menos invasivos forem inconclusivos.[1]Trowbridge ER, Hoover EF. Evaluation and treatment of urinary incontinence in women. Gastroenterol Clin North Am. 2022 Mar;51(1):157-75.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35135660?tool=bestpractice.com
Pode ser usado como avaliação diagnóstica adicional nas mulheres com incontinência urinária de esforço complicada antes de serem submetidas a tratamento cirúrgico, nas quais o tratamento conservador tiver fracassado.[65]American College of Obstetricians and Gynecologists. Committee Opinion No. 603 (reaffirmed 2024): evaluation of uncomplicated stress urinary incontinence in women before surgical treatment. Jun 2014 [internet publication].
https://www.acog.org/clinical/clinical-guidance/committee-opinion/articles/2014/06/evaluation-of-uncomplicated-stress-urinary-incontinence-in-women-before-surgical-treatment
Pode ser útil em casos complicados (insucesso em cirurgia anti-incontinência, história de cirurgia pélvica ou irradiação pélvica).[66]Nager CW, Brubaker L, Litman HJ, et al. A randomized trial of urodynamic testing before stress-incontinence surgery. N Engl J Med. 2012 May 24;366(21):1987-97.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3386296
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22551104?tool=bestpractice.com
O teste do cotonete (Q-tip test) ou ultrassonografia para avaliar o grau de mobilidade uretral e o teste do absorvente (pad test) (realizado quando a incontinência urinária não é evidente ou para confirmar uma fonte urinária) também podem ser usados para diferenciar os tipos de incontinência.[63]Ghoniem G, Stanford E, Kenton K, et al. Evaluation and outcome measures in the treatment of female urinary stress incontinence: International Urogynecological Association (IUGA) guidelines for research and clinical practice. Int Urogynecol J Pelvic Floor Dysfunct. 2008 Jan;19(1):5-33.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2096636
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18026681?tool=bestpractice.com
[65]American College of Obstetricians and Gynecologists. Committee Opinion No. 603 (reaffirmed 2024): evaluation of uncomplicated stress urinary incontinence in women before surgical treatment. Jun 2014 [internet publication].
https://www.acog.org/clinical/clinical-guidance/committee-opinion/articles/2014/06/evaluation-of-uncomplicated-stress-urinary-incontinence-in-women-before-surgical-treatment
Por fim, na avaliação de pacientes com hematúria ou incontinência de urgência refratária, a cistouretroscopia é útil para descartar outras patologias (ou seja, fístula, corpo estranho, tumor, cistite intersticial).