Investigações
Primeiras investigações a serem solicitadas
teste de antiglobulina direto
Exame
Realizado para identificar se anticorpos ou complemento estão ligados às células do doador.[3]
Eritrócitos do receptor após a transfusão são lavados e incubados com globulina anti-humana (reagente de Coombs).
A observação de aglutinação é considerada um teste positivo.
Os fatores de imunoglobulinas ou complementos se ligaram aos antígenos de superfície dos eritrócitos in vivo.
Quando a hemólise é rápida e todos os eritrócitos transfundidos são rapidamente destruídos, o teste de antiglobulina direto após a transfusão pode ser negativo.
Resultado
o resultado positivo indica reação transfusional hemolítica
inspeção visual da amostra de sangue após a transfusão
Exame
A liberação de hemoglobina livre como resultado da destruição de eritrócitos resulta em uma aparência rosa a avermelhada do sobrenadante.
Resultado
pode revelar evidências de hemólise
repetição do teste ABO na amostra de sangue após a transfusão
Exame
Deve ser realizada em uma amostra de sangue do paciente e do componente transfundido.
Resultado
pode revelar incompatibilidade
urinálise pós-transfusão
Exame
Hemoglobina livre indica hemólise na reação transfusional hemolítica aguda.[3]
Resultado
pode demonstrar a presença de hemoglobina livre
Investigações a serem consideradas
níveis séricos de imunoglobulina A (IgA)
Exame
Reservado para casos de reação anafilática à transfusão. Os pacientes com deficiência de IgA que tenham anticorpos anti-IgA podem apresentar reação anafilactoide decorrente de transfusão positiva para IgA.[28]
Resultado
pode estar baixo
teste de anticorpos anti-IgA
Exame
Reservado para casos de reação anafilática à transfusão. Os pacientes com deficiência de IgA que tenham anticorpos anti-IgA podem apresentar reação anafilactoide decorrente de transfusão positiva para IgA.[28]
Resultado
pode ser positiva
nível de triptase sérica
Exame
Um marcador de ativação mastocitária sistêmica. Nos casos de suspeita de reação anafilática à transfusão, os níveis de triptase sérica devem ser medidos para ajudar na confirmação pós-aguda do diagnóstico de anafilaxia.[5][33]
No Reino Unido, o National Institute for Health and Care Excellence (NICE) recomenda a medição de dois níveis de triptase mastocitária aguda: o primeiro deve ser obtido assim que possível após o início do tratamento de emergência; o segundo deve ser obtido idealmente dentro de 1-2 horas (mas não em mais que 4 horas) do início dos sintomas.[33] O NICE orienta que uma terceira amostra pode ser necessária quando o paciente faz acompanhamento no serviço de alergia especializado para estabelecer o nível basal de triptase mastocitária.[33]
De maneira similar, uma atualização de 2023 dos parâmetros de prática para anafilaxia realizada pela Joint Task Force on Practice Parameters (JTFPP) sugere que o nível agudo de triptase sérica deve ser medido assim que possível (idealmente em até 2 horas após o início dos sintomas) e que, em seguida, deve-se realizar uma segunda medição da triptase sérica em um momento posterior para estabelecer o nível basal do paciente.[5]
Um nível agudo de triptase acima do limite superior do normal (definido em laboratório) apoia um diagnóstico de anafilaxia, pois é um nível agudo que indica elevação significativa a partir do nível basal de triptase do paciente (mesmo quando o nível agudo ainda está na faixa normal, ou seja, um nível de triptase agudo na faixa normal não descarta anafilaxia).[5]
Um nível basal de triptase ≥8 ng/mL pode sugerir outros diagnósticos, como alfa triptasemia hereditária ou mastocitose.[5]
Resultado
o nível agudo pode estar elevado ou normal e pode estar aumentado a partir do nível basal do paciente
rastreamento de aloanticorpos séricos
Exame
O teste pós-transfusão pode revelar o anticorpo responsável pela reação hemolítica tardia.[3]
Resultado
pode ser positiva
lactato desidrogenase (LDH) sérico
Exame
Pode ser realizada para auxiliar na identificação da presença de hemólise, particularmente quando o teste de antiglobulina direto é negativo.[3]
Resultado
pode estar elevada
bilirrubina sérica
Exame
Pode ser realizada para auxiliar na identificação da presença de hemólise, particularmente quando o teste de antiglobulina direto é negativo.[3]
Resultado
pode estar elevada
coloração de Gram e cultura de componente e de amostras do receptor após a transfusão
Exame
Devem ser realizadas quando houver suspeita clínica de sepse associada à transfusão.[4]
A coloração de Gram ou culturas positivas sugerem sepse associada à transfusão decorrente de componente contaminado.[4]
Associadas com plaquetas (contaminação bacteriana em 1/1000 a 1/2000 unidades) com maior frequência que com outros componentes.[4][34][35]
Resultado
pode ser positiva
biópsia de pele, intestino ou fígado
Exame
Deve ser realizada quando houver suspeita de doença do enxerto contra o hospedeiro associada à transfusão.[10]
Deve-se realizar a biópsia da pele comprometida com o exantema maculopapular.
Um patologista deve ser orientado a avaliar a doença do enxerto contra o hospedeiro associada à transfusão.
Resultado
pode mostrar evidências de doença do enxerto contra o hospedeiro
tipagem HLA (antígeno leucocitário humano)
Exame
Realizada quando houver suspeita de doença do enxerto contra o hospedeiro associada à transfusão.[10]
O diagnóstico é estabelecido se linfócitos circulantes tiverem um fenótipo HLA diferente das células do tecido do hospedeiro.
Resultado
linfócitos circulantes podem ter fenótipo HLA diferente das células do tecido do hospedeiro
rastreamento de anticorpos plaquetários
Exame
O antígeno mais comum implicado na púrpura pós-transfusional é o antígeno plaquetário humano 1a (APH-1a), contra o qual os anticorpos são produzidos.
Resultado
pode ser positiva
haptoglobina sérica
Exame
Pode ser realizada para auxiliar na identificação da presença de hemólise, particularmente quando o teste de antiglobulina direto é negativo.[3]
Resultado
pode estar baixo
potássio sérico
Exame
A hipocalemia pode estar associada a transfusões de grande volume de sangue em decorrência da conversão de citrato em bicarbonato, o que direciona o potássio para dentro das células.
A incidência de hipercalemia associada à transfusão em adultos pode chegar a 4%; é menor na população pediátrica, em que a frequência da hipercalemia é de, aproximadamente, 1%.[36][37][38]
A hipercalemia é observada em transfusões de hemoderivados nos dias posteriores à armazenagem em decorrência do vazamento de potássio das células.[4] A hipercalemia pode ocorrer em preparações de eritrócitos irradiados, que têm uma vida útil mais curta de 28 dias.
Resultado
pode estar baixo ou alto
bicarbonato sérico
Exame
A acidose metabólica pode estar associada a transfusões de grande volume de sangue em decorrência da conversão de citrato em bicarbonato.
Resultado
pode estar baixo
cálcio sérico
Exame
A hipocalcemia é incomum. Associado a transfusões de grande volume de sangue em decorrência do citrato contido no sangue total. O citrato forma complexos com o cálcio, resultando em baixo cálcio ionizado.
Resultado
pode estar baixo
creatinina sérica
Exame
Pode indicar a presença de insuficiência renal.
Resultado
pode estar elevado
Hemograma completo
Exame
Uma baixa hemoglobina pode ser observada com anemia hemolítica. Plaquetopenia pode indicar coagulação intravascular disseminada (CIVD).
Eosinofilia e/ou uma redução aguda na contagem de neutrófilos podem ocorrer na lesão pulmonar aguda relacionada à transfusão (TRALI), mas esses achados associados não confirmam nem descartam necessariamente o diagnóstico de TRALI.
Resultado
pode mostrar redução na hemoglobina ou plaquetas
dímero D
Exame
Pode sugerir a presença de coagulação intravascular disseminada.
Resultado
pode estar elevada
tempo de protrombina (TP) e tempo de tromboplastina parcial (TTP)
Exame
Os estudos da coagulação podem ser normais na coagulação intravascular disseminada.[1]
Resultado
o resultado pode ser anormal
radiografia torácica
Exame
Quando houver suspeita de TRALI, uma radiografia torácica deverá ser obtida.[1] Evidências de infiltrados alveolares irregulares bilaterais dão suporte ao diagnóstico.A TRALI é clinicamente definida como o início de lesão pulmonar aguda em uma relação temporal à transfusão.Os critérios para lesão pulmonar aguda incluem início agudo dos sintomas, ausência de sobrecarga circulatória, infiltrados pulmonares bilaterais na radiografia torácica e hipoxemia.
Resultado
pode exibir infiltrados irregulares bilaterais na TRALI
gasometria arterial
Exame
Conforme demonstrado por pressão arterial de oxigênio/fração de oxigênio inspirado (PaO2/FiO2) <300 mmHg.
Resultado
pode exibir hipoxemia na TRALI
O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal