Caso clínico

Caso clínico #1

Um menino de 7 anos apresenta história de piscar os olhos e fungar com duração de 4 meses. O paciente relata que sente seu nariz estranho e que quando pisca os olhos ou funga essa sensação desaparece. Os sintomas não melhoraram com o uso de anti-histamínicos. O menino consegue controlar a piscada e a fungada, porém, apenas durante alguns segundos. Ele pisca os olhos e funga com mais frequência quando está cansado ou nervoso e com menos frequência quando está concentrado em alguma tarefa. Não há história médica significativa. Ele não está nem estava tomando quaisquer medicamentos antes do início dos sintomas. A história familiar é negativa para asma, alergias, convulsões ou tiques. Ao exame físico, o menino apresenta parâmetros de crescimento e sinais vitais normais. Os exames físico geral e neurológico não apresentam nada digno de nota, exceto pela frequência de piscar os olhos e fungar, sendo ambos sugestionáveis e distrativos.

Caso clínico #2

Um menino de 10 anos apresenta história de latir intermitentemente e sacudir a cabeça por mais de 1 ano. Atualmente, sacode a cabeça com tanta frequência que isto lhe causa dor cervical. Às vezes, o menino também repete o que os outros dizem. Em casa, a mãe observou que o menino passa muito tempo no banho e lava as mãos com frequência. Esses comportamentos pioram em situações de estresse. A história médica e familiar não possui nada digno de nota. O menino não toma quaisquer medicamentos. O seu desenvolvimento foi normal, porém, o menino sempre precisou se esforçar muito na escola e apresenta dificuldade de prestar atenção. Apresenta parâmetros de crescimento e sinais vitais normais. O exame físico não apresenta nada digno de nota e o exame neurológico é normal, exceto por barulhos ocasionais de latido e movimentos do pescoço semelhantes a olhar para cima, acompanhados pelo erguer dos ombros.

Outras apresentações

Embora ocorram com mais frequência em crianças, transtornos de tique podem ocorrer também na idade adulta. Na maior parte dos casos, tiques mais triviais podem ter estado presentes, mas não foram reconhecidos durante a infância. Bem menos comumente, os sintomas de tique podem se apresentar primeiro na idade adulta e requerer avaliação abrangente para descartar toxicidade ou afecção clínica subjacente.

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