Prognóstico

A bronquiectasia é uma doença irreversível nos adultos. Em crianças e adolescentes, ela pode ser reversível com detecção precoce e tratamento efetivo, evitando a deterioração posterior da função pulmonar.[10] O ciclo típico da doença consiste em períodos de controle dos sintomas interrompido por períodos de exacerbações. A bronquiectasia frequentemente coexiste com outra doença respiratória, tornando difícil determinar o prognóstico para a bronquiectasia isolada.[123] Fatores associados a um rápido declínio da função pulmonar incluem exacerbações graves mais frequentes.[124] Demonstrou-se que hipoxemia, hipercapnia, dispneia e a extensão radiográfica da doença estão relacionadas à mortalidade. Entretanto, um índice de massa corporal mais alto, consultas médicas marcadas com maior regularidade e vacinações aumentam a sobrevida.[72]

O Índice de Gravidade das Bronquiectasias, validado no Reino Unido e Europa, pode ajudar a compreender o prognóstico e guiar o tratamento em adultos.[109][110][111]

Os seguintes fatores demonstraram por análise multivariada prever independentemente a mortalidade em pacientes com bronquiectasia moderada a grave:[125]

  • Infecção por Pseudomonas aeruginosa

  • Sexo masculino

  • Idade avançada

  • Maior relação volume residual/capacidade pulmonar total

  • Aumento da espessura da parede no exame de tomografia computadorizada

  • Escore de baixo nível de atividade de acordo com o St. George's Respiratory Questionnaire.

Qualidade de vida

De acordo com o Questionário Respiratório de St. George, dispneia, volume expiratório forçado reduzido no primeiro segundo de expiração (VEF₁) e produção diária de escarro têm o maior impacto na qualidade de vida em pacientes com bronquiectasias.[126]

Pacientes e pais que responderam à pesquisa da European Lung Foundation relataram que as exacerbações foram um dos principais fatores que afetaram a qualidade de vida da criança.[10]

espécies de Pseudomonas no escarro

Espécies de Pseudomonas no escarro dos pacientes com bronquiectasia indicam uma doença pulmonar mais extensa e um comprometimento mais grave da função pulmonar que em pacientes sem colonização de espécies de Pseudomonas. Alguns estudos mostraram que a colonização de espécies de Pseudomonas é um fator independente associado a um declínio mais rápido da função pulmonar. As evidências são conflitantes.[124]

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