Peritonite bacteriana espontânea
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Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
infecção adquirida na comunidade com baixo risco de espécies resistentes
antibioticoterapia empírica intravenosa
A antibioticoterapia empírica de primeira linha para PBE adquirida na comunidade é uma cefalosporina intravenosa de terceira geração (por exemplo, cefotaxima, ceftriaxona).[61]Biggins SW, Angeli P, Garcia-Tsao G, et al. Diagnosis, evaluation, and management of ascites, spontaneous bacterial peritonitis and hepatorenal syndrome: 2021 practice guidance by the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2021 Aug;74(2):1014-48. https://www.doi.org/10.1002/hep.31884 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33942342?tool=bestpractice.com Opções alternativas incluem fluoroquinolona (por exemplo, ciprofloxacino) ou ampicilina/sulbactam.[64]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines for the management of patients with decompensated cirrhosis. J Hepatol. 2018 Aug;69(2):406-60. https://www.doi.org/10.1016/j.jhep.2018.03.024 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29653741?tool=bestpractice.com [117]Garcia-Tsao G, Lim JK, Members of Veterans Affairs Hepatitis C Resource Center Program. Management and treatment of patients with cirrhosis and portal hypertension: recommendations from the Department of Veterans Affairs Hepatitis C Resource Center Program and the National Hepatitis C Program. Am J Gastroenterol. 2009 Jul;104(7):1802-29. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19455106?tool=bestpractice.com [118]Felisart J, Rimola A, Arroyo V, et al. Cefotaxime is more effective than is ampicillin-tobramycin in cirrhotics with severe infections. Hepatology. 1985 May-Jun;5(3):457-62. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3888810?tool=bestpractice.com [119]Rimola A, Salmeron JM, Clemente G. Two different dosages of cefotaxime in the treatment of spontaneous bacterial peritonitis in cirrhosis: results of a prospective, randomized, multicenter study. Hepatology. 1995 Mar;21(3):674-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7875666?tool=bestpractice.com [120]Gomez-Jimenez J, Ribera E, Gasser I, et al. Randomized trial comparing ceftriaxone with cefonicid for treatment of spontaneous bacterial peritonitis in cirrhotic patients. Antimicrob Agents Chemother. 1993;37:1587-92. http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?tool=pubmed&pubmedid=8215267 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8215267?tool=bestpractice.com Não use fluoroquinolona se o paciente já estiver recebendo profilaxia com fluoroquinolona ou em áreas com alta prevalência de bactérias resistentes a fluoroquinolona.[80]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines on the management of ascites, spontaneous bacterial peritonitis, and hepatorenal syndrome in cirrhosis. J Hepatol. 2010 Sep;53(3):397-417. https://www.journal-of-hepatology.eu/article/S0168-8278(10)00478-2/fulltext
Se o paciente apresentar melhora contínua em 48 horas, é razoável considerar a troca para um antibiótico oral.[117]Garcia-Tsao G, Lim JK, Members of Veterans Affairs Hepatitis C Resource Center Program. Management and treatment of patients with cirrhosis and portal hypertension: recommendations from the Department of Veterans Affairs Hepatitis C Resource Center Program and the National Hepatitis C Program. Am J Gastroenterol. 2009 Jul;104(7):1802-29. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19455106?tool=bestpractice.com
Os antibióticos fluoroquinolonas sistêmicos, como o ciprofloxacino, podem causar eventos adversos graves, incapacitantes e potencialmente duradouros ou irreversíveis. Isso inclui, mas não está limitado a: tendinopatia/ruptura de tendão; neuropatia periférica; artropatia/artralgia; aneurisma e dissecção da aorta; regurgitação de valva cardíaca; disglicemia; e efeitos sobre o sistema nervoso central, incluindo convulsões, depressão, psicose e pensamentos e comportamento suicidas.[121]Rusu A, Munteanu AC, Arbănași EM, et al. Overview of side-effects of antibacterial fluoroquinolones: new drugs versus old drugs, a step forward in the safety profile? Pharmaceutics. 2023 Mar 1;15(3):804. https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC10056716 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36986665?tool=bestpractice.com Restrições de prescrição aplicam-se ao uso de fluoroquinolonas e essas restrições podem variar entre os países. Em geral, o uso das fluoroquinolonas deve ser restrito apenas nas infecções bacterianas graves e com risco à vida. Algumas agências regulatórias também podem recomendar que eles sejam usados apenas em situações em que outros antibióticos comumente recomendados para a infecção sejam inadequados (por exemplo, resistência, contraindicações, falha do tratamento, indisponibilidade). Consulte as diretrizes e a fonte de informações de medicamentos locais para obter mais informações sobre adequação, contraindicações e precauções.
Os padrões emergentes de resistência devem ser examinados cautelosamente em cada instituição para determinar se é necessária uma cobertura empírica de espectro mais amplo desde o início.
Ciclo do tratamento: 5-7 dias.
Opções primárias
cefotaxima: 2 g por via intravenosa a cada 12 horas
ou
ceftriaxona: 1-2 g por via intravenosa a cada 12-24 horas
Opções secundárias
ciprofloxacino: 400 mg por via intravenosa a cada 12 horas
ou
ampicilina/sulbactam: 1.5 a 3 g por via intravenosa a cada 6 horas
Mais ampicilina/sulbactamA dose consiste em 1 g de ampicilina associado a 0.5 g de sulbactam (1.5 g) ou 2 g de ampicilina associados a 1 g de sulbactam (3 g).
albumina
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
O tratamento com albumina intravenosa demonstrou reduzir a mortalidade e a disfunção renal em pacientes com PBE.[130]Bajaj JS, Kamath PS, Reddy KR. The evolving challenge of infections in cirrhosis. N Engl J Med. 2021 Jun 17;384(24):2317-30. A albumina diminui a insuficiência renal, provavelmente pelo aumento do volume circulatório e ao se ligar a moléculas pró-inflamatórias.[106]Koulaouzidis A, Bhat S, Saeed AA. Spontaneous bacterial peritonitis. World J Gastroenterol. 2009 Mar 7;15(9):1042-9. https://www.wjgnet.com/1007-9327/full/v15/i9/1042.htm http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19266595?tool=bestpractice.com [132]Sort P, Navasa M, Arroyo V, et al. Effect of intravenous albumin on renal impairment and mortality in patients with cirrhosis and spontaneous bacterial peritonitis. N Engl J Med. 1999;341:403-9. http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM199908053410603#t=article http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10432325?tool=bestpractice.com
As análises de subgrupos de estudos que examinam o uso de albumina para PBE mostram que os maiores benefícios de mortalidade e prevenção da disfunção renal ocorrem em pacientes com bilirrubina sérica >68.42 micromoles/L (>4 mg/dL) ou creatinina sérica >88.4 micromoles (>1 mg/dL) e ureia sérica >10.7 mmol/L (>30 mg/dL).[131]Garcia-Tsao G, Abraldes JG, Rich NE, et al. AGA clinical practice update on the use of vasoactive drugs and intravenous albumin in cirrhosis: expert review. Gastroenterology. 2024 Jan;166(1):202-10. https://www.gastrojournal.org/article/S0016-5085(23)05143-0/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37978969?tool=bestpractice.com Por isso, a AASLD recomenda albumina para todos os pacientes com PBE, mas observa que os pacientes com lesão renal aguda e/ou icterícia no momento do diagnóstico de PBE têm maior probabilidade de se beneficiar.[61]Biggins SW, Angeli P, Garcia-Tsao G, et al. Diagnosis, evaluation, and management of ascites, spontaneous bacterial peritonitis and hepatorenal syndrome: 2021 practice guidance by the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2021 Aug;74(2):1014-48. https://www.doi.org/10.1002/hep.31884 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33942342?tool=bestpractice.com
paracentese de grande volume (PGV)
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A PGV pode melhorar o desconforto abdominal em pacientes com ascite tensa. No entanto, há poucas evidências sobre a segurança de PGV na PBE, e são necessárias pesquisas adicionais.[133]Chitsaz E, Nunes D. Risks and benefits of large volume paracentesis in spontaneous bacterial peritonitis with tense ascites: where is the clinical evidence? 2049. Am J Gastroenterol. 2014 Oct 1;109:S672. https://journals.lww.com/ajg/fulltext/2014/10002/Risks_and_Benefits_of_Large_Volume_Paracentesis_in.2307.aspx
Estudos em pacientes com PBE sem complicações (sem sepse, encefalopatia hepática, sangramento gastrointestinal ou insuficiência renal significativa) demonstraram que a PGV com reposição de albumina pode ser segura.[134]Choi CH, Han KH, Kim do Y, et al. Efficacy and safety of large volume paracentesis in cirrhotic patients with spontaneous bacterial peritonitis: a randomized, prospective study [in Korean]. Taehan Kan Hakhoe Chi. 2002 Mar;8(1):52-60. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12499817?tool=bestpractice.com [135]Choi CH, Ahn SH, Kim DY, et al. Long-term clinical outcome of large volume paracentesis with intravenous albumin in patients with spontaneous bacterial peritonitis: a randomized prospective study. J Gastroenterol Hepatol. 2005 Aug;20(8):1215-22. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16048569?tool=bestpractice.com
Não há estudos que tenham examinado se a PGV é segura em pacientes com PBE complicada.
Demonstra como realizar uma paracentese abdominal diagnóstica e terapêutica.
infecção nosocomial, choque séptico, alto risco de organismos resistentes a múltiplos medicamentos
antibioticoterapia empírica intravenosa
Os pacientes devem iniciar o tratamento com antibióticos intravenosos empíricos de amplo espectro.[61]Biggins SW, Angeli P, Garcia-Tsao G, et al. Diagnosis, evaluation, and management of ascites, spontaneous bacterial peritonitis and hepatorenal syndrome: 2021 practice guidance by the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2021 Aug;74(2):1014-48. https://www.doi.org/10.1002/hep.31884 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33942342?tool=bestpractice.com
As opções de antibióticos incluem um carbapenêmico (por exemplo, imipeném/cilastatina, meropeném) ou piperacilina/tazobactam.[61]Biggins SW, Angeli P, Garcia-Tsao G, et al. Diagnosis, evaluation, and management of ascites, spontaneous bacterial peritonitis and hepatorenal syndrome: 2021 practice guidance by the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2021 Aug;74(2):1014-48. https://www.doi.org/10.1002/hep.31884 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33942342?tool=bestpractice.com [64]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines for the management of patients with decompensated cirrhosis. J Hepatol. 2018 Aug;69(2):406-60. https://www.doi.org/10.1016/j.jhep.2018.03.024 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29653741?tool=bestpractice.com
Como existe a preocupação de resistência à cefalosporina nessa população, além da alta mortalidade, a EASL recomenda o tratamento primário com um esquema de carbapenêmicos.[64]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines for the management of patients with decompensated cirrhosis. J Hepatol. 2018 Aug;69(2):406-60. https://www.doi.org/10.1016/j.jhep.2018.03.024 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29653741?tool=bestpractice.com [125]Piano S, Fasolato S, Salinas F, et al. The empirical antibiotic treatment of nosocomial spontaneous bacterial peritonitis: Results of a randomized, controlled clinical trial. Hepatology. 2016 Apr;63(4):1299-309. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26084406?tool=bestpractice.com [126]Jindal A, Kumar M, Bhadoria AS, et al. A randomized open label study of 'imipenem vs. cefepime' in spontaneous bacterial peritonitis. Liver Int. 2016 May;36(5):677-87. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26474358?tool=bestpractice.com
A escolha de antibióticos de amplo espectro deve ser adaptada à prevalência local e ao tipo de organismos multirresistentes, e a cobertura antibiótica deve ser reduzida assim que os resultados da cultura estiverem disponíveis.[61]Biggins SW, Angeli P, Garcia-Tsao G, et al. Diagnosis, evaluation, and management of ascites, spontaneous bacterial peritonitis and hepatorenal syndrome: 2021 practice guidance by the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2021 Aug;74(2):1014-48. https://www.doi.org/10.1002/hep.31884 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33942342?tool=bestpractice.com
O risco de um patógeno resistente a múltiplos medicamentos subtratado em paciente gravemente doente (por exemplo, séptico) é inaceitavelmente alto, e a antibioticoterapia deve ser ampliada de maneira adequada. Isso inclui pacientes com infecção nasocomial, hospitalização recente e pacientes internados na unidade de terapia intensiva.[61]Biggins SW, Angeli P, Garcia-Tsao G, et al. Diagnosis, evaluation, and management of ascites, spontaneous bacterial peritonitis and hepatorenal syndrome: 2021 practice guidance by the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2021 Aug;74(2):1014-48. https://www.doi.org/10.1002/hep.31884 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33942342?tool=bestpractice.com Além disso, pacientes com escore CLIF-SOFA ≥7 apresentam alto risco de mortalidade em curto prazo e também devem ser tratados de maneira mais agressiva.[105]Moreau R, Jalan R, Gines P, et al. Acute-on-chronic liver failure is a distinct syndrome that develops in patients with acute decompensation of cirrhosis. Gastroenterology. 2013 Jun;144(7):1426-37. https://www.gastrojournal.org/article/S0016-5085(13)00291-6/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23474284?tool=bestpractice.com
Os pacientes que estiverem melhorando clinicamente e respondendo após 48 horas podem ser considerados para uma troca para antibióticos orais.[50]Ricart E, Soriano G, Novella MT, et al. Amoxicillin-clavulanic acid versus cefotaxime in the therapy of bacterial infections in cirrhotic patients. J Hepatol. 2000 Apr;32(4):596-602. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10782908?tool=bestpractice.com [117]Garcia-Tsao G, Lim JK, Members of Veterans Affairs Hepatitis C Resource Center Program. Management and treatment of patients with cirrhosis and portal hypertension: recommendations from the Department of Veterans Affairs Hepatitis C Resource Center Program and the National Hepatitis C Program. Am J Gastroenterol. 2009 Jul;104(7):1802-29. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19455106?tool=bestpractice.com [128]Angeli P, Guarda S, Fasolato S, et al. Switch therapy with ciprofloxacin vs. intravenous ceftazidime in the treatment of spontaneous bacterial peritonitis in patients with cirrhosis: similar efficacy at lower cost. Aliment Pharmacol Ther. 2006 Jan 1;23(1):75-84. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1365-2036.2006.02706.x/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16393283?tool=bestpractice.com [129]Terg R, Cobas S, Fassio E, et al. Oral ciprofloxacin after a short course of intravenous ciprofloxacin in the treatment of spontaneous bacterial peritonitis: results of a multicenter, randomized study. J Hepatol. 2000;33:564-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11059861?tool=bestpractice.com
Ciclo do tratamento: 5-7 dias.
Opções primárias
piperacilina/tazobactam: 3.375 g por via intravenosa a cada 6 horas
Mais piperacilina/tazobactamA dose consiste em 3 g de piperacilina associada a 0.375 g de tazobactam.
ou
imipeném/cilastatina: 0.5 a 1 g por via intravenosa a cada 6 horas, ou 1 g a cada 8 horas
Mais imipeném/cilastatinaA dose refere-se ao componente de imipeném.
ou
meropeném: 1-2 g por via intravenosa a cada 8 horas
vancomicina ou daptomicina
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Vancomicina pode ser adicionada quando uma melhor cobertura de cocos Gram-positivos é necessária (por exemplo, pacientes com sepse ou uma história de profilaxia com fluoroquinolona, ou em áreas com uma alta prevalência de organismos Gram-positivos multirresistentes).[64]European Association for the Study of the Liver. EASL clinical practice guidelines for the management of patients with decompensated cirrhosis. J Hepatol. 2018 Aug;69(2):406-60. https://www.doi.org/10.1016/j.jhep.2018.03.024 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29653741?tool=bestpractice.com [127]ELshamy RM, Oda MS, Saeed MA, et al. A comparative study on nosocomial and community-acquired spontaneous bacterial peritonitis in patients with liver cirrhosis at a university hospital. Eur J Gastroenterol Hepatol. 2022 Jun 1;34(6):655-63. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35352700?tool=bestpractice.com A daptomicina é recomendada para pacientes com infecção prévia por enterococos resistentes à vancomicina (ERV) ou um swab de vigilância positivo para ERV.[61]Biggins SW, Angeli P, Garcia-Tsao G, et al. Diagnosis, evaluation, and management of ascites, spontaneous bacterial peritonitis and hepatorenal syndrome: 2021 practice guidance by the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2021 Aug;74(2):1014-48. https://www.doi.org/10.1002/hep.31884 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33942342?tool=bestpractice.com
A escolha do antibiótico deve ser personalizada para a prevalência local de organismos resistentes a múltiplos medicamentos e reduzida quando os resultados da cultura estiverem disponíveis.[61]Biggins SW, Angeli P, Garcia-Tsao G, et al. Diagnosis, evaluation, and management of ascites, spontaneous bacterial peritonitis and hepatorenal syndrome: 2021 practice guidance by the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2021 Aug;74(2):1014-48. https://www.doi.org/10.1002/hep.31884 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33942342?tool=bestpractice.com
Opções primárias
vancomicina: 15-20 mg/kg por via intravenosa a cada 8-12 horas
Mais vancomicinaUma dose de ataque de 25-30 mg/kg por via intravenosa é recomendada em pacientes criticamente enfermos.
ou
daptomicina: 4-6 mg/kg por via intravenosa a cada 24 horas
albumina
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
O tratamento com albumina intravenosa demonstrou reduzir a mortalidade e a disfunção renal em pacientes com PBE.[132]Sort P, Navasa M, Arroyo V, et al. Effect of intravenous albumin on renal impairment and mortality in patients with cirrhosis and spontaneous bacterial peritonitis. N Engl J Med. 1999;341:403-9. http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM199908053410603#t=article http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10432325?tool=bestpractice.com
As análises de subgrupos de estudos que examinam o uso de albumina para PBE mostram que os maiores benefícios de mortalidade e prevenção da disfunção renal ocorrem em pacientes com bilirrubina sérica >68.42 micromoles/L (>4 mg/dL) ou creatinina sérica >88.4 micromoles (>1 mg/dL) e ureia sérica >10.7 mmol/L (>30 mg/dL).[131]Garcia-Tsao G, Abraldes JG, Rich NE, et al. AGA clinical practice update on the use of vasoactive drugs and intravenous albumin in cirrhosis: expert review. Gastroenterology. 2024 Jan;166(1):202-10. https://www.gastrojournal.org/article/S0016-5085(23)05143-0/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37978969?tool=bestpractice.com Por isso, a AASLD recomenda albumina para todos os pacientes com PBE, mas observa que os pacientes com lesão renal aguda e/ou icterícia no momento do diagnóstico de PBE têm maior probabilidade de se beneficiar.[61]Biggins SW, Angeli P, Garcia-Tsao G, et al. Diagnosis, evaluation, and management of ascites, spontaneous bacterial peritonitis and hepatorenal syndrome: 2021 practice guidance by the American Association for the Study of Liver Diseases. Hepatology. 2021 Aug;74(2):1014-48. https://www.doi.org/10.1002/hep.31884 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33942342?tool=bestpractice.com A albumina diminui a insuficiência renal, provavelmente pelo aumento do volume circulatório e ao se ligar a moléculas pró-inflamatórias.[106]Koulaouzidis A, Bhat S, Saeed AA. Spontaneous bacterial peritonitis. World J Gastroenterol. 2009 Mar 7;15(9):1042-9. https://www.wjgnet.com/1007-9327/full/v15/i9/1042.htm http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19266595?tool=bestpractice.com [132]Sort P, Navasa M, Arroyo V, et al. Effect of intravenous albumin on renal impairment and mortality in patients with cirrhosis and spontaneous bacterial peritonitis. N Engl J Med. 1999;341:403-9. http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM199908053410603#t=article http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10432325?tool=bestpractice.com
amplie o esquema empírico e faça uma avaliação adicional ou troque para o esquema oral
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Considere ampliar a cobertura antibiótica e fazer uma avaliação adicional (inclusive repetir a paracentese diagnóstica) se o paciente não apresentar melhora significativa após 48 horas. A mudança na antibioticoterapia pode ser feita de acordo com o resultado de hemoculturas ou da cultura do líquido ascítico. Se não houver crescimento, considere adicionar ou alterar a vancomicina para cobrir MRSA e enterococos do grupo D e considerar antibióticos que cubram Enterobacteriaceae resistentes se o paciente ainda não estiver tomando antibióticos que cubram esses organismos. A falha em demonstrar uma melhora significativa também deve aumentar a preocupação com a peritonite secundária, testes de imagem ou apoio cirúrgico podem ser necessários.
Se o paciente responder ao tratamento após 48 horas, considere mudar para um esquema de antibioticoterapia oral adequado.[117]Garcia-Tsao G, Lim JK, Members of Veterans Affairs Hepatitis C Resource Center Program. Management and treatment of patients with cirrhosis and portal hypertension: recommendations from the Department of Veterans Affairs Hepatitis C Resource Center Program and the National Hepatitis C Program. Am J Gastroenterol. 2009 Jul;104(7):1802-29. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19455106?tool=bestpractice.com
paracentese de grande volume (PGV)
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A PGV pode melhorar o desconforto abdominal em pacientes com ascite tensa. No entanto, há poucas evidências sobre a segurança de PGV na PBE, e são necessárias pesquisas adicionais.[133]Chitsaz E, Nunes D. Risks and benefits of large volume paracentesis in spontaneous bacterial peritonitis with tense ascites: where is the clinical evidence? 2049. Am J Gastroenterol. 2014 Oct 1;109:S672. https://journals.lww.com/ajg/fulltext/2014/10002/Risks_and_Benefits_of_Large_Volume_Paracentesis_in.2307.aspx
Estudos em pacientes com PBE sem complicações (sem sepse, encefalopatia hepática, sangramento gastrointestinal ou insuficiência renal significativa) demonstraram que a PGV com reposição de albumina pode ser segura.[134]Choi CH, Han KH, Kim do Y, et al. Efficacy and safety of large volume paracentesis in cirrhotic patients with spontaneous bacterial peritonitis: a randomized, prospective study [in Korean]. Taehan Kan Hakhoe Chi. 2002 Mar;8(1):52-60. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12499817?tool=bestpractice.com [135]Choi CH, Ahn SH, Kim DY, et al. Long-term clinical outcome of large volume paracentesis with intravenous albumin in patients with spontaneous bacterial peritonitis: a randomized prospective study. J Gastroenterol Hepatol. 2005 Aug;20(8):1215-22. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16048569?tool=bestpractice.com
Não há estudos que tenham examinado se a PGV é segura em pacientes com PBE complicada.
Demonstra como realizar uma paracentese abdominal diagnóstica e terapêutica.
Escolha um grupo de pacientes para ver nossas recomendações
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes. Ver aviso legal
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