Prognóstico
A perspectiva do paciente é variável. Alguns pacientes respondem completamente à antibioticoterapia e à inserção de drenagem torácica em duas semanas. No entanto, cerca de 24% não respondem e necessitam cirurgia.[8] A maioria dos pacientes se recupera completamente, mas um pequeno número desenvolve espessamento pleural, causando restrição da ventilação ou infecção pleural crônica.
A mortalidade após empiema é de cerca de 15% a 20%, sendo mais elevada em pacientes com comorbidades significativas ou imunocomprometimento.[3][23]
Os fatores associados a uma mortalidade mais desfavorável em 3 meses incluem ureia sérica elevada, idade avançada, derrame não purulento, infecção hospitalar e hipoalbuminemia, conhecidos coletivamente como escore RAPID [Renal (ureia), Idade, Líquido purulento, Fonte de infecção, Alimentar (albumina)].[25] Destas variáveis, apenas a idade avançada foi associada ao aumento da necessidade de cirurgia aos 3 meses. Embora pareça contraintuitivo que derrames não purulentos estejam associados a desfechos mais desfavoráveis, isto pode ser explicado pela observação clínica de que derrames francamente purulentos parecem ter menos loculações e, como resultado, têm maior probabilidade de drenar completamente sem a necessidade de intervenção adicional, como terapia enzimática intrapleural ou cirurgia.
Desfecho baseado na categorização de derrames parapneumônicos da American College of Chest Physicians
Empiemas da categoria 1: derrame pleural de fluxo livre, <10 mm na radiografia torácica em decúbito lateral, toracocentese (aspiração pleural) não necessária; risco muito baixo de desfecho desfavorável.
Empiemas da categoria 2: derrame de fluxo livre moderado (menos da metade do hemotórax), coloração de Gram e cultura negativas, pH >7.2; baixo risco de desfecho desfavorável.
Empiemas da categoria 3: derrame pleural grande ou loculado ou espessamento pleural, coloração de Gram ou cultura positiva ou pH <7.2; risco moderado de desfecho desfavorável.
Empiemas da categoria 4: aspiração de pus franco; risco elevado de desfecho desfavorável.
Anormalidades na radiografia torácica
Embora invariavelmente anormais na alta, a maioria das alterações na radiografia torácica remite em 3 a 6 meses, com algum espessamento pleural residual. Uma repetição da radiografia torácica deve ser realizada 4 a 6 semanas após a alta.
Função pulmonar prejudicada
Alguns pacientes desenvolvem função pulmonar restritiva como resultado do espessamento pleural residual após a remoção do dreno torácico. Na maioria dos pacientes, esse espessamento pleural remite em alguns meses, e a função pulmonar, geralmente, é próxima do normal após 3 a 6 meses. Se a função pulmonar reduzida persistir após 6 meses e o paciente estiver sintomático, deverá ser considerada a decorticação cirúrgica (uma operação torácica importante que envolve a evacuação de pus e resíduos do espaço pleural e a remoção de tecido fibroso da pleura visceral e parietal).
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